Mauro Mendes favorece aliados e ‘patrola’ oposição na distribuição de emendas

De acordo com a reportagem do Jornal A Gazeta, o governador Mauro Mendes (União) seguiu a cartilha de patrolamento da oposição e priorizou os deputados da base de sustentação na distribuição de emendas parlamentares de 2022, último ano do seu primeiro mandato.

ALMT

O levantamento, feito pela Gazeta com base no Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças (Flipan), mostra que dos 4 parlamentares oposicionistas, 3 não tiveram nem 50% de suas emendas pagas.

Curiosamente, dois deputados que menos foram contemplados não se reelegeram no ano passado. O deputado Delegado Claudinei (PL), por exemplo, teve apenas R$ 1.810 milhão pagos entre o ano passado e abril março deste ano.

Conforme o orçamento do ano passado, ficou estabelecido que R$ 225.919.933,00 são exclusivos para emendas parlamentares impositivas. Cada deputado, teve o direito de indicar R$ 9.413 milhões.

Outro ex-deputado que não foi privilegiado com suas emendas foi Ulysses Moraes (PTB). Ele teve R$ 2.2 milhões de emendas pagas pelo governo. Ele foi um dos principais críticos da gestão Mendes, votando mais 90% contra os projetos do Executivo.

 

A maioria das emendas destinadas por Claudinei e Ulysses foram para o Fundo Estadual de Saúde,Secretarias de Segurança Pública (Sesp), Agricultura Familiar (Seaf) e Assistência Social e Cidadania (Setasc).

Já o terceiro menos beneficiado pelo governo Mauro foi Lúdio Cabral (PT). Dos seus R$ 9.4 milhões, o petista teve R$ 4.4 milhões liberados até o momento. No ano passado foram liberados R$ 3.092 milhões. E, neste ano, R$ 1.350 milhão, a maior emenda paga pelo Estado até o momento entre os deputados.

Lúdio Cabral é considerado pelo Paiaguás como o principal opositor, votando 99% contra gestão. Porém, o governador classifica a atuação do petista como uma oposição responsável, diferente como classificava as atuações de Claudinei e

Ulysses Moraes.

O oposicionista mais atendido pelo governo foi o deputado Faissal Calil (Cidadania). Até o momento, ele teve R$ 6.6 milhões de emendas, valor mais elevado do que conseguiram os governistas, Sebastião Rezende (União) e a deputada Janaina Riva (MDB).

A benevolência com Faissal não é à toa. O deputado chegou a ser convidado para ser secretário de Ciência e Tecnologia em 2021. Porém, não se concretizou.

O principal embate dele com o Paiaguás foi em relação a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) referente à energia solar em Mato Grosso. A disputa chegou ao campo judicial.

Max é o único a ser comtemplado com 100%

Em compensação, os aliados do governo Mauro Mendes têm sido contemplados mais rápido que os oposicionistas. Um exemplo é o deputado Max Russi (PSB) que é o único que teve suas emendas pagas em 100%. Russi teve seus R$ 9.413.329,68 quitados ainda em 2022.

O segundo beneficiado com emendas foi o atual secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), Allan Kardec (PSB), que não conseguiu se eleger deputado federal.

O ex-parlamentar foi secretário de Cultura e Esporte da primeira gestão Mauro Mendes. Ele teve R$ 9,3 milhões em emendas
executadas.

O terceiro mais beneficiado foi o ex-deputado Dr. Gimenez (PSD) com R$ 9 milhões, seguido por Paulo Araújo (PP) com R$ 8,9 milhões, Dilmar Dal Bosco (União) R$ 8.8 milhões, Eduardo Botelho R$ 8,6 milhões, Dr. João (MDB) R$ 8,5 milhões e Drº Eugênio R$ 8,2 milhões, fechando a lista dos 10 que mais receberam emendas.

Jornal A Gazeta

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