A Azul Cargo, que faz parte da Companhia Aérea Azul Linhas Aéreas, se manifestou por meio de nota, nesta segunda-feira (12), em relação aos voos de cargas diretos de Brasília para Cuiabá, após o Dr. Waldyr Liberato Júnior, médico responsável pelo serviço de PETCT, no Instituto de Medicina Nuclear, em Cuiabá, afirma que a empresa aérea Azul não disponibiliza mais voos de cargas diretos para Cuiabá há cerca de três meses.
O caso veio à tona, após o Cuiabá Notícias receber uma denúncia informando que o IMN havia suspendido a realização dos exames, visto que a clínica é a única em Mato Grosso a realizar o procedimento.
Em entrevista ao Cuiabá Notícias, o médico Waldyr Liberato afirmou que está com dificuldades de comprar o medicamento dos fornecedores, além de pontuar que não há transporte adequado, ou seja, para a “glicose marcada com Flúor 18 (FDG-18), produzido por ciclotrons”, que possui no máxima 2 horas de vida útil.
Segundo o profissional a única companhia aérea que realiza o transporte de materiais radioativos é Azul Linhas Aéreas, no entanto, o médico afirmou que a empresa suspendeu os voos direto de Brasília para Cuiabá, cidade do principal fornecedor de “glicose marcada com Flúor 18 (FDG-18), há cerca de três meses. Um dos fatores da suspensão da realização do exame no Estado.
“Acontece que que nosso fornecedor principal está fora de operação desde 24/06 e, no momento, São Paulo está sem produção disponível para nos atender e o fornecedor do Rio de Janeiro não tem voos disponíveis para o fornecimento de FDG-F18 para Cuiabá, visto que a empresa aérea Azul não disponibiliza voos diretos para nossa Capital há cerca de três meses”, pontuou o Dr. Waldyr.
A Azul afirmou por meio de nota que a Azul Cargo continua com voos normalmente para Cuiabá.
“A Azul Cargo informa que o transporte de cargas segue normalmente, com voos diários entre Brasília e Cuiabá sem conexão”, diz trecho da nota.
Entenda o caso
Pacientes que precisam fazer o exame de PET-CT em Mato Grosso estão na fila de espera há mais de dez dias. Isso porque só existe uma clínica no Estado que realiza o procedimento, o Instituto de Medicina Nuclear (IMN), que suspendeu a realização dos exames por falta do medicamento chamado “glicose marcada com flúor”.
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Em Mato Grosso não há nenhum laboratório que produza a Glicose marcada com flúor. Para realização do exame é preciso que esse material venha de fornecedores de outros Estados, o que não está acontecendo por problemas de logística de transporte, em razão do medicamento e seus componentes possuem, no máximo, 2h de vida útil.
O exame custa entre 4 e 5 mil reais. Tanto pacientes particulares, usuários de plano de saúde e Sistema Único de Saúde, estão na fila de espera e não há previsão de quando a Clínica irá retomar os procedimentos.
O Cuiabá Notícias recebeu a informação de que um paciente chegou a ser orientado para ir a Brasília fazer o exame, caso estivesse com urgência.
Até o momento a situação não foi normalizada.