Coronel aponta brecha na legislação e diz que ex-PM acusado de matar advogada não deveria estar solto

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O comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Mendes, voltou a apontar a necessidade de uma reforma na legislação penal brasileira. Durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (15), Mendes, citou o caso do ex-soldado Almir Monteiro dos Reis, 49 anos, suspeito de matar a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca. Segundo o comandante, Almir não deveria estar solto, mesmo alegando ser portador de esquizofrenia.

Mendes era comandante do 10º Batalhão quando Almir foi expulso da corporação após cometer um assalto ao posto de combustível Lídergás, localizado no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá, no ano de 2013. 

Segundo o comandante-geral, é um problema na esfera da Justiça quando as pessoas alegam transtornos psiquiátricos após um crime. 

“Obviamente, isso tem que ser resolvido porque muitos começam a alegar as questões psiquiátricas após cometer crimes. É um caso que não é problema da Polícia Militar. Eu não entendo porque ele estava solto, é o que eu critico constantemente, não é a probabilidade de Justiça, se ele estava solto é porque a legislação penal processual permitiu. Nós temos que cobrar dos nossos legisladores penas mais duras para que essas pessoas não possam ficar respondendo em liberdade, alegando problemas mentais”, friszou. 

Para o comandante Almir nunca deveria ter entrado na Polícia Militar. 

“O PM Almir há 10 anos trabalhava normal, como qualquer outro policial, sem qualquer indício de doença. Quando cometeu o crime [em 2013] obviamente a PM agiu rápido e nós o prendemos em flagrante na mesma madrugada, na sua casa, mesmo local onde cometeu o crime da advogada e foi preso, ficando à disposição da Justiça. Ele foi excluído da instituição, uma pessoa que sequer nem deveria ter entrado na instituição da PM”, encerra. 

Ficha criminal 

Almir possui uma extensa ficha criminal, após cometer um assalto ao posto de combustível Lídergás, localizado em  2013, foi expulso da corporação. Sua expulsão da Polícia Militar foi decidida pelo Conselho de Disciplina da corporação, em 2015, após denúncia da 18ª Promotoria de Justiça Criminal da Comarca de Cuiabá.

Com diagnóstico de esquizofrenia, ele chegou a ser internado judicialmente em 2014.

Neste ano, a Justiça determinou que ele fosse internado no Centro Integrado de Assistência Psicossocial (CIAPS) Adauto Botelho, no entanto, a instituição se recusou a internar o ex-policial, alegando que não havia vaga na unidade. Por isso, a internação foi convertida em acompanhamento ambulatorial em um Centro de Assistência Psicossocial (CAPS). 

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