A deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, criticou participação de Antônio Galvan, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), nos eventos considerados de cunho golpista em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro durante sua visita a Cuiabá no último final de semana.
Durante entrevista à imprensa Hoffmann disparou: “É melhor formar um partido político e não atrapalhar o setor”, disse, sugerindo que aqueles interessados em se envolver em atividades políticas deveriam considerar a criação de um partido político separado, em vez de interferir no setor.
Hoffmann ressaltou ainda que, durante o mandato de Antônio Galvan como presidente da Aprosoja, o órgão adota uma postura alinhada ao bolsonarismo. No entanto, Gleisi pontuou que essa postura bolsonarista não representa a opinião de todos os produtores.
“A Aprosoja se declarou bolsonarista, é uma associação, ela tem o direito de se declarar como quiser, mas eu não acredito que ela represente os produtores de milho e soja, nem do Mato Grosso, nem do Brasil. As pessoas querem vender, querem produzir, querem ganhar. Não desejam ficar em disputas politicas”.
Hoffmann ressaltou que a politização da Aprosoja pode ser prejudicial para a própria associação. Ela mencionou novamente o caso envolvendo Antônio Galvan, destacando que o Ministério Público (MP) declarou a ilegalidade de “um fundo” da entidade, sem fornecer mais detalhes sobre o assunto
Em 28 de agosto de 2021, Antonio Galvan prestou depoimento à Polícia Federal em uma investigação sobre atos antidemocráticos ocorridos na época. Ele foi apontado como um dos financiadores desses atos, porém negou veementemente as acusações, afirmando que seu nome só foi colocado no inquérito pois aparece em imagens ao lado do cantor Sérgio Reis.