O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), analisa pedido de cassação contra o deputado federal por Mato Grosso Abilio Brunini (PL), após o parlamentar ser acusado por homotransfobia. O pedido foi protocolado pela deputada Erika Hilton (Psol-SP), que afirmou que foi atacada de “forma misógina e transfóbica” ao ser interrompida por Abilio durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro, ocorrida nesta terça-feira (11). Segundo Erika, Abílio citou que ela estaria “oferecendo serviços”.
O requerimento é assinado pela deputada em conjunto com a bancada do Psol no Congresso, em Brasília. Erika afirmou que protocolou o documento não apenas por se sentir ofendida, mas para garantir “o avanço de mulheres e pessoas LGBTQIA+ na política”.
Em suas redes sociais Erika elencou os motivos que a levaram a protocolar o pedido de cassação.
“Não aceitarei que isso ocorra. Enquanto eles se dedicam a atacar mulheres na CPMI, trabalharei para que a Câmara seja um lugar de respeito e decoro para todas nós. E para que os criminosos que atacam a Câmara com sua misoginia e transfobia, e os que a atacaram em 8 de janeiro, sejam punidos”, escreveu a deputada.
Na mesma audiência da CPMI, o líder dos trabalhos, Arthur Maia (UB-BA), determinou que a polícia legislativa investigasse Abilio pela prática de homofobia.
O fato ganhou repercussão nacional e chegou a ser divulgado pela coluna da jornalista Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo desta quarta-feira.
O Cuiabá Notícias tentou contato com Abilio, no entanto, até o fechamento desta matéria não tivemos retorno. O espaço segue aberto.