Nova fase de operação contra policiais investigados pela morte de 24 pessoas é deflagrada em Cuiabá

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso e a Polícia Judiciária Civil deflagraram nesta terça-feira (16) uma ação em desdobramento à Operação Simulacrum, desencadeada em 2022 contra um grupo de militares investigados pela morte de 24 pessoas, com evidentes características de execução, além da tentativa de homicídio de, pelo menos, outras quatro vítimas sobreviventes.

Servidores da Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia do Ministério Público do Rio de Janeiro estão em Cuiabá, na região do Manso, oferecendo suporte para realização de perícia em 3D em um dos locais dos homicídios supostamente praticados por policiais militares.

Conforme investigado, as mortes tiveram evidentes características de execução, além da tentativa de homicídio de outras quatro vítimas sobreviventes. A operação faz parte das investigações realizadas em seis inquéritos policiais, já em fase de conclusão, relativos a supostos confrontos ocorridos em Cuiabá e Várzea Grande.

O suporte técnico foi viabilizado por meio de convênio celebrado entre o Ministério Público do Estado de Mato Grosso e o Ministério Público do Rio de Janeiro. Promotores do Núcleo de Defesa da Vida e do Centro de Apoio Operacional do Conhecimento e Segurança da Informação (CAOP/CSI), Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), peritos da Politec e do Batalhão de Trânsito participam da ação.

Simulacrum 

A primeira fase da operação foi deflagrada em 31 de março do ano passado. Na ocasião foram cumpridos 34 mandados de busca e apreensão e de medidas cautelares diversas. As ordens judiciais foram decretadas pela 12ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá.

Os policiais alvos da Operação estavam lotados nos batalhões Rotam, Bope e Força Tática do Comando Regional 1, em Cuiabá, quando executaram 24 pessoas em falsos “confrontos”. Isso é o que indicaram as investigações efetuadas até março de 2022. De acordo com o apurado, a intenção do grupo criminoso infiltrado na Segurança Pública era promover o nome dos policiais envolvidos e de seus respectivos batalhões.

De acordo com as investigações, os militares envolvidos contavam com a atuação de um colaborador que cooptava interessados na prática de pseudos crimes patrimoniais, sendo que, na verdade, o objetivo era ter um pretexto para matá-los.

Após atraí-los a locais isolados, onde já se encontravam os policiais militares, eram sumariamente executados, sob o falso fundamento de um confronto. Os responsáveis pela apuração dos fatos reforçam que há farto conteúdo probatório que contrapõe a tese de confronto apresentada pelos investigados.

Nesta fase de desdobramento, o auxílio de tecnologia será um incremento diferencial nas ações investigativas. Isso porque servidores da Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia do Ministério Público do Rio de Janeiro já estão em Cuiabá, na região do Manso, oferecendo suporte para realização de perícia em 3D em um dos locais dos homicídios supostamente praticados por policiais militares.

Acesse o grupo do Cuiabá Notícias no WhatsApp e receba notícias atualizadas

  (CLIQUE AQUI)

“Ao comentar você declara ter ciência dos termos de uso de dados e privacidade
do Portal e assume integralmente a responsabilidade pelo teor do
comentário. “

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *