Luiz Soares: o eterno Constituinte de Mato Grosso
NEILA BARRETO Luiz Antônio Vitório Soares era filho do ex-deputado estadual Oscar Soares e de Maria de Lourdes Vitória Soares. Nasceu em 09 de março de 1958 e tinha 3 irmãos, sendo um homem e duas mulheres. Luiz Soares deu início à vida pública ainda jovem. Advogado e político brasileiro. Foi eleito, aos 23 anos, o deputado mais novo na história política da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (ALMT). Natural de Alto Garças-MT. Chegou aos três anos de idade a Cuiabá-MT, cidade que nunca deixou. Além de deputado estadual e secretário de Saúde, foi senador da República e vice-prefeito de Cuiabá durante a gestão de Roberto França. Exerceu os mandatos de Deputado Estadual – MT de 1982 a 1986; 1986 a 1990; 1994 a 1998. Senador por MT de 1999 a 2007 e Vice-prefeito por Cuiabá de 2000 a 2004. Luiz Soares foi secretário de Saúde de Cuiabá, por seis anos, de Várzea Grande e do Estado de Mato Grosso. “Ele dedicou grande parte de sua vida pública à área da saúde, onde conheceu com profundidade e se apaixonou pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que defendia como sendo o melhor programa de saúde do Brasil a servir de modelo para o mundo”. Soares teve sua carreira política marcada por ter sido um dos relatores da Constituinte Estadual de Mato Grosso em 1989, relator do Estatuto dos Servidores Públicos de Mato Grosso, e autor da Lei que criou a Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso. Foi ainda um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira em Mato Grosso-PSDB, tendo sido o primeiro candidato ao governo do Estado de Mato Grosso pela sigla. Foi um dos Deputados Constituintes, tendo como parceiros: Antônio Amaral, Presidente; Haroldo Arruda, 1º Vice-Presidente; Antônio Joaquim, 2º Vice-Presidente; João Teixeira, 1º-Secretário ;Geraldo Reis*, 2º Secretário; Kazu Sano, 3º Secretário – Luiz Soares, Relator Branco de Barros – Eduíno Orione – Hermes de Abreu – Hilton de Campos – Jaime Muraro* – João Bosco – José Lacerda – José Arimatéia – Moacir Gonçalves* – Moisés Feltrin – Ninomiya Miguel – Osvaldo Paiva – Roberto Cruz – Roberto França – Thaís Barbosa – Teócles Maciel – William Dias. Participantes: Arimatéia Silva – Francisco Monteiro – Hermínio Barreto*** – Pedro Lima – Renato dos Santos.In Memoriam: Augusto Mário Vieira** – Sebastião Alves Júnior**. *Suplentes que assumiram em definitivo o mandato.**Faleceram antes da promulgação da Constituinte Elegeu-se antes dos términos da Constituinte. Como Senador, suplente do senador Antero Paes de Barros assumiu o cargo no período de 01/06/2005 a 29/09/2005 oportunidade em que em sua posse se trajou da forma mais costumeira e característica: terno e tênis. No Senado apresentou as seguintes Proposições: PLS 325/2005 – que Altera o art. 6º da Lei 1.079, de 10 de abril de 1950, adicionando hipóteses de crime de responsabilidade do Presidente da República contra o livre exercício dos demais Poderes ou instituições federais e PLS 288/2005 – que Altera a Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990, para proibir que detentor de mandato eletivo exerça atividade de apresentador ou comentarista de programa veiculado por emissora de rádio e televisão. Teve seus Trabalhos publicados: – Relator da Constituinte Estadual de Mato Grosso – 1989; – Relator do Estatuto dos Servidores Públicos de Mato Grosso (Lei Complementar n°04/90); – Autor da Lei Complementar nº 06/90. Dispõe sobre o processo legislativo, a elaboração, a redação e a consolidação das leis. – Autor da Lei Complementar n° 07/90. Dispõe sobre a organização da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso. Esportista, exímio jogador de vôlei, participou de inúmeros campeonatos em Cuiabá e Mato Grosso. Arriscou a candidatar-se a vice-presidente da Federação Mato-grossense de Futebol junto ao ex diretor do D. Bosco – Cláudio Coelho Barreto, em épocas atrás. Seu último cargo público foi como secretário de Estado de Saúde na gestão do ex-governador Pedro Taques. Soares foi nomeado em 2017. Faleceu em Cuiabá dia 16 de junho de 2022, de causas naturais, em sua residência em Cuiabá, o político mato-grossense Luiz Antonio Vitório Soares. Aos 64 anos, ele deixa a viúva Viviane Soares, e três filhas: Marina, Thaís e Vitória. NEILA BARRETO é membro da AML e presidente do IHGMT desde setembro/2020 aos dias atuais. Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Cuiabá Notícias
A força dos conselhos para empresas familiares: Empresas familiares são responsáveis por parcela significativa do PIB
Cristhiane Brandão Empresas familiares são pilares da economia global, responsáveis por uma parcela significativa do PIB em diversos países, entre eles o Brasil. Contudo, elas enfrentam vários desafios para se manterem firmes em um mercado em constante evolução, o que vem exigindo um conjunto de estratégias que garantam a sua perenidade. As questões que afetam essas empresas geralmente são similares, entre elas, falta de planejamento da sucessão, o que faz com que apenas 25% sobrevivam à segunda geração; conflitos de interesse entre as posições ocupadas pela família no negócio e geram desarmonia; e a falta de profissionalização da gestão. Com a governança familiar e a governança corporativa, vai ser possível construir um conjunto de processos, normativas, estruturas e práticas para otimizar o valor da empresa, assegurar sua longevidade e alinhar os objetivos da família para com seus investimentos e negócios. Dessa forma proprietários, colaboradores, sociedade, e outros stakeholders envolvidos podem sentir sustentabilidade e crescimento. Um dos primeiros passos nessa jornada é a criação de conselhos, entre eles, o Conselho de Família, o Conselho de Administração e/ou o Conselho Consultivo. Cada um com a sua função, sendo o primeiro responsável por definir os valores e a missão da família, além de discutir questões familiares como interesses, conflitos, expectativas, ética, conduta, entre outros. Já o Conselho de Administração é um órgão colegiado composto por profissionais, executivos e especialistas multidisciplinares com a função de zelar pelo direcionamento estratégico, reestruturação de processos e com o retorno positivo sobre os investimentos. Por fim, temos o Conselho Consultivo, um órgão colegiado que auxilia os sócios e acionistas na tomada de decisões estratégicas. Apesar de ser apenas orientativo, o Conselho Consultivo é um importante passo para profissionalizar a empresa, pois reúne funções como: reforçar e alinhar missão e valores da empresa; construir visão de longo prazo e monitorar a condução da estratégia do negócio; melhorar a qualidade dos relatórios gerenciais; sugerir ou aprimorar mecanismos de gestão de riscos, ética, inovação e de transações entre partes relacionadas; ainda facilitar a comunicação. A presença de conselheiros independentes cria um espaço salutar para mediar divergências e alinhar os interesses de todos os membros da família. Além disso, permite insights valiosos que poderão orientar (os membros dos outros dois conselhos) em decisões voltadas aos interesses do mercado. Na prática, esse olhar técnico e apurado vai fazer a diferença no sentido de observar oportunidades e evitar riscos, estando sempre um passo à frente. Na hora de compor o Conselho Consultivo, busque, primeiramente, conhecimento. Priorize a composição a partir de especialistas em suas áreas de atuação, que podem administração, vendas, jurídico, marketing, além de conselheiros profissionais, que possuem certificação em governança corporativa e podem promover a manutenção das boas práticas de governança. Outro fato primordial é que sejam profissionais independentes e que não atuem de modo a não favorecer algo ou alguém e, consequentemente, criem conflitos de interesses com ou entre os sócios. Vale a pena investir em diversidade: de idades, gêneros, áreas de atuação e conhecimentos especializados. Quanto mais pontos de vista complementares, mais ricas serão as recomendações para a organização. Recentemente, estive em São Paulo com a presidente do Conselho do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, listada pela revista Time como uma das 100 mulheres mais influentes do mundo. Ela diz que em sua sala de trabalho há uma frase de São Francisco de Assis que sempre a direciona: “Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e, de repente, você estará fazendo o impossível”. Atuando há quase uma década com Governança Familiar, observo que o início dessa jornada é desafiador. Começamos fazendo o necessário, com muita determinação e resiliência, para depois ampliarmos para o possível. Então, o que parecia impossível se torna uma realidade: transformamos cenários que poderiam significar um “fim” em um “futuro” promissor para a empresa familiar. Cristhiane Brandão é conselheira de Administração. Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Cuiabá Notícias
A urgência de combater a violência contra a mulher
CORONEL FERNANDA Há algum tempo, uma reportagem na TV trouxe à tona um caso emblemático e perturbador: um menino, em um ato desesperado de coragem, ligou para a polícia pedindo ajuda enquanto via sua mãe sendo brutalmente agredida pelo pai. Essa história, embora comovente e revoltante, não é um caso isolado. Pelo contrário, ela reflete a dura realidade que muitas mulheres enfrentam diariamente em todo o Brasil. A violência contra a mulher é uma questão que vai além de um problema familiar. É uma emergência social, de saúde pública e de segurança que exige respostas imediatas e firmes. É por isso que tenho trabalhado incansavelmente no Congresso Nacional para apresentar e defender propostas que busquem enfrentar esse cenário de forma eficaz. Entre as pautas que lidero está o Projeto de Lei 2526/24, que propõe o aumento das penas para o crime de estupro. Esse projeto busca não apenas endurecer as consequências legais para os agressores, mas também enviar uma mensagem clara de que a sociedade brasileira não tolerará tamanha brutalidade. Outro projeto de suma importância é o PL 3710/2023, que visa ampliar a proteção das mulheres, especialmente em momentos de grande vulnerabilidade, como durante a gestação. Essa proposta criminaliza a violência obstétrica, reconhecendo que essa forma de agressão é um ataque à integridade física, à dignidade e aos direitos fundamentais das mulheres. Entretanto, leis mais rígidas e ações legislativas precisam vir acompanhadas de uma mobilização nacional. Denunciar é uma das ferramentas mais poderosas para combater a violência doméstica e outros tipos de agressão. Para isso, contamos com canais como o Disque 180, disponível em todo o território nacional, e o 181, em Mato Grosso. Meu compromisso com a segurança das mulheres brasileiras é constante e prioritário. Estamos falando de vidas, de famílias que precisam ser protegidas, e de uma sociedade que não pode mais fechar os olhos para esse problema. A conscientização é importante, mas precisamos ir além: é hora de agir, implementar políticas públicas efetivas e garantir que a proteção seja uma realidade para todas as mulheres. Conclamo cada cidadão a fazer parte dessa luta. A violência contra a mulher não é apenas um problema das vítimas ou das famílias envolvidas: é um problema de todos nós. E juntos, com ações concretas e denúncias, podemos construir um futuro mais seguro e justo para todas. CORONEL FERNANDA – é deputada federal e líder da bancada no Congresso Nacional. Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Cuiabá Notícias