Em debate, candidatos fazem ataques e acusam rivais por atos de corrupção

Os candidatos à Prefeitura de Cuiabá participaram nesta terça-feira (3) do debate promovido pela TV Vila Real, canal 10.1, afiliada à TV Record. Abilio Brunini (PL), Domingos Kennedy (MDB), Eduardo Botelho (União Brasil) e Lúdio Cabral (PT) discutiram os problemas da cidade e apresentaram propostas frente a frente.

No encontro, os postulantes puderam fazer perguntas entre si, responder questionamentos de jornalistas e apresentar suas propostas para os principais gargalos da cidade. 

Os candidatos a prefeito de Cuiabá fizeram duros ataques entre si, o confrontos mais intensos aconteceu entre os candidatos Lúdio Cabral e Eduardo Botelho, que trocaram acusações em vários momentos do encontro. 

Desta vez, Abílio adotou um comportamento menos agressivo que Botelho e Lúdio. Já Domingos Kennedy focou nas propostas de campanha. 

 

Veja o resumo do debate:

Domingos Kennedy (MDB), defendeu ações efetivas para recuperar o caixa da Prefeitura de Cuiabá. O assunto foi levantado durante questionamentos ao candidato Eduardo Botelho (União Brasil).

“Você só pensa no governador para salvar sua vida, faz gestão (Botelho). Inclusive, eu preciso que você reveja a Lei 746 que aprovou na Assembleia, vamos perder R$ 400 milhões da prefeitura. Com esse valor eu faço 100% do asfalto em Cuiabá, faço 120 creches, compro remédio por 10 anos para a Saúde”, apontou Kennedy.

Botelho rebateu argumentando que quando Mauro Mendes (União Brasil) deixou a prefeitura para Emanuel Pinheiro (MDB), o Executivo Municipal estava melhor do que atualmente.

“O candidato está totalmente desinformado e está sendo orientado por seu mentor Emanuel Pinheiro. Emanuel não deu atenção para atrair empresas, inclusive o senhor que saiu e foi para o Paraguai”, rebateu Botelho.

Abilio Brunini (PL), apresentou propostas para desafogar o sistema na saúde na capital e sugeriu a construção de um hospital na região Sul, no local da Policlínica do Coxipó. 

“Estamos planejando construir um novo hospital na Região Sul, no local da Policlínica do Coxipó. Vamos transformar ali em um pronto atendimento para essa região que é mais afastada. Vamos fazer uma UPA no Bairro Pedra 90. Queremos colocar ortopedistas nas Upas. Isso vai desafogar o HMC e outros hospitais”, afirma Abilio.

Abilio ainda relembrou sua atuação como vereador, que resultou em fiscalizações que começaram a desvendar os esquemas de corrupção na capital e da atual gestão.

“As operações que aconteceram dentro da Secretaria Municipal de Saúde são fruto da nossa fiscalização como vereador. A gente tem pontuado desde essa época que não pode ser como está. Com corrupção, falta de transparência, ingerência. Inclusive boa parte dos vereadores que prejudicam Cuiabá estão com um candidato aí”, disse o candidato, no primeiro Bloco.

O embate maior ficou entre Lúdio e Botelho. Lúdio questionou Botelho sobre “como ele teria coragem de pedir votos a população sendo réu confesso em um suposto esquema para desvio de dinheiro do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT)”. O escândalo culminou na Operação Bereré, deflagrada em 2018.

 

“Botelho, o senhor é réu confesso. Você confessou que participou do esquema que desviou mais de R$ 200 milhões no Detran. À Justiça obrigou, no acordo de confissão, a devolver R$ 800 mil aos cofres. Você acha ético pedir votos?”, questionou.

 

Na sequência, Botelho respondeu lembrando que Lúdio foi alvo do Ministério Público de Mato Grosso (MPE) por utilizar dinheiro de propina em sua campanha eleitoral à Prefeitura de Cuiabá, em 2012. O parlamentar ainda apontou que o petista era apadrinhado pelo ex-governador Silval Barbosa e ex-secretário de Estado Eder Moraes, condenados por esquemas de corrupção no governo de Mato Grosso.

 

“O candidato Lúdio está acostumado com a mentira, ele, sim, foi conduzido na Operação Rêmora. Você foi 2 vezes candidato de Silval, vamos lembrar isso gente. O coordenador financeiro dele era Eder Morais, que pegou dinheiro, tá na confissão. O senhor mente, foi conduzido à polícia. O senhor, sim, roubou dinheiro para fazer companhia, sempre foi mal acompanhado. Tinha até musiquinha lá, Silval, Lúdio. Não esqueça disso”, rebateu.

Botelho, por sua vez, defendeu criação de um comitê para  acompanhar todas as secretarias e seus devidos gastos.  Focou ainda na parceria com o Mauro Mendes para tirar Cuiabá do ‘buraco’. 

 

“Vamos começar a arrumar a saúde com a gestão controlada por um comitê, todas as secretarias terão metas e nós teremos transparência total e o comitê vai acompanhar a gestão de recursos”, afirmou Botelho. 

 

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