O governador Mauro Mendes (União Brasil), anunciou que autorizou a Secretaria de Fazenda do Estado a pagar R$ 440 milhões a bancos para viabilizar a concessão, em definitivo, da duplicação da rodovia BR-163 em Mato Grosso. A declaração foi dada a produtores rurais e políticos no lançamento Norte Show, em Sinop (a 480 km de Cuiabá), na noite de terça-feira (18).
Foto: Reprodução Secom
Em 2022, o Governo de Mato Grosso propôs que a MT Par, assumisse o controle da concessão, que pertence à Rota do Oeste, para retomar as obras de melhorias na rodovia federal.
“Hoje, eu autorizei o secretário da Fazenda Rogério Gallo a depositar R$ 440 milhões na conta da MT Par (…) para quitar os bancos e ter condição de fazer a transferência societária. Agora depende do TCU (Tribunal de Contas da União), e daqui a poucos dias nós teremos o início definitivo das obras”, disse.
De acordo com o governador, os primeiros pontos da duplicação deve acontecer no trecho do Posto Gil, próximo a Diamantino, a Nova Mutum e prosseguir por toda via.
“Licitamos, neste momento, Posto Gil a Nova Mutum. Já está também finalizando a licitação para a requalificação de 100% da pista atual e vai melhorar muito a condição de rodagem para o grande tráfego que nós temos durante o período de safra. Se Deus quiser, nos próximos dias estará tudo resolvido”, disse.
O segundo trecho da rodovia a receber os trabalhos será no perímetro de Sinop.
“E o próximo trecho a ser contratado é a travessia urbana na cidade de Sinop, que sabemos o quanto isso tem sido um transtorno para todos vocês”, emendou.
Mendes ainda contou que para o Estado assumir, por meio da MT Par, a concessão da via, falta o aval do TCU.
BR-163
Conforme a proposta apresentada pelo Governo, nos próximos dois anos serão investidos R$ 1,2 bilhão para a conclusão das obras no trecho mato-grossense da BR-163, com recursos próprios.
Em Mato Grosso, desde 2014, trecho de 800 km da BR-163 estão sob responsabilidade da Rota do Oeste, que se comprometeu a duplicar mais de 450 km de asfalto no Estado.
Entretanto, apenas 120 km de duplicação foram executados. O não cumprimento do contrato passou a ser apontado como a principal causa de mortes registradas na rodovia.
Em crise e sem caixa, a Rota do Oeste aceitou desistir da concessão.