O deputado estadual Wilson Santos (PSD), afirmou nesta sexta-feira (12), que se antecipou e procurou o Ministério Público para prestar esclarecimentos sobre sua denúncia de que parlamentares estariam envolvidos com o crime organizado. O órgão, por meio do Núcleo de Ações de Competências Originárias (NACO), requisitou a instauração de procedimento preliminar para apurar o caso.
“Eu me antecipei e fui até lá. Fui ouvido pelo Dr. Regenold, e mais um delegado de Polícia. Saiu a notícia que eu seria chamado, então eu fui até o Ministério Público. Penso que eles irão chamar outras pessoas, mas a minha parte foi feita. Me perguntaram tudo que vocês sempre me perguntam”, disse Wilson.
Wilson disse em entrevista, no mês de abril, que na campanha do ano passado foi barrado em alguns bairros da Capital por integrantes de facções criminosas, que já estavam “fechados” com outros candidatos.
Na época, segundo Wilson, ele procurou o ex-secretário Alexandre Bustamante para cobrar providências. Ainda conforme o deputado, o secretário responde: “Você é o primeiro que vem aqui para pedir providências. Seus outros dois ou três colegas que vieram aqui, vieram me pedir para reinstalar tomadas para que os líderes do crime organizado que estão presos possam recarregar a bateria dos seus celulares”, relatou Wilson.
O promotor Marcos Regenold Fernandes, coordenador do NACO, requisitou a instauração de procedimento preliminar de investigação para apurar as denúncias ‘Despacho’ avulso foi assinado no dia 2 de maio.
O Ministério Público Estadual, especificamente o NACO, tem atribuição de propor as medidas criminais em face de agentes beneficiários de foro especial por prerrogativa de função, no que se inserem os parlamentares estaduais que possam, eventualmente, estarem envolvidos nas condutas ilícitas expostas.