Lúdio defende fim de briga política entre governo estadual e prefeitura
O candidato a prefeito de Cuiabá e médico Lúdio Cabral, da Coligação Coragem e Força Para Mudar, defendeu que a briga política entre o Governo de Mato Grosso e a Prefeitura de Cuiabá chegue ao fim. Ele afirmou que a rixa política entre prefeito e governador prejudica a população do município, que precisa de melhorias nos serviços públicos. Para isso, é importante a parceria com o Governo Estadual e o Governo Federal. “Chega de briga política. Porque quem sofre com briga política não é prefeito, não é governador: é a população. Passada a eleição, depois, se Deus quiser, com a nossa vitória, vamos imediatamente buscar o governador, buscar parceria e dizer: não tem mais briga política aqui, o que tem aqui é compromisso com a população de Cuiabá”, afirmou Lúdio. Ele lembrou que é deputado estadual de oposição ao governo do Estado e sempre fiscalizou a atuação do governador e cobrou medidas para garantir os direitos da população de Mato Grosso. Ainda assim, buscou manter uma relação institucional respeitosa com o governo estadual, e pretende manter o respeito institucional na Prefeitura de Cuiabá, avançando para estabelecer parcerias que beneficiem a população do município. “O papel do prefeito não é ficar brigando nem fazer oposição ao governo estadual ou federal. O prefeito tem que saber buscar parcerias”, afirmou Lúdio. Da mesma forma, o candidato pretende avançar na parceria com o Governo Federal. Lúdio já apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a proposta de melhorar a saúde pública em Cuiabá, que recebeu as ideias com entusiasmo e se comprometeu a apoiá-las. Entre as medidas apresentadas por Lúdio ao presidente Lula, estão aumentar a quantidade de equipes de Saúde da Família em Cuiabá, reabrir unidades de saúde que hoje estão fechadas, realizar um grande programa de vacinação nas escolas e fazer um mutirão da saúde nas primeiras semanas de governo, em janeiro de 2025, para atender a demanda existente na rede de atenção básica, especialmente as pessoas que têm doenças crônicas como pressão alta e diabetes, para evitar o agravamento das doenças e a sobrecarga do sistema de saúde. Lúdio é candidato a prefeito pela Coligação Coragem e Força para Mudar, composta pela Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PC do B), pela Federação PSOL-Rede e pelo PSD, que tem Rafaela Fávaro com candidata a vice na chapa.
Fazendeiro destaca atuação dos bombeiros no Pantanal de MT: “se não fossem eles, ia queimar tudo”
O fazendeiro Iris de Arruda Junior destacou a atuação do Corpo de Bombeiros Militar no combate aos incêndios florestais no Pantanal mato-grossense. Segundo ele, o trabalho dos militares reduz o impacto dos incêndios na região. “Na minha fazenda o fogo não chegou. Teve um dia que os Bombeiros estavam apagando um fogo aqui perto durante a madrugada. É muito importante ter eles aqui. Eles trabalham dia e noite. A atuação deles é nota 10. Eu só tenho a agradecer a Deus e ao Corpo de Bombeiros porque se não fosse por eles, ia queimar tudo. É daqui que tiro meu sustento”, disse o pecuarista. Iris é um dos fazendeiros que auxiliam o Corpo de Bombeiros no Pantanal mato-grossense. Sua fazenda se tornou uma das bases estratégicas para que os militares possam combater o fogo com mais eficiência na região da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal, em Barão de Melgaço. As ações nesta região são planejadas em conjunto, a fim de garantir maior integração entre os órgãos estaduais, federais, setor privado e sociedade civil. “É uma ação integrada, com todos atuando em conjunto, otimizando o número de combates em campo. Acredito que é um processo de aprendizado que vem se consolidando desde 2020. Estamos em um momento bem positivo dessa integração”, afirmou Leo Malagoli, biólogo do Sesc Pantanal. “Estamos aqui lado a lado aos proprietários rurais, moradores e entidades privadas, fazendo o combate em conjunto. Essa integração entre Governo de Mato Grosso, Sesc e comunidade é muito importante e necessária para que juntos possamos diminuir os impactos que os incêndios florestais trazem tanto para o meio ambiente, como para a sociedade”, explicou o tenente Isaac Wihby. Desde o inicio desta semana, o Corpo de Bombeiros trabalha tanto na RPPN Sesc Pantanal, quanto nas propriedades adjacentes. Os militares ainda combatem incêndios na Fazenda Cambarazinho e Porto do Triunfo, em Poconé; em Porto Conceição e na divisa com a Bolívia, em Cáceres; e ao sul do Pantanal, na Fazenda Belica, que faz divisa com Mato Grosso do Sul. “Como o Pantanal é um bioma complexo e que facilita a propagação das chamas, mais de 50 bombeiros foram distribuídos em várias frentes para combater o fogo da melhor forma possível. Em sua maioria, são locais de difícil acesso, mas nos planejamos desde o início do ano para garantir que as equipes do Corpo de Bombeiros consigam chegar a todos os lugares possíveis”, explicou o tenente-coronel Rafael Marcondes, diretor-adjunto operacional dos Bombeiros. No Pantanal, auxiliam nas ações brigadistas do Sesc, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), militares do Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira e Marinha do Brasill. Cenário atual Ao todo, são 20 incêndios florestais sendo combatidos em Mato Grosso. Atuam 119 homens, com apoio de quatro aviões, 39 viaturas entre caminhões-pipa e caminhonetes, 21 máquinas para a construção de aceiros e um barco.
Assembleia Legislativa promove feira de gastronomia e artesanato
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso, por meio do Instituto Memória do Poder Legislativo (IMPL), promove nesta segunda e terça-feira (12 e 13), a Feira de Gastronomia e Artesanato da Associação de Mulheres Solitárias do Estado de Mato Grosso, no saguão da sede do Parlamento. Nessa edição, 17 expositores participam da feira, oferecendo opções de gastronomia, como bolo de queijo, de arroz, almoço com sete cardápios, e artesanatos em geral, como tricô, roupas e materiais reaproveitados por meio de reciclagem, como por exemplo, artesanatos de design de pneus. Os interessados nos trabalhos da Associação das Mulheres Solidárias de Mato Grosso ou ajudar o órgão, podem entrar em contato por meio do telefone (65) 99605-9937.
Abílio declara R$ 81,8 mil em patrimônio; vice tem R$ 1,6 milhão
O deputado federal Abílio Brunini (PL), declarou R$ 81,8 mil em patrimônio, sendo à Justiça Eleitoral, entre os bens citado na lista, uma motocicleta de R$ 6,8 mil e um Jeep Renegade (18/19) avaliado em R$ 75 mil. Esta é a segunda vez que Abílio concorre à Prefeitura de Cuiabá. A vice a tenente-coronel Vânia (Novo), declarou ter com patrimônio R$ 1.667.862,86. No comparativo com as eleições de 2020, quando foi derrotado no segundo turno pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), Abílio ficou R$ 10,7 mil mais pobre. Na ocasião, declarou total de R$ 92,5 mil. Em 2022, quando foi eleito deputado federal, o candidato disse ter R$ 87,5 mil. Aos 40 anos, Abílio lidera a coligação “Resgatando Cuiabá”, que reúne o PL, NOVO, PRTB e DC. A vice a tenente-coronel Vânia (Novo), declarou ter com patrimônio R$ 1.667.862,86. De acordo com a vice, ela possui um apartamento no Condomínio Blue Diamond Residence, em Itapema (SC), avaliado em R$ 803 mil, e um no Reserva Bonifácia By Helbor, de R$ 600 mil. Vânia ainda listou um Civic de R$ 100 mil e R$ 68,8 na poupança. No comparativo com 2022, quando disputou vaga na Assembleia Legislativa, Vânia ficou R$ 280,9 mil mais pobre.
Janaina fala de desistência de Mesa Diretora da AL e reafirma projeto ao senado em 2026
A deputada estadual Janaina Riva (MDB) disse que a tendência é sair ao Senado na disputa eleitoral de 2026, mesmo após a derrota para o cargo mais importante da Mesa Diretora, da Assembleia Legislativa. Em conversa com jornalista, a parlamentar disse que a disputa é um “projeto do MDB”. “Com certeza mantenho meu nome. Não é um projeto meu, é do MDB, do meu partido, um candidatura ao Senado. Então, existem percalços, sei que muito do que está acontecendo agora em 2024 já é 2026 que está em jogo, mas nós do MDB estamos preparados para essa disputa e acho que chegou o momento de termos uma mulher senadora”, disso Janaina. Recentemente, a deputada precisou recuar de outro projeto na disputa do cargo de primeira-secretaria da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. Ela já havia adiado a candidatura duas vezes em virtude da aliança com Max Russi. Desta vez, a disputa foi com o vice-líder do governo Beto Dois a Um (UB), no entanto, Janaína acabou cedendo a vez para Dr. João (MDB). Desta forma, a deputada conseguiu firmar um acordo garantindo que a cadeira fosse afiançada ao partido. Janaína tinha a maioria, contando com o voto de 14 deputados, mas a entrada de Beto na disputa mudou o cenário e Janaina preferiu dar um passo atrás para não interferir no relacionamento com o Palácio Paiaguás. Caso assumisse o lugar na executiva, Janaina estaria ainda mais fortalecida em 2026 para se projetar a Brasília. No entanto, ela garantiu o resultado, não interferiu nos planos. “Não tem como fritar. É um movimento natural. Eu tenho um partido e o meu partido me apoia. Por mais que tentem movimentos, é o jogo político, talvez no lugar dos outros eu faria o mesmo”, finalizou.
Morre, aos 96 anos, o ex-ministro Delfim Netto
O economista e ex-ministro Antônio Delfim Netto morreu nesta segunda-feira (12), aos 96 anos, em São Paulo. Desde o último dia 5, ele estava internado por complicações de saúde, no Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista. Em nota, a assessoria do economista informou que não haverá velório aberto e seu enterro será restrito à família. Delfim Netto deixa filha e neto. Descendente de imigrante italianos, ele nasceu em São Paulo, em maio de 1928. Formou-se economista em 1951 pela Universidade de São Paulo (USP) e tornou-se catedrático em 1958. Fez carreira acadêmica como professor titular de Análise Macroeconômica e recebeu o título de professor emérito pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (Fea-USP). Foi membro do Conselho Consultivo de Planejamento (Consplan) do governo Castelo Branco, em 1965. Tornou-se secretário de Fazenda no governo de São Paulo em 1966. Foi um dos signatários do Ato Institucional número 5 (AI-5), em 13 de dezembro de 1968. O decreto é considerado o mais duro após o golpe militar de 1964, e foi instituído durante o governo Gosta e Silva, para suspender direitos e garantias individuais. Delfim Netto chegou a ministro da Fazenda em 1967, ainda no governo Costa e Silva, e ocupou o cargo até o governo Médici, encerrado em 1974. Nos quatro anos seguintes, foi embaixador do Brasil na França e, em 1979, passou a integrar Conselho Monetário Nacional e comandou o Banco Central no governo Figueiredo. Delfim foi deputado federal na Constituinte de 1987 a 1991 pelo Partido Democrático Social, sucessor da Arena. Posteriormente, elegeu-se cinco vezes deputado federal pelo estado de São Paulo e permaneceu representante na Câmara até 2007. Agência Brasil
Paris 2024: as 10 conquistas mais marcantes dos Jogos Olímpicos
A Olimpíada de Paris chegou ao fim no domingo (11). Daqui em diante, tudo é passado ao se falar da edição de 2024 dos Jogos. As lembranças que ficam são de atletas vencedores sim, mas não somente. Além da excelência esportiva e conquistas inéditas, o legado olímpico imortalizou cenas que nos trarão alegria por muito tempo. Confira abaixo algumas das histórias mais marcantes de Paris 2024. Imane Khelif (boxe) A boxeadora argelina esteve no centro da principal polêmica dos Jogos. Ao derrotar a italiana Alessandra Carini na estreia da categoria até 66 quilos, após desistência relâmpago da adversária, Khelif foi vítima de uma onda de desinformação nas redes. Formou-se um discurso de que a argelina, que fora desclassificada do Mundial de boxe de 2023 por, segundo a Associação Internacional de Boxe (IBA, na sigla em inglês), não atender “critério de elegibilidade para participar na competição feminina”, seria uma atleta transsexual e que sua participação entre mulheres seria injusta. Embora não houvesse qualquer informação mais detalhada sobre que critérios seriam esses, logo o debate foi tomado pela teoria de que Khelif seria mais um caso de mulher com níveis elevados de testosterona e que poderia ser portadora de uma condição genética rara que afetaria sua distribuição de cromossomos. Durante os Jogos, o COI, que assumiu o comando das competições de boxe nas últimas duas Olimpíadas por não considerar a IBA uma entidade confiável e apta para a tarefa, afirmou que a boxeadora argelina era, sem nenhuma dúvida, uma mulher. Khelif avançou fase a fase até sair com a medalha de ouro na categoria. O peso emocional de tudo que viveu nos Jogos a levou às lágrimas. Segundo comunicado divulgado pela assessoria da atleta, ela contratou um escritório de advocacia para representá-la em um processo por assédio virtual apresentado à Promotoria de Paris. Simone Biles (ginástica artística) A ginasta norte-americana chegou como a principal estrela dos Jogos como um todo. Quase uma estrela pop, dada a quantidade de artistas famosos e até astros de outros esportes que compareceram às suas competições. A trajetória da carreira de Biles também gerava uma curiosidade natural: após os quatro ouros nos Jogos do Rio, ela se retirou das disputas no meio da Olimpíada de Tóquio para cuidar da saúde mental. O retorno da ginasta de 27 anos ao palco olímpico virou até tema de série da Netflix. Com todas as câmeras apontadas para ela, Biles não decepcionou: saiu de Paris com três ouros e uma prata. Rebeca Andrade (ginástica artística) Quase como num roteiro cinematográfico, se o mundo queria ver Simone Biles, a protagonista, o mundo viu Rebeca Andrade, a antagonista – mas certamente a ‘mocinha’ para os brasileiros e fãs da ginástica. A ginasta brasileira não apenas estava literalmente em todas as provas em que Biles competiu, mas disputou com ela ponto a ponto as mesmas medalhas. Além disso, as duas tiveram inúmeros momentos de interações nos bastidores destes duelos. Mas Rebeca não ficou à sombra da norte-americana. Mais do que mostrou, comprovou ter brilho próprio. O ouro no solo, desbancando Biles, foi um dos pontos altos da ginástica em Paris e, merecidamente, ela foi reverenciada ao receber a medalha no pódio. De quebra, Rebeca saltou para o topo da lista de atletas olímpicos do Brasil. Em Paris, foram quatro medalhas (um ouro, duas pratas e um bronze), que, somadas às duas conquistadas em Tóquio, a colocam como a maior medalhista do país em Olimpíadas. Uma multicampeã olímpica e mundial, Rebeca cativou muita gente também com o jeito simples e descontraído de encarar as competições. Yusuf Dikeç (tiro esportivo) Provavelmente, nenhum atleta teve um ganho maior de popularidade por conta da Olimpíada do que Yusuf Dikeç, atirador turco de 51 anos. E no caso dele, não foi por nenhum recorde ou resultado histórico. Ao conquistar a medalha de prata na prova mista da pistola de ar 10 metros, junto com Sevval Ilayda Tarhan, Dikeç não fazia ideia de que sua imagem rodaria o mundo por um motivo tão singelo. No tiro esportivo, é comum que, além da pistola, os atletas utilizem uma série de equipamentos para melhorar a performance, como óculos que potencializam a mira evitando qualquer tipo de ‘sujeira’ na visão. Também usam fones de ouvido com isolamento acústico de primeira categoria. Dikeç, no entanto, foi ‘flagrado’ competindo usando apenas seus óculos de grau e pequenos fones intra auriculares. Para completar, ao ser fotografado atirando com uma das mãos no bolso da calça, ele ganhou status nas redes sociais como um medalhista ‘casual’, que conseguiu o pódio com uma postura estilosa sem precisar de equipamentos sofisticados. No entanto, a pose com a mão no bolso para atirar é extremamente comum na modalidade, por motivos de equilíbrio corporal. Em pouco tempo, a imagem e a história de Dikeç viralizaram na internet, movidas pelos fãs pouco familiarizados com o esporte. O turco se tornou um ícone mundial, personagem de vários memes e inspirou comemorações nos próprios Jogos de Paris. O sueco Armand Duplantis, do salto com vara, por exemplo, comemorou o ouro com recorde mundial imitando a pose de Dikeç. Teddy Riner (judô) O judoca de 35 anos poderia até não ser mais aquele que passou quase dez anos e 154 lutas invicto no cenário mundial. Mas certamente ainda era uma das principais, senão a principal figura do esporte olímpico francês. Tanto que foi, ao lado da velocista Marie-José Perec, responsável por acender a pira olímpica na cerimônia de abertura dos Jogos. No tatame, Riner brilhou também. Depois de parar na semifinal e ficar com o bronze em Tóquio, ele voltou a se sagrar campeão olímpico na categoria peso-pesado (mais de 100 kg), chegando a três ouros e dois bronzes em Olimpíadas. No entanto, a grande lembrança ligada a Teddy Riner nos Jogos de Paris se deu na disputa por equipes, em que vence o país que ganhar quatro lutas primeiro. Na final contra o Japão, os franceses perdiam por 3 a 1 e estavam a um revés de ficar com a prata. O time da França conseguiu
Banco vermelho
Rosana Leite Antunes de Barros Agosto Lilás faz campanha pelo enfrentamento à violência contra mulheres Já é corriqueira a sanção de algumas normas que fazem parte do arcabouço dos direitos humanos das mulheres no mês de agosto, no Brasil. O Agosto Lilás se perfaz em campanha de conscientização pelo enfrentamento à violência contra as mulheres. A Lei 14.942/2024 foi sancionada no final do mês de julho do corrente ano, e dentre as políticas públicas, ficou instituída a instalação do Banco Vermelho. A ideia surgiu na Itália, no ano de 2016, como um manifesto internacional, e foi trazida para o Brasil por Andrea Rodrigues e Paula Limongi, que tiveram amigas vítimas de feminicídios. A ação afirmativa conhecida como Projeto Banco Vermelho consiste na instalação de pelo menos 1 (um) banco na cor vermelha em espaços públicos da iniciativa pública ou privada, com frases que venham a contribuir na reflexão sobre o enfrentamento à violência contra as mulheres, com contatos de emergência, e com o número telefônico da Central de Atendimento à Mulher, Ligue 180. A novel lei dita a necessidade de ações de conscientização em escolas, universidades, pontos de metrô e trem, rodoviárias, aeroportos e demais lugares de grande circulação de pessoas. Como incentivo, haverá premiação para os melhores projetos conexos quanto à conscientização e combate à violência contra as mulheres, bem como à reintegração da mulher em situação de violência. A primeira cidade brasileira a aderir a instalação de bancos vermelhos foi Recife, com a incumbência de lutar pelo feminicídio zero no Brasil. Os bancos recebem mensagens de reflexão sobre como enfrentar a violência, podendo conter Qrcode, endereço eletrônico, e canais de divulgação de locais de amparo às mulheres. O incentivo à implementação das políticas públicas de prevenção e conscientização ocorre quando há ampla divulgação sobre o tema. Os bancos, além de trazerem a visibilidade, podem causar curiosidade em conhecer cada vez mais sobre as normas e locais de proteção a elas. O banco pode ser um importante aliado e convite para que a sociedade passe a pensar sobre o ciclo da violência doméstica, machismo estrutural e cultura do estupro. Informações sobre as muitas normas podem ser trazidas nesses locais em forma de monumento, com a possibilidade de ser acessado apenas com o olhar. O descanso também poderá se transformar em motivo de discussão sobre as mensagens trazidas. Mato Grosso tem ocupado um lugar lamentável, no que diz respeito às estatísticas. Ocupamos atualmente, conforme o Atlas da Violência, o segundo lugar em feminicídio, que é um crime de gênero, onde mudanças culturais fazem a diferença. Ocupar os espaços públicos e privados com bancos vermelhos se consiste em estratégia de fomentar a interlocução sempre. As pessoas que passarão pelos bancos, ainda que deles não fizerem uso, formarão a convicção de que o debate e a ação em prol das mulheres são urgentes. Os bancos vermelhos serão, sem dúvida, uma probabilidade imensa de trazer o tema a todo momento e em todos os lugares. Judith Butler imortaliza as suas falas: “A possibilidade não é um luxo. Ela é tão crucial quanto o pão.” Rosana Leite Antunes de Barros é defensora pública estadual e mestra em Sociologia pela UFMT. Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Cuiabá Notícias
A mente e o corpo
Francisney Liberato A mente é um instrumento criado para nos ajudar a tomar as melhores decisões A mente é um instrumento maravilhoso criado por Deus para nos ajudar a tomar as melhores decisões. Todo ser humano deve exercer mais o seu livre-arbítrio com sabedoria, para ganhar robustez e amadurecer a mente. Muito se estuda sobre a nossa mente, contudo, nem de perto a ciência conhece todos os detalhes dela. A nossa mente é influenciada pelo que introduzimos nela, isto é, pelos nossos sentidos, como: visão, audição, paladar, olfato e tato. Em outras palavras, se colocarmos em nossa mente coisas e situações boas, ela terá estoque das mesmas coisas, por outro lado, se introduzirmos coisas e situações ruins, também ocorrerá o mesmo processo. Sendo assim, recomendo que você saiba escolher aquilo que é bom e mais saudável para a sua mente e para sua vida. A saída de informações, palavras e situações será de acordo com o nosso estoque mental, que pode ser bom ou ruim. A mente tem uma conexão direta com o seu corpo. Se a mente adoece, o corpo também transparecerá a mesma coisa. Se o corpo adoece, a mente sofrerá o impacto. É necessário cuidarmos da nossa mente e do nosso corpo para que tenhamos uma vida melhor e mais feliz. Fazendo isso, corroboramos com o autocontrole. As nossas decisões são fruto do conteúdo de nossa mente. Decisões mais assertivas condizem com uma mente mais preparada, saudável e controlada, de outro modo, a recíproca é verdadeira, isto é, decisões incoerentes são reações de uma mente desequilibrada. Tomar decisões cansa a mente. Não importa se a decisão é simples ou complexa, grande ou pequena. Escolher o que comer no café da manhã, qual tarefa executar primeiro, se vai viajar ou não, quanto gastar, onde investir, educação, segurança, lazer, se você deve reformar a casa ou não, profissão, família, relacionamentos, enfim. Ellen G. White expõe a seguinte ideia: “Há uma íntima relação entre a mente e o corpo, e, a fim de atingir-se uma elevada norma de alcance moral e intelectual, devem ser atendidas as leis que governam nosso ser físico (em Patriarcas e Profetas, p. 601). O Esforço Mental é Afetado Pelo Vigor Físico. Devemos procurar preservar o pleno vigor de todas as nossas faculdades, para a realização da obra que está diante de nós. Tudo o que abate o vigor físico enfraquece o vigor mental. Daí, toda a prática desfavorável à saúde do corpo deve ser resolutamente evitada”. A conexão entre o corpo e a mente é de fato, e isso interfere diretamente no nosso autocontrole. É necessário escolher o que adicionamos em nossa mente e no nosso corpo, pois a consequência chegará para todos nós. Francisney Liberato é auditor do Tribunal de Contas. Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Cuiabá Notícias
Sem pessoas não há cooperativismo
Marco Túlio Duarte Soares Cooperativismo deriva do verbo cooperar, que vem do latim “cooperari”, que significa trabalhar em conjunto. Resumidamente essa é síntese do cooperativismo, a união de pessoas que trabalham para atingir um objetivo comum. Esse tem sido o objetivo da Cooperativa Sicredi Integração Mato Grosso, Amapá e Pará, que há 34 anos se dedica a levar acesso ao crédito e educação financeira às regiões onde atua. Estamos chegando aos 130 mil associados, marca histórica e que mostra a força do cooperativismo. Acredito que uma das principais razões para esse crescimento é o exercício do trabalho focado no ser humano e não somente nos números. Naturalmente, os resultados financeiros são importantes, já que precisamos deles para atender os nossos associados, porém, a maneira como atingimos os nossos objetivos é que faz a diferença. Isso porque escolhemos trilhar um caminho onde valorizamos cada pessoa que faz parte da nossa história e que nos ajuda a construir o futuro que almejamos. Gosto de citar como exemplo a construção de uma casa. São necessários milhares de tijolos corretamente alinhados para se chegar a uma edificação sólida e que possa abrigar uma família. No cooperativismo, cada um é um tijolo dessa construção, nos possibilitando unir forças para que tenhamos uma instituição sólida e que ofereça as melhores opções de crédito para os nossos associados. Temos o nosso alicerce, que são os nossos colaboradores. Sem eles não seria possível atender as pessoas e suas demandas. Isso, visto que para que possamos oferecer o melhor, precisamos de uma equipe especializada e que entenda suas reais necessidades. Quem chega nas nossas agências não é tratado como um número ou mais um cartão de crédito. É recebido pelo nome, tem seu perfil analisado e recebe atendimento conforme as suas necessidades, com o tempo necessário para esclarecer dúvidas e encontrar as melhores soluções às suas demandas. Eu poderia citar dezenas de vantagens de uma instituição financeira cooperativa como a participação democrática dos associados, tarifas justas, distribuição dos resultados, responsabilidade social, o olhar específico para o desenvolvimento das comunidades, transparência, apoio aos pequenos negócios e tantas outras. Mas, para mim, o mais importante é o nosso foco no humano, um diferencial frente às demais tipos de instituições financeiras e que nos mantém fortes e prosperando. Somos feitos de pessoas para atender pessoas. Marco Túlio Duarte Soares é presidente da Cooperativa Sicredi Integração MT/AP/PA Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Cuiabá Notícias