Final de semana tem shows de Renato Teixeira e Samuel Rosa no Festival da Cerveja Artesanal
Mais uma edição do Festival da Cerveja Artesanal de Mato Grosso ocorre neste fim de semana, na Praça do Festival, em Chapada dos Guimarães (A 65 km de Cuiabá). A entrada é gratuita, mas a venda de camarotes e bangalôs com acesso exclusivo ao bar está sendo realizada pela organização do evento. Nesta sexta-feira (6), quem sobe ao palco é o músico Renato Teixeira, um dos grandes nomes da viola brasileira, além da banda cover do grupo de rock Bon Jovi. Já no sábado, o som será comandado pelo ex-vocalista da banda Skank, o cantor Samuel Rosa. Além dos shows nacionais, a festividade ainda contará com apresentações regionais como Anselmo & Rafael, Pescuma Henrique & Claudinho, Heitor Matos, MP Rock, Heróis de Brinquedo e muito mais. Desde a primeira edição, cervejarias de Mato Grosso participam do evento movimentando cultura cervejeira e o mercado crescente para o nicho. Serão mais de dez cervejarias, além de espaço kids, flash tattoo e uma praça de alimentação com alimentos harmonizados com indicações específicas com os estilos de cervejas presentes.
Suicídio: um tabu social e estatal, infelizmente
Sérgio Cintra Vivenciamos um mundo distópico – do não lugar – mas isso não é privilégio da contemporaneidade. Historicamente o ser humano é multifacetado e incongruente; mas jamais como neste século. Em meados do século passado, o grande conflito era o maniqueísmo Ser versus Ter e, com a Guerra Fria, Socialismo versus Capitalismo. Preponderaram o Ter e o Capitalismo. Essa conjuntura histórica, aliado aos avanços tecnológicos, mudou para sempre as relações interpessoais e a própria maneira de se enxergar em sociedade. Vive-se um momento antieuclidiano, no qual a racionalidade é apenas um dos componentes que influenciam o indivíduo em sua relação consigo, com a sociedade e com o planeta. Parece contraditório: nunca se teve tanta interação (redes sociais) e nunca estivemos tão sós. Chico Buarque elegeu a saudade como “o pior tormento”; mas a pior das aflições contemporâneas é estar só em meio a pessoas, as consequências dessa solidão são devastadoras, implicando não apenas a profusão de transtornos mentais como também o aumento exponencial de suicídios. Segundo a Fiocruz as estatísticas brasileiras são alarmantes: “A taxa de suicídio entre jovens cresceu 6% ao ano no Brasil entre os anos de 2011 e 2022. Já as taxas de notificações por autolesões na faixa etária de 10 a 24 aumentaram 29% a cada ano nesse mesmo período. O número foi maior que na população em geral, cuja taxa de suicídio teve crescimento médio de 3,7% ao ano e a de autolesão 21% ao ano, neste mesmo período. Esses resultados foram encontrados na análise de um conjunto de quase 1 milhão de dados, divulgados em um estudo publicado na The Lancet Regional Health – Americas, desenvolvido pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), em colaboração com pesquisadores de Harvard.” Há outras fontes e outras estatísticas; todas, invariavelmente, preocupantes. Com certeza a incompreensão do problema por parcela significativa da sociedade esteja relacionado à percepção das causas que levam alguém a atentar contra a própria vida, aliado aos tabus que cercam o tema, aliás, magnificamente retratado por Sófocles (496 – 406 a.C.) na tragédia grega “Ájax”. A melhor maneira de compreendermos as atitudes suicidas e assim podermos evitá-las não é apenas enfatizando medidas individuais profiláticas de assistência e de saúde mental; antes, devemos encará-las com um problema social. No viés sociológico temos duas leituras obrigatórias: “O Suicídio” (Émile Durkheim – 1897), bastante difundida nos meios acadêmicos e “Sobre o Suicídio” (Karl Marx/ Peuchet – 1846), pouco conhecida, inclusive nas academias. Durkheim descreveu três tipos de suicídio: o egoísta, o altruísta e o anômico, este o mais presente na sociedade atual. Tal comportamento foi descrito, tendo como premissa o ensaio “Da Divisão do Trabalho Social”, a partir da constatação que a sociedade oriunda da 2ª Revolução Industrial estava “doente” por não conseguir reproduzir laços sociais como solidariedade, por exemplo, conduzindo o indivíduo à distopia por conta do desequilíbrio socioeconômico causado pela divisão do trabalho; porém, as “organizações” sociais poderiam mitigar o problema. Já Marx, ao contrário de Durkheim, entendia que o modo de produção capitalista e suas relações sociais eram marcadas por contradições e pela luta de classes. Assim, analisando somente quatro casos de suicídio, na França do século XIX, causados, respectivamente, por difamação; por ciúme; por gravidez avuncular e por desemprego, Karl Marx vaticinou: “Que tipo de sociedade é esta, em que se encontra a mais profunda solidão no seio de tantos milhões; em que se pode ser tomado por um desejo implacável de matar a si mesmo, sem que ninguém possa prevê-lo? Tal sociedade não é uma sociedade; ela é, como diz Rousseau, uma selva, habitada por feras selvagens.” Que a saúde mental e o suicídio são um problema de saúde pública é indiscutível. A Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou como principais causas de atitudes radicais como a do personagem Ájax da tragédia grega, o baixo nível socioeconômico e cultural; o padrão de vida familiar e lembranças de fatos negativos ocorridos durante a infância; o estilo de personalidade e os transtornos psiquiátricos. Causas complexas e soluções ainda mais; todavia, é mister que o Estado e a sociedade priorizem maneiras de garantir a saúde mental dos cidadãos; especialmente a questão do suicídio para evitar que tornemos normal o que sempre foi anormal: ceifar a própria vida. Sérgio Cintra é professor de Linguagens e está servidor do TCE-MT. Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Cuiabá Notícias
Dicas para o desenvolvimento socioemocional das crianças
LUCIANA BRITES A educação socioemocional serve para compreender as próprias emoções. O desenvolvimento dessa habilidade faz com que a criança aprenda conceitos como empatia e contribui para um melhor desempenho acadêmico, além de auxiliar profissionalmente no futuro. A resiliência emocional nos ensina a lidar com o estresse e frustração. Além disso, ter autoconfiança é essencial para enfrentar desafios e superar adversidades. Já a empatia, respeito e confiança ajudam a se colocar no lugar do outro e ter uma forma de agir mais solidária. Trabalhar as emoções facilita ao lidar com situações difíceis. Para isso, é vital aprender capacidades como resiliência, colaborativismo, superação, persistência e equilíbrio para estabelecer relacionamentos saudáveis e tomar decisões responsáveis e assertivas. Deste modo, é possível atingir objetivos e enfrentar situações adversas de maneira criativa e construtiva. No ambiente familiar, para que o desenvolvimento socioemocional aconteça, deve-se fortalecer a confiança e o diálogo. A escuta empática, por exemplo, constrói um diálogo familiar saudável. O desenvolvimento socioemocional das crianças é um aspecto crucial e, muitas vezes, subestimado no processo educacional. Para os educadores, é crucial desenvolver estratégias que provoquem o desenvolvimento socioemocional dos alunos, como a criação de um ambiente acolhedor e seguro, o estímulo à empatia e a resolução pacífica de conflitos. Os professores podem promover a autoconsciência ao ajudá-los a identificar e entender suas próprias emoções, incentivando a reflexão e a expressão emocional. Além disso, podem cultivar a empatia, ensinando a importância de se colocar no lugar do outro e entender suas perspectivas e sentimentos. Outra forma é capacitar os alunos a resolver conflitos de forma pacífica e construtiva, promovendo a comunicação eficaz e a negociação. Estimular o pensamento crítico, num ambiente de apoio, também gera o desenvolvimento socioemocional. Com essas dicas os educadores e pais podem criar um ambiente escolar mais positivo, colaborativo e inclusivo. LUCIANA BRITES é CEO do Instituto NeuroSaber, psicopedagoga, psicomotricista, mestre e doutoranda em distúrbios do desenvolvimento pelo Mackenzie, palestrante e autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem. Instituto NeuroSaber https://institutoneurosaber.com.br Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Cuiabá Notícias
E ainda a água em Cuiabá
NEILA BARRETO Como já vimos o problema da conquista da água em Cuiabá é histórica. População, governantes e administradores do assunto só lembram que o caso é sério quando inicia a falta das chuvas, o período das secas e das enchentes e, a consequente falta de água. Manobras políticas sempre existiram em torno do assunto. Ninguém quer resolver. É um eterno jogo de empurra e empurra. Entra governante sai governante o problema continua. Solução tem, basta tratar o assunto como prioridade e com seriedade, afinal o ato de abrir e fechar uma torneira é um ato de poder. Em Cuiabá, em 1876, autor de projeto de ferrovia ligando a cidade de Cuiabá à Lagoinha, Francisco José Gomes Calaça comentava a distribuição de água potável na capital da província assim: A falta de água no interior da cidade de Cuiabá é notável, apesar de se achar na margem de um rio, de tal maneira que já houve quem se propusesse a ir buscar as águas do rio Mutuca para abastece-la; projeto ao meu ver insensato, não só pela grande distância que se terá de vencer para evitar as ondulações do terreno, como também pela grande extensão de encanamentos ou aquedutos que será necessário construir-se na maior parte do terreno que é arenoso. Mil vezes preferível seria, por meio de uma Máquina Elevatória, levar as águas do rio, um pouco acima da cidade, estabelecendo-se em um ponto suficientemente elevado a caixa de distribuição para toda ela. E foi isso que aconteceu em 1882, quando a água foi aduzida do rio Cuiabá até hoje onde é o Morro da Caixa d´Água Velha, na capital. Abasteceu por um bom tempo a cidade, até 1940 mais ou menos. Em função da precariedade da água doce potável para o abastecimento da cidade em 1877, o presidente da província – Antônio José Murtinho proibiu que roupas da Santa Casa de Misericórdia e da Enfermaria Militar fossem lavadas no tanque do Baú, determinando que passassem a ser lavadas no rio Cuiabá. A intenção do presidente era preservar a água do tanque para servir a população de água potável, pois naquela época não havia produtos químicos para tratamento e nem os canos de água espalhados pela cidade de Cuiabá. Na verdade, uma espécie de “economize Água, senão vai faltar para beber”. Em 1878, novo diagnóstico realizado pelo então presidente da província frisava a questão do abastecimento público de água potável à cidade de Cuiabá, conforme relatório de João José Pedrosa enviado à Assembléia Legislativa Provincial, em Cuiabá, 01-11-1878: A maior, porém, de todas as necessidades da população desta capital é a do abastecimento d’água potável. (…) dois chafarizes (…) dentro em pouco tempo inutilizaram-se pela escassez dos mananciais que os alimentavam(…). Infelizmente para a população desta cidade, o problema continua à espera de solução (…). O engenheiro Amarílio Olinda de Vasconcelos (…) encarregado de estudar a matéria (…). Reconheceu que as vertentes existentes dentro da cidade eram insuficientes para o suprimento da água precisa para a população, calculando que tal suprimento demandava 1 024 000 litros por dia. Seu cálculo tomou por base a população de 16 000 almas, fazendo dedução dos moradores estabelecidos nas margens dos rios próximos da cidade. (…) lembrei-me de mandar vir da corte algumas máquinas artesianas para, com o auxílio delas, minorar o mal. Veremos se dão essas máquinas algum resultado profícuo, facilitando, ao menos, o aproveitamento dos poucos mananciais existentes dentro da cidade. Percebe-se pela descrição acima que a cidade adensa, lugares de fontes nativas são soterradas para receber novas moradias. Lugares de matas que sustentavam as nascentes são atingidas, desmatadas, assoreadas, com isso a quantidade de água vai tornando deficientes para abastecer os poucos chafarizes existentes em Cuiabá. Outro problema sério é a falta de energia que dificultava os trabalhos da busca da água em Cuiabá em lugares mais longínquos. Hoje, temos energia, porém, a cada dia que se passa aduzir a água para a cidade está cada vez mais caro, em função de custos com energia e produtos químicos, além da proliferação de casas, bairros, condomínios, utilizando a mesma estrutura das décadas de 70, como é o caso das duas ETAs antigas. Provavelmente as “máquinas artesianas” referidas pelo presidente sejam as máquinas perfuratrizes adequadas para as perfurações de poços com o objetivo de ajudar no abastecimento de água da cidade. Além disso, em 1879, determinou a feitura de exame das vertentes de água e dos encanamentos dos chafarizes do Rosário e da Conceição. Os encanamentos estavam “rotos” em vários pontos. No caso do chafariz da Conceição, tinham sido abertos poços “nos lugares das vertentes”. O mesmo ocorria no caso do chafariz do Rosário. Esses mananciais usados desde a primeira metade do século XVIII, forneciam já quase em fins do século XIX água “muito pouca”, “em relação à necessidade” (em decorrência do que chamaríamos hoje (“aumento da demanda”). Os poços contíguos aos mananciais também tinham seu volume de água reduzido durante os estios e mais ainda nos casos de secas, como acontece hoje. Cuiabá até hoje é abastecida por inúmeros poços, principalmente na zona rural e na região do Coxipó da Ponte. Hoje as técnicas de envelopamento desses poços são mais modernas. O perigo está nos poços artesanais e caseiros espalhados pelas cidades. Poços antigos são encontrados em várias casas do Centro Histórico de Cuiabá, à exemplo do Museu da Imagem e do Som, apenas como símbolo da existência em função da contaminação do solo. Chegava-se, assim, no fim dos anos 1879, aos limites algumas fontes de água potável que circundaram o centro da vila e da cidade de Cuiabá durante cerca de 150 anos. Mas nesse mesmo ano de 1879, empresário local teve sua proposta de reativação de uma das bicas do Prainha aceita pelo governo provincial: Consta-nos que o Exmo. Presidente aceitou os oferecimentos constantes da proposta em que o Sr. João Batista de Souza se obrigava, caso o Governo da Província quisesse, a abastecer de água uma das bicas, atualmente secas – da Prainha. Cremos que S. Exa.,
Ex-policial aposentado condenado por matar cunhado é preso em Cuiabá
Policiais da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) cumpriram, nesta sexta-feira (6), o mandado de prisão de um policial militar aposentado, autor de um assassinato ocorrido há 14 anos na Capital. Waliton Francisco de Souza, de 46 anos, foi localizado no bairro Jardim Vitória, em Cuiabá. Ele foi condenado a 12 anos de prisão por homicídio qualificado, após sentença transitada em julgado, quando não cabe mais recurso. O mandado da prisão definitiva foi decretado pela 2ª Vara Criminal de Cuiabá. Após o cumprimento da prisão, ele foi encaminhado à DHPP e depois será apresentado em audiência de custódia no Fórum da Capital. Relembre o caso O crime ocorreu em no bairro Dom Aquino, em outubro de 2010. À época do crime, Waliton era cabo da Polícia Militar e foi identificado como o autor dos disparos contra Valdevino Antônio da Silva, 34 anos, que era corretor de imóveis. Conforme a apuração da DHPP, na noite de 24 de outubro de 2010, a vítima estava em companhia de várias pessoas no interior do bar, quando houve um desentendimento entre uma mulher, o autor do crime e Valdevino devido ao valor das bebidas consumidas. A vítima e o suspeito já tinham se desentendido em outras ocasiões e depois de discutirem no bar, Waliton foi até seu quarto, pegou uma arma de fogo e fez seis disparos contra Valdevino e depois fugiu do local. O homem e o autor do crime eram cunhados. Em 2018, Waliton foi condenado no Tribunal do Júri da Comarca de Cuiabá a 13 anos de prisão. Após diversos recursos judiciais, o Poder Judiciário confirmou a sentença em 12 anos de prisão.
Justiça Eleitoral nega pedido de Abilio para suspender propaganda de Botelho
A coligação do candidato Abilio Brunini (PL) “vestiu a carapuça” e ingressou com ação para tentar suspender a propaganda eleitoral do candidato Eduardo Botelho (União) que fala de um “doido de pedra que fala debochês”. “Agora aquele outro doido de pedra o linguajar dele é “deboches”, cara lambido. Fala mal dos servidores da prefeitura. Será que ele tá achando que vai governar Cuiabá sozinho?”, diz a comadre, uma personagem cuiabana que fala na propaganda. O juiz da 1ª Zona Eleitoral, Moacir Rogério Tortato, negou a suspensão liminar da propaganda na decisão proferida na quinta-feira (5), por não verificar ofensa à legislação e entender que a crítica ácida à atuação dos adversários é parte do processo eleitoral. “Não se pode ignorar ainda que, em período de campanha eleitoral, cada candidato busca exaltar suas qualidades, de modo a apresentar-se como o mais apto perante os eleitores a ocupar o cargo eletivo, não sendo incomum o aparecimento de críticas – ainda que ácidas – e questionamentos quanto a atuação dos seus opositores”, disse o magistrado. A ação da coligação Resgatando Cuiabá (PL, PRTB e DC), havia sido impetrada na quarta-feira (4). Na mesma propaganda, a comadre enaltece a forma de Botelho falar o dialeto cuiabano, com orgulho das próprias origens. “Ocês já reparara no sotaque de Botelho? Ah, demais de Cuiabano, aquele jeitão dele de falar. É a gente, nossa, fala cuiabanês, num tem?”.
Candidatos e partidos devem entregar prestação de contas parciais à Justiça Eleitoral
] O Tribunal Regional Eleitoral (TRE), emitiu um comunicado nesta sexta-feira (6), lembrando que os candidatos, candidatas e partidos políticos devem enviar à Justiça Eleitoral a prestação de contas parcial referente às Eleições Municipais de 2024. O prazo começa no dia 09 de setembro e vai até o dia 13 de setembro e vale para todos e todas concorrentes ao pleito, independentemente de estarem com o registro deferido ou não. No envio deve constar na prestação de contas parcial toda a movimentação financeira e/ou estimável em dinheiro ocorrida desde o início da campanha até o dia 08 de setembro. A não apresentação ou a entrega de forma que não corresponda à efetiva movimentação de recursos caracteriza infração grave, salvo justificativa acolhida pela Justiça Eleitoral, que será apreciada no julgamento da prestação de contas final.
Réu é condenado à pena máxima de 30 anos por homicídio qualificado
O réu Geovane Tenorio Lisboa foi condenado a 30 anos de reclusão, pena máxima para o crime de homicídio qualificado, pela morte da companheira Francielle Oliveira dos Santos. A sessão de julgamento pelo Tribunal do Júri de Barra do Bugres (a 168km de Cuiabá) foi realizada na quinta-feira (5). O Conselho de Sentença acolheu a tese do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e reconheceu que o crime foi cometido por motivo fútil, com emprego de meio cruel pela asfixia, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, e contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (feminicídio). Condenado por homicídio com quatro qualificadoras, o réu iniciará o cumprimento da pena em regime fechado e não poderá recorrer da sentença em liberdade. Conforme a denúncia do MPMT, o crime foi cometido em março de 2023, na residência do casal. Motivado por suposta infidelidade da companheira, Geovane Lisboa estrangulou Francielle dos Santos até ela perder a consciência. Posteriormente, desferiu golpes de faca na vítima, que lhe causaram a morte. O crime foi cometido na frente do filho do casal, de sete anos na época. O menino pediu ajuda e quando a polícia chegou ao local prendeu o homem e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Atuou na sessão do júri o promotor de Justiça Aldo Kawamura Almeida. Na introdução dos debates, o membro do MPMT utilizou-se da tese defendida pelo promotor de Justiça Roberto Lyra, do Ministério Público do Rio de Janeiro, que diz: “O verdadeiro passional não mata. O amor é, por natureza e por finalidade, criador, fecundo, solidário, generoso. Ele é cliente das pretorias, das maternidades, dos lares e não dos necrotérios, dos cemitérios, dos manicômios. O amor, o amor mesmo, jamais desceu ao banco dos réus. Para fins da responsabilidade, a lei considera apenas o momento do crime. E nele o que atua é o ódio. Amor não figura nas cifras da mortalidade e sim nas da natalidade; não tira, põe gente no mundo. Está nos berços e não nos túmulos.”
Ministro Carlos Fávaro anuncia unidade da Embrapa na Baixada Cuiabana
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou nesta sexta-feira (6), a instalação de uma nova unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Mato Grosso. A iniciativa tem como foco o desenvolvimento da Baixada Cuiabana. A declaração ocorreu durante discurso no lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar em Mato Grosso, na Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (SFA-MT), em Várzea Grande. “Nós vamos trazer a Embrapa para a Baixada Cuiabana. É compromisso do presidente Lula. Eu e a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, estamos estruturando com muita dedicação”, disse Fávaro. “Nos próximos dias nós vamos fincar a placa Embrapa Agrossilvipastoril, piscicultura e fruticultura, aqui na Baixada Cuiabana em Mato Grosso. Para fazer pesquisa, para entender como os nossos produtores podem produzir mais”, completou. A iniciativa visa adaptar tecnologias para aumentar a produtividade dos pequenos produtores da região. O ministro da Agricultura deu como exemplo Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), onde terras anteriormente consideradas inóspitas se tornaram polos de fruticultura após a atuação da Embrapa, gerando emprego na região, especialmente para pequenos proprietários. “A nossa meta é replicar esse sucesso aqui na Baixada Cuiabana, ajudando a reduzir as desigualdades e promovendo o desenvolvimento sustentável da região”, disse. Durante o seu discurso, Fávaro também destacou a importância histórica da Embrapa para o desenvolvimento da agricultura no país. “O Brasil criou uma empresa fantástica: a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, que tem 51 anos. Ela mostrou para os brasileiros a sua grande vocação, que é produzir alimentos de qualidade para a população brasileira e para o mundo”, afirmou.
Candidatos a prefeito de Cuiabá se enfrentam em debate com foco em soluções para saúde
Os candidatos a Prefeito de Cuiabá, deputado Eduardo Botelho (UB), Abilio Brunini (PL), Lúdio Cabral (PT) e Domingos Kennedy (MDB), terão mais um debate frente a frente na noite desta sexta-feira (6). O encontro é promovido pelo Conselho Regional de Medicina. O debate será focado nos problemas e soluções para a área da saúde na Capital. Os postulantes ao comando do Alencastro também serão submetidos a perguntas de jornalistas.