Marília Mendonça morreu aos 25 anos em novembro de 2021 após sofrer um acidente fatal de avião em viagem para Minas Gerais, deixando o país de luto por perder uma de suas maiores vozes surgidas na nova geração de artistas, além de ter dominado o gênero sertanejo com maestria.
Quase dois anos após o ocorrido, outras vítimas do acidente estão se pronunciando sobre o ocorrido, como é o caso da família de Henrique Ribeiro, produtor presente na aeronave durante a ocasião, fazendo com que eles recorressem à Justiça Trabalhista para assegurar os direitos do filho dele.
Nesta sexta-feira, 14 de julho, Gerson Freitas, o pai de Henrique, conversou com o G1 sobre o processo, e sem poder dar tantos detalhes por ele correr em segredo, o homem afirmou que a família do produtor não processou a família de Marília Mendonça, de quem eram muito amigos, mas sim à empresa.
“A mídia tem veiculado que estamos processando a família de Marília e isso não é verdade. O processo foi aberto contra o escritório que Henrique era funcionário, para que prestem esclarecimentos sobre o que ele tinha direito e que irá para o filho, uma criança que está desamparada até hoje”, contou ele.
“Eu não sou responsável pelo herdeiro, sou só o pai da vítima. A gente torce para que tenhamos o reconhecimento do vínculo da empregatício de Henrique. Não é briga por indenização de nada, só queremos proteger o menor, meu neto. Se ele não tiver direito a nada a nada, está tudo certo”, explicou George.
O G1 entrou em contato com a Sentimento Louco Produções Artísticas, que é alvo da ação processual, e eles disseram ter buscado o diálogo e a resolução do caso pela via conciliatória desde o início.
NEGANDO HERANÇA A EMPRESÁRIO
A Justiça determinou que o ex-empresário de Marília Mendonça, Gabriel Gonçalves Ramalho, não tem nenhum direito à herança da cantora, morreu em 2021, em um triste acidente aéreo.
Ele moveu uma ação, pedindo o valor de R$ 9 milhões do dinheiro deixado pela cantora. De acordo com o advogado da família de Marília, Dr. Robson Cunha, o processo movido pelo empresário foi encerrado e não foi reconhecido o vínculo empregatício do rapaz com Marília Mendonça.
Quem decidiu o caso foi o desembargador Daniel Viana Júnior, do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª região, afirmando que Gabriel nunca foi de fato um funcionário da sertaneja e ele terá que arcar com as custas dos advogados da família da cantora, 8% da causa, o que equivale a aproximadamente R$ 720 mil.
No início do processo, Ramalho chegou a receber 10% do que Mendonça ganhava, no início da carreira, mas a família da artista garante que ele nunca foi seu empresário.
O Fuxico