CRM e Hospital de Câncer de Mato Grosso discutem atrasos nos pagamentos pela Prefeitura de Cuiabá

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) vai atuar para que a Secretaria de Saúde de Cuiabá regularize os pagamentos devidos ao Hospital de Câncer de Mato Grosso (HCanMT). O calote do município coloca em risco o tratamento de quase 3 mil pessoas que hoje contam com a unidade de saúde para a realização de sessões de quimioterapia, radioterapia e outros procedimentos. Nesta quinta-feira (15), os diretores do hospital se reuniram com o presidente do Conselho, Diogo Sampaio. “São mais de 2,9 mil pacientes que podem ficar sem tratamento em razão de todas as falhas vivenciadas pelos profissionais que atuam no hospital, geradas por sérios problemas nos repasses. Devemos nos lembrar que, na oncologia, cada minuto é precioso para salvar uma vida e não podemos permitir a paralisação dos cuidados”, ressaltou Sampaio. Segundo dados do Hospital, são mais de 2 mil pacientes adultos em quimioterapia, além de 81 crianças no mesmo tipo de assistência, 159 na radioterapia e 689 no atendimento em hematologia. “Chegamos a um ponto em que não é mais possível sobreviver com o contrato atual. Ele já não consegue suprir nem o básico em termos de estrutura, tanto para os médicos quanto para os pacientes. Precisamos de condições melhores para garantir atendimento”, diz o diretor-presidente do HcanMT, Laudemi Moreira Nogueira. Nesta nova reunião, o presidente do CRM-MT se comprometeu a continuar auxiliando as equipes do HCanMT no que for necessário, a fim de buscar a melhor solução. “Não podemos ficar parados diante desta situação crítica. O Conselho se manterá atuante para que o Hospital não deixe de prestar essa assistência tão importante para a população”, afirmou Sampaio. Estadualização Desde o início de 2024, o Conselho mantém tratativas com a diretoria do HCanMT, parlamentares e até mesmo com o Ministério Público, quando solicitou que o governo do Estado assumisse a gestão do contrato. As conversas avançaram e no início de julho a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT) apresentou uma proposta para assumir o contrato, aumentando em mais de 93% os valores repassados atualmente pelo município. A Prefeitura de Cuiabá aceitou a proposta de transferência e, atualmente, o tema está em discussão no âmbito do Conselho Municipal de Saúde (CMS), responsável por concluir o processo. Até o momento, não há um prazo para a conclusão desta etapa da estadualização do contrato.

Corpo carbonizado é encontrado dentro de picape incendiada em MT

Um corpo carbonizado foi encontrado dentro de uma picape Fiat Strada, em uma rodovia rural, às margens da BR-163, em Sinop (a 479 km de Cuiabá), na manhã de domingo (18). O veículo também foi queimado, não foi possível saber se a vítima foi morta antes ou depois que o veículo foi incendiado. A vítima não foi identifica.  Segundo informações da imprensa local, o incêndio foi de grandes proporções e deixou a picape completamente destruída. A descoberta do veículo ocorreu por meio do caseiro da fazenda, localizada na estrada Leonora. Segundo a Polícia Civil, o corpo precisará passar por exame de DNA para ser identificado, devido à carbonização e estado de decomposição. O caso é investigado pela Polícia Civil.

Agosto lilás e o combate à violência contra mulheres

Criado para atuar no enfrentamento da violência contra mulher, o mês Agosto Lilás recebe atenção de instituições públicas e privadas para tratar deste tema tão sensível. Atualmente está cada vez mais inserido em nosso dia a dia. O feminicídio foi introduzido na legislação brasileira através da Lei 13.104/2015, com objetivo separar do homicídio simples os assassinatos de mulheres motivados pela condição de gênero e, principalmente, dar visibilidade às mortes violentas de mulheres e meninas, dobrando a pena dos autores como forma de coibir a violência que resulta em feminicídios. Dos meus 44 anos, mais da metade (25) foram dedicados para defender a sociedade por meio da Polícia Militar. À frente da patrulha Maria da Penha, acompanhei centenas de mulheres atendidas por medidas protetivas e registramos 100% de efetividade no acompanhamento das vítimas e conseguimos evitar com sucesso a reincidência dos agressores. No primeiro semestre deste ano das 231 mulheres assistidas pela corporação, especificamente em Cuiabá, pude ver de perto a triste realidade que tantas mulheres enfrentam e suportam, antes de criar coragem para tomar uma atitude que dê um basta nisso. Segundo dados da patrulha ainda nos seis primeiros meses de 2024, 20 mulheres foram mortas, esta tragédia resultou em 30 crianças órfãs e lares destruídos em Mato Grosso. O feminicídio é a forma extrema da violência contra mulheres que tem sido invisível aos olhos das autoridades há muito tempo, mas que felizmente vem sendo amplamente combatido. Apesar dos esforços, os índices de vítimas fatais permanecem altos. As autoridades precisam entender que investimento na Patrulha Maria da Penha é mais do que necessário é fundamental para garantir atendimento amplo as mulheres de Cuiabá e também do Estado. Nosso efetivo reduzido não consegue atender a demanda atual da capital e muito menos do Estado. É urgente investimento do Estado e do município na proteção das mulheres. Em Cuiabá, primeira cidade onde o programa Patrulha Maria da Penha foi implantado, mais de 1,2 mil mulheres foram atendidas em 2022, número igual ao de atendimentos realizados no primeiro semestre de 2023, o que demonstra avanço no combate a este crime e também o crescimento desses casos, que é porta de entrada para ações mais graves, como o feminicídio. Conheço de perto as necessidades das comunidades carentes cuiabanas e sei do cuidado que precisamos ter para fazer uma capital melhor e isso também passa pela Segurança Pública. Diminuir os dados de violência doméstica, assim como qualquer outra ação criminosa faz parte da nossa proposta de fazer de Cuiabá melhor para viver. Como servidora da segurança pública, assim como fiz em toda a minha carreira, pretendo levar o conhecimento que tenho nesta área para a gestão do município. Atuar em prol da defesa das mulheres, principalmente no enfrentamento à violência contra elas. Entendo que como vice-prefeita de Cuiabá, podemos criar programas e meios que possam chegar as vítimas, antes da morte. O assassinato de uma mulher é ocasionado em um momento quando diversos sinais já foram disseminados e que poderiam ser previstos. Essa análise é feita a partir de duas definições, a violência moral: espalhar mentiras ou fatos humilhantes; publicar fotos íntimas da vítima; ofender a mulher; acusar falsamente de crime; expor a vida íntima; acusar falsamente a mulher de traição; desvalorizar pelo seu modo de se vestir; dentre outros. Já a violência patrimonial ocorre quando há controle do dinheiro da vítima; fazer dívidas no nome da vítima; deixar de fornecer alimentos quando não possuir meios de sustento; tomar, destruir, vender ou furtar objetos; tomar, destruir, vender ou furtar instrumentos de trabalho destruição de documentos da vítima ou de seus filhos; venda, aluguel ou doação de patrimônio. Percebemos que a violência sofrida por diversas vítimas vai além da ação de “agredir e xingar”. Isso nos exemplifica que, para além dos dados aqui expostos, existem muitos mais violência contra mulheres sendo cometidos a todo instante, sem mesmo que a vítima ou o agressor saibam que determinada ação se trata de crime. Na prefeitura de Cuiabá, vamos implantar sistemas e ações que visam abordar não só a mulher vítima de violência, mas também tratar de todo ambiente familiar afim de que o crime sequer apareça. Dessa forma, com esses meios, podemos eliminar pela raiz esse dado tão negativo e que ganha mais espaço a cada ano em nossa cidade e estado. Vânia Rosa (NOVO) é candidata à vice-prefeita de Cuiabá ao lado de Abilio Brunini, e tenente-coronel da Polícia Militar e foi comandante da Patrulha Maria da Penha.

CNU: de 2,1 milhões de inscritos, cerca de 1 milhão fizeram as provas

A ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, fez um balanço preliminar do comparecimento ao Concurso Público Nacional Unificado (CNPU), neste domingo (18), afirmando que cerca de 1 milhão de pessoas fizeram o certame. O número de inscritos no CNU somou 2,14 milhões, o que significa um percentual de abstenção acima de 50%. “Está dentro da nossa expectativa, comparando com outros concursos desse tamanho, nesse quantitativo de gente”, afirmou a ministra. De acordo com Esther, o Distrito Federal teve a menor taxa de abstenção e o Ceará teve a maior. Os dados são preliminares e o Ministério da Gestão divulgará amanhã (19) os dados consolidados. Segundo ela, a taxa de abstenção ficou abaixo de que outros certames recentes, como o do Banco Central. “A média histórica é em torno de 40%, chegando a 50% em concursos maiores”. Durante coletiva, a ministra disse que a taxa de abstenção foi puxada sobretudo pelos faltantes que concorriam a vagas de ensino médio, enquanto os candidatos de nível superior compareceram em maior número. “O maior percentual de abstenção foi no nível médio, o bloco 8, que tinha a maior relação candidato por vaga. Nos outros blocos ficou abaixo da média. O menor bloco de abstenção foi o 3, da área ambiental, agrária e biológica. Mas, em geral, os percentuais de [abstenção] de nível superior ficaram em percentuais muito próximos. E o que destoou mesmo foi o nível intermediário”, avaliou a ministra. Ela comemorou a presença de 1 milhão participantes no CNU, o que mantém o concurso como o maior já realizado no país. “Nosso objetivo era mudar a cara do serviço público brasileiro e deixa-lo com a cara do Brasil, podendo incorporar nesse concurso a grande diversidade brasileira”, frisou ela. Segundo dados do MGI, os inscritos no concurso foram oriundos de quase todos os municípios brasileiros, com a exceção de apenas dez cidades. Questionada, a ministra considerou não ter sido grande o impacto do adiamento do concurso para a taxa de abstenção elevada. “A questão da mudança da data pode sim ter interferido na decisão das pessoas, por isso a gente permitiu que as pessoas desistissem e tivessem a taxa [de inscrição] devolvida, mas tivemos muito poucas pessoas que decidiram por isso”, destacou. Inicialmente, as provas ocorreriam em 5 de maio. Contudo, dois dias antes da data marcada, em 3 de maio, o governo federal adiou o concurso, por causa das fortes chuvas que atingiram quase 95% (468, dos 497) dos municípios gaúchos. Eliminados De acordo com a ministra, o concurso foi realizado sem grandes problemas, com o registro de ocorrências em 0,2% dos locais de aplicação do CNU. “Nada que tenha afetado efetivamente a realização da prova, apenas atrasou um pouco”, disse. Ainda segundo ela, cerca de 500 candidatos (0,05% do total) foram eliminados neste domingo por terem apresentado condutas proibidas pelo edital, entre elas sair da sala da prova levando o caderno de questões, o que era proibido. “Isso não é um vazamento de provas, não teve nenhum problema de segurança com essa pessoas que saíram com o caderno de provas”, assegurou Esther Dweck, que destacou ainda a baixa judicialização do certame. Presente na entrevista coletiva após o encerramento do CNU, o advogado-geral da União, Jorge Messias, também ressaltou o número baixo de processos envolvendo um concurso dessa magnitude. “Não tivemos uma única ação judicial apresentada nas últimas 48 horas. Temos muita segurança da correção na aplicação”, afirmou. Próximos passos As provas começaram às 9h e foram encerradas entre as 17h30 e as 19h, a depender do bloco de conhecimentos escolhido pelo candidato e do atendimento especial no caso de participantes com alguma deficiência. O caderno de questões será disponibilizado ainda neste domingo, às 20h, na página oficial do CNU. O gabarito oficial preliminar será divulgado na terça-feira (20). O resultado final do certame está marcado para 21 de novembro. Maior seleção de servidores da história, com mais de 2,1 milhões de inscritos, o CNU foi realizado em 228 cidades espalhadas por todos os estados e o Distrito Federal (DF). Ao todo, são 6.640 vagas em 21 órgãos federais, na primeira vez que esse formato de seleção única foi aplicado para preencher postos de trabalho no governo federal.

Botelho aumenta vantagem contra adversários e chega a 39%; pesquisa aponta vitória no 2º turno

O candidato a prefeito Eduardo Botelho (União) aumentou a vantagem na disputa pela Prefeitura de Cuiabá, chegando a 39% das intenções de voto dos eleitores no primeiro, na modalidade estimulada, na pesquisa do instituto MT Dados, contratada pelo site Folhamax. Ele também venceria qualquer simulação de segundo turno de acordo com o levantamento, o primeiro divulgado após início da campanha eleitoral, no dia 16 de agosto. Na modalidade estimulada, Botelho chega a 39% das intenções de voto, Abilio Brunini (PL) aparece com 21%, Lúdio Cabral (PT) com 15%, Domingos Kennedy (MDB) com 2% e Ricardo Tomaz (PCO), que havia sido homologado candidato em convenção quando a pesquisa foi encomendada, tem 1%. Um total de 2% dos eleitores disseram que votariam branco ou nulo, enquanto 20% não sabem ou não responderam à pesquisa. Já na modalidade espontânea, Botelho lidera com 22%, Abilio Brunini 12%, Lúdio Cabral com 7%, Kennedy e Ricardo Tomaz com 1% cada. Um total de 2% disse votar nulo ou branco e 55% não sabem em quem votar, ou não responderam à pesquisa. A pesquisa foi a campo entre os dias 7 e 10 de agosto, entrevistou 1.100 pessoas. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima estimada é de 2,95%. Ela foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número MT-06256/2024. Segundo turno Nos cenários de segundo turno com a presença do primeiro colocado no primeiro, Eduardo Botelho, ele venceria a disputa contra qualquer adversário. Botelho tem a intenção de votos de 44% dos eleitores contra 23% de Abilio. Já 6% dos entrevistados votariam em branco ou nulo, enquanto 27% não sabem ou não responderam em quem votariam. Botelho teria 45% de intenção de voto contra 16% de Lúdio Cabral. Nesse cenário, 8% votariam em branco ou nulo, enquanto 31% não souberam ou optaram por não responder à pesquisa. Já em uma disputa União Brasil contra MDB, Botelho tem 49% das intenções de votos, contra 3% de Domingos Kennedy. Nesse cenário, 13% dos eleitores votariam branco ou nulo e 35% não sabem ou não responderam em quem votariam.