Desde segunda-feira (12), quando a temperatura caiu em níveis considerados abruptos para residentes em Mato Grosso, a Secretaria de Assistência Social, deflagrou uma série de ações visando resguardar principalmente aquelas pessoas em risco de vulnerabilidade social e que são mais afetadas pelas baixas temperaturas.
Pessoas em situação de rua, invariavelmente resistem em buscar abrigos como as Casas de Acolhimento por serem as mesmas rigorosas quanto a estadia, mesmo assim recebem cobertores e refeições reforçadas e quentes.
Equipes do Centro Pop (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua), realizaram a entrega de cobertores a esse público em especial e vão continuar executando o mesmo atendimento enquanto perdurarem as baixas temperaturas. A equipe percorreu as principais avenidas e viadutos fazendo a abordagem social. Durante a ação foram entregues mais de 60 cobertores e refeições.
“Percorremos todos os pontos onde essas pessoas costumam se aglomerar, além do entorno de igrejas e comércio local, fazendo a distribuição de cobertores. Hoje à tarde estaremos também atuando na abordagem social e reforçando o convite para que as pessoas em situação de rua possam ter abrigo, na casa de acolhimento”, explicou o coordenador do Centro Pop, Fábio Reveles, lembrando que essa ação acontece sempre, mas principalmente agora com os dias de baixa temperatura.
O Coordenador explicou ainda que para as pessoas que decidem deixar a rua, a equipe do Centro Pop encaminha para a Casa de Acolhimento onde oferece acomodação, refeições e encaminhamento para consultas médicas e psicológicas.
“Tratamos para que tenham seus documentos pessoais, incluímos em diversas atividades para que possam elevar a autoestima, a confiança e a vontade de mudar de vida”.
Para amenizar o impacto do frio, a Secretária de Assistência Social, Ana Cristina Vieira determinou que seja feita a entrega de comidas quentes às pessoas em situação de rua e que a equipe do Centro Pop reforça o convite para que essas pessoas sejam conduzidas ao abrigo.
“Infelizmente não podemos obrigar ninguém a deixar a rua, o que podemos fazer é dar toda a assistência, principalmente, nesses dias de baixa temperatura. E isso temos feito, pois a nossa missão é bem acolher a todos aqueles que necessitam de nossa atenção e de nossa ajuda. Essas pessoas, na maioria das vezes, possuem seus vínculos familiares fragilizados ou rompidos, o que dificulta o nosso trabalho na tentativa de uma reaproximação”.
A secretária disse ainda que em geral as pessoas em situação de rua são vítimas de preconceitos, e que essa situação, dificulta ainda mais a vida em sociedade.
“Daí o papel da assistência social em garantir a proteção social e o direito dessas pessoas, por meio de serviços especializados da proteção social especial, através do Centro Pop, CREAs e Casas de Acolhimento”, ponderou Ana Cristina que lembrou que toda a estrutura da Administração Municipal se volta neste momento para o atendimento das pessoas em risco.