Duas alunas do 9º ano de uma escola de Querência (a 945 km de Cuiabá) foram apreendidas nesta quinta-feira (13), suspeitas de publicarem mensagens de ameaças de massacre nas redes sociais. A identificação das menores, de 14 e 15 anos, ocorreu após a diretora da escola acionar a equipe policial. No município de Alta Floresta (a 800 km de Cuiabá), outro adolescente foi identificado como autor de ameaças a uma escola da cidade. Além das ameaças, o menor também divulgou mensagens racistas e homofóbicas.
Em Querência, a equipe da Polícia Civil foi até a instituição, localizada em um assentamento, onde as menores foram identificadas e intimadas para oitiva na delegacia. Em conversa com o delegado Danilo Rodrigues, as adolescentes afirmaram que estavam apenas fazendo uma brincadeira.
O delegado instaurou procedimento na delegacia para verificação das condutas das menores e destacou que todas as denúncias que chegam à unidade estão sendo apuradas.
“A Polícia Civil está trabalhando e contamos com apoio dos pais e da sociedade por meio de denúncias ou outras informações. Todos os casos de possíveis massacres em unidades escolares da região serão apurados”, disse o delegado.
Em Alta Floresta, o menor de 16 anos foi identificado com apoio da Delegacia de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), que apurou o usuário do perfil da rede social usado para publicar as mensagens contra uma escola pública da cidade. Após a identificação, a equipe policial chegou à localização da proprietária do telefone utilizado, que é mãe do menor.
Em entrevista aos policiais, o adolescente assumiu que acessava as redes sociais utilizando o celular da mãe para criar um perfil e expor as mensagens. Ele foi encaminhado à Delegacia de Alta Floresta, acompanhado da mãe, onde foi ouvido e lavrado um Boletim Circunstanciado de Ocorrência pelo crime previsto no Artigo 41, que provocar alarme, anunciando perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto.
Escola Segura
A Polícia Civil integra a Operação Integrada Escola Segura, que é nacional, e está identificando quem está se escondendo atrás das telas dos celulares para provocar tumulto. T
“Destacamos ainda que, de todos os casos em que a DRCI atuou diretamente ou indiretamente, 100% se tratam de trotes, ou seja, fake news e é muito importante que a população ajude freando a divulgação dos conteúdos que estão circulando”, pontua o delegado Ruy Guilherme Peral.
A orientação para as mães, pais e comunidade escolar é que ao receberem vídeos, fotos e mensagens de ameaças ou supostos ataques, que enviem por mensagem para o perfil oficial da Polícia Civil de Mato Grosso (@policiacivil_mt) ou pelo WhatsApp para denúncias (65) 99973-4429, além do 197 e 181.