O governador Mauro Mendes (União Brasil), afirmou que pediu apoio ao governo federal, por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, para capturar os criminosos que invadiram a cidade de Confresa (a 1.160 km de Cuiabá) na tarde domingo (9). Mendes classificou a ação como terrorista.
Em entrevista à imprensa na manhã desta segunda-feira (10), Mendes afirmou que solicitou apoio diretamente ao ministro da Justiça, Flávio Dino.
“Hoje de manhã, falei com o ministro Flávio Dino pedindo apoio da Força Aérea para, se houver um deslocamento atípico de aeronave na região, que possa ser detectado. Temos que implementar todas as forças possíveis e vamos fazer isso do lado de Mato Grosso”, revelou o governador.
O governo disse ainda que os secretários estaduais de Segurança Pública de Mato Grosso e dos estados vizinhos, Pará, Tocantins e Goiás, têm trocado informações para evitar que a quadrilha consiga fugir e repetir as ações em outras localidades.
“Todos nós fomos surpreendidos pela ação desses bandidos com característica de terrorista que atacaram o nordeste do Estado. Eles estavam se deslocando hoje de manhã pelo rio Araguaia. Ontem mesmo nós fizemos contato com os governadores de Goiás, Tocantins e Pará. Nossos secretários de Segurança estão se falando”, pontuou.
Conforme o governador de Mato Grosso, um dos pedidos ao ministro Flávio, é para que os policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) possam atuar nas fronteiras.
Entenda o caso
Cerca de 20 criminosos fortemente armados com fuzis, coletes a prova de bala e carros blindados invadiram a cidade de Confresa na tarde de domingo, a fim de roubar a empresa Brinks. Ação criminosa iniciou com o cercamento da base da Polícia Militar para impedir a ação dos policiais. Os bandidos, fortemente armados, incendiaram veículos e efetuaram disparos em diversos pontos do município. Um carro do Corpo de Bombeiros foi alvo de disparos do bando.
Durante a noite, três aviões com policiais da Força Tática foram enviados para reforçar o combate à ação criminosa, além do reforço por terra.
Segundo o comandante-geral da PM, Alexandre Mendes, os bandidos foram vistos pela última vez em uma comunidade indígena, onde tomaram posse de quatro embarcações e fugiram pelo rio. Até o momento, nenhum suspeito foi encontrado.