Grupo Tibanaré apresenta peça inspirada na obra da escritora Luciene Carvalho
O grupo Tibanaré retoma neste mês o projeto ‘Canção da Iniciação’, um espetáculo imersivo que mescla teatro e poesia, inspirado na obra da escritora e presidente da Academia Mato-Grossense de Letras, Luciene Carvalho. A peça terá apresentações gratuitas, entre os dias 28 e 30 de junho. Os ingressos precisam ser retirados antecipadamente pela internet. O espetáculo foi selecionado no Edital Viver Cultura, e o projeto inclui realização de oficinas gratuitas de escrita criativa, que serão conduzidas pela própria Luciene. As inscrições para a atividade também devem ser feitas online. Em relação ao espetáculo, o grupo explica que se trata de uma experiência teatral e poética, em formato de instalação visual com projeções, nas quais imagens são sobrepostas sobre os corpos dos atores e no palco. Com 40 minutos de duração, também há efeitos sonoros, textos e objetos que ajudam a dar vida à obra da escritora, apresentando temas como ancestralidade, vivências, raça e de gênero. A oficina de criação literária será conduzida por Luciene Carvalho e tem a proposta de estimular os participantes a se aventurar na escrita criativa. Além da experiência com a artista, os inscritos também receberão um livro de autoria dela. A agenda de espetáculos inclui apresentações nos dias 28 de junho, no bairro Jardim Passaredo, e dias 29 e 30, no Palácio da Instrução. As apresentações serão sempre às 19h. No Jardim Passaredo, o Grupo Tibanaré fará um cadastro dos interessados ao longo da semana, com retirada dos ingressos uma hora antes do espetáculo. No Palácio da Instrução, os ingressos estão disponíveis na internet. As oficinas serão dia 27 de junho, no Jardim Passaredo, e dia 29 de junho, no Palácio da Instrução. As vagas são limitadas e é preciso ter no mínimo 14 anos de idade para participar. A inscrição será presencial no Jardim Passaredo e online para o Palácio da Instrução. O projeto ainda contempla apresentações do espetáculo em escolas públicas de Cuiabá, assim como a realização da oficina ‘Os vãos da Palavra’, conduzida pelo Grupo Tibanaré. Durante as atividades, serão distribuídos 100 livros de Luciene Carvalho para os participantes. O espetáculo ‘Canção da Iniciação’ estreou em dezembro de 2021, após seleção no Edital Conexão Mestres da Cultura, da Secel. Foram feitas três apresentações na Casa Cuiabana e no Palácio da Instrução. E está sendo retomado agora via Edital Viver Cultura. Serviço Projeto ‘Canção da Iniciação’ Oficinas de escrita criativa 27/06 – 19h – Complexo Cultural do bairro Jardim Passaredo, em Cuiabá 29/06 – 14h às 18h – Palácio da Instrução, Centro de Cuiabá Inscrições gratuitas Espetáculo Canção da Iniciação 28/06 – 19h – Complexo Cultural do bairro Jardim Passaredo, em Cuiabá 29 e 30/06 – 19h – no Palácio da Instrução, Centro de Cuiabá Classificação: 12 anos. Espetáculo com acessibilidade em libras Entrada gratuita Inscrições para oficinas e ingressos para a peça: clique AQUI
Canjica, pé-de-moleque, arroz doce, pamonha, conheça a origem das comidas juninas
Canjica, pé-de-moleque, arroz doce, curau de milho verde e pamonha são algumas das comidas típicas dos festejos juninos pelo país, mas você sabe como surgiram esses quitutes? A diversidade de pratos e suas várias maneiras de preparo carregam consigo um pouco da história do Brasil, da miscigenação das culturas indígena, africana e europeia. A festa junina tem essa origem europeia e foi transplantada para o Brasil pelos portugueses ainda durante o período colonial. Apesar das tradições culturais de cada região brasileira, algumas comidas e bebidas se tornaram comuns nessas festas em praticamente todo o país, ganhando o paladar do povo e se tornando quase sinônimo gastronômico das Festas Juninas. Em entrevista ao Cuiabá Notícias, a professora do curso de Gastronomia do Univag Centro Universitário, Aline Werner explica que esses alimentos não foram escolhidos à toa. “As comidas típicas em específico da nossa região aqui da da baixada cuiabana ela tá muito relacionada com as próprias influências indígenas, europeias como Portugal, Espanha, Africanas. Além disso também a questão da subsistência que são os insumos da nossa própria terra, que são a carne seca, a banana da terra que acabavam também sendo muito utilizados na criação de comidas típicas para Festas Juninas e também das festas de Santo que são tradicionais da nossa região, como a festa de São Benedito por exemplo”, explica a professora. O milho por exemplo, um ingrediente básico para diversos pratos, na época do Brasil colonial, era colhido justamente em junho, o tempo de São João. O grão é dos ingrediente mais usado nas festas juninas, ele está presente em pratos salgados, como o milho-verde cozido servido com sal (e manteiga a gosto), e também na pamonha (iguaria feita a partir do milho-verde cozido ralado misturado com leite de vaca ou leite de coco, adicionado sal e manteiga, formando uma massa). Além do milho, há outros ingredientes das receitas, como o amendoim, o arroz, a mandioca, a carne seca, banana da terra, entre outros. Receitas essas que, ao longo dos séculos, e dependendo da região do Brasil, foram ganhando novos ingredientes, outros nomes e diferentes maneiras de serem produzidas. “A questão da subsistência na alimentação e por consequência nas comidas de épocas festivas elas se relacionam pelos tempos mais antigos da dificuldade de acesso que se tinha na baixada cuiabana então a população precisava, por assim dizer se ‘virar’ com os insumos que existiam na região naquela época. Daí vem muitos preparadas que a gente acaba utilizando com peixes, com a carne seca o próprio maxixe a banana da terra, que deram origem há muitos pratos típicos da baixada cuiabana, como a Maria Izabel, que é carne seca com arroz, farofa de banana, peixe seco, entre outros”, frisa. Além das comidas, as bebidas típicas ganham destaque nas Festas Juninas brasileiras, como o quentão, feito com cachaça, água, açúcar, gengibre ralado, limão, canela e cravo. Na baixada cuiabana os licores são os mais lembrados. “Os licores também são tradicionais daqui, como o próprio Canjinjin, o quentão que na região sul é mais tradicional o de vinho, mas aqui é mais de cachaça que é mais da nossa cultura”. Os doces também chamam a atenção nos festejos juninos. O arroz-doce, por exemplo, é um dos pratos que não podem faltar em uma arraiá. Preparado com arroz cozido em leite e açúcar, temperado muitas vezes com casca de limão, canela em pau, cravo. Fica mais gostoso se for polvilhado com canela em pó por cima. “O arroz doce que é mais origem portuguesa que sofreu influência com insumos da baixada cuiabana, a canjica que tem mais descendência africana, então a gente tem muitos preparos que vem das colheitas que vem da subsistência”, destaca. A professora lembra que em qualquer época do ano, ou festejo, a comida é sinônimo de celebração da vida. “É importante lembrar que comida é celebração. E as festas juninas são alegria, e por ser uma festa muito cultural ela traz essa celebração, essa junção dessa alegria que é o povo brasileiro, essa mistura dos povos colonizadores, dos povos portugueses, espanhóis juntamente com os africanos, indígenas que são muito presente na nossa região. A Festa Junina por si só, já é esse momento de alegria e traz muito dessa presença do que é essa mistura toda brasileira e principalmente aqui da baixada cuiabana que também traz da sua própria personalidade nessas festas tradicionais”, finaliza.
Primeiro fim de semana de inverno será quente e seco em MT
O frio deverá ficar longe de Cuiabá durante o inverno, segundo previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A estação que teve início nesta quinta-feira (20), no hemisfério sul às 17h51min, horário de Brasília, segue até 23 de setembro, e terá temperaturas acima da média com predomínio de tempo seco e sem chuva. Neste fim os termômetros devem marcar máxima de 35°C em Cuiabá. Apesar da expectativa de temperaturas mais baixas nos primeiros dias do inverno, a previsão indicam um período excessivamente seco e quente. Entre agosto e setembro, as temperaturas acima da média, podem trazer a possibilidade alta de novas ondas de calor. Confira a previsão do tempo para este fim de semana CUIABÁ Nesta sexta-feira (21), haverá poucas nuvens durante a tarde e à noite. A temperatura máxima será de 35ºC. A umidade relativa do ar varia entre 60% e 20%. Sábado terá mínima de 23ºC e a temperatura máxima fica em 35ºC. O tempo ficará com poucas nuvens ao longo do dia e durante a noite. A umidade relativa do ar irá variar entre 20% e 80%. No domingo, a temperatura mínima sobe para 24ºC e a máxima se eleva para 36ºC. Novamente, haverá poucas nuvens durante o dia e à noite. A umidade relativa do ar varia entre 55% e 20%. CHAPADA DOS GUIMARÃES Em Chapada Dos Guimarães (a 65 km de Cuiabá) a máxima nesta sexta será de 35ºC. Haverá poucas nuvens. A umidade relativa do ar varia entre 70% e 20%. Sábado terá mínima de 19ºC e máxima de 34ºC. O tempo ficará com poucas nuvens. No domingo, à temperatura se repetira. A umidade relativa do ar irá variar entre 80% e 20%. BAIXA UMIDADE O Inmet também emitiu um alerta amarelo para perigo potencial de baixa umidade do ar para Cuiabá e outras 126 cidades das regiões oeste, centro-sul, sudeste, norte, nordeste e parte do noroeste de Mato Grosso. O comunicado aponta que a umidade relativa do ar irá variar entre 30% e 20%, podendo atingir níveis inferiores nas horas mais quentes do dia. O Inmet aponta ainda risco de incêndios florestais e à saúde. A instrução é beber bastante líquildo, principalmente água. Focos de queimadas Devido à irregularidade das chuvas durante o verão, além das altas temperaturas e do calor que se prolongou até o outono, o solo perdeu umidade mais rapidamente em grande parte do interior do Brasil, o que já favorece mais focos do que o normal. O período de queimadas deste ano tende a ter mais focos e maior área queimada em relação a 2023. Em casos de emergência acione os Corpo de Bombeiros via 197.
“Produção de milho tende a ser melhor nesta safra”, diz superintendente do Imea
Devido às adversidades do clima no final de abril deste ano, as expectativas da safra 2023/24 que giravam em torno de 125 milhões de toneladas de milho no Brasil, diminuíram. Conforme o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Cleiton Gauer, Mato Grosso tende a ser melhor que o esperado na produção de milho nesta temporada. “Alguns estados estão produzindo mais milho do que imaginávamos, Mato Grosso é um exemplo disso. A projeção inicial era de 108 sacas por hectare e agora a previsão, depois da reavaliação, é de até 110 sacas”, explica Gauer. Algumas regiões tiveram um melhor desempenho devido ao clima com semeaduras mais precoces e as que tiveram a semeadura mais tardia sofreram com a falta de chuvas. Glauber Silveira, pontuou os questionamento sobre o preço dos fertilizantes. De acordo com Gauer, a relação de troca deu uma recuada. “Nós voltamos para a média histórica dos últimos cincos anos. Diminuiu o patamar de 2021 e 2022 que demos uma escalada pensando na moeda de troca do produtor que é a soja e o milho, melhorou realmente”. Nas últimas semanas, a MP 1.227/24 trouxe questionamentos dentro do setor produtivo. Dentre os principais, para o produtor mato-grossense, ela movimentava e trazia um impeditivo no PIS e Cofins, principalmente, para os exportadores na hora da importação de algum produto. “Isso iria impactar diretamente o preço ofertado para as tradings na hora de adquirir o produto. Tanto é que no estado, algumas paralisações foram feitas porque isso poderia impactar diretamente”, explicou Gauer.
Apostas de cidades de Mato Grosso ganham mais de R$ 80 mil em sorteio da Mega-Sena
Apostas de Cuiabá e Sorriso (a 397 km de Cuiabá) faturaram a quantia de R$ 80.841,86 no sorteio da Mega-Sena, realizado na noite desta quinta-feira (20). Os números sorteados no concurso foram: 19, 25, 37, 45, 47, 53. Os apostadores de Mato Grosso ganharam acertando cinco dezenas números e cada um ganhou R$ 40.920,93. Na Capital, a aposta foi feita na Lotérica Goiabeiras. Já em Sorriso, na Empreendimentos Imobiliários. O prêmio total ficou acumulado em R$ 86 milhões.
Com início do inverno, Saúde reforça importância de doses contra gripe
Com a chegada do inverno nesta quinta-feira (20), as temperaturas devem cair ainda mais e o período se torna propenso para doenças respiratórias como gripe e covid-19. O Ministério da Saúde, em nota, reforçou a importância da vacinação contra ambas as doenças, sobretudo entre pessoas classificadas como público-alvo. Em 2024, a campanha de vacinação contra a gripe, tradicionalmente realizada entre os meses de abril e maio, foi antecipada em razão do aumento da circulação de vírus respiratórios no país. Em 25 de março, a dose foi disponibilizada para diversos grupos específicos, como crianças de 6 meses a menores de 6 anos, idosos e gestantes. Já em maio, a pasta passou a recomendar a imunização de todas as pessoas com mais de 6 meses, com destaque para os seguintes públicos-alvo: * Crianças de 6 meses a menores de 6 anos; * Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos; * Trabalhadores da saúde; * Gestantes; * Puérperas; * Professores dos ensinos básico e superior; * Povos indígenas; * Idosos com 60 anos ou mais; * Pessoas em situação de rua; * Profissionais das forças de segurança e de salvamento; * Profissionais das Forças Armadas; * Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade); * Pessoas com deficiência permanente; * Caminhoneiros; * Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso); * Trabalhadores portuários; * Funcionários do sistema de privação de liberdade; * População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos). Crianças que vão receber o imunizante pela primeira vez devem tomar duas doses, com intervalo de 30 dias entre elas. “A vacinação contra a gripe é a melhor forma para garantir proteção contra a doença. O imunizante age para estimular a produção de anticorpos contra o vírus Influenza. Quem se imunizou em 2023 ou nos anos anteriores também deve receber a vacina atualizada. As vacinas são comprovadamente eficazes e protegem contra as cepas atualizadas, de acordo com determinação da Organização Mundial da Saúde (OMS).” Covid-19 Desde janeiro, a vacina contra a covid-19 integra o Programa Nacional de Imunizações (PNI). A recomendação do ministério é que estados e municípios priorizem crianças de 6 meses a menores de 5 anos e grupos com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos, imunocomprometidos, gestantes e puérperas. Em maio, a pasta confirmou a compra de 12,5 milhões de doses do imunizante contra a covid-19 SpikeVax, produzido pela farmacêutica Moderna. O processo de aquisição emergencial, segundo o ministério, começou em dezembro de 2023, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a versão mais atualizada da vacina. Os grupos classificados como prioritários, neste caso, são: * Pessoas com 60 anos ou mais; * Pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores; * Pessoas imunocomprometidas; * Indígenas vivendo em terra indígena; * Ribeirinhos; * Quilombolas; * Gestantes e puérperas; * Trabalhadores da saúde; * Pessoas com deficiência permanente; * Pessoas com comorbidades; * Pessoas privadas de liberdade; * Funcionários do sistema de privação de liberdade; * Adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas; * Pessoas em situação de rua.
Valor pago por vagões do VLT dá para bancar o BRT
O Governo do Estado vai receber pelos vagões do VLT, que foram vendidos para a Bahia, o montante de R$ 793,7 milhões. O valor é suficientes para bancar a construção do BRT e ainda sobrar dinheiro. O valor será divido em quatro parcelas anuais. Valor bem maior que os R$ 468 milhões previstos para finalizar o BRT. É claro que, por se tratar de recursos fonte 100, o dinheiro não vai direto para o modal de transporte, mas entra no caixa geral do Governo do Estado. “Ficar com aquilo apodrecendo em Várzea Grande, e a cada ano perdendo valor, seria algo extremamente ruim. Eu agradeço as oportunidades que caíram do céu… [O Estado] Ficar demandando [judicialmente] com aquela empresa na Justiça à mercê de algo que poderia acontecer daqui 10, 20 ou 30 anos”, disse Mendes.
Sérgio Ricardo classifica venda dos vagões do VLT como excelente negócio para Mato Grosso
O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, classificou como excelente o acordo firmado entre os Governos de Mato Grosso e da Bahia para venda dos vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), no valor de R$ 793,7 milhões. As negociações chegaram ao fim nesta quarta-feira (19). “Trabalhamos em conjunto. O Tribunal de Contas acompanhou todas as negociações até o final e deu parecer favorável ao Governo do Estado para a venda. Não havia outro caminho, o Governo do Estado fez muito bem, esses vagões iam apodrecer um dia. Entendo que a história dos vagões do VLT terminou muitíssimo bem para Mato Grosso”, salientou. Conforme Sérgio Ricardo, o papel do TCE foi analisar todos os procedimentos adotados pelo Executivo estadual. “Coube ao Governo declarar o valor considerando tudo que já tinha sido pago, para que não houvesse prejuízos e que se desse uma solução em definitivo para essa mercadoria. O Governo do Estado colocou um preço excelente, foi possível vender sem prejuízos e eliminar um grande problema de ter um produto se desgastando, pagando aluguel para guardar uma mercadoria que vai valer cada vez menos. Foi feito o melhor.” Pelo acordo, a primeira parcela será paga até 31 de dezembro deste ano e as demais na mesma data de cada ano, até 2027. Os vagões do VLT estavam armazenados em Várzea Grande há 10 anos. A obra foi projetada para a Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil, e previa 22 quilômetros de extensão entre Cuiabá e Várzea Grande. Em 2020, foi anunciada a troca do VLT pelo Bus Rapid Transit (BRT) e a construção começou em 2022. Segundo o Governo do Estado, o montante é suficiente para concluir as obras do BRT e comprar os veículos. (Da Assessoria)
Operação remove 48 motocicletas por irregularidades e prende foragido da Justiça em Cuiabá
A 64ª edição da Operação Lei Seca, realizada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), em Cuiabá, terminou com 114 multas confeccionadas e 48 motocicletas removidas, na noite desta quinta-feira (20.06). A fiscalização ocorreu na Rua Alenquer, no bairro CPA I. Do total de multas, as principais foram por conduzir veículo sem registro ou não licenciado e por conduzir veículo sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Nesta operação, que foi voltada a fiscalização de motocicletas, não houve prisão por embriaguez ao volante. No entanto, os agentes identificaram uma pessoa foragida da Justiça e cumpriram o mandado de prisão em desfavor do suspeito por crimes de tráfico de drogas e associação criminosa. Além disso, os agentes submeteram 187 condutores ao teste de alcoolemia, fiscalizaram 183 veículos e autuaram 69. A Operação Lei Seca é coordenada pelo Gabinete de Gestão Integrada (GGI), com as equipes do Batalhão de Trânsito (BPMTran), Polícia Militar, Delegacia de Trânsito (Deletran) da Polícia Judiciária Civil, Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros (CBM-MT), Polícia Penal, Sistema Socioeducativo, Polícia Rodoviária Federal e Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob).
20 anos sem Brizola: político segue referência para luta democrática
O momento era de tensão total. Naquele 28 de agosto de 1961, o governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, foi correndo para o porão do Palácio Piratini e fez um pronunciamento para uma rádio que a equipe montou de improviso. “Hoje, nesta minha alocução, tenho os fatos mais graves a revelar. O Palácio Piratini, meus patrícios, está aqui transformado em uma cidadela que há de ser heroica (…)”. Ele pedia resistência até o fim. Aquele seria um dos momentos que faria com que Brizola (1922 – 2004), que morreu há 20 anos, entrasse para a história brasileira. Segundo pesquisadores, ele foi responsável por evitar, via uma rede de rádios, que o golpe militar ocorresse naquele ano. Momentos como esse terão destaque em um documentário de Sílvio Tendler, que deve ser lançado no segundo semestre deste ano. Aquele episódio ocorreu depois da renúncia de Jânio Quadros. Como João Goulart, o vice-presidente, estava em missão diplomática fora do País, a cúpula militar posicionou-se para impedir a transmissão de posse para o vice. Houve um impasse e quem assumiu o país foi o presidente da Câmara, Paschoal Ranieri Mazzilli. Leitura de país De acordo com o neto de Brizola, Leonel Brizola Neto, que cedeu as imagens para o filme e que busca divulgar o legado do avô com uma associação cultural, o então governador tinha a noção da ameaça de uma ruptura democrática. “Ele tinha uma leitura do que estava acontecendo. Naquela época, não havia a facilidade das informações que nós temos hoje. Ele entendeu e começou a organizar (a resistência). Todos os atos do Brizola foram sempre dentro da legalidade democrática”, argumenta o neto. Em nome dessa legalidade, Brizola passou a utilizar a Rádio Guaíba, através de um ato governamental, para defender a posse do vice. Para o professor de história Adriano de Freixo, da Universidade Federal Fluminense, Brizola foi a figura central da resistência. Freixo ressalta que houve de fato uma tentativa de golpe em 1961, orquestrada pelos que executaram o golpe de 1964. “Quando Brizola montou a rede da legalidade, com seus discursos sendo transmitidos para todo o Brasil, ele também consegue apoio militar, do Exército no Rio Grande do Sul e da Brigada Militar gaúcha, dispostos a ir para o confronto. Isso faz, inclusive, com que outras lideranças civis se animassem a resistir”, afirmou o professor. A “rede da legalidade”, como ficou conhecida, congregou mais de 100 rádios pelo Brasil, que passaram a retransmitir discursos pela manutenção da democracia e da legalidade. Brizola passou a denunciar que aviões militares brasileiros teriam ordem para atirar contra o palácio do governo gaúcho. Segundo os pesquisadores ouvidos pela Agência Brasil, como conseguiu adesão de praças da própria Força Aérea boicotaram as aeronaves para que não decolassem. Frustração O professor Adriano de Freixo avalia que Brizola estava disposto, inclusive, a partir para o confronto, se fosse necessário. “Como ele mesmo disse em alguns depoimentos, a ideia dele era marchar para o Rio de Janeiro e dissolver o Congresso, já que parlamentares tinham sido coniventes com tentativa de golpe e garantir a posse do Jango”, afirma o professor. Foi uma decepção para Brizola ter conhecimento de que Jango concordou com uma solução conciliatória e assumiu um regime parlamentarista provisoriamente. A frustração de Brizola com o presidente deu-se diante de um contexto político. Pesquisadores do período entendem que havia expressivo apoio popular à posse de Jango em 1961. De acordo com o sociólogo Yago Junho, que também pesquisa a trajetória de Brizola, o então governador do Rio Grande do Sul ganhou a opinião pública porque compreendeu a importância do processo de comunicação. “A batalha política é a batalha das comunicações. Mais de 70% da população apoiava a posse do Jango e o Brizola, em relação a esse apoio popular, queria efetivamente promover mudanças. Acabou prevalecendo a conciliação e a conciliação só serviu para adiar o golpe por três anos”, analisa o sociólogo. Os pesquisadores avaliam que Brizola foi hábil, mas não contava que Jango iria curvar-se às condições dos militares. Legados Os pesquisadores da trajetória de Leonel Brizola entendem que a infância pobre no Rio Grande do Sul foi fator decisivo para as escolhas políticas do homem que foi governador de dois estados, o que ele nasceu, e o Rio de Janeiro. Yago Junho analisa que Brizola defendeu o trabalhismo e os direitos da Consolidação das Leis do Trabalho. O historiador Adriano de Freixo vê Brizola como uma das figuras públicas mais importantes da segunda metade do século passado. “Ele construiu uma carreira política muito profícua. Ele defendeu melhor distribuição de riquezas, com propostas como a realização da reforma agrária, educação integral nas escolas e defesa do país diante de pressões estrangeiras”, diz Os pesquisadores assinalam que Brizola acreditava que a educação seria a forma de gerar uma construção de uma sociedade menos desigual, tanto na gestão do Rio Grande do Sul (1959 – 1963) como do Rio de Janeiro (1983 – 1987 e 1991 – 1994). “Essa preocupação do Brizola com uma educação de qualidade, com uma escola de tempo integral, é algo que hoje continua no âmbito de investigadores educacionais do Brasil”, afirma o historiador Adriano de Freixo. Sobre a escola em tempo integral, defendida pelo político gaúcho, o pesquisador avalia que foi uma ideia que acabou sendo combatida por diferentes setores. “Essa é uma questão central no pensamento do Brizola”. O resultado foi que houve redução do analfabetismo com a construção de mais de seis mil escolas. “O pai dele foi assassinado. A mãe alfabetizou os filhos. Ele foi depois, com 14 anos, estudar sozinho numa escola técnica em Viamão, que é perto de Porto Alegre. “Conseguiu entrar na universidade como engenheiro”, afirma Leonel Brizola Neto. No Rio de Janeiro, ele implementou a ideia do antropólogo Darcy Ribeiro e criou os Centros Integrados de Educação Pública (Ciep) para fazer valer a educação integral. Contra o “atraso” Além da educação, outra marca de Brizola foi a defesa enfática da reforma agrária. “Entendo que essa é uma questão central para aquela esquerda trabalhista do início dos anos 60: o latifúndio