Desaparecimento de jovem de SP sequestrado e morto em MT completa 1 mês; corpo ainda não foi encontrado

A polícia intensificou as buscas pelo jovem Pablo Ronaldo dos Santos, de 23 anos, que foi sequestrado e morto após fazer um gesto associado a uma facção criminosa em uma festa em Nova Ubiratã (a 506 km de Cuiabá). O desaparecimento do jovem completa uma mês nesta sexta-feira (19).

A Polícia Civil informou que intensificou as buscas pelo corpo da vítima e agora recebem o auxílio da cadela farejadora Maya, do Corpo de Bombeiros.

O jovem é morador da cidade de Pradópolis (SP), e viajou para Mato Grosso a trabalho. Ele atuava como caldeireiro, em Nova Ubiratã.

De acordo com a polícia, um homem foi preso e um adolescente apreendido em flagrante no início da investigação. Um terceiro morreu em confronto com os policiais durante as buscas pelo jovem.

Sequestro

No dia 19 de abril, Pablo e outro colega de trabalho estavam em um bar da cidade, quando foram abordados e sequestrados. Eles teriam sido levados para uma casa, onde foram torturados por membros de uma facção criminosa. A motivação do crime seria um vídeo onde Pablo aparece fazendo gestos com dedos que seria de uma facção rival às dos suspeitos do sequestro. Na gravação, ele aparece em uma festa com amigos e, em determinado momento, vira para a câmera e, dançando, faz um sinal com os dedos.

 Durante a investigação, os policiais localizaram a casa onde ocorreu a tortura contra Pablo. No local, foram encontrados os documentos das duas vítimas e um suspeito foi detido.

Ele contou aos policiais que Pablo e o colega, depois de serem torturados, foram levados até uma região afastada da cidade pela rodovia MT-242. Porém, no caminho, o colega de Pablo conseguiu escapar.

No local indicado, a polícia localizou outro suspeito, que reagiu à abordagem e trocou tiros com os policiais. Ele ficou ferido e levado para o hospital da cidade, mas não resistiu aos ferimentos.

Segundo a Polícia Civil, a investigação relacionada ao colega de Pablo que escapou foi concluído. Os três suspeitos detidos respondem por crimes de tortura mediante sequestro, tráfico e associação de drogas, posse ilegal de arma de fogo e corrupção de menores. No entanto até hoje o corpo d Pablo não foi localizado. 

A Polícia Civil ainda informou que não foi comprovado que a vítima esteja envolvido com qualquer facção criminosa. O gesto feito por Pablo não seria exatamente associado a uma organização e, conforme a polícia, teria sido feito de forma não intencional.

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