O juiz Wagner Plaza Machado Júnior, da Terceira e Segunda Vara Criminal de Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá), decretou a prisão preventiva do barbeiro Rodrigo Machado de Oliveira, acusado de explodir uma bomba em um supermercado do município no dia 4 abril. A explosão deixou quatro pessoas gravemente feridas.
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Conforme as investigações da Polícia Civil, a explosão fazia parte de um plano para extorquir R$ 300 mil em criptomoedas dos empresários donos de uma rede se supermercados na cidade.
O investigado foi preso em flagrante na última semana porque estava em posse de uma munição irregular. O material foi apreendido durante um cumprimento de mandado de busca e apreensão
Entretanto, devido às circunstâncias do fato apurado, o delegado pediu a prisão preventiva de Rodrigo. Segundo o relato do barbeiro à Polícia Civil, o inicio do plano foi no final do ano passado, quando começou a comprar tubos de ferro, receptores de controle remoto e montou algumas bombas.
Ainda conforme o inquérito, Rodrigo tinha familiaridade com a fabricação de bombas desde 2015, mas só teve a ideia de fabricar os explosivos para obter vantagem financeira em dezembro de 2022.
No dia 31 de março deste ano, o barbeiro foi até duas filiais da rede de supermercados no bairro Vila Operária e instalou as bombas. A bomba explodiu no dia 4 de abril e a outra foi desabilitada pela polícia, em outro supermercado no bairro Jardim Tropical.
A decisão do juiz foi proferida no dia 14 de abril em processo que versa sobre crimes do sistema nacional de armas e o crime de extorsão.
Na manhã do dia do ataque, Rodrigo chegou a ligar para o estabelecimento pedindo o pagamento de R$ 300 mil em bitcoins para não deflagrar o explosivo, que acabou sendo detonado horas mais tarde. No dia seguinte, o suspeito ainda teria ligado novamente para o mercado exigindo a mesma quantia.
“Desse modo, merece acolhimento a representação formulada pela autoridade policial, pois, as circunstâncias da prática do delito, aferidas neste momento de forma concreta, justificam a decretação do recolhimento cautelar do acusado. Nesse lastro, observo que estamos diante de crime gravíssimo perpetrado com excessiva violência e grave ameaça à pessoa, em que o representado iniciou meticulosamente o plano criminoso em outubro de 2022, com a compra de equipamentos para as bombas, escolha da vítima e planejamento operacional, como o estudo de câmeras, rotas de fuga, etc”, diz trecho da decisão.
Os autos foram encaminhados à instância superior para esclarecer se o caso ficará sob competência da Segunda ou Terceira Vara Criminal de Rondonópolis.