O governador Mauro Mendes (União Brasil), afirmou de forma veemente nesta segunda-feira (22), durante conversa com a imprensa, que não irá atender e nem receber em seu gabinete o empresário Frederico Aurélio Bispo, proprietário da empresa Síntese Comercial Hospitalar, que acusou a Secretaria de Saúde de formar um cartel para cometer fraudes e desvios de valores em hospitais do Estado.
Segundo o governador, se o autor da denúncia tem provas, que procure os órgãos competentes.
“Ele [Frederico] está falando um monte de m… ele disse que tinha denunciado ao Gilberto [Figueiredo], não é denúncia, é uma reclamação que ele perdeu a licitação. Ele tem que procurar o Ministério Público, a Delegacia Fazendária, procurar a imprensa, que ele já procurou. Eu não vou receber um cara que está reclamando porque perdeu a licitação. Não falo com fornecedor que está brigando porque perdeu a licitação. Não é função do governador. Se ele tem denúncia para fazer, que procure os órgãos competentes”, disse o governador.
Na semana passada, o empresário Frederico fez as denúncias na Câmara de Cuiabá, no mesmo dia, ele propôs uma agenda com o governador para falar sobre o caso. Inclusive, Frederico disse ter provas do envolvimento da secretária de Saúde, Kelluby de Oliveira, da secretária-adjunta de Gestão Hospitalar, Caroline Campos Dobes Conturbia Neves, e da diretora de um Hospital em Várzea Grande, Cristiane de Oliveira Rodrigues, no suposto esquema de fraudes.
O governador disse que abrirá processo e o estado estuda ajudar as pessoas que foram atingidas com as acusações do empresário.
Questionado sobre a possível suspenção de sua equipe, Mauro disse que confia nos servidores e reafirmou que não vai ouvir e nem conversar com o empresário, principalmente porque ele está acusando sem ter provas.
“Eu confio na minha equipe. Ele [Frederico] falou que fez uma p.. de uma denúncia, quando eu fui ver, não tinha nada de denúncia não. Ele mandou para Gilberto uma reclamação de perder a concorrência. Na minha visão, não tem ninguém suspeito. Se tiver, pode ter certeza que eu faço as providências, assim como já fiz silenciosamente. Quando eu percebo que tem, eu faço. Não é papel do governador receber ele. É papel dos outros órgãos. O governo é muito grande e cada um tem que cumprir seu papel”, concluiu o governador.