Prefeito de Diamantino acusado de receber propina tem sigilo bancário quebrado

Foto: Reprodução

O prefeito de Diamantino (200 km de Cuiabá) Manoel Loureiro Neto, acusado de receber propina de dono de construtora da cidade, teve a quebra de sigilo bancário autorizada pela Justiça. Essa ação será decisiva para o avanço das investigações.

O prefeito foi alvo de busca e apreensão na terça-feira passada (15), durante operação do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), com apoio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), ambos ligados ao Ministério Público Estadual (MPE).

Com a quebra do sigilo bancário será permitido o acesso ao extrato detalhado das contas bancárias dos investigados, a identificação individualizada da origem e o destino das movimentações efetuadas por meio de cheques emitidos, depósitos, transferências e pagamento de boletos e de faturas de cartão de crédito.

“A investigação somente poderá alcançar o seu objetivo – com a elucidação dos fatos – através de uma análise detalhada das contas bancárias do prefeito investigado e de seu motorista particular que, em tese, recebia os valores indevidos diretamente do empresário e, posteriormente, os depositava ou transferia para a conta bancária do prefeito”, explica o MPE.

O motorista do prefeito, Fernando Tenório Cavalcante dos Santos, também foi alvo de buscas e teve o sigilo quebrado.

Leia mais: Vídeo flagra prefeito de Diamantino contando dinheiro de suposta propina

O prefeito de Diamantino foi flagrado em vídeo contando dinheiro que seria proveniente de propina.

As investigações mostraram que Manoel teria exigido pagamentos de propina do empresário Alessandro Souza de Carvalho, da construtora Monte Alto Ltda., como condição para a autorização e liberação dos valores devidos pelo Município.

O empresário afirmou que os valores exigidos eram entregues em espécie ao prefeito ou ao seu motorista, Fernando Tenório, “pessoa de confiança do prefeito que ficava encarregado de arrecadar a propina na ausência do seu chefe”.

Segundo Alessandro, em meados de 2022 as exigências se agravaram e o prefeito teria insinuado que os procedimentos licitatórios vencidos pela empresa continham irregularidades.

 

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