A bancada de oposição ao governador Mauro Mendes (União) questionam a insistência do governador Mauro Mendes (União) para retomar a concessão do Parque Chapada dos Guimarães ao estado de MT. O deputado Lúdio Cabral (PT) é um dos parlamentares que indaga quais seriam os “reais interesses” do gestor para assumir a administração da área de conservação.
Lembrando que atualmente é gerida pela iniciativa privada por meio de uma concessão efetivada pelo governo Bolsonaro.
“O posicionamento do governador é muito contraditório e nós sabemos que há interesses econômicos no ramo da mineração, que tem relação com o governador, e que abre uma série de questionamentos”, pontuou.
O petista ainda defende que o governo aplique os investimentos em unidades de conservação já existente como, por exemplo, a Serra do Ricardo Franco e Roncador.
“Não há necessidade da estadualização. Se ele tem R$ 200 milhões de recursos para aplicar em Chapada, porque ele não usa para utilizar a gestão de todas as unidades de conservação que nós temos em Mato Grosso. Inclusive temos o Mirante da Chapada, que é do Estado e está abandonado”, disse.
Entenda
Mauro Mendes quer a ”estadualização” do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. Ele encaminhou ofício ao presidente Lula, reafirmando o pedido.
O certame de concessão do Parque foi realizado em 22 de dezembro de 2022, e conduzido pela B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. A empresa propôs o valor de R$ 1.009.132,27. O prazo para concessão é 30 anos e prevê a prestação de serviços públicos de apoio à visitação, revitalização, modernização, operação e manutenção dos serviços turísticos do parque.
A previsão de investimentos ao longo do período de concessão é de R$ 18 milhões em infraestrutura, além da expectativa de mais R$ 200 milhões aplicados em operação e gestão.