Edna volta rebater acusação de ‘rachadinha’ e lembra que prática é comum no clã Bolsonaro

A vereadora Edna Sampaio (PT) é alvo de três pedidos de cassação na Câmara de Cuiabá, após a denúncia de um suposto esquema de “rachainha” em seu gabinete. Nesta quinta-feira (4), durante a sessão na Câmara, a vereadora usou a tribuna e voltou a se defender. 

Edna refutou que tenha implantado sistema de rachadinha, ao exigir que sua antiga chefe de gabinete depositasse R$ 5 mil de verba indenizatória em uma conta bancária em seu nome. Em seu discurso, a petista afirmou que quem cometeu tal crime foi o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus filhos.

“Não fiz rachadinha, porque isso é apropriação do salário do servidor, o que fez os filhos do Bolsonaro, o que fez Bolsonaro com seus contratados; contratos fantasmas, em que as pessoas não apareciam no trabalho e devolviam parte de seus salários para encher os bolsos do parlamentar. Não estamos falando de rachadinha e não admito que alguém aqui levante essa questão”, afirmou. 

A declaração de Edna faz alusão à investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos). O órgão aponta que o chefe de gabinete do parlamentar recebeu R$ 2,104 milhões em depósitos provenientes das contas de seis servidores. Além do esquema de rachadinha, o funcionário de Carlos teria usado contas pessoais para pagar despesas do vereador. 

No caso da vereadora Edna, conforme a denúncia veiculada na quarta-feira (3), pelo site ‘RD News’, Edna recebeu pelo menos R$ 20 mil de Verba Indenizatória (VI) em transferências feitas no ano passado por sua então chefe de gabinete, Laura Natasha Oliveira. 

A servidora foi exonerada no final do ano passado mesmo estando gestante e acabou sendo indenizada em R$ 70 mil. Ela ganhava R$ 7 mil de salário e mais R$ 5 mil de VI.

Edna garantiu que o recurso da VI foi utilizado por ela para quitar despesas do mandato e reforçou não se tratar de devolução do salário da então chefe de gabinete.

“Não se trata de salário, mas de verba indenizatória, que não é complemento salarial. Eu, que uso esse recurso público para dar publicidade do mandato, que faço prestação de contas de todos os itens gastos desse recurso que é público e não faz parte dos nossos salários, sou acusada de fazer rachadinha”. 

A vereadora também voltou a citar que tudo não passa de ‘Fake New’ e que é vítima de perseguição tanto do grupo político do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) quanto do governador Mauro Mendes (União).

“Mais uma vez sou vítima de violência política de gênero. Essa violência é um ataque dos homens que dominam o poder e que tentam interditar meu mandato, para que eu me ocupe e me desgaste emocionalmente com acusações que não tem absolutamente nenhum fundamento”, declarou

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