Relatório do TCE sobre Intervenção na Saúde do Estado aponta redução no tempo de espera para internação

Um relatório da Comissão Permanente de Saúde e Assistência Social (CPSA) do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT) destaca, entre as ações positivas do Gabinete de Intervenção na Saúde de Cuiabá, a redução do tempo de espera para internação, de 30 para três dias; ampliação dos serviços e melhora na satisfação dos servidores.

A análise foi gerada a partir de visitas técnicas da equipe do TCE às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Morada Ouro, Pascoal Ramos e Verdão, e às policlínicas do Coxipó, Planalto e Pedra 90, no período de 19 a 24 de abril.

As visitas foram feitas após o presidente da Comissão, o conselheiro Guilherme Maluf, receber denúncias de boicote de servidores aos trabalhos da intervenção. O relatório foi aprovado por unanimidade pelos conselheiros.

Um dos principais destaques está a melhora significativa no processo de regulação de pacientes das unidades para atendimento de maior complexidade. Em média, o tempo de espera por internação reduziu para três dias.

O remanejamento interno de pessoal lotado em unidades básicas de saúde para as unidades da atenção secundária, também foi pontuado entre as melhorias implementadas pela Intervenção. As UPAs e policlínicas passaram a contar com mais profissionais de saúde como médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. A mudança se deu a partir da realização de processo seletivo interno.

A Comissão de Saúde do órgão destacou o sentimento de satisfação dos servidores com o remanejamento do quadro de pessoal, uma vez que antes se sentiam sobrecarregados, com a falta de profissionais em algumas unidades.

Outro ponto destacado pela equipe técnica do TCE, foi o reabastecimento das unidades com medicamentos e insumos. “A situação narrada como caótica até pouco tempo não se faz mais presente, o que tem impactado de forma positiva no atendimento à população”, diz o relatório.

A comissão ainda ressalta a disponibilidade de cadeiras de rodas nas unidades e a reativação dos serviços de raio-X nas UPAs, que estavam suspensos há vários meses.

Segundo o relatório, a medida melhorou o fluxo de pacientes que não necessitam se deslocar para outras unidades para realizar o exame de imagem e, consequentemente, uma maior resolutividade nos diagnósticos médicos.

A retomada da realização de raio-X e outros serviços aconteceu após o pagamento de fornecedores que estavam há meses sem receber. O relatório destaca que os pagamentos foram fundamentais para a “reativação de serviços importantíssimos para manutenção das atividades dessas unidades como os serviços de manutenção de equipamentos médicos e hospitalares”.

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