A juíza Alethea Assunção Santos, da 2ª Vara Criminal de Cáceres (a 220 km de Cuiabá), manteve a prisão de Adilson da Silva Arruda, de 33 anos, que foi preso em flagrante matando a ex-esposa Fátima Evanilda Pereira, de 49 anos, esganada. O crime aconteceu na tarde de segunda-feira (19). Conforme informações da Polícia Civil, a vítima já havia solicitado medida protetiva contra o agressor e era perseguida pelo suspeito.
Durante as investigações foi apurado que Fátima era vítima de uma série de agressões anteriores. Com isso a juíza homologou a prisão em flagrante de Adilson e decretou a prisão preventiva dele durante as investigações do assassinato.
A decretação da prisão preventiva foi realizada após pedido da delegada responsável pelo inquérito, Paula Gomes Araújo. Conforme a delegada, na última semana, Fátima tinha solicitado uma medida protetiva contra o ex devido às perseguições que sofria.
“Dessa forma, diante do histórico de agressões anteriores, nada obstante o acusado ainda não ostenta condenações, é certo que sua segregação cautelar se faz necessária a fim de garantir a ordem pública, diante da reiteração de condutas criminosas. A extrema gravidade da conduta imputada ao conduzido, autuado em flagrante logo após ceifar a vida de sua companheira, bem como a comoção social causada pelo impacto de tamanha violência, igualmente justificam a necessidade da segregação cautelar a fim de garantia a ordem pública.”, diz trecho da decisão.
O CASO
Fátima Evanilda Pereira, foi morta pelo próprio companheiro, na tarde de segunda-feira (19), em Cáceres. A Polícia Militar foi acionada e ao chegar ao local flagrou o suspeito esganando a vítima. Ele foi preso em flagrante.
Conforme o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada, por meio de uma denúncia anônima, por volta das 12h30. Na mensagem, o solicitante dizia que ouviu uma mulher gritando por socorro. Ao chegar à residência indicada na denúncia, no bairro São Miguel, os militares encontraram o portão trancado. Eles, então, chamaram pelos moradores, mas ninguém respondeu.
Vizinhos se aproximaram e relataram que Fátima havia parado de gritar, mas que ela ainda estava dentro de casa, já que não viram ninguém sair do local.
Desconfiados, os policiais entraram no local com a ajuda de uma testemunha, que conseguiu um alicate para estourar os cadeados. No interior da residência os militares flagraram o suspeito, esganando Fátima, que já não apresentava sinais vitais.