As obras para implantação do Ônibus de Transporte Rápido (BRT), na Avenida Couto Magalhães em Várzea Grande, seguem suspensas por tempo indeterminado. A suspensão veio após comerciantes e moradores da região reclamarem do transtorno que estas obras vão causar.
As reclamações resultaram numa reunião nessa segunda-feira (4) entre o prefeito do município Kalil Baracat (MDB), o senador Jayme Campos (União Brasil), o governador Mauro Mendes (União Brasil) e o secretário da Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Marcelo Padeiro para tratar do assunto.
O prefeito Kalil alerta que a obra vai causar transtorno, mas que fará o melhor. “Nesta concepção de novo modal toda cidade VG vai passar por uma nova engenharia. Não deixa de gerar um certo transtorno. Firmo aqui que vamos buscar o melhor caminho para a cidade de Várzea Grande”, explica
Após a reunião, ficou firmado que a Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra) vai desenvolver três estudos para destravar a situação e as obras, por enquanto, estão suspensas por tempo indeterminado.
A primeira alternativa prevê a continuidade do trajeto inicial, com o modal passando pela Av. Couto Magalhães, na região do centro comercial, mas sem que o asfalto seja retirado para a concretagem da pista. No caso, seria feito somente um reforço asfáltico na via, levando o corredor de ônibus até ao terminal.
Outra alternativa é que o BRT passe somente pela Filinto Müller, nos dois sentidos, indo e voltando do terminal.
A última proposta é a construção do terminal do BRT onde seria o terminal do VLT, próximo ao aeroporto, o que mudaria o percurso dos ônibus, fazendo o corredor ficar somente na Av. da FEB até a área onde hoje ficam os vagões do VLT.
Em entrevista nesta terça-feira (5) ao programa A Tribuna, da Rádio Vila Real, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Várzea Grande (CDL), Luis Roberto Adversi Silva, disse que as obras vão gerar transtorno, mas que é importante para o município. “O prefeito falou que vai ter transtorno. Até porque o BRT para ser útil é preciso a mobilidade urbana e o prefeito tem um projeto para Várzea Grande”, disse.
Questionado sobre o que seria melhor para o CDL de Várzea Grande, o presidente Luis explica que a mobilidade urbana é tanto para os comerciantes como para a população, um depende do outro. “A mobilidade urbana pensa exatamente no usuário do ônibus. Porque o comerciante se caracteriza por ser proprietário de imóveis e tem interesse em valorizar seu imóvel. Tem o comerciante que loca o ponto, é preciso ter atenção com ele por gerar empregos, mas o principal é realmente o usuário do ônibus porque é ele quem sustenta o comércio”, elucida ele.
Se por um lado há soluções, por outro, há problemas que necessitam ser observados ao voltar com a obra. Um ouvinte questionou o presidente do CDL sobre a obra servir mais os comerciantes do que a população. “Esse impasse está sendo por parte do comércio, né ? E o povo que pega o ônibus como é que fica ? Os ônibus sempre superlotados. Será que os passageiros não querem que o ônibus suba na Getúlio Vargas e desça pelo Filinto Muller? ou é só o comércio que quer ? Pelo que está acontecendo não vai resolver o problema.”, reclama Adilson do Aeroporto.
Por Marcelo Guerreiro