Juiz recebe denúncia e 32 viram réus por golpes de R$ 1 milhão

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, recebeu uma denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra 32 acusados de integrar uma organização criminosa voltada à prática de estelionatos digitais. Os denunciados são alvos de uma ação penal oriunda da ‘Operação Gênesi’. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (25). 

A operação, deflagrada em março deste ano, desarticulou um grupo acusado de aplicar golpes virtuais. Os prejuízos causados às vítimas somam R$ 1 milhão. Conforme a denúncia do Ministério Público, a organização criminosa era chefiada por Ollyvander de Jesus Oliveira Silva. Além de estelionato, também foi apurado o crime de lavagem de dinheiro. 

“Diante deste cenário, é de se notar que a gravidade in concreto dos delitos supostamente perpetrados perpassa por muito a contida de forma inerente nos tipos penais abstratos, haja vista a multiplicidade de membros da ORCRIM, a complexidade de suas ações, a expressividade dos valores movimentados, a pluralidade de vítimas e a aparente habitualidade delitiva dos envolvidos, especialmente entre aqueles que ocupavam

posições mais elevadas”, diz trecho da decisão.  

Na mesma decisão, o juiz rejeitou a denúncia contra Wilson Júnior Wuyeczko de Souza e determinou que ele seja solto. O magistrado ainda determinou a soltura de Gabrielly Vitória da Silva Oliveira, Luciana de Olvieira Paz Souza, Bárbara Isabela de Almeida Rocha, Geovana Maria Loango Araújo e Pedro Henrique de Sene Arruda “uma vez que, em consonância com os elementos angariados até o momento, a participação destas na organização teria se limitado à venda da própria conta bancária em troca de um pequeno valor fixo”.

A denúncia

 Conforme o MPE, a quadrilha era chefiada por Ollyvander de Jesus Oliveira da Silva, morador do Bairro Despraiado, na Capital.   

Ele é acusado de usar contas bancárias digitais de terceiros para receber o dinheiro dos golpes aplicados, entre eles o do perfil falso de Whatsapp e do falso intermediador de vendas.

Para executar as ações, conforme a denúncia, o suspeito recrutava pessoas para que abrissem contas bancárias. Após a abertura das contas, ele passava a administrá-las, instalando os aplicativos dos bancos em seu aparelho telefônico.

O dinheiro dos golpes passava a ser depositado nessas contas e, na sequência, era sacado ou transferido para outras contas pelo próprio golpista ou por seus comparsas. 

A investigação identificou vítimas da organização criminosa em, ao menos, 13 estados brasileiros: Roraima, Distrito Federal, Bahia, São Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Com a decisão, passam a ser réus Edson Duarte da Silva, Victor Hugo Silva Batista Motta, Kamylle Borba de Figueiredo, Ademilton Marcelo Moraes de Sá, Maione Moreira da Silva, Ariem Dayane Leme Jardim, Teresa Raquel de Oliveira Viturino, Bruno Daniel Soares da Silva, Brenno de Arruda Lelis Pineo, Vitória Gomes de Jesus, Luan George Bom Despacho Miranda, Natalia Aparecida de Oliveira e Silva, Gabrielly Vitória da Silva Oliveira, Emilli Jesus Borges, Andrielly Valeria do Monte, Thawana Cacia do Nascimento de Souza, Marielly Larissa Rodrigues de Miranda. 

 Além de Julienny Vitoria da Silva Bezerra, Isabelly Vitoria de Rezende Silva Pessoa, Bianca Cristyna Ferreira Franco da Cruz, Veronica Xavier da Conceição, Luciana de Oliveira Paz Souza, Ana Karoliny de Oliveira Canavarros, Rubia Idelina Locatelli da Fonseca, Bárbara Isabela de Almeida Rocha, Anna Geisa Divina de Araujo, Amanda Pâmela Jesus Arruda, Kellen Mayara Silva Rodrigues dos Santos, Geovana Maria Loango Araújo, Leidiane Silva Moreira, Vinicius Souza Santos e Pedro Henrique de Sene Arruda.

Ainda conforme as investigações, os réus atuavam em diferentes frentes da organização aplicando os golpes; adquirindo ou vendendo contas bancárias “fantasma”; captando informações pessoais das vítimas; sacando o dinheiro; dentre outras funções.

Fonte: Mídia News

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