A fazenda Gamada, em Nova Canaã do Norte, Mato Grosso, há mais de 20 anos integra sistemas de produção. Com a integração no sistema Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), a propriedade conta com uma área produtiva de 1.124 hectares e na parte da pecuária, possui 6.500 animais. Na integração com a floresta, são 100 hectares.
Para o rebanho, fartura de comida o ano inteiro sem contar com o bem-estar aos animais, que têm pastos sombreados na integração com a floresta. Para as lavouras, a reciclagem de nutrientes faz toda diferença na manutenção da fertilidade do solo.
Em uma parte da área da fazenda foi plantada a teca, com fins comerciais. Em outra, o eucalipto, que é usado como lenha para os secadores dos armazéns da fazenda. E ainda tem o pinho cuiabano utilizado para o sombreamento e bem-estar animal.
As atividades se complementam e encaixam perfeitamente quando o assunto é sustentabilidade.
O proprietário, Mário Wolf, conta que a decisão de adotar a integração de sistemas foi a alternativa encontrada para evitar a degradação do solo. A fazenda dele foi pioneira na região, onde a agricultura não havia chegado ainda. “Observava que a pecuária sozinha não seria sustentável em função da pastagem. Com o tempo, ela vai se degradando. Então, a melhor forma é integrar a agricultura que melhora a pastagem”, explica Wolf.
O projeto de pecuária, tem mais de três décadas e evolui ao longo dos anos. O gado, antes criado de forma extensiva, agora divide espaço com outras atividades produtivas.
Claudiomir Pires, gerente da fazenda e engenheiro agrônomo explica que o benefício para a lavoura é a plantação de capim, que ajuda a extrair fósforo e potássio. “Lá pelo mês de outubro a gente disseca e aí, já está com o fertilizante em cima do solo. Assim, conseguimos fazer uma soja mais barata”, pontua.
Ele ainda comenta que atualmente, o ganho de peso do gado, nas áreas de integração com floresta é de 100 a 150 gramas a mais do que na pecuária convencional.
Para Wolf, depois de 20 anos de experiências, não resta dúvida que integrar a produção é o caminho correto para se manter na atividade. “É principalmente na sustentabilidade. Tanto do bem estar animal, do ganho que você tem, do incremento que se tem na questão de sequestro de carbono, as árvores… Então é um ganha-ganha total”, finaliza.
Fonte: Canal Rural – MT