Festival de Flores e Orquídeas oferece mudas ornamentais a partir de R$ 10 neste final de semana
Os entusiastas de plantas poderão aproveitar neste final de semana a 8ª edição do Festival de Flores e Orquídeas, com mudas a partir de R$ 10. O evento acontece no Shopping Orla, localizado no bairro Porto, das 7h às 19h, e no domingo, das 7h às 12h. A entrada é gratuita. O evento é promovido pela Prefeitura de Cuiabá, através da Secretaria de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico. Dentre as centenas de espécies de plantas, o destaque do festival é a Zamioculca Chameleon, com sua folhagem amarelo-dourado, uma produção exclusiva da Estância Vitória. Ao todo, são cerca de 10 mil exemplares de plantas, de tamanhos variados, desde as mini orquídeas para enfeitar apartamentos até plantas com 1,5 metro de altura para incrementar a paisagem de grandes jardins. Além disso, os clientes podem adquirir itens essenciais para o cultivo das flores, como adubo, fertilizantes e inseticidas naturais, que são seguros para crianças e animais de estimação. Serviço: Assunto: 8ª edição do Festival de Flores e Orquídeas Quando: 15 e 16 de junho Horário: 7h às 19h e domingo das 7h às 12h Local: Shopping Orla – Rua 13 de Junho, 2345 – Porto
Atletas de MT disputam semifinal do Mundial Universitário de Futsal na China
A equipe de Mato Grosso, que representa o Brasil no Mundial Universitário de Futsal, vai disputar a semifinal contra a França, neste sábado (15), em Shangai, na China. Quem comanda o time é o treinador Marcus Penna, que é um dos técnicos atendidos pelo programa Olimpus MT. Alguns dos jogadores também são beneficiados com Bolsa Atleta do programa. “Vamos buscar a vitória para colocar o esporte de Mato Grosso e o Brasil entre os quatro melhores do mundo”, afirmou o técnico. A vaga na competição internacional foi garantida pela Faculdade Faipe, de Cuiabá, após participação nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) 2023. Por meio de convênio com a Federação Mato-grossense de Esportes Universitários (FMEU), a Secel custeou parte da viagem da equipe à China. “Para nós é motivo de orgulho apoiar o esporte e os atletas de Mato Grosso. Estamos na torcida para que a equipe do nosso Estado enalteça mais uma vez o nome do país na competição. Que o esporte mato-grossense brilhe pelo mundo!”, enfatiza o secretário adjunto de Esporte e Lazer da Secel, David Moura. Em busca de manter a hegemonia do Brasil, que é hexacampeão da competição, a equipe terminou a chave de grupos como primeira colocada e segue com ótima campanha. Nesta sexta-feira (14), o duelo foi contra a Arábia Saudita, com vitória por 7 a 1, que assegurou seleção brasileiras entre as quatros melhores do Mundial. Organizado pela Federação Internacional de Esporte Universitário, o Mundial Universitário de Futsal possui a chancela da FIFA e ocorre a cada dois anos, reunindo equipes de todo o mundo. Hexacampeã da competição, a seleção brasileira venceu a última edição que foi realizada em 2022, em Portugal.
Empresário do ramo de piscinas se consolida em Mato Grosso com própria marca
Quando se ouve a frase, “piscina em casa”, logo a animação contagia a família, amigos e também o setor responsável pelas vendas deste item e dos produtos relacionados. O segmento vem crescendo e conquistando espaço. Para falar dos desafios de empreender e setor, que além trazer beleza, sofisticação e agregar valor ao imóvel e a realização de um sonho, o Cuiabá Notícias conversou com o empresário Gilberto Avansini Godoi, de 38 anos, da Água Viva Piscinas, que se consolidou no mercado e conquistou os mato-grossenses. A Água Viva Piscinas está no mercado há quase 13 anos e trabalha com piscinas de fibra e alvenaria, acessórios , iluminação, móveis , automação e boias, toda linha de spas , banheiras e ofurôs, além de materiais de construção, acabamento e etc. No entanto, se manter no mercado em ritmo de crescimento não é uma tarefa fácil, demanda tempo, esforço e muita dedicação, segundo Gilberto. “Água Viva Piscinas, começou a tomar forma em fevereiro de 2012, quando eu trabalhava em uma loja de franquia de piscinas. Mas eu, Gilberto, sempre trabalhei com piscina desde criança já era limpador. Entrei na loja como estoquista, fui pesador de produtos e vendedor. Passei por todos setores até chegar à gerência. Aí nasceu a ideia de ter minha loja, fui amadurecendo essas ideias. E em agosto de 2012 abrir as portas da Água Viva Piscinas. Na época não tinha recursos nenhum para abrir, não tinha nada. Não tive financiamento de banco, porque tinha restrição. E aquela coisa de toda comerciante, empresário que começou assim, aos trancos e barrancos”, relembrou. Localizada na rua Barão de Melgaço, no bairro Porto, a loja enfrentou os desafios de um mercado em expansão e como todo e qualquer empreendimento, a concorrência. O empresário lembra que passou pelas obras do Copa do Mundo, troca de governo, pandemia da Covid-19, onde devido a quarenta o comércio foi obrigado a fechar as portas, e ainda assim segue em crescimento. “E ao longo desses anos, foram todas as adversidades que a gente passou e continua passando que ajudou e ajuda a Água Viva Piscinas a se consolidar como umas das melhores lojas de piscinas e produtos relacionados em Cuiabá e todo o Estado. Desde muito novo eu trabalho com piscina, já passei por todas as etapas no ramo, desde a instalação na casa do cliente, até a limpeza e venda. Então a gente consegue se reinventar nesses detalhes”, conta o empresário. Gilberto pontua que é preciso estar atento às tendências e mudanças de mercado, além de buscar alternativas para se manter competitivo no mercado, ofertando inovações e soluções práticas para os clientes. “Nos últimos anos o setor de piscinas teve uma evolução muito grande, principalmente nas piscinas de fibra, que no caso, teve a maior evolução no Brasil, porque teve uma proliferação de várias marcas. Quando a gente começou, há 12 anos atrás tinha cinco, seis no máximo dez marcas no país. Em Mato Grosso mesmo, não tinha nenhuma fábrica. Hoje já temos inúmeras e vindo mais por aí”, frisa. Com visão empreendedora, logo no início o empresário criou a própria marca de piscinas, a Água Viva Piscinas, que são fabricadas no Rio Grande do Sul. “A gente fabrica nossas piscinas no Rio Grande do Sul. Eu represento uma marca de piscina, que são piscinas de fibras com pastilhamento. Além da gente ter essa parceria comercial, a gente tem uma parceria de amizade. São pessoas que ajudaram muita a Água Viva, acreditou muito na gente. Então tivemos essa ideia, das piscinas serem fabricadas lá terem nossa marca, que é um nome patenteado por nós, e deu certo. Eu acredito que dentro de Cuiabá e da baixada cuiabana, a Água Viva tem o nome mais forte que qualquer fábrica de piscinas, porque a gente está aqui há 12 anos, trabalhando massificando a marca, trabalhando o nome, dando credibilidade, passando credibilidade para os clientes”, completa. Gilberto destaca que é preciso buscar oportunidades de crescimento em qualquer tipo e porte de empresa, com um negócio já existente, através de uma nova prática agregando mais valor aos produtos e serviços ofertados, atendendo necessidades de novos e diferentes perfis de clientes, mudando o processo de fabricação e a forma de posicionar e comercializar a marca e o produto no mercado. A Água Viva Piscinas trabalha com toda linha de produtos, acessórios, iluminação, móveis , automação e bóias, instalação de piscinas de fibra, toda linha de spas , banheiras e ofurôs. Além disso, a empresa constrói piscinas de alvenaria. No caso, o cliente apresenta o projeto e a empresa executa todo o trabalho de mão de obra e fornece os materiais necessários caso o cliente desejar. “Temos piscinas de alvenaria em todos os condomínios horizontais de Cuiabá. Atendemos todo o estado, o cliente apresenta o projeto, o que ele quer, pensa e a gente realiza. Temos piscinas em Campo Verde, Chapada Dos Guimarães, atendemos todo o estado”. Como um bom empreendedor não para, e a visão de expansão dos negócios está sempre em crescimento, agregando comodidade para os clientes, Gilberto está trazendo mais uma novidade que deve chegar na loja ainda em 2024. “Tem novidade vindo por aí. Vamos passar a oferecer projetos para clientes que buscam realizar um sonho de ter uma piscina, seja de alvenaria ou fibra. A Água Viva vai elaborar todo esse projeto, desde hidráulico, com todos os dimensionamento, profundidade, com tudo o que a lei cobra. Isso vai facilitar para o cliente que deseja ter uma piscina em casa. A Água Viva vai oferecer tudo”. O empresário que alcanço uma história de sucesso, cita que o principal fator da empresa é proporcionar produtos com alta qualidade para diferentes públicos tornando a piscina acessível para todos. Ele aponta o item como um aliado ao entretenimento e união para toda a família. Para ele e seus colaboradores, a sensação de dever cumprido. “A Água Viva vem numa crescente muito boa, numa ascensão muito boa por causa honestidade, transparência. Temor a Deus que está sempre em primeiro lugar. E muito,
O papel dos líderes comunitários
Licio Antonio Assumem responsabilidade, o zelo e o cuidado por questões de interesse comum Dentro do contexto eleitoral municipal; o prefeito, é a figura que comanda o Executivo, os vereadores são os legítimos representantes do povo, para fiscalizar, cobrar do Executivo, assim como criar projetos de lei que vão de encontro aos anseios e necessidades dos munícipes, principalmente os mais humildes, os expropriados do capital. A ponte entre Executivo, Legislativo Municipal, até chegar aos inúmeros bairros de uma capital. Existe, a figura dos presidentes de bairro que são líderes comunitários que desempenham papel importante na melhoria da qualidade de vida dos moradores dos bairros. Porém, nem sempre os presidentes de bairro conseguem atender as demandas; por limitações de influência e conhecimento cognitivo em alguns casos. Aí surge, a figura pouco conhecida dos líderes comunitários, que são mais do que meros representantes de suas comunidades. Existindo neles, uma percepção da realidade que vai além do que todos conseguem enxergar. Daí a importância de um líder comunitário, pois estes assumem perante as pessoas do local onde mora, a responsabilidade, o zelo e o cuidado por todas as questões de interesse comum. Este artigo tem como precípua básica registrar de forma clara e cristalina à importância dos líderes comunitários, no contexto dos bairros principalmente os periféricos. Eu poderia elencar uma centena de bons líderes comunitários, porém desta feita, irei declinar a importância singular de um líder comunitário, uma pessoa que tem relevantes trabalhos prestados à comunidade, neste caso especifico um morador do Altos da Serra II. Reporto-me, ao grande líder comunitário do bairro Altos da Serra II e adjacência, o senhor Deva Fonseca. Mesmo deixando de ser presidente de bairro, continuou atuando de forma incisiva na busca de melhorias para o seu bairro e os demais bairro periféricos, levando, aos munícipes: dignidade, bem-estar e entretenimento, e isso, durante os 4 anos de mandato do prefeito em exercício, e não apenas em época de eleição. O diferencial do Deva Fonseca para os demais, consiste no processo de empatia dele para com os munícipes. Mesmo não ocupando cargo eletivo, faz o papel de ajudar e servir os moradores desses bairros periféricos, que são carentes de praticamente tudo, porém o principal fator nesse processo, consiste na busca incessante junto ao Executivo Municipal, por melhorias substancias para o bairro. Pois o Deva Fonseca, no papel de líder comunitário consegue mobilizar toda comunidade para solucionar os problemas que estão dentro de seu alcance e também se torna um fiscalizador e intermediário entre a comunidade e o poder público, para resolução de problemas como ruas esburacadas e buraco é o que não falta em Cuiabá, além de buscar suprir a falta de medicamentos em unidades de saúde e por aí vai. Licio Antonio Malheiros é geógrafo. Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias Cuiabá Notícias
Ernandy Mauricio Baracat de Arruda – o Nico
NEILA BARRETO Nascido Ernandy Mauricio Baracat de Arruda, a 10 de junho de 1961, era mais conhecido como “Nico” Baracat. Filho de família tradicional do município de Várzea Grande-MT, nasceu em berço político, uma vez que sua mãe, Sarita Baracat de Arruda, foi a primeira mulher prefeita de Várzea Grande (1967-1970), vereadora, deputada estadual, secretária de estado e outros. O pai Emanuel Benedito de Arruda, conhecido como “Caboclo”, exímio jogador de futebol, também foi vereador no município e uma de suas inspirações. O nome Ernandy Maurício foi escolhido pela mãe, mas o apelido “Nico” veio da babá – Ana. Para Sarita, no entanto, nem “Ernandy”, nem “Nico”, eu só o chamava de “Nenê”, era um jeito carinhoso, além de ser o caçula, mas era só eu que o chamava assim. Ele foi crescendo e um dia me disse: mamãe, eu não sou mais um nenê, você tem que parar de me chamar assim (…), mas você sabe mãe como é, acha que os filhos não crescem… então passei a chamá-lo de Nico, como os demais”. Foi pelas mãos dos dois que ele entrou na carreira política sendo eleito vereador por Várzea Grande, em 1989. Daí para frente não parou mais. Cursou o 1º grau na Escola Estadual de I e II Graus “Licínio Monteiro da Silva” em Várzea Grande concluindo em 1977; cursou o 2º grau na escola estadual de I e II graus “Couto Magalhães” em Várzea Grande – MT concluindo em 1980; cursou o 3º grau em Marilia –SP até o 3º semestre do curso de Administração de Empresas. Realizou os cursos de Conselheiro Estadual de entorpecentes, de Administração Financeira e Orçamentária em 1981 na Associação Mato-grossense dos Municípios, na capital e Curso de elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentarias – LDO em 1992, também pela na A.M.M. Nico foi secretário de Gabinete Parlamentar na Assembleia Legislativa de MT durante os anos de 1981 a 1983; Assessor Legislativo da Câmara Municipal de Colíder-MT e de Santo Antônio do Leverger – MT; Assessor técnico da prefeitura de Paranatinga – MT e, em 1983 exerceu a função de Agente Administrativo, na Secretaria Estadual de Cultura – SEC. Começou a sua carreira política como vereador, depois deputado estadual, vice-prefeito e secretário de estado, aliás o primeiro secretário de estado de Cidades do Estado de Mato Grosso. Em janeiro de 1989, aos 28 anos de idade, ele começou oficialmente a carreira política sendo eleito vereador mais votado em sua cidade natal, Várzea Grande, em 01/01/1989, na 11ª legislatura para o quatriênio (1989 a 1992). Foi Presidente da Câmara e tomou posse da Mesa Diretora para o biênio 01/01/1989 a 31/12/1990 e presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Paço. Foi membro efetivo e relator da Comissão de Justiça e Redação por 04 anos; Líder da bancada de oposição e membro efetivo do Diretório Regional do PMDB– Partido do Movimento Democrático Brasileiro, de Várzea Grande – MT, em Mato Grosso. No ano de 1994 foi presidente do Diretório municipal do PMDB, de Várzea Grande – MT. Foi eleito deputado estadual pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso por duas legislaturas. Na 13ª Legislatura (1995 – 1999) – PMDB e na 14ª Legislatura (1999 – 2003). Esse mandato, Nico Baracat concluiu filiado ao PSB – Partido Socialista Brasileiro. Nessa 14ª Legislatura foi eleito primeiro Vice-Presidente, da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso – (2001/2003). Na Assembleia Legislativa foi presidente da Comissão de Revisão Territorial e, membro das Comissões de Constituição e Justiça, Execução Orçamentária, Educação, Cultura, Desporto e Seguridade Social. Em 2003, sem mandato, foi o Secretário Geral da Assembleia Legislativa. Nico” Baracat pode ser considerado um homem de muitos adjetivos. Tinha como uma de suas marcas registradas a solidariedade, amigo fiel, gestor arrojado, articulador político, conciliador, sonhador, companheiro, pai, filho, e, acima de tudo, um apaixonado pela vida. Mas a vida de Nico Baracat não era só política. Casado com Cleonice Sarat Baracat teve dois filhos, seus grandes amores: Kalil Sarat Baracat de Arruda, casado com a promotora de Justiça, de Várzea Grande – Januária Dorileo, a Kika Dorileo, pais de Angelina Dorileo Baracat de Arruda e, a caçula Emanuelle Sarat Baracat de Arruda. Tanto os filhos, quanto a sua esposa, são unânimes ao falar do seu lado Nico solidário de ser. Ele sempre foi um homem pé no chão, não gostava de ostentação, dividia tudo, tirava do bolso o último centavo para dar aos outros, acho que é por isso que ele era feliz…. Nunca foi ambicioso, gostava de ter uma vida simples, nunca foi um homem egoísta e nem invejoso, não gostava que falasse mal de ninguém, foi assim a vida inteira, recorda Cleonice, que foi casada com Nico durante 23 anos. Lembrando Sarita Baracat, hoje, já falecida, (…) “ Eu falava que ele tinha que ser meu herdeiro político. Eu não tive berço político, tive que aprender na prática, mas ele teve berço. Meu filho fez um trabalho digno. No começo eu o ajudava a escrever os projetos, como sou contadora fazia também as prestações de contas dele, para não sair nada errado. Depois Nico foi amadurecendo e já caminhava sozinho, mas eu sempre dizia a ele para ser correto, ter ética e zelar das coisas públicas”. Para Fernando Baracat de Arruda, único irmão de “Nico”, os dois eram totalmente diferentes, mas se completavam. “Eu sou extremista, ele maleável, eu sou gastador, ele era econômico, eu sou de dar “bafão”, ele sempre foi discreto, eu adoro uma balada, ele queria ficar em casa, não pratico esportes, ele jogava futebol”…, relembra Fernando com carinho. Nico foi eleito vice-prefeito de Várzea Grande, pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) em 03/10/2004. Em 2010 ocupou o cargo de secretário chefe do gabinete do governador do Estado de Mato Grosso. No ano seguinte assumiu o comando da recém-criada Secretaria de Estado de Cidades. Cotado para ser um dos candidatos a prefeito de Várzea Grande – MT, optou por ficar secretaria. Como gestor, à frente da Secretaria de Estado das Cidades, em Mato Grosso, “Nico”
O futuro do agro está na irrigação
Hugo Garcia Neste sábado, 15 de junho, se comemora o Dia Nacional da Agricultura Irrigada. Essa prática, apesar de ter ganhado expressão no Brasil a partir da década de 1970, é muito antiga e já era utilizada no Egito e Mesopotâmia como forma de enfrentar as secas. No Brasil, a irrigação teve início em 1900 com a produção de arroz no Rio Grande do Sul, e foi se expandindo até os patamares que vemos hoje. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o Brasil está entre os 10 países com a maior área equipada para irrigação do mundo, porém existe o potencial para estarmos entre as primeiras. E nesse cenário está Mato Grosso, potência do agronegócio que ainda engatinha quando se fala em irrigação, com pouco mais de 204 mil hectares utilizando esse tipo de técnica. Os benefícios da irrigação são muitos: aumento da produtividade em até três vezes na comparação com a agricultura de sequeiro, utilização do solo para até três safras no ano, aumento da qualidade dos produtos agrícolas, produção de sementes e culturas nobres, modernização dos sistemas de produção e até a elevação da renda do produtor rural. Mas, embora se conheça muitos benefícios dessa prática, ainda enfrentamos dificuldades para se atingir o potencial de irrigação no país. Apenas em Mato Grosso é possível se atingir as 4 milhões de hectares irrigadas até 2030. No entanto, para que consigamos chegar a esse patamar, são necessários investimentos e políticas públicas para o desenvolvimento da irrigação. Isso porque não adianta querer comprar os equipamentos necessários e precisar ficar em uma fila de espera já que a demanda é maior do o que os fornecedores podem produzir. Não adianta conseguir comprar esses aparelhos se enfrentamos impasses para a liberação de outorgas de água, onde produtores esperam meses até mesmo para renovação das permissões, como acontece em Mato Grosso. É preciso ter visão. Porque a agricultura irrigada é o futuro. A expansão das áreas irrigadas significa garantir a segurança alimentar e aumentar a produtividade agrícola. É promover práticas para que as lavouras resistam às mudanças climáticas, garantindo uma produção agrícola constante e ainda de forma sustentável. Porque a irrigação é sustentável e garante a preservação do meio ambiente. Para se ter uma ideia, pela legislação brasileira só é permitido retirar 5% das águas de um rio ou das que estão abaixo do solo. E depois, diferente do que acontece em outros setores da economia, essa água vai voltar para o solo, aumentando a fertilidade e promovendo o retorno aos mananciais subterrâneos. Por todos esses motivos, já passou da hora de se pensar na irrigação como a solução para a nossa agricultura. Não só para enfrentar as adversidades climáticas, mas também para garantir que possamos continuar aumentando a nossa produtividade. Pois estudos já mostram que em até 20 anos a segunda safra pode ser comprometida pela falta de chuvas no país. Por isso precisamos pensar na irrigação como mais que uma solução imediata, mas recurso para o futuro do agronegócio. Hugo Garcia é produtor rural e presidente da Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Colheitas Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir-MT).
Após turbulências na temporada, Franca é tricampeão consecutivo na NBB
A vitória por 69 a 59 sobre o Flamengo na noite desta quinta (13) no Ginásio do Maracanãzinho, a segunda em dois jogos como visitante na série decisiva do NBB (Novo Basquete Brasil), foi o ponto alto de uma temporada repleta de percalços do Sesi Franca. O título brasileiro – o terceiro em sequência, conquistado ao fechar a série melhor de cinco jogos em 3 a 1 – mostrou a solidez do projeto da equipe do interior paulista, que superou turbulências ao longo do ano para mostrar que a alcunha de capital do basquete se justifica. Há que se lembrar que Franca vinha de uma temporada perfeita. Em 2022-23, ganhou literalmente tudo que disputou: Paulista, Super 8, NBB, Champions League das Américas e, após um histórico arremesso de Lucas Dias no estouro do cronômetro, o Intercontinental. Este último troféu veio em setembro, mais próximo da temporada seguinte do que da anterior. Logo depois, os desafios começaram a se apresentar: Georginho, armador titular, um dos principais nomes da equipe, rumou para a Alemanha. O pivô Lucas Mariano, suspenso por doping, já não voltaria mais, por ter acertado com o Flamengo. Sem maiores mudanças no resto da espinha dorsal da equipe, a temporada começou com testes no Paulista. O técnico Helinho Garcia resolveu dar rodagem a jovens como Zu Júnior e Edu Marília. O foco no longo prazo tirou Franca de uma sequência positiva no presente: finais nos últimos seis anos, com quatro títulos. O time caiu nas semifinais para o Paulistano, que se tornou o campeão. Ao longo da temporada, embora tenha se mantido sempre nas três primeiras posições na tabela do NBB, a equipe teve diversos altos e baixos. Caiu nas quartas do Super 8 em casa para o Unifacisa. Caiu nas quartas da Champions League para o Hebraica Macabi, do Uruguai, após vencer fora de casa e perder duas vezes seguidas no Pedrocão. No NBB, o time começou a achar o prumo. Venceu as últimas sete partidas da fase de classificação e terminou com a mesma campanha do líder Flamengo. Avançou sem derrotas contra Mogi e Paulistano, até encontrar dificuldades contra Minas na semi e vencer por 3 a 2. Na final, reencontro com o Flamengo, campeão do Super 8, vice da Champions e que chegou à decisão com oito vitórias em oito jogos nos playoffs. No início da temporada, talvez Franca fosse considerado favorito mesmo diante do seu maior rival no basquete brasileiro no momento. No entanto, por tudo que aconteceu nos meses anteriores, esse status se perdeu. O título com duas vitórias no Maracanãzinho mostrou que a equipe não desaprendeu a ganhar títulos, independente de como fosse vista. Nos discursos após a conquista, alguns jogadores assumiram que a temporada não foi das mais tranquilas. “Hoje o nosso time lutou, lutou, conseguiu abrir um pouquinho, continuamos correndo, pegando rebotes e sabemos que a bola iria cair no momento certo. Lutamos o ano todo nesse ano para chegar neste momento. Foi um ano difícil para nós e terminamos como campeões”, disse o norte-americano David Jackson, cestinha do Franca na partida decisiva (14 pontos), em declaração ao site da LNB. Lucas Dias, MVP (Most Valuable Player) – sigla que na tradução em português equivale a jogador mais valioso da temporada – da final foi mais ou menos pelo mesmo caminho. “Foi um ano muito difícil, muitas cobranças, algumas pessoas duvidaram que estaria em uma condição boa. Não fui MVP à toa. Trabalho demais. Sei o que represento para minha família, para Franca. Estou muito feliz. Queria ter conquistado mais títulos nesta temporada, mas fechamos esse capítulo com chave de ouro”, disse o ala-pivô, também à LNB. Pensando no futuro e performando mesmo contra as expectativas de muitos, Franca provou que tem um projeto maduro que resistiu às intempéries no caminho para se sagrar campeão mesmo assim. Igor Santos é comentarista de basquete no programa Stadium, da TV Brasil Agência Brasil
Implantação da Ferrogrão volta a ser defendida no Senado
Em pronunciamento no Plenário na quarta-feira (12), o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) defendeu a construção da Ferrogrão, linha férrea com mais de 900 km de extensão, do município de Sinop (a 479 km de Cuiabá), até o porto de Miritituba, em Itaituba, no Pará. Estudos para a construção da ferrovia foram incluídos no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo governo federal no ano passado. O parlamentar argumentou que a obra trará benefícios para a economia, diminuindo o custo para o escoamento da safra, e para o meio ambiente, com a redução da emissão de carbono, gás de efeito estufa. Zequinha mencionou dados da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e do Ministério dos Transportes, que indicam, segundo ele, uma redução anual de 4 milhões de toneladas de CO2 com a implementação da ferrovia. Ele também ressaltou que é necessário considerar que o Pará, segundo maior estado do Brasil, enfrenta carência de infraestrutura ferroviária. Ele explicou que a única ferrovia existente é a Estrada de Ferro Carajás, operada pela Vale, que se estende por aproximadamente 892 km até o Maranhão. “Em 2023, conforme dados do Sistema de Comércio Exterior, somente de soja, o Pará exportou 3,1 milhões de toneladas. Nossa produção e comercialização avançam, apesar dos obstáculos. Imaginem quando tivermos a Ferrogrão: a gente vai, se Deus quiser, dobrar tudo isso”, ressaltou. Zequinha criticou Organizações Não Governamentais (ONGs) que segundo ele são contra o projeto. “Por serem financiadas pelo capital internacional, certamente, essas ONGs não puderam falar sobre as vantagens comparativas da Ferrogrão e a redução, em 77%, que ela trará em relação ao modal rodoviário na emissão de CO2, que hoje é produzido pelo transporte rodoviário por meio das carretas que cruzam, o tempo todo, 24 horas por dia, a BR-163”, disse.
Janaina pede pena de morte a estupradores após votação da ‘PL do aborto’
A deputada estadual e procuradora da Mulher na Assembleia Legislativa (ALMT), Janaina Riva (MDB), se manifestou sobre a aprovação do regime de urgência para votar o projeto de lei 1904/24, o “PL do aborto”, na Câmara em Brasília. Em vídeo divulgado em suas redes socais nesta sexta-feira (14), Janaina disse estar “estarrecida” e aproveitou para cobrar a liberação da pena de morte e prisão perpétua aos predadores sexuais. Para ela, os deputados federais que se consideram “pró-vida” não estão considerando mulheres, crianças e adolescentes alvos de estupro e que podem passar a responder por homicídio, caso abortem a partir da 22ª semana de gestação. “O que nos deixa estarrecidos é ver um Congresso que deveria estar preocupado a dar prisão perpétua e punição mais severa pra estuprador, estar preocupado em penalizar as vítimas. Tratar mulheres estupradas como assassinas é muito cruel”, disse. A deputada citou dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) que apontam que 60% dos estupros são contra crianças e adolescentes entre 0 e 13 anos. Segundo Janaina, o prazo de 22 semanas está fora da realidade da violência sexual dentro desta faixa etária. A vítima ainda não é capaz de identificar sozinha que está grávida e a Justiça demora para dar aval para a retirada do bebê, fatores que inviabilizam o prazo. “Ela jamais vai entender que está grávida. As meninas são muitos jovens para perceber o que está acontecendo com o seu corpo. Por isso, às vezes, passa de 22 semanas e é mais grave, pois elas não têm o corpinho preparado para gerar um filho. O risco dessas crianças é, inclusive, no momento do parto”, apontou Janaina Riva. Dois deputados federais da bancada de Mato Grosso, Abilio Brunini e Coronel Fernanda, ambos do PL, são co-autores da “PL do aborto”. Eles foram os únicos a votar pela aprovação do regime de urgência nesta quinta-feira (13). Já a deputada Gisela Simona (UB) também foi contra a matéria e seguiu a mesma direção de Janaina, ao cobrar o endurecimento do Código Penal contra estupradores. A submissão do projeto no plenário foi uma “prévia” para sentir se seria ou não aprovado. A medida foi encorajada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e isenta a pauta de ser debatida nas comissões da Casa. “Acho que esse projeto pode até ser aprovado, mas, antes disso, temos que ter prisão perpétua ou pena de morte para estuprador, para que esses vermes não saiam da cadeia. Eles são os bandidos, não são as vítimas que são as criminosas”, encerrou. Veja vídeo:
MEC aceita revogar portaria se professores de federais acabarem greve
O Ministério da Educação se comprometeu a revogar a Portaria 983, de novembro de 2020 – que eleva a carga horária mínima semanal dos docentes -, desde que os professores das universidades e institutos federais aceitem encerrar a greve que já dura 72 dias. Para representantes dos trabalhadores, o compromisso é uma “importante conquista para a continuidade das negociações” e para pôr fim à paralisação da categoria. A anulação da norma que regulamenta as atividades dos professores do ensino básico, técnico e tecnológico (Ebtt), elevando a carga horária mínima semanal dos docentes dos institutos federais, é uma das reivindicações dos docentes e técnicos da rede federal de educação profissional, científica e tecnológica. Em greve desde 15 de abril, os trabalhadores também pedem reajuste salarial de 4,5% ainda este ano e a recomposição orçamentária das instituições de ensino. A eventual revogação da portaria foi discutida durante a reunião entre representantes dos trabalhadores e dos ministérios da Educação e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, na manhã de desta sexta-feira (14), em Brasília. Durante o encontro, foram discutidos apenas itens da pauta de reivindicações que, se acolhidos, não causarão impacto orçamentário à União. O encontro foi acompanhado por atos em várias cidades do país – e muitas destas manifestações contaram com a participação de estudantes e de entidades estudantis. Segundo o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), caso as negociações avancem satisfatoriamente, o compromisso do MEC de anular a Portaria 983 será incluído no termo de acordo que as partes estão negociando para pôr fim à greve que atinge profissionais de cerca de 60 universidades federais e de cerca de 40 institutos federais. Um grupo de trabalho será criado para discutir uma nova regulamentação. “A [revogação da] portaria é o nosso primeiro ganho, nosso primeiro marco, no revogaço das medidas do governo [do ex-presidente da República Jair] Bolsonaro. Uma portaria que, mais que estabelecer o aumento da nossa carga horária de trabalho mínima, descaracteriza a natureza da atividade docente ao nos impedir de fazer pesquisa, extensão e que possamos produzir ciência e tecnologia, o que também é nossa atribuição”, comentou a coordenadora-geral do Sinasefe, Artemis Martins. “A efetiva revogação da 983 é uma conquista muito importante para o conjunto da categoria”, acrescentou Laís de Souza, do comando nacional de greve. “Além disso, ainda no aspecto da pauta não-remuneratória, tivemos um diálogo fundamental sobre a Instrução Normativa 66, que trata do nosso tempo de progressão”, acrescentou Laís, explicando que o ministério se comprometeu a discutir a inclusão da instrução, Consultada pela reportagem, a assessoria do Ministério da Educação confirmou que, durante a reunião desta manhã, foram discutidos questões sem impacto orçamentário e que aspectos salariais e de progressão nas carreiras de técnicos e professores voltarão a ser discutidos em outros encontros conduzidos pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos. A pasta, contudo, não comentou a possibilidade da Portaria 983 ser revogada. Ainda de acordo com a assessoria do MEC, após cinco rodadas de negociação, o governo assinou, no último dia 27, com uma das entidades que representam os docentes, um acordo para reajustar os salários em 9% a partir de janeiro de 2025, e em mais 3,5% a partir de maio de 2026. Somado ao reajuste de 9% concedido em 2023, a proposta, se aceita por toda a categoria, representará um aumento em torno de 28,2% para professores, além de possibilitar a reestruturação na progressão entre diferentes níveis das carreiras. Na última segunda-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou R$ 5,5 bilhões em recursos do MEC para obras de infraestrutura no ensino superior e a construção de dez novos campi de universidades e de oito novos hospitais universitários federais. O investimento integra o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).O presidente também cobrou que o MEC tire do papel os 100 novos institutos federais que o governo federal anunciou em março. Agência Brasil