Tadeu Schmidt, pai de jovem queer: ‘Errado é ser hétero e ter várias amantes’
Tadeu Schmidt acredita que estamos caminhando para uma sociedade sem preconceito, mesmo tendo certeza de que não chegará a vivenciar este momento. O apresentador do Big Brother Brasil é pai de Valentina, que há dois anos se declarou queer e parte da comunidade LGBTQIAPN+. “Não tenho a pretensão de ver esse futuro, mas imagino que daqui a 200 anos vão olhar para trás e pensar ‘meu Deus do céu, no século 21 as pessoas se importavam com a orientação sexual dos outros por quê?’”, questiona. “O que interessa a orientação sexual de alguém?’ Isso não me diz respeito e mais: não tem absolutamente nada que diga que é errado ou que é ruim”, frisa Tadeu, que mês que vem assume o Central Olímpica ao lado de Fê Garay durante os Jogos Olímpicos de Paris. O apresentador de 49 anos explica que tem dificuldade em entender os questionamentos sobre a comunidade, mas, ao mesmo tempo, não tem. É que Tadeu vem, como ele mesmo conta, deste modelo que não aceita a diversidade. “Eu cresci numa sociedade homofóbica. Sou de uma geração absolutamente homofóbica, que ia para o estádio e atacava o outro por xingamentos homofóbicos, que fazia piada homofóbica, que criticava alguém e falava assim ‘ah, fulano tem sucesso, mas é gay, né?’, como se isso fosse um problema”, lembra. “Erámos mais preconceituosos no passado, estamos menos preconceituosos hoje e seremos muito menos preconceituosos no futuro até um ponto em que vai acabar o preconceito. É um caminho inexorável, não tem como voltar atrás”, aponta. “Não existe absolutamente nenhuma questão para você pensar assim ‘caramba, mas como assim são gays, são lésbicas, eles são trans, mas, ah por que…’”, avisa. Tadeu manda um recado para os pais que não aceitam ou têm dificuldades em aceitar filhos queer – uma pessoa cuja identidade de gênero ou orientação sexual não corresponde a ideias estabelecidas sobre sexualidade e gênero, especialmente às normas heterossexuais. “Para os pais que estão passando por esse momento de descoberta: não tem nada de errado. Não tem porque você ficar se preocupando, criticando. Não existe nada de errado na orientação sexual da pessoa. Isso diz respeito a ela”, frisa. “Errado é trair, é você ser um casal hétero e ter várias amantes. Errado é ser desonesto, ser mentiroso. Agora a orientação sexual da pessoa? Esquece isso”, diz Tadeu. “Cada um que viva do jeito que quiser. Pelo amor de Deus, isso [o duvidar] é muito ultrapassado. E tenho dificuldade de entender os questionamentos. Mas tenho absoluta certeza de que a cada dia que passa o ser humano vai se tornando menos preconceituoso”, afirma. Tadeu conta que as filhas – além de Valentina, ele tem Laura, também de sua união com Ana Cristina Schmidt – ajudam o pai a perceber quando erra. “Se vejo um stand-up e tem uma piada falando de homem e mulher, eu mando no grupo da família ‘vocês acham que é machismo?’, e elas falam ‘é machismo’. Aprendo com elas que não é só uma brincadeira. É um processo eterno [de letramento], e eu nunca vou ser à prova de falhas”, diz. O apresentador lembra uma situação pela qual passou há muitos anos, quando ainda apresentava o Fantástico, na qual percebeu um erro grave. “Trouxe uma fala dos anos 80, achando que não era preconceituoso. Um colega me alertou que alguém tinha se assumido gay, e eu disse ‘caramba, pensei que ele era homem’”, conta. Tadeu foi, então, corrigido pelo jornalista Murilo Salviano. “Ele falou ‘Tadeu, homem ele é, ele não é hétero, ele é homossexual’. Fiquei meio desconfortável, ‘não estou sendo preconceituoso’ e, na verdade, eu estava usando um termo totalmente descabido, né?”, assume. “Foi um tropeço e fui evoluindo. Eu estava usando essa terminologia antiga de maneira equivocada. Aprendi e não uso mais”, garante. O apresentador pensa que muitos, como aconteceu com ele, cometem deslizes pela geração da qual fazem parte, pela maneira como foram criados ou mesmo porque algumas expressões e falas estão entranhadas em conversas coloquiais e maneiras de falar. Ele é contra o “cancelamento”. “Quem desliza no uso de uma palavra não merece ser espancado, mas ser orientado, como eu fui orientado pelo meu colega”, aponta, assumindo seus privilégios, como a maneira de ser um aliado na luta contra o preconceito. “Eu tenho essa posição de lutar contra os preconceitos de um jeito muito menos bélico. Eu não faço parte de uma minoria, estou falando aqui como um homem branco hétero. Mas eu não vou pela briga”, conta. Quando vê alguém próximo sendo discriminatório ou usando expressões que não cabem mais, Tadeu dá um toque. “Com meus amigos próximos do pôquer, do golfe, se alguém fala uma dessas eu já vou ‘opa, não é assim, não’, e eles se corrigem. Acho que eu consigo do meu jeito mais amistoso derrubar o preconceito das pessoas próximas a mim”, pondera. “Às vezes, na luta pelos direitos das minorias, vai ser uma dose forte demais, outras, menos forte, mas tem que continuar porque tá dando efeito. E é isso que tá fazendo o ser humano ser cada vez menos preconceituoso”, reafirma. Gshow
Lula diz que leilão de arroz foi anulado por ‘falcatrua numa empresa’ e que governo financiará produção com ‘garantia de preço’
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira (21) que a anulação do leilão do arroz se deu porque houve uma “falcatrua numa empresa”. Lula se referiu à polêmica concorrência para compra do arroz importado, que acabou cancelada após indícios de irregularidades e culminou na demissão do então secretário de Política Agrícola, Neri Geller (leia mais abaixo). O governo pretende fazer um novo leilão. “Tomei a decisão de importar 1 milhão de toneladas. E depois tivemos anulação do leilão porque houve uma falcatrua numa empresa. Por que eu vou importar? Porque o arroz tem que chegar na mesa do povo no mínimo a R$ 20 o pacote de cinco quilos. Que compre a R$ 4 um quilo de arroz, mas não dá pra ser um preço exorbitante”, argumentou Lula. “Vamos inclusive financiar áreas de outros estados produtivas de arroz para não ficar dependendo apenas de uma região. Vamos oferecer um direito dos caras comprar e a gente vai dar uma garantia de preço para que as pessoas não tenham prejuízo”, completou o presidente. A declaração foi dada em entrevista à Rádio Meio FM, de Teresina, no Piauí. A demissão de Neri Geller, ex-secretário de Política Agrícola, foi anunciada pelo ministro da Agricultura Carlos Fávaro na semana passada. Na ocasião, Fávaro disse que o próprio secretário havia pedido demissão. À imprensa, Geller negou ter pedido a saída da pasta. Um ex-assessor de Geller, que também é sócio do filho dele em uma empresa, foi um dos negociadores do leilão. Entidades agrícolas e membros da oposição apontaram um suposto favorecimento da corretora do ex-funcionário de Neri Geller na concorrência. Leilão anulado O leilão de importação de 263 mil toneladas de arroz foi anulado pelo governo federal no dia 11 de junho após indícios de incapacidade técnica e financeira de algumas empresas vencedoras. Em relação à capacidade técnica das vencedoras, o que se tem apontado é que três das quatro vencedoras não são do ramo de arroz ou de importação, o que, segundo analistas de mercado, poderia gerar problemas na operação. Essas empresas receberiam recursos do governo para importar e entregariam o produto em unidades da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Por outro lado, nenhuma companhia tradicional participou do leilão, segundo uma das bolsas que operou a negociação. A Conab explicou que, no atual modelo de leilão, a estatal só fica sabendo quem são as empresas vencedoras após os resultados da operação. Isso porque quem intermedia as negociações são as bolsas de cereais. O arroz seria vendido em pacotes de 5 quilos por um preço tabelado de R$ 20 e teria o rótulo do governo. Nos supermercados de São Paulo, o pacote de 5 quilos tem sido vendido, em média, por R$ 30. O governo decidiu importar arroz poucos dias depois do início das enchentes no Rio Grande do Sul para evitar alta nos preços do alimento, diante da dificuldade pela qual o estado passava para transportar o grão para o restante do país. A decisão contrariou os produtores, que têm afirmado que há arroz suficiente para abastecer o Brasil. O RS é responsável por 70% da produção nacional do grão e já havia colhido 80% do cereal antes das inundações. Fonte: G1
Bartira Constança Gardês: a Irmã
NEILA BARRETO Neta de um francês – João Pedro Gardês, nascido em Lausonne (França), chegou a Cuiabá em 17 de julho de 1871. Morou no Coxipó onde hoje existe os resquícios do Clube Sayonara. Era casado com Ana Edwirges. Bartira era filha de João Pedro Gardês Filho, falecido em abril de 1936 e de Ricardina Moreira, nascida no dia 30 de novembro de 1908, em Cuiabá-Mato Grosso. Órfã aos onze anos de idade, Bartira entregou-se ao Instituto das filhas de Maria Auxiliadora, em 24 de maio de 1927 e, em 1928 partiu para São Paulo, em busca do seu noviciado. Em 6 de janeiro de 1930 escolheu D. Bosco como seu padrinho de profissão. Sua formação religiosa iniciou no dia 06 de janeiro de 1928, em São Paulo onde percorreu por vários caminhos até os seus votos perpétuos em 06 de janeiro de 1936, em Campo Grande- Mato Grosso do Sul. Bartira tornou-se professora, onde lecionou para os cursos primário, como normalista, formada em 1927, em Cuiabá-MT, foi professora do antigo curso Normal, clássico, científico, comercial abraçando as disciplinas de português, francês, história do brasil, psicologia, sociologia, filosofia, história da educação, latim e biologia, em Corumbá –MS, a partir de 1930 e Campo Grande-MS, a partir de 1931 até o ano de 1941. Em 1941 voltou para Corumbá e lecionou até o ano de 1954. De Corumbá foi para Cuiabá, onde cumpriu o magistério até 1957. Nesse ano voltou para Campo Grande, aposentando-se em 1970. Além de professora, Bartira exerceu outras funções no ensino mato-grossense, acumulou diversos cargos de coordenação e direção, sempre na área do magistério. Além da dedicação religiosa, ao magistério, ela também se preocupa com os mais carentes e, fundou o Clube de Mães “Laura de Vicunã, atendendo a mais de 150 famílias carentes, proporcionando a elas cursos profissionalizantes, como o de corte e costura, tricô, choche e bordados. Estes ensinamentos eram estendidos a todas as filhas das famílias carentes, também. Por todo o seu trabalho, Irmã Bartira Constança Gardês recebeu o título de cidadã campo-grandense no ano de 1978. Em 1980 comemorou o seu cinquentenário de sua Consagração Religiosa e recebeu de presente homenagens com pequenos trechos da sua poesia. Bartira era poeta: (…) hoje, cinquenta anos se passaram/ do dia em que parti de Cuiabá, / minha terra natal! / Onde vidas queridas lá deixei e hoje elas se encontram na Casa do Pai! / Quando parti era jovem: levei flores/ que fui, pelos caminhos, espalhando… (…). Irmã Bartira, em suas memórias lembra que, na Cuiabá do século XX, “ eu ia para a escola em um bonde puxado a burro”. (…) Ia-se ao Rio de Janeiro pelo Paraguai, ou pela Argentina. Para os professores ela diz: procurem não apenas ensinar, mas educar, porque educação é a mola mestra do progresso individual e social. NEILA BARRETO é jornalista, historiadora e presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso.
Quando o Supremo cala, a Justiça se cala
HUENDEL ROLIM É triste ter que comemorar uma decisão que jamais poderia ter vida no mundo jurídico. Não se pode calar a voz do advogado. Efetivamente, vivemos tempos estranhos. Nos últimos tempos, temos presenciado uma “escalada de tensão entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)”, sobre um tema essencial para a advocacia: o direito de sustentação oral. Este debate foi acirrado por decisões como a do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que há alguns meses negou a sustentação oral em um famoso julgamento, toca no cerne da prática jurídica e na essência da justiça. A palavra, no exercício da advocacia, não é apenas um meio de comunicação; é a própria ferramenta de trabalho do advogado. Quando a nossa voz é silenciada, perde-se uma parte fundamental do processo democrático de debate e argumentação, comprometendo a imparcialidade na análise dos fatos. A decisão proferida pelo Supremo foi revista, após pedido do Conselho Federal da OAB, que comemorou a referida decisão[1], demonstrando o abismo para o qual a advocacia foi lançada. É triste ter que comemorar uma decisão que jamais poderia ter vida no mundo jurídico. Não se pode calar a voz do advogado. Efetivamente, vivemos tempos estranhos. E desse episódio, nos parece que o Conselho Federal, até então aceitando muitas posições da Corte Superior e até mesmo elogiando posturas que violavam o direito de defesa, por exemplo, resolver agir para tentar mitigar a mancha que pairou sobre os advogados. A Lei n. 14.365/2022 passou a assegurar aos profissionais a possibilidade de sustentação oral em diversas situações, inclusive em sede de agravo regimental. Ignorar tal prerrogativa, além de ilegal, é um desrespeito não só à advocacia, mas ao próprio Estado Democrático de Direito. A postura negacionista dos Tribunais Superiores ao direito de sustentação oral, sob o argumento de prevalência do regimento interno sobre a lei, aponta um contrassenso que pode comprometer a higidez do direito de defesa garantido pela Constituição Federal. O regimento interno dos tribunais, enquanto conjunto de normas estabelecidas para regulamentar a organização e o funcionamento do órgão, não pode se sobrepor à legislação federal que garante o livre exercício de voz do advogado, direito fundamental da classe. A voz do advogado, como já dito, é indispensável em todos os momentos processuais, pois é por meio dela que se manifestam os direitos e as angústias do cidadão, e é alarmante que instituições que deveriam ser o baluarte da defesa dos direitos constitucionais, estejam promovendo a limitação de uma prerrogativa tão essencial. Diante deste cenário, algo inimaginável foi necessário. Neste ano, a OAB aprovou texto de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que será enviado ao Congresso para assegurar a sustentação oral dos profissionais junto aos Tribunais Superiores, já que os a norma infraconsticional não tem sido respeitada. É uma iniciativa louvável, de fato. Mas é, também, lamentável que seja necessária. E digo isso, lembrando a fala do então Ministro Marco Aurélio, do STF, proferida há dez anos, acerca da postura de um colega no julgamento da denominada AP 470: “Eu completo, dentro de dois dias, 24 anos no Supremo. Nunca vi uma situação semelhante. O regime é um regime essencialmente democrático. E o advogado tem, como estatuto, e estamos sujeitos ao princípio da legalidade, o direito à palavra”. A advocacia não pode ser tratada como um mero acessório no sistema de justiça, ela é essencial para a garantia dos direitos dos cidadãos e para a preservação do Estado Democrático de Direito. Faço um apelo aos colegas advogados: não nos calemos diante de injustiças como essa. Continuemos a lutar pelo nosso direito de ser ouvidos e de defender nossos clientes com todas as ferramentas que a lei nos concede. A justiça só existe quando todos têm a chance de ser plenamente ouvidos. Defender a advocacia, é defender a justiça e a democracia. Que nossas vozes sejam sempre respeitadas, e que possamos exercer nossa profissão com a dignidade e o respeito que ela merece. Lembrem-se: a palavra não é um capricho; é um direito que assegura a plena defesa e o contraditório. Ao cercear este direito, estamos enfraquecendo a justiça e, consequentemente, a democracia. HUENDEL ROLIM – é advogado em Cuiabá. Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias Cuiabá Notícias
Matou o sonho dos Cuiabanos
ALUISIO ARRUDA Nossa querida Cuiabá, não é qualquer cidade. Na época do seu descobrimento chegou a ser maior que São Paulo em número de habitantes por conta da descoberta do ouro. Infelizmente por estar muito distante, no coração do Brasil, praticamente uma selva, sem infraestrutura, a maioria desses habitantes retornaram para as grandes cidades. Mas Cuiabá já propiciou ao Brasil personalidades ilustres, um presidente da República, ministros e ultimamente o homem das Diretas Já, Dante de Oliveira. Cuiabá hoje é a capital do Estado que mais cresce no Brasil, a capital do Agronegócio, que deu o 1º salto sendo o maior produtor de grãos, algodão, carnes, outros produtos, e começa a dar o 2º salto que é a agroindústria, agregando valor naquilo que estamos produzindo. Portanto Cuiabá, não sendo uma cidade qualquer com expressivo índice de crescimento mereceria com certeza ter um modal de transporte urbano moderno e evoluído que seria o VLT. A cidade de Salvador na Bahia, que não tem expressivo índice de crescimento, está construído o VLT, adquirindo a preço de bananas os nossos vagões, porque Cuiabá não mereceria esse avançado e confortável meio de transporte? Outra coisa inexplicável, porque destruir mais de 70% de uma obra modernista para construir em seu lugar uma outra já quase ultrapassada, que não é mais usada nas grandes cidades mundo afora? Pior ainda por valor até superior à conclusão das poucas obras para concluir o VLT. Só tem uma explicação, e já está ficando claro para todos. Só pode ser por conta de uma rixa política inexplicável que infelizmente o Governador nutre contra o Prefeito da capital, e quem está pagando o pato é Cuiabá, os cuiabanos e aqueles que aqui vivem. Alguns, influenciados pela mídia paga regiamente, dizem que esse governador seria um bom gestor. Mas quais são suas grandes obras em nossa capital, a não ser destruir o já construído e outra obras federais, que diz serem suas? Outra mostra da sua grande gestão seria a vergonhosa intervenção, com telas de galinheiro, no Portão do Inferno, que já consumiu muito dinheiro, de nada valeu, e que já causou prejuízos incalculáveis aos comerciantes, empreendedores e ao turismo de Chapada dos Guimarães. Na realidade a sua grande gestão ou competência deve ser voltada para sua família, onde alguns com pouca idade já possui mais de 30 empresas com capital bilionário, outros, dezenas de garimpos e hidroelétricas que destroem rios, ecossistemas da Chapada, Pantanal, etc. Pode ser bom gestor para si e seus apaniguados, para os demais é o Coveiro do VLT, o campeão dos governos de tristes memórias, muito mais competente nas artes das falcatruas. ALUISIO ARRUDA é Jornalista, Arquiteto e Urbanista, membro do PC do B-MT. Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias Cuiabá Notícias
Justiça decreta prisão de filho e nora de ex-deputado estadual acusado de fraudes no setor de transportes
O juiz João Filho de Almeida Portela, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou a prisão de Andrigo Gaspar Wiegert, filho do ex-deputado estadual Pedro Inacio Wiegert, o Pedro Satélite, que faleceu em decorrência de um câncer em janeiro deste ano. A esposa de Andrigo, Glauciane Vargas Wiegert, também teve a prisão decretada na mesma ação. A ação é desdobramento da Operação Reta Final que investigou esquema de fraudes para frustrar licitações no setor do transporte intermunicipal. Pedro Satélite, era dono da Viação Satélite, que teria recebido R$ 3,9 milhões em propina para ajudar na ‘sabotagem’ às licitações. ‘Freando’ o processo licitatório, as empresas que já atuavam no ramo conseguiam deter o monopólio do serviço, mantendo a precariedade dos serviços de altos lucros. Dentre as condutas descobertas na investigação, foi relatado que os envolvidos no esquema produziram “estudos” fraudulentos/inverídicos para tentarem demonstrar a inviabilidade do novo Sistema de Transporte Coletivo Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do Estado de Mato Grosso; conseguiram que fossem impostos entraves administrativos contra uma nova concessionária e, ainda, pagaram para que duas vencedoras da Concorrência Pública nº 01/2012 não assinassem os respectivos Contratos de Concessão com o Estado de Mato Grosso. Pedido de reparação pelos danos causados aos cofres públicos atinge o montante de R$ 86,6 milhões. Andrigo Gaspar Wiegert e Glauciane Vargas Wiegert foram denunciados pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa por terem, em tese, parte no esquema. A defesa dos dois chegou a apresentar resposta à acusação, contudo, nem mesmo seus advogados apresentaram à Justiça endereço atualizado dos réus. Paradeiro de Andrigo e Glauciane é dado como ‘incerto’ e, diante disso, houve acolhimento do pedido de prisão preventiva, formulado pelo Ministério Público, para garantir a conveniência da instrução criminal. “A postura dos denunciados, de ocultação de seu paradeiro, demonstra a intenção de dificultar a apuração da verdade e a regular instrução processual”, apontou o juiz do caso.
Terceira semana de junho registra maior valor da cesta básica em Cuiabá
Com custo de R$ 813,22, a cesta básica, levantada pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), atingiu, na terceira semana de junho de 2024, o maior valor da série histórica desde março de 2022. A alta no custo do mantimento também está 6,50% maior que o averiguado na mesma semana de 2023, que foi de R$ 763,58. O avanço semanal de 0,78%, o terceiro consecutivo, está atrelado ao aumento em dez dos treze itens que compõem a cesta. Segundo análise do IPF-MT, os itens como batata, banana, leite, café e óleo de soja tiveram destaque nas variações de preço, com todos apresentando variação acima de 1%. O superintendente da Fecomércio-MT, Igor Cunha, destaca o impacto do clima para as variações dos produtos observados nesta semana. “Os produtos hortifruti se destacam por impactar em grande medida as variações semanais da cesta, o que pode estar atrelado à alta influência das questões climáticas sobre a produção desses itens e que, por consequência, incide na oferta e qualidade encontrada nas gôndolas”, explicou Igor Cunha. Registrando aumento de 3,77%, o preço médio da batata passou para R$ 10,85/kg. A variação para mais, sendo o terceiro consecutivo, pode ter relação com a oferta reduzida do tubérculo, atrelado ao impacto das mudanças climáticas nas principais regiões produtoras. O produto também atingiu o maior valor médio da série histórica e está 46,43% acima do averiguado no mesmo período do ano passado. A banana também demonstrou avanço esta semana de 2,42%, custando R$ 9,44/kg na média, o que pode ter relação com a diminuição da oferta do fruto em algumas regiões, combinado com o aumento da demanda no período, o que contribuiu para o aumento no preço. O leite permanece pela sexta semana consecutiva em aumento, demonstrando uma variação de 1,58% nesta semana, passando a custar R$ 7,31 o litro na média. Os constantes aumentos podem ter relação com a diminuição da produção no período de entressafra, o atraso do início da safra na região sul do país, a diminuição das importações do lácteo e o aumento nos custos de produção do leite. O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, reforça que o alto custo do mantimento influencia no poder de compra das famílias na capital, o que pode acontecer em outros municípios do estado. “Em aumento crescente e permanecendo acima dos 800 reais, o que representa um grande peso sobre a organização financeira das famílias. Nessas três primeiras semanas de junho, o mantimento acumula variação positiva de 5,69% no seu preço, com um avanço nominal próximo dos 45 reais”.
Escola realiza neste sábado feira com adoção de pets
Neste sábado (22), o Instituto da Língua Inglesa (ILI) realiza a Pet Fair, evento que terá adoção de animais, além de desfile de pets e exposição de comerciantes locais. A ação será realizada na sede da escola de idiomas, na unidade que fica localizada no Jardim das Américas, das 8 às 11 horas. Essa é a sétima edição do Pet Fair, que neste ano terá a participação da Cavalaria da Polícia Militar, exposição interativa com profissionais da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e stands de empresas parceiras. As adoções ocorrerão em parceria com a ONG Amor Animal, instituição que resgata e recupera animais abandonados, além de combater a crueldade animal. Os pets serão entregues com vacinas e vermífugos em dia. “A Pet Fair celebra os animais, além de promover a conscientização sobre a importância do bem-estar animal. Todos estão convidados, humanos e pets, para participar deste momento de interação conosco”, explica a diretora do Instituto da Língua Inglesa, Zenaide Brianez. Animais abandonados Estimativa da Prefeitura de Cuiabá é de que na Capital existam cerca de 14 mil animais abandonados, dado que tem como base uma fórmula aplicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Além de salvar vidas, adotar um animal traz benefícios para a saúde física e mental, como a redução do estresse e a melhoria da qualidade de vida. Serviço O quê: Pet Fair Quando: sábado, 22 de junho, das 8h às 11h Onde: Instituto da Língua Inglesa, Avenida Brasília, 473, Jardim das Américas.
Réu é condenado a 18 anos de reclusão por matar companheira a facadas
O Tribunal do Júri da comarca de Sorriso (a 420km de Cuiabá) condenou, o pedreiro Cleonilson Reis Morais pelo feminicídio da companheira Maria Elizange-la Recoliano da Silva. O Conselho de Sentença acolheu a tese do Ministério Público de Mato Grosso e reconheceu que o crime foi cometido por motivo fútil, com emprego de meio cruel (asfixia), mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (feminicídio). A pena do réu foi fixada em 18 anos e nove meses de reclusão, além do pagamento de 20 dias-multa. Atuou no júri o promotor de Justiça Luiz Fernando Rossi Pipino. Conforme a denúncia do MPMT, o crime aconteceu na madrugada do dia 11 abril de 2023, na residência da vítima, localizada no bairro Bela Vista. Cleonilson Reis Morais matou Maria Elizangela Recoliano da Silva com golpes de faca no tórax. Conforme apurado nas investigações, o casal, pais de quatro filhos, conviveu em união estável por aproximadamente 24 anos. No dia dos fatos, Cleonilson, por não se conformar com o desejo de separação da vítima, se aproximou de Maria Elizangela enquanto ela estava desprevenida, deitada no sofá, e a atacou com golpes de faca. Visando impedir que ela gritasse e pedisse por socorro, asfixiou a vítima com uma almofada até ela desmaiar. O réu ainda modificou a cena do crime, levou o corpo da vítima até o quarto do casal e colocou uma faca em suas mãos na tentativa de simular suicídio. Ele fugiu, mas foi preso no mesmo dia já na cidade de Rosário Oeste. Cleonilson também foi condenado pelo crime de fraude processual.
MPE denuncia proprietárias de creche em VG por homicídio culposo e pede indenização
O Ministério Público Estadual (MPE), denunciou as proprietárias da creche Espaço Criança Feliz, Hannah Cláudia Figueiredo e Lohaine Cristina Santana Figueiredo por homicídio culposo (sem intenção) pela morte de um bebê de 5 meses no estabelecimento. O caso ocorreu no dia 17 de abril, em Várzea Grande. A denúncia foi protocolada pelo promotor de Justiça Daniel Balan Zappia, nesta quinta-feira (20). Na ação, o promotor também pediu indenização em favor da mãe, por danos morais e materiais, no valor de R$ 50 mil, e mais R$ 3 mil por “danos extrapatrimoniais causados à sociedade”. A creche, que é localizada no Bairro Marajoara, em Várzea Grande, e funcionava apesar de não ter alvará e outros requisitos de segurança necessários para manter um estabelecimento desse tipo. No dia do ocorrido, conforme o inquérito da Polícia Civil, o bebê foi alimentado com uma mamadeira por uma das cuidadoras, e depois colocado para dormir. Momentos depois, a funcionária o encontrou com os dedos e a boca roxa, e a pele amarelada. A proprietária da creche, Hanna, não estava quando houve a intercorrência. Diante disso, conforme a investigação, o bebê foi levado até Lohaine, que não tinha conhecimento de técnicas de reanimação. Apesar disso, Lohaine tentou realizar a manobra de Heimlich, que consiste em pressionar as costas da criança com a mão. Porém, no momento em que foi virá-lo de costas, Lohaine bateu a cabeça do bebê em uma quina de mármore, diz a Polícia. A criança foi levada a uma unidade hospitalar em Várzea Grande, mas não resistiu e morreu. O acidente resultou em traumatismo cranioencefálico. Na unidade hospitalar, constatou-se o óbito da vítima, que apresentava uma mancha roxa no rosto, relacionada ao traumatismo craniano que causou seu óbito.