A vereadora Michelly Alencar (União Brasil) rebateu as acusações e da colega Edna Sampaio (PT) de que membros do Legislativo agiriam de modo a persegui-la politicamente. Michelly não é membro da comissão, mas acompanhou as oitivas do processo. E em sua avaliação, Edna cometeu um o “crime”.
As declarações de Michelly veio após Edna dar uma coletiva de imprensa, onde afirmou que suas colegas vereadoras “agiram como os homens” para destruir e violentar sua atuação no Legislativo Cuiabano.
Para Michelly, as declarações da petista endossam o “vitimismo” diante da falta de justificativa para as acusações de suposta “rachadinha” com Verba Indenizatória (V.I) na Câmara.
“Não adianta adotar essa linha de vitimíssimo para tentar justificar uma irregularidade cometida por ela. Ela cometeu uma irregularidade, não quer admitir e está sendo investigada por isso e precisa se justificar”, disse Michelly.
“Chega a ser pífia essas acusações de perseguição. Todas as vezes que alguém se posiciona contra ela, essa pessoa vira inimigo ou perseguidor. Falta preparo para estar na política”, complementou.
Edna é alvo da Comissão de Ética e Decoro da Câmara por suposta apropriação indevida de Verba Indenizatória (V.I.) destinada à época à então chefe de gabinete, Laura Natasha Oliveira.
Na semana passada, a Comissão aprovou o relatório propondo a cassação do mandato da vereadora. Na Justiça, Edna conseguiu suspender o trâmite.
“Ela usa a justificativa de que a lei não proíbe a transferência da V.I.. Isso é um absurdo. A lei é clara: a verba é destinada para a chefe de gabinete. Eu me apropriar de algo que não é meu, é crime ou não? Então, quem está cometendo crime de perseguição não sou eu, é a vereadora Edna. Porque ela, sim, me cita nominalmente, faz acusações que eu estou a perseguição. Isso é perseguição”, frisa Michelly.
O caso
A Comissão de Ética formada pelos vereadores Kássio Coelho (Patriota), relator do caso, e Rodrigo Arruda e Sá (Cidadania), presidente, e pelo membro Wilson Kero Kero (Podemos) aprovou por unanimidade o relatório que pedia a cassação do mandata da petista no último dia 17.
Dias depois, a defesa de Edna, feita pelo ex-juiz federal Julier Sebastião, ingressou na Justiça e conseguiu uma liminar suspendendo o processo disciplinar.
Segundo a Justiça, houve “um certo atropelo no rito processual ao ouvir as testemunhas antes mesmo de se oportunizar a parte impetrante de indicar as provas que pretendia produzir”.
A procurador da Câmara anunciou que recorrerá da decisão.