O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), abriu uma investigação preliminar para apurar suposto envolvimento de vereadores da Câmara de Cuiabá com a facção criminosa Comando Vermelho e da influência da organização na eleição para a Mesa Diretora da Casa. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (13) pelo procurador de Justiça Domingos Sávio em publicação nas suas redes sociais.
“Vamos aguardar as investigações do Gaeco, e tenho certeza que teremos o esclarecimento de tudo isso”, disse o procurador.
A suspeita sobre o envolvimento da organização criminosa na eleição municipal foi denunciada primeiro pelo vereador eleito Rafael Ranalli (PL) e, depois, pelo prefeito eleito Abilio Brunini (PL).
Abilio chegou a citar que alguns parlamentares teriam sido abordados por colegas com a oferta de R$ 200 mil para votar em um candidato à Mesa. Segundo Abilio, o dinheiro viria da facção.
O promotor de Justiça João Batista de Oliveira, que integra o Gaeco, abriu a investigação preliminar, chamada de “notícia de fato”, que se dá quando a autoridade investigadora não tem elementos suficientes para abrir um Procedimento Investigatório Criminal. Caso consiga os elementos, abre-se uma investigação.
O promotor determinou a intimação, nesta quarta-feira (13), do prefeito eleito para prestar esclarecimentos sobre o caso.
Nesta semana, o prefeito eleito comunicou à imprensa que denunciou o suposto envolvimento de facção na eleição de vereadores para a Segurança Publica de Mato Grosso e também à Polícia Federal.