Cuiabá é derrotado por 3 a 0 pelo Internacional e segue na zona de rebaixamento

O Cuiabá Esporte Clube foi derrotado por 3 a 0 pelo Internacional, no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS), na noite desta segunda-feira (16). Com mais uma derrota, o Dourado continua com 22 pontos e ocupa a 19ª vaga na tabela do Campeonato Brasileiro, a penúltima, ou seja na lanterna. Na próxima rodada, o Cuiabá recebe o Cruzeiro na Arena Pantanal, em Cuiabá, no domingo (22), em partida válida pela 27ª rodada do Brasileirão.  Alan Patrick, Mercado e Borré fizeram os gols do Colorado, no que foi a terceira vitória seguida do time gaúcho no campeonato. A primeira chegada foi do Cuiabá, antes dos quatro minutos, em cabeçada de Clayson para grande defesa de Rochet, mas o lance estava irregular. Aos cinco minutos, o Inter respondeu. Bernabéi acionou Alan Patrick, que deu um toque de classe para deixar Borré de cara para o gol, mas o chute saiu fraco, para defesa tranquila de Walter. Pouco depois, Wesley sofreu falta de Matheus Alexandre, marcada fora da área. Porém, com auxílio do VAR, Bráulio da Silva Machado assinalou pênalti. Alan Patrick bateu no cantinho: 1 a 0. O Colorado quase ampliou aos 21 minutos, depois de bela troca de passes até finalização de Bernabéi, de perna direira, na trave. Quase aos 41 minutos, o segundo gol saiu. Após cobrança de falta, Alan Empereur errou o corte, e Gabriel Mercado acertou o ângulo: 2 a 0. Superior na partida, o time do Rio Grande do Sul seguiu com as principais ações e pressionou no início para tentar o terceiro gol. Fernando tentou de cabeça, aos cinco minutos do segundo tempo, e Wesley teve grande chance, em chute no travessão aos 10 minutos. O jogo esfriou um pouco, mas o Inter tratou de ampliar, com um toque de sorte. Aos 27 minutos do segundo tempo, Fernando arriscou de fora da área, a bola desviou no meio do caminho e sobrou para Borré, livre e praticamente com o gol aberto: 3 a 0. Alan Patrick ainda teve boa oportunidade de falta já no fim da partida, mas Walter evitou com boa defesa, e o placar não se alterou mais no Beira-Rio. Com informações de GE-MT. 

Emissão de gases do efeito estufa por queimadas na Amazônia cresce 60%

As queimadas na Amazônia, de junho a agosto deste ano, resultaram em uma emissão de gases do efeito estufa 60% maior do que a observada no mesmo período do ano passado. De acordo com pesquisa divulgada pelo Observatório do Clima, os incêndios na região emitiram 31,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO²) equivalente na atmosfera. O valor, segundo o Observatório do Clima, se aproxima do total emitido pela Noruega em um ano (32,5 milhões de toneladas). Ane Alencar, diretora científica do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), que fez o cálculo das emissões que consta no levantamento do Observatório do Clima, destaca que os dados ainda não consideram as queimadas ocorridas em setembro. “O pior, infelizmente, está acontecendo agora, em setembro”, afirma. Dos 2,4 milhões de hectares incendiados no período de junho a agosto, segundo o Observatório do Clima, 700 mil correspondiam a florestas, cuja queima emitiu 12,7 milhões de toneladas de CO² equivalente. De acordo com o levantamento, mesmo depois da extinção dos incêndios, as emissões seguirão por alguns anos, devido à decomposição da matéria orgânica queimada, a chamada emissão tardia. Estima-se que na próxima década, a vegetação destruída por esses incêndios emitirá mais 2 a 4 milhões de toneladas de CO² equivalente. Além das emissões tardias, os incêndios também fragilizam as florestas e propiciam incêndios ainda mais intensos em anos seguintes. “Quando a floresta queima a primeira vez, ela fica mais suscetível a outros incêndios. As árvores perdem as folhas, caem, quebram outras árvores. Com isso, passa a ter mais material combustível no chão. Além disso o ar quente entra mais na floresta. Enfim, ela fica mais inflamável. Quando o segundo fogo vem, ele é mais intenso e vai emitir bem mais [gases do efeito estufa]”, eplica Ane. Segundo Marcos Freitas, coordenador do Instituto Virtual de Mudanças Globais (Ivig), vinculado ao Instituto de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), as queimadas na Amazônia provocam mais emissões por causa de uma maior concentração de biomassa por área. “Os outros ecossistemas, como o Cerrado, acabam tendo menos biomassa por hectare e, portanto, menos CO². Na Amazônia, a gente trabalha com 250 a 300 toneladas de carbono por hectare”, diz. “Outros colegas estão muito preocupados de a gente ultrapassar os 20% [de desmatamento, em relação ao total da área original] da floresta [amazônica] e você ter uma perda de evapotranspiração muito elevada, e isso provocar um aumento da seca”, afirma. Efeito estufa Os gases do efeito estufa são aqueles que têm a capacidade de aprisionar o calor do sol na atmosfera terrestre. A unidade de medida usada para as emissões chama-se CO² equivalente porque o dióxido de carbono não é o único desses gases. Outros, como o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O), têm capacidades ainda maiores de aprisionamento de calor, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Uma tonelada de metano na atmosfera, por exemplo, equivale a mais de 20 toneladas de CO², em termos de retenção de calor num período de 100 anos, ou seja, mais de 20 toneladas de CO² equivalente. No caso de uma tonelada de óxido nitroso, a equivalência chega a quase 300 toneladas de dióxido de carbono em 100 anos. A atmosfera é constituída principalmente por nitrogênio (N2) e oxigênio (O2), que respondem por mais de 99% da composição do ar, mas que não têm capacidade de retenção de calor. Por outro lado, mesmo respondendo por menos de 0,1% da composição da atmosfera, os gases do efeito estufa são capazes, junto com o vapor d’água, de regular a temperatura terrestre, elevando-a quando sua concentração sobe ou reduzindo-a quando sua participação na composição atmosférica diminui. Mitigação Ao jogar na atmosfera milhões de toneladas de gases do efeito estufa, as queimadas são uma contrabalança aos esforços do país em reduzir suas emissões. A diretora científica do Ipam ressalta que esses 31 milhões de toneladas nem sequer serão contabilizados no inventário de emissões de gases do efeito estufa. Isso porque apenas os incêndios relacionados ao desmatamento para transformação da cobertura do solo ou nas culturas de cana e algodão precisam ser calculados. “É preciso que isso comece a ser levado em consideração, porque a pressão é muito grande sobre o ecossistema”, conclui o coordenador do Ivig.

Apex assina convênios de R$ 537 milhões para incentivar exportação

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) apresentou, nesta terça-feira (17), os 23 convênios assinados com entidades empresariais e o acordo firmado com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para apoio às exportações do país, com a atração de investimentos e a promoção de empresas brasileiras no exterior. As iniciativas setoriais envolvem R$ 537 milhões em recursos e devem beneficiar quase 19 mil empresas nos próximos dois anos. O acordo com o Sebrae visa incentivar cooperativas, micro e pequenas empresas (MPE), especialmente das regiões Norte e Nordeste, a iniciar ou aperfeiçoar estratégias voltadas para a exportação. Serão aproximadamente R$ 175 milhões para o desenvolvimento de novos produtos e metodologias para suprir lacunas na jornada do empreendedor que quer exportar, ações alinhadas à Política Nacional da Cultura Exportadora. Em evento no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou as parcerias e reafirmou a importância de fazer o dinheiro circular nas mãos da população para alavancar a economia. “A palavra mágica é você transformar as pessoas em pequenos consumidores”, disse. “Eu só penso em consumo porque não tem indústria se não tiver consumo. Ninguém vai investir numa indústria se não tiver mercado para vender o seu produto. Então o milagre é a gente criar condições para que todas as pessoas tenham um pouco”, acrescentou Lula, defendendo a política de valorização do salário mínimo como política de distribuição de renda no país. No mesmo sentido, o presidente defendeu a oferta de crédito aos pequenos e médios empresários. “É muito mais fácil para um gerente de um banco atender um cara só que quer pedir R$ 1 bilhão emprestado, e ainda vai fumar um charuto, se receber o empréstimo, do que você receber mil pessoas de sandália Havaiana, com o pé cheio de craca, que quer pedir apenas 50 mil emprestados”, disse. “Se levou tanto tempo nesse país se falando de pequena e média empresa, se não fossemos nós [os governos do PT]. não tinha a lei geral da micro e pequena empresa, não tinha o MEI, não tinha o Ministério da Pequena e Média Empresa que nós criamos, a Apex não existia, porque tudo isso foi feito para criar condições de colocar os invisíveis visíveis. E, quando a gente consegue fazer com que os invisíveis sejam enxergados, a coisa melhora”, afirmou. Por meio dos atos firmados nesta terça-feira, serão realizadas ações como promoção dos negócios brasileiros em feiras internacionais, rodadas de negócios com compradores estrangeiros, missões com importadores ao Brasil para conhecer a produção brasileira, além de estudos de mercado, defesa de interesses e acesso a mercados. Economia exportadora Exportação pode ser “carro-chefe” do bom ciclo econômico que o Brasil vive, diz o ministro da Fazenda, Fernando Haddad – Marcelo Camargo/Agência Brasil Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a exportação pode ser “o carro-chefe” do bom ciclo econômico que o Brasil vive. Segundo Haddad, a reforma tributária vai eliminar a cumulatividade de tributos, “que é um mal da economia brasileira”, do atual sistema tributário. “Quando nós virarmos a chave e eliminarmos a cumulatividade, vocês vão poder trabalhar com o preço real da mercadoria, em condições de igualdade competitiva com os seus concorrentes que estão instalados em outros países. Isso vai ser um ganho de produtividade para a economia brasileira.” Haddad afirmou também que o governo vem atuando na oferta de crédito e na formação de fundos garantidores para financiar os pequenos exportadores, como é ofertado aos grandes. “Essa questão – tributo, crédito e seguro – é um tripé muito importante que o Brasil nunca encarou, definitivamente, para transformar. O Brasil sempre pensou no mercado interno – a gente foi o campeão de substituição de importações. Só que esse modelo esgotou, esgotou faz muito tempo. Ou nós nos transformamos numa plataforma de exportação ou nesse mundo novo que nós estamos vivendo, com a inteligência artificial, com transição ecológica, é muito desafiador o que está colocado”, disse. “Nós precisamos, portanto, nos repensar e olhar mais para fora. E, sem esse tripé, é muito difícil competir. Nós temos que ter um novo sistema tributário, um novo sistema de crédito e um novo sistema de garantias para dar aos empreendedores brasileiros as melhores condições de disputar. Não falta talento no Brasil, não falta criatividade no Brasil, isso nós já sabemos. Nós precisamos de instituições mais sólidas, de apoio, de suporte a esse empreendedor e nós vamos colher os frutos dessa iniciativa muito rapidamente”, completou Haddad. Pequenos De acordo com o governo, cooperativas, micro e pequenas empresas representam cerca de 41% do total das empresas exportadoras brasileiras, mas o montante comercializado por este segmento não chega a 1% do total de recursos movimentados no país, que em 2022 somaram US$ 3,2 bilhões. Além disso, quase 60% das exportações das MPEs são para as Américas. O presidente do Sebrae, Décio Lima, lembrou ainda que o setor de MPE representa quase 95% das empresas brasileiras e, só em empregos formais, é responsável por 80% da empregabilidade do país. Para ele, é possível o Brasil superar os seus problemas com uma economia compartilhada. “Não há mais volta em imaginarmos um modelo econômico, mesmo dos pequenos, que não seja globalizado […]. Os pequenos negócios, agora, neste momento, com esse acordo junto com a Apex, vão se inserir também de forma a ter um processo programático e protetivo das pequenas economias no mundo da globalização”, afirmou. O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, destacou que a entidade criou recentemente a Bolsa Exportação para apoiar os empreendedores do Rio Grande do Sul, afetados pela enchente histórica que atingiu o estado no mês de maio. “Nós, da Apex, não achamos justo que as empresas do Rio Grande do Sul deixassem de participar dos eventos programados, internacionais, das feiras, por falta de recursos em decorrência do drama que nós vivemos lá”, disse Viana, explicando que a agência vai pagar passagem e estadia para que essas participações continuem a ocorrer. Acordos Dos R$ 537 milhões que serão investidos por meio dos convênios com as entidades setoriais, R$ 287 milhões

Judoca passa mal e morre durante aula no ginásio da IFMT

Um judoca de 40 anos, que não teve o nome divulgado, morreu após passar mal durante uma aula no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), na avenida Marechal Deodoro, em Cuiabá, na noite de segunda-feira (16). Informações dão conta que o homem estava na aula de judô quando parou para descansar. Em certo momento, ele acabou desmaiando e os colegas tentaram socorrê-lo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas ele já estava sem vida. Ainda não há informações sobre a causa da morte do aluno.

MP aciona Município para elaboração de plano de políticas sobre drogas

A 3ª Promotoria de Justiça Cível de Sorriso (a 420km de Cuiabá) ajuizou Ação Civil Pública contra o Município, requerendo, em caráter liminar, a elaboração e apresentação em audiência pública do plano municipal de políticas sobre drogas, com a definição da ampliação de ações intersetoriais de prevenção ao consumo de substâncias psicoativas, no prazo de 120 dias. Solicitou também que o requerido coloque em efetivo funcionamento o Conselho Municipal Antidrogas, em 30 dias, e que apresente calendário de Conferências Municipais de Política de Prevenção às Drogas, em 60 dias. O Ministério Público requereu ainda a inserção no programa Saúde na Escola de ações e campanhas de prevenção às drogas, a inserção nos planos de ação anual das unidades básicas de saúde de ações de prevenção às drogas, e a elaboração de um plano de ampliação de ações intersetoriais de prevenção às drogas nas áreas da educação, saúde, assistência social, cultura, esporte e lazer. Conforme o promotor de Justiça Marcio Florestan Berestinas, a população de Sorriso tem sofrido nos últimos anos com a forte elevação da criminalidade, figurando como a 4ª cidade mais violenta do Brasil no levantamento do 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Além disso, o Município apresenta o índice de 77,77 homicídios a cada 100 mil habitantes. “A cidade vivencia, infelizmente, uma exponencial elevação do número de homicídios, principalmente em decorrência do conflito existente entre facções criminosas relacionadas ao tráfico de drogas”, argumentou. O promotor de Justiça acrescentou que a inexistência de um plano municipal de prevenção ao consumo de drogas é, portanto, um problema grave e urgente a ser sanado. “A não ser assim, o crescimento do consumo de drogas em nosso município não será revertido. A cidade, que antes ocupava de forma positiva a mídia nacional, com destaques corriqueiros ao seu crescimento econômico e à pujança de sua economia e do agronegócio, tem agora a sua imagem atrelada às altas taxas de homicídio, aos acidentes de trânsito, ao crescimento das facções ligadas ao tráfico de drogas e aos elevados índices de violência contra a mulher e de estupros de vulnerável”, defendeu Berestinas ao propor a ACP. (Da Assessoria)

Operação Athena: Emanuel se reúne com equipe da Saúde e diz que dará explicações em coletiva nesta quarta

A Prefeitura de Cuiabá se manifestou por meio de comunicado sobre a ‘Operação Athena’, deflagrada na manhã desta terça-feira (17), pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), na Empresa Cuiabana de Saúde Pública, informando que o prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB), convocou o corpo técnico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para uma reunião de urgência no Palácio Alencastro, na manhã desta terça. A operação investiga esquema criminoso na Empresa Cuiabana de Saúde Pública, praticados entre 2021 e 2024. São cumpridas 16 ordens judiciais em Cuiabá e Várzea Grande, entre mandados de buscas, sequestro de bens e afastamento de função pública contra investigados. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 3,950 milhões. Conforme o comunicado da Secretaria Municipal de Comunicação, o Executivo não irá emitir notas, manifestando sua versão sobre o novo inquérito. A orientação é manter sigilo até que a gestão tenha detalhes sobre a operação da Polícia Civil. O comunicado ainda afirma que Emanuel Pinheiro se prepara para conceder coletiva nesta quarta-feira (18) quando conversa com a imprensa sobre o episódio.  A Deccor decretou a suspensão do exercício de função de cinco servidores públicos, sendo que um deles é o atual diretor da Empresa Cuiabana de Saúde Pública, Giovani Valar Koch. Confira o comunicado na íntegra: A Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Cuiabá não irá emitir nenhuma nota a respeito da ação desencadeada na manhã desta terça-feira, 17, mas eu adianto que o prefeito está reunido com a equipe técnica e que amanhã (18) ele irá se manifestar por meio de uma coletiva de imprensa. Obrigada.

Diretor da empresa que administra Saúde de Cuiabá é afastado em operação

O diretor da Empresa Cuiabana de Saúde Pública, Giovani Koch, foi afastado do cargo na manhã desta terça-feira (17), durante a ações da Operação Athena, que apura a contratação direta, sem certame público, de serviços de instalação e locação de impressoras. O esquema é referente aos anos 2021 a 2024. Além do diretor, também foi determinado a suspensão do exercício de função pública de cinco servidores públicos. A operação ainda cumpre nesta manhã em Cuiabá e Várzea Grande, 16 mandados de busca e apreensão deferidos pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo). Além das buscas por equipamentos eletrônicos e documentos relacionados aos crimes, foi determinado pelo Poder Judiciário o sequestro de imóveis e veículos e o bloqueio de bens e valores no valor de mais de R$ 3,950 milhões. A pedido da Polícia Civil, o juízo do Nipo proibiu a Administração Municipal de Cuiabá de realizar nova contratação direta, sem certame público, de serviços de instalação e configuração de CFTV e controle de acesso e serviços de locação de impressoras. Os investigados ainda são alvos de outras medidas cautelares como a proibição de manterem contato entre si; acessarem as dependências administrativas da Saúde de Cuiabá; se ausentarem da Comarca sem autorização judicial e entrega dos passaportes. A empresa Lume Divinum Comércio e Serviços de Informática e seus representantes também foram proibidos de celebrar novos contratos com entes públicos, especialmente com o município de Cuiabá.

Edna Sampaio desiste de concorrer à Câmara após candidatura ser indeferida

Edna Sampaio (PT), vereadora em Cuiabá, cassada por suposta prática de ‘rachadinha’, que tentava uma nova vaga na Câmara, apresentou na segunda-feira (16) pedido de renúncia da candidatura. Seu registro para concorrer em 2024 já havia sido indeferido pela Justiça Eleitoral, mas com a nova manifestação, Edna desiste de concorrer. O partido apresentou pedido de substituição de candidatura. Daiely Cristina Gomes de Oliveira deve concorrer no lugar de Edna. “Venho, por meio desta, formalizar minha renúncia irrevogável e irretratável à candidatura, conforme disposto na legislação eleitoral vigente. Motivo minha decisão por razões de foro íntimo e pessoal, entendendo que, neste momento, a continuidade na disputa eleitoral não mais atende aos objetivos inicialmente pretendidos”, diz trecho do documento. Edson Dias Reis, juiz membro do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), negou recurso na segunda-feira e manteve decisão que indeferiu candidatura de Edna Sampaio ao cargo de vereador. Edna recorreu em face de sentença proferida pelo Juízo da 39ª Zona Eleitoral de Cuiabá, que indeferiu o seu pedido de registro de candidatura visando concorrer ao cargo de vereador, nas Eleições 2024. A decisão recorrida fundamentou-se na inelegibilidade consistente na perda de mandato por infração ao decoro parlamentar, sendo que a candidata ainda possui um processo de cassação pendente de decisão judicial. Edna foi cassada na Câmara por supostamente se apropriar de verba indenizatória de sua chefe de gabinete.

MP denuncia PMs envolvidos em prisão arbitrária de agentes públicos

A 13ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital denunciou os policiais militares envolvidos na ocorrência que resultou na prisão do defensor público André Renato Robelo Rossignolo e do procurador do Estado de Mato Grosso Daniel Gomes Soares de Sousa, em julho deste ano, em um bar localizado na Praça Popular, em Cuiabá. O cabo Joanízio da Silva Souza e os soldados Gustavo Enrique Pedroso de Jesus e Jhonata Ferreira Gomes vão responder pelos crimes de supressão de documento, prevaricação e falsidade ideológica. O cabo foi denunciado também por abuso de autoridade. Conforme a denúncia, no dia dos fatos, o Cb PM Joanízio da Silva Souza decretou medida de privação da liberdade do defensor público e do procurador do Estado, “em manifesta desconformidade com as hipóteses legais”. Além disso, “os denunciados suprimiram, em benefício próprio e em prejuízo alheio, documento verdadeiro, de que não podiam dispor, atentando contra a administração; praticaram, indevidamente, ato de ofício contra expressa disposição de lei, para satisfazer interesse pessoal; e inseriram declarações falsas, com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, a atentar contra a administração”. De acordo com as investigações, a Polícia Militar foi acionada para atender a uma ocorrência de possível ameaça e perturbação do sossego alheio no estabelecimento comercial. Ao avistar a viatura, o suspeito teria fugido. Pouco tempo depois, a polícia foi acionada novamente porque o homem teria invadido o bar para pedir ajuda, sob a alegação de que teria sido agredido. Ao ver os policiais entrando no local, o homem arremessou uma cadeira contra eles, mas não os atingiu. Assim, os policiais iniciaram o procedimento de imobilização do suspeito, que resistiu, se queixou de dor no braço e disse que estaria com dificuldade para respirar. Nesse momento, entendendo como excessiva a técnica de imobilização empregada pelos militares, o defensor público André Renato Rossignolo interveio na ação policial. Após ressaltar a necessidade de assegurar a integridade física do detido, começou a gravar do celular a ação policial. O soldado Gustavo Enrique pegou o aparelho celular do defensor. Ao questionar a apreensão irregular do telefone, o procurador do Estado Daniel de Sousa foi empurrado pelo cabo Joanízio da Silva Souza. Na tentativa de reaver a posse do dispositivo, o defensor recebeu ordem de prisão e foi algemado, embora não tenha reagido. Por questionar o motivo da prisão e algemamento do amigo, o procurador do Estado também foi preso e levado para o camburão da viatura. A ação resultou em quatro prisões. Todos foram levados para o Centro Integrado de Segurança Comunitária (Cisc), localizado no bairro Verdão. Ao reaver a posse do celular, o defensor público constatou que a gravação feita por ele havia sido excluída pelos policiais. “Para além disso, constata-se que os denunciados imputaram diversas práticas delituosas aos ofendidos André Renato Robelo Rossignolo e Daniel Gomes Soares de Sousa, objetivando, por sua vez, com isso, darem conotação de legalidade aos excessos praticados, e, por consequência, eximirem-se de responsabilidade”, argumentou o promotor de Justiça Paulo Henrique Amaral Motta.

Operação cumpre buscas e sequestra bens de investigados por esquema na saúde de Cuiabá

A Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) deflagrou, na manhã desta terça-feira (17), a ‘Operação Athena’ para cumprimento de mandados de buscas, sequestro de bens e afastamento de função pública contra investigados por um esquema criminoso na Empresa Cuiabana de Saúde Pública, da Prefeitura de Cuiabá, entre 2021 e 2024. Os 16 mandados de busca e apreensão deferidos pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo) são cumpridos na Capital e em Várzea Grande, em endereços de investigados. Além das buscas por equipamentos eletrônicos e documentos relacionados aos crimes, foi determinado pelo Poder Judiciário o sequestro de imóveis e veículos e o bloqueio de bens e valores no valor de mais de R$ 3,950 milhões. Entre os alvos de sequestro de bens estão os servidores, Gilmar de Souza Cardoso (ex-secretário-adjunto de Gestão na Saúde de Cuiabá), Rosana Lidia de Queiroz, Celio Rodrigues da Silva (ex-secretário) e Paulo Sérgio Barbosa Rós (secretário-adjunto de Atenção Hospitalar e Complexo Regulador da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá), Eduardo Pereira Vasconcelos (ex-diretor da Empresa Cuiabana de Saúde Pública), Vinicius Gatto Cavalcante Oliveira, Juarez Silveira Samaniego, Nadir Ferreira Soares Camargo da Silva, Lauro José da Mata e Selberty Artênio Curinga. Também foi decretada a suspensão do exercício de função pública de cinco servidores públicos, inclusive, o afastamento do atual diretor da Empresa Cuiabana de Saúde Pública. Os investigados ainda são alvos de outras medidas cautelares como a proibição de manterem contato entre si; acessarem as dependências administrativas da Saúde de Cuiabá; se ausentarem da Comarca sem autorização judicial e entrega dos passaportes. A empresa Lume Divinum Comércio e Serviços de Informática e seus representantes também foram proibidos de celebrar novos contratos com entes públicos, especialmente com o município de Cuiabá. A pedido da Polícia Civil, o juízo do Nipo proibiu a Administração Municipal de Cuiabá de realizar nova contratação direta, sem certame público, de serviços de instalação e configuração de CFTV e controle de acesso e serviços de locação de impressoras. Os cumprimentos dos mandados da Operação Athena contaram com apoio de equipes da Delegacia Fazendária, Delegacia Especializada do Meio Ambiente e Gerência de Combate ao Crime Organizado.