‘É preciso combater mentira de que ajudar pessoas pobres é desperdício’ , afirma Pacheco
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu, nesta sexta-feira (28) ser “perfeitamente possível compatibilizar o desenvolvimento da nação e da economia dando oportunidade” às pessoas mais pobres. “É preciso combater a mentira de que ajudar as pessoas pobres é um desperdício. Essa é uma mentira que deve ser enfrentada. Quem mais precisa da política são as pessoas pobres. É perfeitamente possível compatibilizar o desenvolvimento da nação e da economia dando oportunidade, inclusão e o mínimo de dignidade às pessoas. Vai nos incomodar muito se nossa geração não conseguir vencer esse mal da pobreza”, disse Pacheco, em evento em Belo Horizonte, ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. A declaração de Pacheco acontece em meio a uma série de críticas ao governo federal pelo receio em relação às contas públicas. Há uma cobrança cada vez mais recorrente de parte do establishment político e do mercado financeiro para que o Palácio do Planalto analise propostas de corte de gastos para equilibrar as contas públicas. Uma das sugestões já ventiladas é desvincular benefícios como o BPC (destinado a idosos de baixa renda e pessoas com deficiência) do salário mínimo.
Saiba mais sobre o uso da energia nuclear no Brasil e no mundo
Na mais recente Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, um grupo de 22 países se comprometeu a triplicar a geração de energia nuclear até 2050. O esforço concentrado é uma forma de contribuir para a descarbonização e conter mudanças climáticas. A energia nuclear é considerada limpa porque as usinas não emitem gases do efeito estufa. O Brasil não é signatário do texto, mas se encontra na busca de aumentar a geração nuclear, por meio da construção da usina Angra 3, no litoral sul do Rio de Janeiro. A Agência Brasil traz uma seleção de dados para compreensão de como a usina é usada no país e no mundo. Brasil Atualmente, o Brasil tem duas usinas em funcionamento: Angra 1 e Angra 2. Elas ficam na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), em Angra dos Reis, Costa Verde do Rio de Janeiro. As unidades são operadas pela empresa estatal Eletronuclear. Angra 1 funciona desde 1985 e está em processo de renovação de licença de operação por mais 20 anos. Com 640 megawatts (MW) de potência, a instalação gera energia suficiente para suprir uma cidade de 2 milhões de habitantes, como Manaus, capital do Amazonas. A vizinha Angra 2 funciona desde 2001 e tem potência de 1.350 MW. É capaz de abastecer uma cidade de 4 milhões de habitantes, equivalente às populações de Brasília e Porto Alegre somadas. Juntas, respondem por aproximadamente 2% do consumo de energia elétrica no país. Apesar de estarem no Rio de Janeiro, a energia produzida pelas usinas faz parte do Sistema Interligado Nacional (SIN), ou seja, não é necessariamente consumida no estado. Entrando em funcionamento, o que não é previsto antes de 2030, Angra 3 terá potência de 1.405 megawatts (MW) e será capaz de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, o suficiente para atender o consumo de 4,5 milhões de pessoas. Apesar de a geração ser relativamente baixa, o Brasil faz parte de um seleto grupo de apenas três países (juntamente com Estados Unidos e Rússia) que têm reservas de minério, tecnologia de beneficiamento e usinas nucleares para produzir energia. O Brasil tem a 8ª maior reserva de urânio – fonte do combustível nuclear – do mundo. A maior fica na Austrália. Mundo A energia nuclear equivale a 23,7% da energia limpa produzida no mundo. A França, responde por mais de 70%. Em todo o mundo, há 437 reatores nucleares em operação. Destes, 93 estão em funcionamento nos Estados Unidos, que é seguido por França (56), China (55), Rússia (37), Coreia do Sul (25), Índia (19) e Canadá (19). Na América Latina, além do Brasil, Argentina (3) e México (2) têm usinas nucleares. Dos três, o Brasil é o que tem maior potência. No mundo há 58 reatores em construção em 17 países. As nações que concentram as construções são China (22), Índia (8) e Turquia (4). Em toda a Europa são 13 reatores sendo preparados e nas Américas, três.
Cuiabá enfrenta o Bragantino neste sábado na Arena Pantanal
O Cuiabá enfrenta o Red Bull Bragantino, neste sábado (29), às 17h30 (de MT), na Arena Pantanal, em Cuiabá pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time entra em campo com dois titulares suspensos. Alan Empereur e Clayson foram punidos com terceiro cartão amarelo no empate com o Corinthians e estão fora do confronto com o Massa Bruta. A tendência é que Bruno Alves e Derik Lacerda, respectivamente, sejam os substitutos. Além da dupla, o técnico Petit segue sem poder contar com o meia Max, que se recupera de lesão na panturrilha esquerda. O time provável tem: Walter; Matheus Alexandre, Marllon, Bruno Alves e Ramon; Filipe Augusto, Lucas Mineiro e Denilson; Jonathan Cafú, Derik Lacerda e Pitta. O elenco auriverde encerra a preparação visando a partida com treinamento no CT Manoel Dresch, na manhã desta sexta-feira. O Dourado defende invencibilidade de quatro rodadas e busca se distanciar da zona de rebaixamento. A equipe mato-grossense está na 14ª posição, com 12 pontos, a dois do Atlético-GO, primeiro dentro do Z-4.
Emanuel Pinheiro sanciona Plano Municipal de Cultura de Cuiabá com vigência para os próximos dez anos
O Plano Municipal de Cultura agora é lei. Com vigência de dez anos (2023/2033), o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, sancionou a Lei Municipal nº 7.105, de 17 de junho de 2024, que institui o Plano Municipal de Cultura. Este plano é parte integrante do Sistema Nacional de Cultura (SNC), um instrumento de gestão compartilhada de políticas públicas culturais entre os entes federados e a sociedade civil, com o objetivo principal de fortalecer as políticas culturais da União, estados, Distrito Federal e municípios. A construção do plano foi baseada na Lei Federal nº 12.343/2010 e na Lei Estadual nº 10.363/2016, que aprovam o Plano Nacional de Cultura e o Plano Estadual de Cultura, respectivamente. “Temos a honra de apresentar o primeiro Plano Municipal de Cultura de Cuiabá, sendo este principal instrumento de planejamento da gestão cultural estabelecido, contendo metas e ações específicas aos segmentos culturais para serem executadas em curto, médio e longo prazo, com vigência total de 10 anos. Este Plano representa a conclusão de um ciclo iniciado em dezembro de 2015 para a criação do Sistema Municipal de Cultura de Cuiabá após a adesão do município ao Sistema Nacional de Cultura (SNC). Grande conquista da gestão, setor cultural e de toda população cuiabana”, declarou o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro. O Plano Municipal de Cultura de Cuiabá define suas metas e ações através de seis eixos estratégicos, compostos por 29 metas e 222 ações. O processo de elaboração do plano foi realizado conforme a metodologia estabelecida pelo Ministério da Cultura, seguindo premissas e princípios técnicos, democráticos e participativos. A elaboração técnica do plano começou em julho de 2022, com encontros de capacitação envolvendo os membros do Conselho Municipal de Política Cultural, colaboradores e servidores da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer (SMCEL). Esses encontros tiveram como objetivo compreender o Sistema Nacional de Cultura, as políticas públicas para a cultura e alinhar as expectativas relacionadas às etapas de elaboração e metodologia do plano. Construído democraticamente, o plano recebeu demandas e propostas por meio de três fóruns temáticos realizados presencialmente. Essas propostas foram alinhadas ao desenvolvimento global, contribuindo para o alcance dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). As metas do plano indicam quais dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável- ODS são atendidos, ampliando a consciência sobre o impacto das ações na promoção de uma vida digna e na qualidade de vida da população e das próximas gerações. “Reconhecemos que, sendo o primeiro planejamento estratégico da cultura do município, damos início a um longo processo evolutivo de trabalho e consolidação de compromissos para atendimento às suas metas. E é por isso que a Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer e do Conselho Municipal de Política Cultural, se orgulha de entregar esta lei para empoderamento da população, a fim de assegurar o fortalecimento contínuo da cultura de Cuiabá e da sua evolução plena cultural, social, econômica e sustentável”, disse o secretário interino de Cultura, Esporte e Lazer, Justino Astrevo. O Plano Municipal de Cultura será revisto periodicamente, com o objetivo de atualizar e aperfeiçoar suas diretrizes e metas. A primeira revisão será realizada após quatro anos da promulgação desta lei, e as próximas revisões ocorrerão a cada três anos até o término de sua vigência, assegurando a participação do Conselho Municipal de Política Cultural e ampla representação do poder público e da sociedade civil. “Este plano marca um avanço significativo na promoção e fortalecimento da cultura em Cuiabá. Alinhado às diretrizes nacionais e estaduais, ele assegura uma gestão cultural inclusiva e participativa, que beneficiará nossa comunidade ao longo da próxima década. Com esse plano, Cuiabá passa a ter sua identidade de fato e de direito. Mais um legado da gestão Emanuel Pinheiro para o fortíssimo e respeito setor cultural, concluiu o prefeito.
Mato Grosso realiza duas captações de múltiplos órgãos no mesmo dia
A Central Estadual de Transplantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) realizou, nesta sexta-feira (28), dois processos de captação de múltiplos órgãos em Sinop e Rondonópolis. Com a autorização das famílias dos doadores, oito pacientes de cinco estados terão chance de vida. A primeira captação foi realizada no Hospital Regional de Sinop com o apoio de equipes do Distrito Federal. O procedimento possibilitou a doação de um fígado e dois rins, que irão beneficiar três pacientes. A segunda captação foi realizada na Santa Casa de Rondonópolis com o apoio de equipes do Rio de Janeiro. A captação permitiu a doação de um fígado, dois rins e duas córneas, que irão beneficiar mais cinco pacientes. As córneas foram retiradas pela equipe do Banco de Olhos de Cuiabá. Os órgãos captados beneficiarão pacientes de Mato Grosso, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Goiás e Pará. A ação foi coordenada pelas equipes do Estado de Mato Grosso e a logística para a execução dos procedimentos teve apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Força Tática de Rondonópolis. Para o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, o trabalho conjunto das equipes envolvidas foi fundamental na força-tarefa que permitiu que as duas captações ocorressem no mesmo dia. “Parabenizo as equipes e profissionais que envidaram esforços para viabilizar duas captações praticamente simultâneas em Mato Grosso. Vemos a importância e a grandeza do Sistema Único de Saúde (SUS) desde o trabalho dos profissionais, que sensibilizam a família do potencial doador, até a conclusão do processo de doação. A SES investe na qualificação dos profissionais envolvidos na área do transplante, para que mais pessoas tenham a chance de sobreviver através de um gesto tão nobre”, disse o gestor. A SES investe na reestruturação da Central Estadual de Transplantes por meio da ampliação da equipe, implantação da comissão intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos para transplante e capacitação dos profissionais médicos dos hospitais públicos e privados. Essas ações visam ao aumento do número de captações de órgãos no estado. A secretária adjunta de Regulação da SES, Fabiana Bardi, destacou a atuação dos profissionais de saúde na sensibilização sobre a importância da doação de órgãos e ressaltou que seis captações já foram realizadas em Mato Grosso no ano de 2024. “Já mediamos seis grandes captações neste ano e trabalhamos muito para desmistificar o transplante no ambiente hospitalar. Entendemos a importância do diálogo neste processo e por isso estamos investindo na criação das Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes dentro dos hospitais públicos e privados de Mato Grosso. Essas comissões são responsáveis pela entrevista familiar e pelas orientações quanto ao processo de doação”, afirmou Fabiana. A coordenadora da Central Estadual de Transplante, Anita Ricarda da Silva, agradeceu as famílias doadoras e também os profissionais envolvidos. “Nós agradecemos e parabenizamos o empenho de todos os envolvidos em mais esta grande operação para captar órgãos em Mato Grosso. Às famílias doadoras, nossos mais profundos sentimentos de gratidão e respeito. Por meio desse nobre gesto, outras pessoas terão nova condição de vida”, finalizou. Balanço Em 2023, Mato Grosso realizou o total de sete captações de órgãos. As doações beneficiaram 17 pacientes de Mato Grosso, São Paulo, Pernambuco, do Acre, Paraná e Distrito Federal. Nesse período, a Central Estadual de Transplante mediu a captação de 253 córneas para doação, desse total, 184 córneas foram captadas com apoio do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) da Pasta. O transplante proporcionou qualidade de vida a 219 pacientes do Estado que agora conseguem enxergar melhor. Transplantes em Mato Grosso Em Mato Grosso, são realizados os transplantes de córneas e tecidos. Os pacientes que precisam de transplante de outros órgãos são encaminhados pelo serviço de Tratamento Fora Domicílio para serem transplantados em outros Estados; os gastos com locomoção e a ajuda de custo para estadia e alimentação do paciente e acompanhante são pagos pela SES-MT. O serviço de transplante de rim em Mato Grosso passa por uma reestruturação das unidades de referência. No momento, o Governo está em tratativas para retomar integralmente os serviços.
Mais de 60 PMs são denunciados pelo Núcleo de Defesa da Vida do MP
As Promotorias de Justiça que integram o Núcleo de Defesa da Vida do Ministério Público do Estado de Mato Grosso ofereceram seis denúncias contra policiais militares investigados por homicídios em Cuiabá e Várzea Grande. As denúncias são resultado das investigações oriundas da operação Simulacrum, deflagrada em março de 2022 pela Polícia Civil e Ministério Público Estadual. Na ocasião, a 12ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá expediu 34 mandados de busca e apreensão e de medidas cautelares diversas. Ao todo, foram denunciados 68 militares e 01 segurança particular, sendo que alguns aparecem mais de uma vez. Nas denúncias, os promotores de Justiça que integram o Núcleo de Defesa da Vida destacam que chama a atenção a escalada da letalidade nas intervenções policiais militares na região metropolitana de Cuiabá e Várzea Grande. “No ano de 2023 mais de um a cada três homicídios foram cometidos por policiais militares, situação que torna urgente e necessária a atuação do Sistema de Justiça no sentido de estancar a sangria desenfreada e que mira setores específicos da sociedade, jovens que habitam as periferias, em geral marcados pela cor da pele e pela condição social de pobreza”, afirmam os promotores de Justiça. Os fatos apurados, segundo o MPMT, resultaram em 23 homicídios consumados, isso sem contar outras nove vítimas que conseguiram escapar com vida. “De modo global, as perícias revelaram uma quantidade de disparos efetuados pelos policiais totalmente descondizente com as situações de “conflito” sugeridas nos dados oficiais registrados pelos próprios milicianos. Em todos os casos, a Politec revelou a não preservação e intensas alterações nos locais dos crimes”, acrescentaram. Entre os exemplos citados, estão casos em que o veículo utilizado pelos supostos “assaltantes” foram alvejados por mais de 100 disparos de arma de grosso calibre, sem registro de sequer um disparo na situação oposta. “Outro ponto em comum, que chamou a atenção das autoridades, é que sempre havia a figura de um ‘segurança/vigilante’, que passava informações de locais para assaltos fáceis e lucrativos, todavia no momento do deslocamento, os indivíduos cooptados eram interceptados e mortos por policiais militares, os quais comumente narram nos boletins de ocorrência que teriam recebido ‘informações anônimas’ sobre o suposto assalto, motivo pelo qual planejaram uma ‘abordagem’, momento em que teriam entrado em ‘confronto’ com os ‘criminosos’”, diz outro trecho da denúncia. Em todos os casos da “Operação Simulacrum”, conforme os promotores de Justiça, os inquéritos no âmbito da Justiça Militar acabaram, inclusive juridicamente, colocando obstáculos à real e efetiva apuração dos desvios de conduta apurados. Modus Operandi De acordo com as investigações, o grupo seguia etapas semelhantes. Uma pessoa, no caso o segurança particular, agia como informante dos policiais e recrutava as vítimas para realização do suposto crime patrimonial. Em seguida, havia a preparação à ação policial simulada, depois a reunião com as vítimas e por último a etapa da recompensa, quando o segurança particular recebia pelos serviços prestados de cooptação das vítimas e participação na empreitada criminosa. Os fatos chegaram ao conhecimento da PJC e do MPMT após confissão de um dos envolvidos, que atualmente está inserido no Programa de Proteção às Testemunhas.
Presidente do TCE destaca conquista com liberação das obras no Portão do Inferno
Presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), o conselheiro Sérgio Ricardo destacou a conquista para o desenvolvimento da região de Chapada dos Guimarães com a liberação das obras no Portão do Inferno por parte do Ibama, anunciada nesta sexta-feira (28) pelo governador Mauro Mendes. “Essa obra de retaludamento, que consiste na retirada das encostas do Portão do Inferno para zerar os deslizamentos e permitir um novo traçado na rodovia, é uma solução definitiva para o problema nesse trecho da MT-251, que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães”, salientou o presidente. Sérgio Ricardo acrescentou que a medida vai representar um novo momento para região. “Chapada está sofrendo desde que começaram os deslizamentos, em dezembro do ano passado, centenas de pessoas foram demitidas, o comércio fechou. Tenho a convicção de que, com essa obra e outras ações que estão em andamento, vamos mudar esse cenário e construir um novo momento para todos que dependem dessa estrada, que funciona como um dos maiores corredores comerciais para o desenvolvimento do nosso estado, interligando várias cidades produtoras das Regiões Sul e Sudeste, e que é fundamental para o deslocamento de milhares de pessoas que moram no seu entorno, em especial para aquelas que precisam buscar a Capital.” O presidente também fez questão de parabenizar o governador Mauro Mendes, o secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo de Oliveira, e a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, pela iniciativa e pelo trabalho realizado. “Conheci a proposta que foi protocolada junto ao ICMBIO ainda em março e posso afirmar que é a solução mais viável, mais rápida e mais barata. Quero realçar também a importância da iniciativa do governo de já estar trabalhando na duplicação da MT-251, uma vez que o projeto já está quase pronto na Sinfra e muito em breve será encaminhado para análise da Sema. Portanto, também acredito que nos próximos meses teremos o início da duplicação da estrada Cuiabá-Chapada.” Há meses sob situação de emergência, com tráfego de veículos controlados, os problemas da rodovia têm causado transtorno aos viajantes e, principalmente, para moradores e comerciantes da cidade. Diante disso, já em dezembro, Sérgio Ricardo iniciou um movimento por alternativas junto ao Estado, especialistas e a bancada federal. Em reunião com o senador Jayme Campos e o deputado estadual Júlio Campos, destacou o resultado de relatórios técnicos que apontaram a possibilidade de grandes desmoronamentos no trecho do Portão do Inferno. “Também encaminhamos cópia do relatório ao Tribunal de Contas da União e depois para todas as demais autoridades, para que todo mundo se sinta responsável pela situação, porque todos nós somos responsáveis”, afirmou o conselheiro. No dia 12 de janeiro, o presidente coordenou inspeção no local. Acompanhado de técnicos e autoridades, defendeu a desinterdição segura do tráfego de veículos leves para garantir a retomada do abastecimento de Chapada e a continuidade das atividades econômicas de toda a região. Propôs ainda a criação de uma Comissão de Gestão de Riscos de Desabamentos e cobrou a adoção de medidas urgentes, como a elaboração de um plano de ação e a destinação de recursos para ações de prevenção. O trabalho reuniu representantes da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MT), dentre outros, que debateram soluções para a via. Todo esse esforço teve continuidade em audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) no dia 19 de janeiro. A MT-251 é uma estrada-parque administrada pelo Governo de Mato Grosso. No entanto, todo o seu entorno faz parte do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, uma área federal. A Sinfra-MT fez a licitação emergencial para execução da obra retaludamento, no valor de R$ 29, 5 milhões, o contrato foi assinado, assim como a ordem de serviço, e faltava apenas a liberação por parte dos órgãos ambientas. Agora, com a emissão da licença ambiental, as obras devem começar já nos próximos dias.
Fiemt debate os impactos da Reforma Tributária para Mato Grosso
A Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt) reuniu especialistas para discutir os impactos que a Reforma Tributária trarão para Mato Grosso. O evento, mediado pelo diretor da Fiemt e vice-presidente do Conselho Tributário (CTT/Fiemt) da instituição, Vinicius Saragiotto, contou com a participação de representantes do setor industrial estadual e nacional, Governo de Mato Grosso e empresários. Segundo dados apresentados pela Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz MT), Mato Grosso poderá ter uma perda acumulada de R$ 134 bilhões nos próximos 50 anos, caso seja regulamentado o projeto da Reforma Tributária (PLP 68/2024), que está em análise no Congresso Nacional. No mesmo período, a secretaria estima uma demanda de pelo menos R$ 56 bilhões para investimentos em obras de infraestrutura e logística. “A perda de receita e participação na arrecadação global de Imposto sobre Circulação de Mercadorias, Bens e Serviços (ICMS) poderá evoluir de uma queda de 2,07% em 2033 para retração de 6,20% em 2042. Mato Grosso é um dos estados que mais perde”, afirma o secretário adjunto da Receita Pública do Estado, Fábio Pimenta. Durante o debate, os especialistas demostraram preocupação com a substituição da tributação sobre a produção (ICMS) pela tributação sobre o consumo (IBS), mudança que pode significar o fim dos incentivos fiscais e impactar diversos setores da economia estadual, sobretudo a indústria, já que Mato Grosso tem um pequeno mercado consumidor se comparado a grandes centros. A reforma tributária também deve afetar o fluxo de caixa das empresas, impactar na concessão de incentivos fiscais e forçar indústrias com filiais em municípios diferentes a realizar cálculos tributários distintos, já os municípios terão prerrogativa de fixar suas próprias alíquotas por meio de lei. Dessa forma, é provável que indústrias deixem o estado ou que novas empresas optem por se instalar em outras unidades federativas com um mercado consumidor maior. “É fundamental que a Fiemt se posicione como a principal fonte de ideias e discussões sobre a Reforma Tributária para o setor industrial em Mato Grosso. A Federação tem cumprido esse papel com maestria, promovendo eventos como este e fornecendo informações essenciais aos empresários”, afirmou Saragiotto. Ainda segundo o diretor da Fiemt e vice-presidente do CTT, “a Reforma Tributária, como está sendo proposta, terá um impacto brutal nas nossas indústrias. Todo o ambiente de negócios sofrerá alterações, exigindo mudanças nos setores tributários, de marketing, comercial e nos demais departamentos das empresas.”, alertou. Apesar dos desafios, os participantes do evento também destacaram as oportunidades que a reforma pode trazer para o setor industrial. Com a simplificação do sistema tributário, espera-se que haja uma redução da burocracia e dos custos das empresas. “Ao proporcionar a redução de tributos, regras simples e transparentes e sem distinção entre bens e serviços, a reforma consegue acelerar o crescimento econômico do Brasil”, finaliza o superintendente de Economia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mário Sérgio Telles. Também participaram do debate os advogados tributaristas, Lucas Ribeiro e Victor Maizman e o economista Jose Lombardi.
Empresário se destaca no segmento de móveis rústicos na baixada cuiabana
De um lado a beleza, inovação e sustentabilidade. Do outro, resistência, equilíbrio e charme. Tudo isso com muito respeito pela natureza. Assim são os móveis rústicos na Gley Cruz Móveis Rústicos, localizada na MT-241 em Chapada Dos Guimarães (a 65 km de Cuiabá). Sucesso em todo o estado e importando para todo Brasil, a loja se consolidou na baixada cuiabana conquistando seu espaço. Frente aos negócios está o empresário Gleiciel Cruz, que ultrapassou vários obstáculos até conseguir alcançar o sonho de montar o seu próprio negócio. O Cuiabá Notícias foi conferir mais uma história de sucesso no empreendedorismo de Mato Grosso. Gley, como gosta de ser chamado, nasceu em Cáceres, (a 225 km de Cuiabá), aos 7 anos a família se mudou para Chapada onde se consolidaram como empreendedores. A mãe montou um restaurante, em um dos cartões postais de Mato Grosso, a cachoeira Véu de Noivas. Aos 18 anos Gley montou seu primeiro negócio, uma loja de celulares, mas não deu certo naquela época. “Eu sempre trabalhei ajudando minha família. Sempre tive esse lado de empreendedorismo dentro de mim, a minha família toda é comerciante. Minha mãe sempre diz que eu sou o filho mais maluquinho que corre atrás, e quando quer algo consegue”, conta o empresário. Jovem e cheio de sonhos, o empresário se mudou para Portugal, em busca de novos horizontes, morou lá ficou dez anos. Em uma das visitas à família em Chapada, resolveu fazer uma viagem para Minas Gerais, lá teve uma virada de chave, e sentiu a necessidade de crescer e buscar novos desafios, mas desta vez ao lado da família. “Eu estava a passeio em Chapada, e eu já queria voltar para o Brasil. Então resolvi fazer uma viagem com meu tio para Minas, e lá tem muitos móveis rústicos pelos vilarejos do interior. E viu essas lojas de móveis rústicos e me apaixonei, criei uma paixão instantânea. Foi aí que pensei, acho que essa linha de móveis tem potencial, nunca sai de linha combina com o moderno e tem a cara de Chapada. E comecei a empreender no ramo com uma loja pequena, estoque pequeno e logo surgiu oportunidade de um local maior, que é onde estamos hoje na entrada da cidade”, lembra. “No começo tive muita dificuldade para montar um bom estoque. Quando a gente tem dinheiro tudo é muito fácil, mas quando não tem, quando é no peito, na raça é tudo mais difícil. Mas graças a Deus a loja foi crescendo e conquistando seu espaço e cada vez mais clientes”, acrescenta. A Gley Cruz Móveis Rústicos conquistou espaço no mercado e atende todo o país. Com móveis de madeira de demolição, uma madeira antiga, que ao ser trabalhada, se transforma em um móvel novo, e seguindo a tendência de mercado, no que se diz de móveis rústicos o empresário preza sempre pela sustentabilidade unindo sua responsabilidade social a uma postura ecologicamente correta. “A vantagem da madeira de demolição é que ela é 100% ecológica, é uma madeira que já foi utilizada em um ambiente, e esse ambiente foi demolido, e essa madeira se torna um móvel de alto requinte, sofisticado”, frisa. O mercado de móveis rústicos vem ganhando espaço na decoração de ambientes, seja residencial, comercial ou casas de campo e litoral. A matéria-prima, proveniente do processo de reaproveitamento de madeiras nobres, traz consigo o conceito de sustentabilidade, dando origem a móveis e artigos de decoração de alto valor agregado. Portanto, a utilização dos móveis rústicos em ambientes decorados de todos os tipos, inclusive em eventos requintados, está em alta. A tendência é bastante procurada por designers de interiores, arquitetos e por clientes solos que fazem sua própria decoração em casa. “Rústico com o moderno nunca vai sair de linha. Os arquitetos e designer interiores trazem os clientes para conhecer as peças e escolher. Outros clientes já vem com a sua opinião própria, chega aqui e fala eu quero essa peça e pronto, ai o arquiteto que vai ter que encaixar no projeto dele. E nós já temos um tempo no ramo e acaba dando uma ideia para o cliente às vezes, mostrando que vai ficar legal em casa”, pontua. A fabricação das peças é feita em Minas Gerais, e possui um acabamento de alta qualidade. Por lá você encontra mesas, cadeiras, armários, guarda-roupas, jogos de bancos, mobílias, painéis, racks, decks, pergolados, armários planejados e peças de decoração. Sempre atento às tendências do mercado, o empresário começou a trabalhar também com móveis com o estilo tronco, que são peças usadas com troncos de madeiras, cordas náuticas e sintéticas. “Além de móveis de madeira demolição, temos ainda material de corda náutica que é uma tendência no mercado, também de durabilidade que aguenta sol e chuva. E a corda sintética também, e estamos começando a trabalhar com peças de madeira tronco. Hoje temos um mix de móveis rústicos e modernos”, detalha o empresário. As peças do showroom variam de R$ 690 reais a R$ 18 mil, sendo que as mesas de jantar, cristaleiras e os jogos de bancos são os produtos mais vendidos pela empresa. “Temos um showroom completo, Chapada é uma cidade turística, vem muita gente de fora, conhece nossos produtos e gostam da qualidade, acabamento e beleza. Com isso a gente vende não só para a cidade, mas para todo o estado, todo o Brasil”, frisa. DESAFIOS DO MERCADO O empresário pontuou que após nove anos no ramo ainda enfrenta desafios, o cenário atual do país, deixa uma insegurança. Além disso, aponta que desde final de 2023, ele e demais comerciantes de Chapada Dos Guimarães estão sofrendo com problemas no trecho do Portão do Inferno, na MT-251, que liga Cuiabá ao município, principal rodovia de acesso à cidade. O trecho chegou a ser interditado diversas vezes pela Secretaria de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra), devido ao desabamento de terra no local. Isso impactou diretamente no fluxo de turistas e consequentemente nas vendas do comércio em geral na cidade e no turismo. Nesta quinta-feira (27), a Sinfra