A Comissão de Ética da Câmara Municipal de Cuiabá finalizou o cronograma das oitivas que irão subsidiar o processo disciplinar que pode levar à cassação da vereadora Edna Sampaio (PT). A vereadora é acusada de um suposto esquema de “rachadinha” em seu gabinete.
Os membros se reuniram na noite de segunda-feira (22), se reuniram na noite de segunda-feira (22) para deliberar sobre os trabalhos. O presidente da Comissão é o vereador Rodrigo Arruda e Sá (Cidadania), e tem como membros os vereadores Wilson Kero Kero (Podemos) e Kassio Coelho (Patriota).
Na reunião ficou definido que as oitivas terão início na tarde do dia 15 de junho. A primeira pessoa a ser ouvida será a ex-chefe de gabinete de Edna Sampaio, Laura Oliveira, em seguida será ouvida a atual chefe de gabinete Neusa Batista.
Já no dia 16 de junho, será a vez do marido da vereadora, o servidor público William Sampaio ser ouvido pela Comissão. Nas acusações, ele era quem pedia para que a ex-chefe de gabinete Laura Abreu, repassasse a verba indenizatória de modo integral para uma conta da vereadora.
No dia 19 de junho, será ouvido o jornalista e empresário Romilson Dourado, dono do site RDNews, que fez a denúncia.
A vereadora Edna apresentará sua defesa no dia 20 de junho, só então a Comissão seguirá para a conclusão dos trabalhos. Não há data para a entrega do relatório.
No encontro os parlamentares estabeleceram que Edna será ouvida em cinco sessões da comissão de ética, que ocorrem às terças e quintas feiras. De modo que ela terá duas semanas e meia, para apresentar defesa, provas e requerimentos à Comissão.
Eles ainda bateram o martelo quanto a definição do relator do caso, que será o vereador Kassio Coelho.
Relembre o caso
A vereadora por Cuiabá, Edna Sampaio (PT), foi acusada de suposto esquema de “rachadina”, onde o político exige que seus servidores de gabinete repassem a ele parte do salário ou verbas recebidas. A informação foi divulgada em reportagem na quarta-feira (3) pelo site RD News, onde aponta que Edna teria recebido pelo menos R$ 20 mil de Verba Indenizatória provenientes desses repasses.
A vereadora se manifestou nas redes sociais após a veiculação da denúncia. “Fomos surpreendidos com essa notícia, com extrato da ex-servidora que estaria denunciando a prática de rachadinha. É preciso deixar claro que a verba indenizatória não faz parte do salário de vereador e da chefe de gabinete”, explicou.
Na segunda-feira (9), a Procuradoria-Geral da Câmara de Cuiabá deu parecer favorável ao pedido do suplente de vereador Eleus Amorim (Cidadania) para que a vereadora Edna Sampaio (PT) seja acionada na Comissão de Ética.