A defesa do ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos, suspeito de matar a advogada Castrillon da Fonseca, pediu pela sua liberdade provisória com internação para tratamento de esquizofrenia. O argumento usado pela defesa de Almir foi abordado durante a audiência de custódia realizada no fim da tarde de segunda-feira (14), presidida pela juíza Suzana Guimarães Ribeiro da 6° Vara Criminal de Cuiabá.
No entanto, a juíza negou manifestação de sua defesa e manteve o acusado preso convertendo sua prisão em flagrante em preventiva (quando não há prazo para terminar).
Segundo a juíza, um atestado médico foi anexado nos autos da prisão em flagrante em que consta da “aptidão física e mental” de Almir. O exame foi realizado no dia 30 de junho deste ano.
“No que tange ao pedido de internação formulado pela defesa, entendo necessário destacar que, além da gravidade do delito e as narrativas do boletim de ocorrência, consta dos autos atestado médico no qual se observa que recentemente em data de 30/06/2023 foi atestada a aptidão física e mental do autuado para realização de suas atividades laborais, razão pela qual entendo pelo indeferimento do pedido”, diz trecho da decisão.
A magistrada ainda apontou para a “gravidade” do crime, tratado como feminicídio pela Polícia Civil, que Almir cometeu.
“A conduta se reveste de gravidade concreta a justificar a segregação cautelar como forma de assegurar a ordem pública”, disse.
Após audiência de custódia, Almir foi encaminhado para a Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães (a 72km de Cuiabá).
Relembre o caso
Almir é o principal suspeito de ter assassinato a advogada. O crime teria ocorrido na madrugada de domingo (13), na residência do suspeito. Após cometer o crime, ele teria abandonado o corpo da vítima dentro veículo dela, no Parque das Águas, em Cuiabá.
O suspeito e a vítima se conheceram no Bar do Edgare, que fica nas proximidades da Arena Pantanal, na noite de sábado (12). O acusado estava sem carro, então saiu com Cristiane em seu veículo para a casa dele, no bairro Santa Amália.
Preso horas depois da ocorrência, o suspeito confessou à polícia ter dormido com a vítima no sábado (12) para domingo na casa dele. Durante o interrogatório na DHPP na manhã de segunda-feira (14), Almir permaneceu em silêncio. Entretanto, durante a primeira conversa com policiais na hora da prisão, em sua residência, ele disse várias informações contraditórias.
O inquérito policial será concluído em até dez dias, e a DHPP tentará interrogar o suspeito novamente.