Entenda estudo da Nasa sobre ‘Brasil inabitável’ em 50 anos
Um estudo citado pela Nasa – agência pública espacial dos Estados Unidos (EUA) – repercutiu nos últimos dias na imprensa brasileira ao prever que áreas do Brasil poderiam ficar inabitáveis até 2070 devido ao calor extremo provocado pelas mudanças climáticas. Liderada pelo cientista Colin Raymond, a pesquisa foi publicada em 2020 na Science Advances, uma das mais respeitadas revistas científicas do mundo. Porém, no estudo original não aparece o Brasil. Em março de 2022, um blog da Nasa repercutiu o estudo com Colin, que é funcionário da agência especial. O texto do blog cita o Brasil como uma das regiões vulneráveis aos calores mortais. No estudo original, foram mapeados eventos de calor extremo, entre 1979 e 2017, nos quais a umidade do ar alta e as temperaturas acima de 35ºC impedem que o suor atue resfriando nosso corpo, trazendo risco de morte para as pessoas. O climatologista Carlos Nobre, um dos maiores especialistas brasileiros sobre o tema, disse que esse estudo é muito conhecido no meio científico e que previsões como essas começaram a ser feitas desde 2010, pelo menos. “Já avançamos muito nessas pesquisas. Hoje, esses limites estão muito melhor computados e esse artigo dos estudos da Nasa de 2020 se tornou muito importante. E não é só o Brasil, tá? É uma imensa parte das regiões tropicais e até mesmo latitudes médias que podem ficar inabitáveis se a temperatura chegar nesse nível de 4º C ou mais”, afirmou o cientista em entrevista à TV Brasil. Os 4ºC a mais citados por Nobre se referem a uma temperatura acima da média dos níveis pré-industriais. Para evitar chegar nesse ponto, o Acordo de Paris se comprometeu a combater o aquecimento global “em bem menos de 2º C acima dos níveis pré-industriais”, buscando preferencialmente limitá-lo a 1,5ºC acima dos níveis antes da revolução industrial. Para o líder científico em Soluções Climáticas Naturais da The Nature Conservancy (TNC), Fernando Cesario, o estudo citado pela Nasa antecipa – para daqui a 30 ou 50 anos – o aumento da ocorrência de eventos extremos, com calor que pode levar à morte. “Os estudos antigos mostravam que a gente só ia atingir esses níveis daqui a 100 anos, daqui a 200 anos. E o que ele mostra é que essa probabilidade, essa janela de perigo, de ter áreas muito quentes e úmidas, está mais próxima do que a gente imaginava”, completou. O geólogo citou que as áreas no país com mais probabilidade de registrar eventos de calor fatal são as regiões costeiras brasileiras muito urbanizadas como Rio de Janeiro e São Paulo, onde há muito asfalto; áreas próximas de grandes lagos ou baías, como a Baia de Todos-os-Santos, na Bahia, e em volta do Rio Amazonas, onde a evaporação da água é muito alta. Calor extremo O levantamento do cientista norte-americano mostrou que, em 40 anos, triplicou o número de casos de calor extremo que podem levar à morte devido a alta umidade. Regiões como Paquistão, Oriente Médio e o litoral do Sudoeste da América do Norte estão entre as que mais registraram esses momentos de calor extremo. Ainda segundo Nobre, se o aquecimento da Terra não for revertido, além dos gases que emitimos com fábricas, carros e aviões, os oceanos e as geleiras poderiam emitir quantidades enormes de gases que elevariam a temperatura a 8 ou 10ºC acima dos níveis pré-industriais a partir do ano de 2100. “Com isso, praticamente o planeta todo se torna inabitável. Os únicos lugares habitáveis para o corpo humano serão o topo de montanhas como os Alpes, a Antártica e o Ártico”, alertou. Estresse térmico Nos EUA, o calor foi a principal causa de morte relacionada ao clima entre 1991 e 2020. Enquanto o calor matou, em média, 143 pessoas no país norte-americano ao ano, as enchentes tiraram a vida de 85 pessoas todos os anos e os tornados tiraram a vida de 69 pessoas na média anual desses 30 anos. O especialista Carlos Nobre destacou que a alta umidade e o calor podem estressar o corpo e levar à morte. “Nessas situações-limite, uma pessoa muito idosa ou um bebê resistem só meia hora. Uma pessoa adulta pode morrer em duas horas. Se durar um pouquinho mais que duas horas, ainda assim, vai ficar muito doente. Então, este é o estresse térmico que o estudo mostra, que pode tornar uma região inabitável”, completou. Outro estudo, liderado pelo cientista Camilo Mora, da Universidade do Havaí, encontrou 783 casos de calor extremo com morte em 164 cidades e 36 países. Segundo a pesquisa, 30% da população mundial está exposta a situações limites de calor em pelo menos 20 dias ao ano. “Até 2100, esta percentagem deve aumentar para 48% em um cenário com reduções drásticas das emissões de gases de efeito estufa e 74% num cenário de emissões crescentes. Uma ameaça crescente à vida humana proveniente do excesso de calor agora parece quase inevitável, mas será muito agravada se os gases com efeito de estufa não forem consideravelmente reduzidos”, afirma a pesquisa publicada na Nature Climate Change, em 2017. Notícias alarmantes O líder científico da TNC, organização não governamental ligada à preservação ambiental, Fernando Cesario, avalia que o estudo é embasado, mas que as manchetes da mídia brasileira exageram os dados repassados pela Nasa. “Achei as notícias muito alarmantes. Essas ocorrências que ele mediu são localizadas, não pega o Brasil inteiro, pega algumas faixas dentro do território e duram menos de duas horas, porque o clima é muito dinâmico. Isso não invalida a emergência climática que estamos vivendo”, afirmou. “[O estudo] mapeou eventos pontuais e de menos de duas horas. Mas se a gente continuar jogando CO2 para atmosfera e o planeta aquecendo, é muito provável que aumente a frequência desses eventos e seu tempo de duração. Isso traz risco para a saúde humana”, completou. Soluções A redução drástica na emissão de gases do efeito estufa está entre as ações que o Brasil e o mundo devem tomar para reduzir o aquecimento da Terra. “Nós temos que torcer muito para que os países assumam a responsabilidade de começar rapidamente a reduzir
Mauro elogia Plano Safra do governo federal e diz torcer para que isso se torne realidade
O governador Mauro Mendes (UB), elogiou o governo Lula (PT) pelo valor recorde destinado ao Plano Safra 2024/2025, lançado no início deste mês. A declaração de Mendes foi dada nesta terça-feira (23), durante entrevista ao Jornal Jovem Pan, da Jovem Pan News. Nesta edição, são R$ 400,59 bilhões destinados para financiamentos, um aumento de 10% em relação à safra anterior. Questionado sobre o valores destinados para um dos principais setores econômicos do estado, Mauro parabenizou a iniciativa do governo federal e disse que espera que os valores sejam efetivamente aplicados. “Esse plano que você referenciou, o maior da história, de vez em quando a gente escuta isso no Brasil, o maior daqui, o maior de lá, números importantes, mas vamos ver na prática se acontece. Esse financiamento via plano safra é importante. O governo está de parabéns e vamos esperar que as condições climáticas correspondam esse ano e que não haja nenhuma intempérie climática que possa reduzir a aplicação desse recurso, porque boa safra pode significar alimentos mais baratos para os brasileiros e muita exportação”, disse Mauro. “O governo está de parabéns e vamos torcer para que isso se torne realidade e não seja apenas num grande anúncio”, completou. Mauro destacou ainda que o agronegócio é um dos setores mais robustos da economia de Mato Grosso há muitos anos, ou seja, antes dele ser govenador do Estado e afirmou que o setor continuou em alta mesmo quando ele assumiu em 2019 e precisou adotar, seu primeiro ano de governo, uma política fiscal dura para “arrumar a casa”, frisando mazelas deixada pelo governo de Pedro Taques. “Muito embora o agronegócio seja um setor importante aqui no estado de Mato Grosso e venha bem nos últimos anos, mas não fui eu e não foi no meu mandato que inventamos o agronegócio. Ele [o agronegócio] já vem bem há mais de uma década, há quase duas décadas. E chegou em 2018, um ano antes de eu virar governador, o governo chegou a atrasar salários, não pagou 13º e uma série de obras paralisaram e o estado estava em péssimas condições. E o agronegócio vinha muito bem há muitos anos”, pontuou. “Isso mostra que o que é necessário é você ter uma política correta de arrecadação e conter a despesa pública. Aquilo que nós fizemos em 2019, foi um ajuste fiscal duro e necessário e que trouxe um grande momento que estamos colhendo agora de ter muito investimentos e o estado devolver muito para sociedade”, finalizou. PLANO SAFRA 2024 Dos R$ 400,59 bilhões em crédito para a agricultura empresarial, R$ 293,29 bilhões (+8%) será para custeio e comercialização e R$ 107,3 bilhões (+16,5%) para investimentos. Já em relação aos recursos por beneficiário, R$ 189,09 bilhões serão com taxas controladas, direcionados para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e demais produtores e cooperativas, e os outros R$ 211,5 bilhões destinados a taxas livres.
Justiça aceita denúncia contra 13 alvos de Operação Ragnatela
A Justiça acatou a denúncia do Ministério Público Estadual e tornou réus 14 acusados de integrar um esquema de lavagem de dinheiro de uma facção criminosa em casas noturnas e shows nacionais, em Cuiabá. A decisão é do juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal da Capital. A decisão foi disponibilizada nesta quarta-feira (24). Entre os denunciados está o líder do bando, o faccionado do Comando Vermelho, Joadir Alves Gonçalves, o ‘Jogador’. Além dele, Ana Cristina Brauna Freitas, Agner Luiz Pereira de Oliveira Soares, Clawilson Almeida Lacava, Elzyo Jardel Xavier Pires, Joanilson de Lima Oliveira (vulgo Japão), João Lennon Arruda de Souza, Kamilla Beretta Bertoni, Lauriano Silva Gomes da Cruz, Matheus Araujo Barbosa, Rafael Piaia Pael, Rodrigo de Souza Leal, Willian Aparecido da Costa Pereira (Gordão) e Wilson Carlos da Costa. Eles foram alvos da Operação Ragnatella, deflagrada em junho deste ano. As investigações concluíram que pelo menos cinco empresas que seriam usadas exclusivamente como “instrumento” para a lavagem. A ação foi deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (Ficco-MT), que é composta por forças policiais estaduais e federais. Ainda na decisão, o magistrado manteve a prisão preventiva de cinco denunciados por serem considerados líderes da facção: Joadir Alves Gonçalves, Joanilson de Lima Oliveira, João Lennon Arruda de Souza, Willian Parecido da Costa Pereira e Elyzio Jardel Xavier Pires. A Operação Ragnatela cumpri ainda mandados de busca e apreensão contra 23 pessoas fisicas e quatro jurídicas. Entre os alvos estava o vereador Paulo Henrique (MDB), que sequer foi indiciado pelo caso.
Botelho vai à Brasília em busca de apoio com nacionais de partidos aliados
O pré-candidato a Prefeitura de Cuiabá, presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (UB), viajou para Brasília, nesta quarta-feira (24), em busca de diálogo com executivas nacionais de partidos aliados. O pré-candidato será recebido no PSDB, Podemos e Solidariedade. Entre os três partidos, apenas o Podemos sinalizou ter indicação a vice. A sigla aposta no vereador Kássio Coelho (Podemos). O Podemos foi o último a entrar no arco de aliança pró-Botelho e o Solidariedade é o único que homologou, até o momento, o apoio em convenção partidária. O PSDB fechou com o União Brasil após o presidente em Mato Grosso, Carlos Avallone, ensaiar sua pré-candidatura, no entanto Avallone desistiu. Avallone foi assediado pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT), que tinha a simpatia do presidente do Cidadania, Marco Marrafon. Contundo, o voto Avallone pesou na federação e o Cidadania cedeu, suspendendo a articulação com o PT.
Maioria do eleitorado mato-grossense tem apenas ensino médio completo, aponta pesquisa do TSE
A maioria do eleitorado mato-grossense tem apenas o ensino médio completo, aponta pesquisa divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que analisa o nível de escolaridade dos eleitores em todo o país. De acordo com informações apuradas pelo TSE, 26,2% tem ensino médio completo. Conforme o levantamento, em segundo lugar no Estado estão os eleitores com o ensino fundamental incompleto, com 21,2%. Em terceiro lugar, estão os eleitores com ensino médio incompleto, 17,95%. Na quarta posição, estão pessoas com superior completo, 13,32%, seguida por superior incompleto, 6,21%. Quem lê e escreve representa 6,09%; ensino fundamental completo, 5,73%, e analfabeto, 3,3%. A situação do Estado não difere muito de outras unidades federativas do país. Dentre as 27 avaliadas pela pesquisa, 16 também têm em sua maioria o eleitorado com ensino médio completo. Enquanto que outras 11 têm apenas o fundamental incompleto. Confira a lista em ordem alfabética: Acre – 23,86 % – ensino médio completo Alagoas – 25,2 – ensino fundamental incompleto Amazonas – 32,4% – ensino médio completo Amapá – 28,03% – ensino médio completo Bahia – 27,47% – ensino médio completo Ceará – 26,35% – ensino médio completo Espírito Santo – 25,65% – ensino médio completo Goiás – 28,78% – ensino médio completo Maranhão – 26,1% – ensino médio completo Minas Gerais – 25,2% – ensino fundamental incompleto Mato Grosso do Sul – 24,94% – ensino fundamental incompleto Mato Grosso – 26,2% – ensino médio completo Pará – 26,09% – ensino fundamental incompleto Paraíba – 23,89% – ensino fundamental incompleto Pernambuco – 26,05% – ensino médio completo Piauí – 23,16% – ensino fundamental incompleto Paraná – 28,47% – ensino médio completo Rio de Janeiro – 24,24% – ensino médio completo Rio Grande do Norte – 24,97% – ensino fundamental incompleto Rondônia – 25,62% – ensino fundamental incompleto Roraima – 29,47% – ensino médio completo Rio Grande do Sul – 28,09% – ensino fundamental incompleto Santa Catarina – 26,73% – ensino médio completo Sergipe – 28,87% – ensino fundamental incompleto São Paulo – 32,71% – ensino médio completo Tocantins – 26,92% – ensino médio completo
McDia Feliz 2024: AACCMT inicia a venda de tíquetes antecipados
A Associação de Amigos da Criança com Câncer de Mato Grosso (AACCMT), é uma das instituições beneficiadas pelo McDia Feliz 2024 e iniciou, a venda antecipada dos tíquetes da 36ª edição da campanha, a maior ação de mobilização em prol de crianças e adolescentes com câncer no Brasil. Em 2024, o McDia Feliz vai acontecer no dia 24 de agosto (sábado), com a venda antecipada dos tíquetes do Big Mac já disponíveis pelo e-commerce (https://www.mcdiafeliz.org.br/) no valor de R$ 19,00. O bilhete também pode ser adquirido na sede da AACCMT, localizada na Rua do Caju, 329 – Jardim Alvorada, Cuiabá. “Contamos com a participação de toda a população nesta campanha. Cada gesto conta e traz benefícios para inúmeras crianças e adolescentes atendidos na AACCMT. Unamos nossas forças por esta nobre causa e deixemos nossa marca na vida desses pequenos guerreiros. Junte-se a nós no McDia Feliz”, pontuou Perolina Cezar, gestora executiva da AACCMT Neste ano, a 36ª edição do McDia Feliz beneficiará 80 projetos de 49 instituições em 41 cidades nas cinco regiões do país, todas dedicadas à oncologia pediátrica. A lista foi anunciada pelo Instituto Ronald McDonald, uma organização social sem fins lucrativos que, há mais de 25 anos, promove a saúde e o bem-estar de crianças, jovens e suas famílias, contribuindo para aumentar as chances de cura da doença no Brasil. Clique aqui e confira a lista de projetos 2024. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer ainda é a principal causa de morte entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos no Brasil, com um novo caso surgindo a cada hora. Diante dessa realidade, a CEO do Instituto Ronald McDonald, Bianca Provedel, enfatiza a importância da união e da solidariedade de todos para mudar esse cenário e levar esperança a milhares de crianças, adolescentes e suas famílias em todo o país: “O McDia Feliz é fundamental para a nossa missão de aumentar as chances de cura do câncer infantojuvenil. Este evento não apenas mobiliza recursos essenciais para os projetos de tratamento e apoio, mas também desperta a consciência sobre a importância da solidariedade. Cada participação, cada Big Mac vendido, representa um passo a mais na luta pela vida dessas crianças e adolescentes. É um dia de união, onde juntos podemos levar esperança e fazer uma diferença real na vida de cada um deles.” Sobre o McDia Feliz O McDia Feliz é o principal evento beneficente do McDonald’s e, atualmente, é uma das maiores mobilizações em prol de crianças e adolescentes no Brasil. A campanha é realizada no país desde 1988, gerando recursos para as instituições apoiadas pelo Instituto Ronald McDonald, que atuam para proporcionar mais saúde e qualidade de vida a crianças e adolescentes com câncer. Em 2018, o projeto ampliou seu impacto para beneficiar outra causa de grande importância para o país, a Educação. Desde sua primeira edição, mais de R$ 400 milhões já foram arrecadados pelo McDia Feliz. Sobre a AACCMT A instituição hospeda gratuitamente crianças com câncer e um acompanhante. Entre os atendidos, estão assistidos que residem no interior de Mato Grosso, em outros Estados, de área indígena e de outros países que necessitam ficar em tratamento em centros especializados de oncologia pediátrica em Cuiabá. Conforme último levantamento da diretoria, em 25 anos a AACCMT acompanhou 794 assistidos e 19.114 atendimentos. Doações Todas as despesas da instituição, como água, luz, telefone, alimentação, produtos de higiene, capacitação de voluntários e funcionários são custeadas por meio de doações, projetos, eventos e campanhas. As doações podem ser feitas pelo telefone: (65) 3025-0800 Sobre o Instituto Ronald McDonald Organização sem fins lucrativos, o Instituto Ronald McDonald há mais de 25 anos atua para promover a saúde e bem-estar de crianças e adolescentes, aumentando as chances de cura do câncer infantojuvenil. Para atingir esse objetivo, o Instituto Ronald McDonald trabalha promovendo programas ligados à capacitação de profissionais e estudantes de saúde ao diagnóstico precoce, estruturação de hospitais especializados, a hospedagem para famílias que residem longe dos hospitais, e projetos que visem a disseminação de conhecimento sobre a causa. A ONG faz parte do sistema beneficente global Ronald McDonald House Charities (RMHC), presente em mais de 60 países, coordenando os programas globais: Casa Ronald McDonald, voltado para a hospedagem, transporte e alimentação dos pacientes; e o Programa Espaço da Família Ronald McDonald, que torna menos desgastante o dia a dia das famílias durante o tratamento. No Brasil, há ainda outros dois programas locais: Atenção Integral e Diagnóstico Precoce, com ações específicas de combate ao câncer infantojuvenil. O Instituto conta com o apoio de diversas empresas e pessoas físicas para desenvolver e manter seus programas. Saiba mais sobre os programas e as instituições beneficiadas em www.institutoronald.org.br.
Diagnóstico rápido é a chave para combater câncer com eficácia
CARLOS ABURAD O Brasil deve ter 704 mil novos casos de câncer por ano em 2024 e 2025. Os dados são do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em um estudo que abrange o triênio de 2023 a 2025. O câncer mais incidente no país é o de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%). Em homens, o câncer de próstata é predominante em todas as regiões do Brasil, totalizando 72 mil casos novos estimados a cada ano, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Os números da publicação Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil, do Inca, causam espanto, mas é preciso fazer um alerta importante. A descoberta precoce do câncer pode fazer a diferença entre a vida e a morte. O trabalho de uma equipe multidisciplinar tem se mostrado extremamente eficaz nesse processo. Com médicos especialistas e patologistas atuando de forma integrada, é possível realizar a primeira análise e definir rapidamente o tipo de tratamento adequado para cada paciente. Essa prática garante qualidade, segurança e confiabilidade nos resultados dos exames. O tratamento é mais assertivo dessa forma e, certamente, há maior chance de recuperação do paciente. A estatística do INCA mostrou que foram estimadas as ocorrências para 21 tipos de câncer mais incidentes no país, dois a mais do que no levantamento anterior. A inclusão do câncer de pâncreas e de fígado na lista dos mais incidentes reflete a preocupação com problemas de saúde pública em diversas regiões. Se for analisar por região, o câncer de fígado aparece entre os 10 mais incidentes na região Norte. Ele está relacionado a infecções hepáticas e doenças hepáticas crônicas. O câncer de pâncreas está entre os 10 mais incidentes na região Sul. Os seus principais fatores de risco são a obesidade e o tabagismo. Nas regiões de maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o câncer de cólon e reto estão na segunda ou terceira posição. Nas regiões de menor IDH, o câncer de estômago é o segundo ou o terceiro mais frequente entre a população masculina. Nas mulheres, o câncer de mama é o mais incidente (depois do de pele não melanoma), com 74 mil casos novos previstos por ano até 2025. Nas regiões mais desenvolvidas, em seguida vem o câncer colorretal. Nas de menor IDH, o câncer do colo do útero ocupa essa posição. Neste cenário numérico, a biópsia é um procedimento fundamental para o diagnóstico do câncer. O paciente tem um fragmento de tecido coletado para análise para confirmar se a suspeita de câncer é procedente. O material coletado é encaminhado para exames mais complexos, como os anatomopatológicos, os citopatológicos e os imunohistoquímicos. São estes exames que vão definir o tipo de doença. A partir desses resultados, os médicos oncologistas e especialistas vão resolver qual é o melhor tratamento para os pacientes. É importante ressaltar que um diagnóstico preciso e rápido, que acontece quando existe uma equipe multidisciplinar, é essencial. Essa atuação conjunta de especialistas melhora as chances de recuperação do paciente. O combate ao câncer no Brasil depende da implementação dessa prática e do apoio a políticas públicas. Com 704 mil novos casos anuais, a luta contra o câncer exige um esforço conjunto e estratégias eficazes para garantir a melhor resposta possível aos pacientes. CARLOS ABURAD é médico patologista do CPC Aburad Diagnóstico. Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Cuiabá Notícias.
Diabetes e os rins
Emmanuela Bortoletto Você sabia que a diabetes é uma grande ameaça para os rins? Muitas pessoas não sabem, mas a diabetes está entre os principais fatores de risco para a insuficiência renal. E isso é mais um motivo para quem tem diabetes mantê-la sempre controlada, para evitar que atinja os rins e cause outros problemas no organismo. Primeiro, vamos entender a diabetes. Uma publicação do X Atlas do Diabetes, lançado pela Federação Internacional de Diabetes (IFD) em 2021, aponta que uma em cada dez pessoas, com idades entre 20 e 79 anos, têm diabetes. Isso representa cerca de 537 milhões de adultos no mundo. A previsão é que, em 2045, esse número suba para 784 milhões. No caso de crianças e adolescentes, a média global indica que mais de 1,2 milhão de pessoas, com idades entre zero e 19 anos, são diabéticas. Anualmente, espera-se que surjam cerca de 149.550 novos casos de diabetes tipo 1 nessa faixa etária. O Brasil é o sexto país onde a diabetes é mais incidente. Em 2021, pelo menos 15,7 milhões de adultos lidavam com a doença no país. Em 2045, a estimativa é que 23,2 milhões de brasileiros apresentarão o problema, mantendo a sexta colocação mundial. O complicado é que, se a diabetes não for diagnosticada, tratada e controlada em tempo oportuno, pode trazer sérios danos ao paciente, inclusive levar à insuficiência renal. Acontece que os rins são responsáveis pela filtragem do sangue, eliminando o excesso de toxinas e resíduos presentes. As impurezas filtradas pelos rins são eliminadas por meio da urina. No caso do diabético, o sangue tem mais açúcar que o normal, o que danifica os vasos e faz com que os rins trabalhem mais. Com o tempo, essa sobrecarga pode danificar os rins, levando à insuficiência renal crônica. Vale lembrar que nem todo diabético terá problemas nos rins. Por isso, é necessário controlar os níveis de glicose no sangue para evitar complicações e sempre fazer check-ups médicos para não ser pego de surpresa. Sintomas de emagrecimento, aumento da ingestão de água, aumento das idas ao banheiro, dor abdominal inespecífico são sinais de alerta para Diabetes e devem sem investigadas. Emmanuela Bortoletto Santos dos Reis é médica nefropediatra. Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Cuiabá Notícias.
Novo imposto sobre bens e serviços
Victor Humberto Maizman A Reforma Tributária recém aprovada pelo Congresso Nacional autorizou a União instituir o novo Imposto sobre Bens e Serviços – IBS, substituindo o Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS e o Imposto sobre Prestação de Serviços – ISS. A intenção do legislador reformador foi condensar os aludidos impostos, minimizando assim toda a burocracia que envolve a exigência dos três impostos. Porém, a questão parece simples, mas além de mitigar a possibilidade dos Estados e Municípios exercerem o seu poder/dever de instituir políticas de desenvolvimento regional através da implementação de incentivos fiscais, o novo imposto vai onerar ainda mais o contribuinte conforme se verifica a seguir. Primeiro, é importante salientar que não se trata apenas da junção dos aludidos impostos, mas sim a ampliação de sua base tributável, uma vez que o novo tributo permite que qualquer operação com bens e serviços seja objeto da referida incidência fiscal. Cito como exemplo o fato de que pela regra atual, não há incidência tributária sobre a locação, porém de acordo com a Reforma Tributária recém aprovada, tal operação tornar-se-á fato gerador do novo imposto. Por outro lado, conforme consta do projeto de lei regulamentador da Reforma Tributária e recentemente aprovada pela Câmara dos Deputados, a alíquota do novo imposto ultrapassa e muito as alíquotas em vigor do ISS e do ICMS. Aliás, segundo noticiado pela imprensa a alíquota aprovada pela Câmara dos Deputados é a maior do mundo para operações com bens e serviços. E ainda, para aqueles que entendem que as micro e pequenas empresas não serão afetadas, torna-se importante salientar que para aqueles que não forem optantes do sistema simplificado denominado de SIMPLES, perderão o benefício hoje previsto na legislação em vigor que permite que as mesmas tenham um prazo para o pagamento do tributo devido, posto que a Reforma Tributária prevê a implementação de um sistema em que o novo tributo é imediatamente devido no momento da venda ou da prestação de serviços. Tal sistemática, por certo, compromete sobremaneira o imprescindível capital de giro dos pequenos empreendedores. Diante de tantas inconsistências, aguarda-se que o Senado Federal reanalise tais questões, a fim de que venha minimizar os gravosos impactos fiscais decorrentes de tal Reforma Tributária. De todo modo, o noticiado déficit público da União não pode motivar a alteração da sistemática tributária com intuito apenas arrecadatório, até porque conforme orientam os economistas, não se deve ir ao supermercado com fome! Victor Humberto Maizman é advogado e consultor jurídico tributário. Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Cuiabá Notícias.
“A forma brutal que tiraram você de nós me corrói a cada segundo”, diz mãe de Raquel Cattani
Sandra Cattani, se manifestou nesta terça-feira (23), em suas redes sociais em uma postagem emocionada sobre a morte de sua filha, Raquel Cattani, de 26 anos, encontrada morta na última sexta-feira (19), no distrito de Pontal do Marape, na zona rural de Nova Mutum ( a 240 km de Cuibá). Raquel também era filha do deputado estadual Gilberto Cattani (PL). “Meu coração está dilacerado com a sua partida, minha doce e amada Quelzinha. A forma brutal que tiraram você de nós me corrói a cada segundo. Que nosso bom Deus na sua infinita misericórdia nos dê forças pra tentar continuar sem você”, disse a mãe de Raquel. O deputado Cattani e a esposa Sandra, o prestaram depoimento nesta segunda, na delegacia de Nova Mutum que apura o caso. Em uma entrevista concedida na terça-feira, o secretário de segurança pública, César Augusto Roveri, declarou que as informações fornecidas pelo casal são importantes para as investigações. Ainda segundo Roveri, na sexta-feira foram coletados materiais genéticos para análise de DNA. Além disso, no sábado, novas provas foram recolhidas na residência onde Raquel foi assassinada. O corpo da vítima foi encontrado por um familiar, dentro de um dos quartos da residência, na manhã de sexta-feira (19). A perícia técnica realizada no local apontou que a jovem foi morta com cerca de 34 facadas. Raquel foi enterrada no sábado, em Lucas do Rio Verde (a 336 km de Cuiabá).