As forças de Segurança do Estado estão à procura dos criminosos que invadiram a cidade de Confresa (a 1.160 km de Cuiabá) na tarde domingo (9). Secretaria de Segurança Pública do Estado (Sesp-MT), equipes da Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil, Ciopaer e setores de inteligência trabalham de forma ininterrupta na captura dos criminosos, que fugiram para uma região de reserva indígena.
Na manhã desta segunda-feira (10), a Sesp, informou que a ordem pública foi restabelecida na cidade, no início da noite de domingo (09). E que as Forças de Segurança estão atuando desde o início da ação criminosa na região. A Sesp destaca ainda que os criminosos fugiram da cidade, após o cerco policial, sem conseguir efetuar o assalto na empresa de transporte de valores.
Reprodução
A Secretaria de Segurança Pública está recebendo apoio na Polícia Federal e também das secretarias de Segurança dos estados que fazem divisa com Mato Grosso, sendo eles Pará, Tocantins e Goiás;
“Todos os esforços estão sendo efetivados para prender os criminosos, porque o Governo tem tolerância zero contra o crime organizado”, diz trecho da nota.
A ação criminosa teve início na tarde de domingo, ao menos 20 bandidos invadiram a cidade, eles usavam veículos SW4 blindados e estavam de coletes à prova de balas. O intuito dos criminosos era abrir o cofre principal da seguradora Brinks.
Para evitar a ação da Polícia Militar, outro grupo de bandidos renderam e invadiram a base da PM na cidade, colocaram veículos para interromperem a passagem e atearam fogo, além de darem muitos tiros na tentativa de paralisar a ação dos policiais. Enquanto isso, outros grupos espalharam terror pela cidade. Vários veículos foram incendiados, uma viatura do Corpo de Bombeiros chegou a ser alvejada pelos bandidos.
Os bandidos chegaram a explodir algumas paredes do prédio, mas não conseguiram abrir o cofre principal.
A ação dos criminosos foi registrada por câmeras de segurança em diversos pontos da cidade. Moradores também registraram a ação criminosa. Nas imagens é possível ver os bandidos com fuzis, capacetes e coletes a prova de bala.
De acordo com comandante-geral da PM, Alexandre Mendes, os criminosos usaram civis como reféns para entrar na empresa, o que inibiu a ação policial para proteger a vida dos reféns.
“Eles usaram civis para invadir a agência, enquanto eles estavam na empresa fazendo a detonação dos explosivos que destruíram várias paredes na tentativa de chegar ao cofre principal, os reféns estavam lá. Por essa razão a polícia não pode aproximar da empresa Brinks. Eles queimaram alguns carros e carretas para bloquear o acesso da cidade sentido Vila Rica para Confresa, e a polícia não conseguiu se aproximar por esse acesso”, relata o comandante-geral da PM.
Segundo Alexandre a equipe recebeu informações de que os criminosos poderiam fugir pelo aeroporto de Confresa.
“Nós tivemos informações de que eles poderiam fugir de avião. Uma equipe foi para o aeroporto de Confresa e fechou a unidade. Eles abandonaram todos os reféns e conseguiram fugir sentido a cidade de Santa Terezinha. De lá tiveram acesso a aldeias indígenas, e ao rio onde fugiram em quatro embarcações. Tivemos a informação de ribeirinhos e indígenas que por volta das 4h eles foram vistos passando por uma região conhecida como ‘Lagoa Grande’, declara Alexandre.
Em nota, a empresa segurança Brinks, afirmou que os criminosos invadiram a agência, mas não conseguiram levar nenhum valor que estava nos cofres. Conforme a Brinks, nenhum funcionário ficou ferido durante a ação dos bandidos.