Volume de fêmeas enviadas para o abate recua pela primeira vez desde 2018
Mato Grosso registrou em maio mais um recorde de abates. Ao todo, no mês foram abatidas 627,49 mil cabeças de gado. Entretanto, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o que fugiu do padrão foi o volume de fêmeas abatidas, que pela primeira vez desde 2018. Segundo o levantamento, o abate de fêmeas foi 6,03% menor em maio em relação ao mês de abril. Assim, a participação de fêmeas enviadas para a indústria também retraiu, e ficou em 51,49%, saindo do patamar maior que 55% observado nos últimos três meses. Apesar do volume abatido ainda estar elevado, esses dados mostram uma possível “redução” na intensidade dos abates de fêmeas. “A tendência no curto prazo é de uma redução gradual na participação das fêmeas nos abates”, afirma o Imea.
Entenda polêmica envolvendo importações arroz
Desde a “batida do martelo”, o leilão do governo para importar arroz não ficou livre de polêmicas. Nesta terça-feira (11/6), menos de uma semana após o evento acontecer, o presidente Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou a suspensão da compra de 263 mil toneladas do cereal. A iniciativa do governo já havia sido questionada por especialistas, representantes do setor produtivo e parlamentares da oposição, que chegaram a levantar a possibilidade de se abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). A notícia de que um ex-assessor de Neri Geller, então secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura do país, foi um dos negociadores do leilão foi o estopim. Relembre os pontos mais importantes dessa história e saiba as razões de tanta discussão em torno do remate. Por que importar arroz? O governo federal tomou a decisão de importar arroz após as fortes chuvas no Rio Grande do Sul, que atingiram boa parte do Estado entre o fim de abril e o começo de maio. As enchentes causaram mais de R$ 3 bilhões em prejuízos ao setor agropecuário. A primeira sinalização de que o Brasil poderia importar o cereal veio do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma vez que os rizicultores gaúchos respondem por 70% da produção nacional do alimento. As estimativas iniciais apontavam que cerca de 600 mil toneladas foram comprometidas. No entanto, como grande parte da safra já havia sido colhida quando as precipitações começaram, o setor produtivo gaúcho foi firme desde o início e garantiu que teria produto suficiente para suprir toda a demanda nacional. Ainda assim, o Poder Executivo publicou uma medida prevendo a comprar de até 1 milhão de toneladas de arroz, sob o argumento de evitar uma alta para o consumidor e a especulação com os preços do cereal. Mudança de rota Inicialmente, o governo sinalizou a comprara de 100 mil toneladas de arroz do Mercosul, mas, de acordo com o Ministério da Agricultura, a notícia fez com que os preços subissem até 40% nos países vizinhos. O primeiro leilão, marcado para 21 de maio, foi cancelado. Como medida adicional, o Executivo anunciou que estava zerando a Tarifa Externa Comum (TEC) para compra do produto de fora do bloco sul-americano. A decisão gerou reações. O ministro da Agricultura do Uruguai, Fernando Mattos, rebateu, em entrevista ao jornal local El Observador, fala do ministro Carlos Fávaro: “Não especulamos com arroz”, disse. Preço e padrão do arroz Em 29 de maio, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) destacou no aviso de compra pública as características do arroz importado: beneficiado, polido, longo fino, Tipo 1, colhido na safra 2023/2024. Outro detalhe dizia respeito à embalagem, que deveria ser de 5 quilos, com preço máximo de R$ 20. A ideia anterior era vender o cereal em pacotes menores, de 2 quilos, a R$ 8. Repercussão A compra do arroz gerou descontentamentos no meio político e também entre os produtores. O deputado estadual Marcus Vinícius de Almeida (PP-RS), por exemplo, pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) para suspender a autorização dada à Conab. O parlamentar alegou que o governo não apresentou fundamentação técnica para justificar a aquisição e que a medida representava intervenção indevida no domínio econômico, concorrência desleal e predatória, abuso de poder político em ano eleitoral e riscos à saúde. Quem também se apresentou contrário foi a Cooperativa Regional de Energia e Desenvolvimento do Litoral Norte (Coopernorte), com sede em Viamão (RS). Bazílio Carloto, diretor-presidente da entidade, questionou as particularidades do alimento. “Com certeza, esse arroz que vem de fora, nesse preço, não deve ser um arroz de qualidade. A não ser que seja um arroz subsidiado, lógico. Mas subsidiou quem?”, disse ele, que também é agricultor. Três deputados gaúchos, Marcel van Hattem (Novo), Lucas Belo Redecker (PSDB) e Felipe Camozzato (Novo), também descontentes com a medida, moveram uma ação, que foi acolhida pelo juiz federal substituto Bruno Risch Fagundes de Oliveira e suspendeu o leilão. Porém, no dia seguinte, o governo federal derrubou a liminar, mantendo a compra pública. O leilão Quase um mês depois da publicação da Medida Provisória (MP) que autorizava a importação, em caráter excepcional, de até 1 milhão de toneladas de arroz, a Conab fechou a aquisição de 263 mil toneladas no mercado internacional por meio do leilão, no dia 6 de junho. A quantidade corresponde a 88,7% do previsto no edital. O volume foi dividido em 28 lotes, mas 10 deles acabaram não negociados, enquanto um foi cancelado. Nos demais, a maior parte foi arrematada pelo preço de abertura a R$ 5 o quilo, com alguns saindo por R$ 4,98 e R$ 4,99. O resultado foi questionado desde o início. Um dos motivos é a participação de empresas que não têm um histórico de participação no mercado do cereal. Entre os nomes, há uma companhia de locação de veículos e máquinas pesadas (ASR), uma comerciante de queijos (Queijos Minas) e uma processadora de polpas de frutas (Icefruit). O maior vencedor do leilão foi Wisley Alves de Souza, proprietário da Queijos Minas, que vai receber R$ 736 milhões por seis lotes. Ele deve entregar 147 mil toneladas de arroz até 8 de setembro. Antes, terá que depositar uma garantia de 5% do valor total, cerca de R$ 36,8 milhões. Os outros arrematante também devem depositar as garantias relativas a cada lote que adquirira. Caso não façam no prazo, que termina nesta sexta-feira (14/6), a negociação é cancelada. No último fim de semana, diante das controvérsias, a empresa de Wisley de Sousa se pronunciou e disse que lamenta que “grupos com interesses contrariados estejam tentando afetar sua imagem e deturpar a realidade num momento em que é essencial o país encontrar formas de assegurar o abastecimento de arroz para a população”. Os demais arrematantes também se manifestaram. O proprietário da ASR Locadora de Veículos e Máquinas Pesadas, Crispiniano Wanderley, disse que o resultado do leilão foi consequência de boicote de grandes grupos, que teriam interesse em vender arroz a preços mais elevados. Ele argumentou que a ausência dessas empresas abriu espaço para concorrentes de menor porte. A Icefruit assegurou, em nota,
Incêndio atinge Palácio de Versailles, na França
Um incêndio atingiu nesta terça-feira (11) o palácio de Versailles, na França. Segundo a administração do local, o fogo começou no teto do palácio, onde há obras de manutenção. Não havia informações sobre vítimas. “Foi observada hoje uma liberação de fumaça no palácio. O incidente foi rapidamente controlado e o público foi removido como medida de segurança”, disse a administração do local, em nota. “O palácio e os jardins já estão abertos.” Um porta-voz da instituição também afirmou que o acervo não foi danificado. Uma das atrações mais visitadas da França, com sete milhões de turistas por ano, a atual versão do palácio foi construída no século 17 a mando do Rei Luís XIV, e se tornou o centro do poder político do Antigo Regime até a Revolução de 1789. O local serviu de residência para Luís XVI e sua mulher, Maria Antonieta, além de outros membros da nobreza da época. Um dos espaços mais famosos do palácio é a Sala dos Espelhos, usado para recepções e bailes durante a monarquia, mas que presenciou momentos históricos até o século 20, como a assinatura do Tratado de Versalhes, acordo de indenização da Alemanha que pôs fim definitivo à Primeira Guerra Mundial. Nos Jogos Olímpicos que começam em julho, o palácio vai receber os esportes equestres. Em 2019, um incêndio destruiu o teto da catedral de Notre-Dame, em Paris. As chamas consumiram a agulha, que era o ponto mais alto da construção, e quase chegou Às torres dos sinos. G1
Neri Galler pede demissão após Governo anular leilão e cancelar compra de arroz importado
O governo federal decidiu anular o leilão realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no último dia 6 de maio e cancelou a compra das 263,3 mil toneladas de arroz que seriam importadas para o país. A decisão ocorreu durante reunião na manhã desta terça-feira (11) no Palácio do Planalto, entre o presidente Lula, o presidente da Conab, Edegar Pretto, e dos ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. Em seguida, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, pediu demissão do cargo após conflitos de interesse ligados a ele e ao filho no leilão de arroz. Segundo Fávaro, a avaliação do governo é que, do conjunto das empresas vencedoras do leilão, a maioria tem “fragilidades”, ou seja, “não tem capacidade financeira de operar um volume financeiro desse tamanho”. As mais de 260 mil toneladas de arroz arrematadas correspondem a 87% das 300 mil toneladas autorizadas pelo governo nesta primeira operação. No total, mais de R$ 7 bilhões foram liberados para a compra de até 1 milhão de toneladas. “A gente tem que conhecer a capacidade [das empresas], é dinheiro público e que tem que ser tratado com a maior responsabilidade”, disse Fávaro, explicando que nenhum recurso chegou a ser transferido na operação. Após a reunião, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, pediu demissão do cargo após suspeitas de conflito de interesse dele e do filho com envolvidos no leilão de arroz da Conab. A saída de Geller foi aceita e confirmada pelo ministro Carlos Fávaro, na saída da reunião no Palácio do Planalto. De acordo com informações, o diretor de Abastecimento da Conab, Thiago dos Santos, responsável pelo leilão, é uma indicação direta do secretário. Além disso, a FOCO Corretora de Grãos, principal corretora do leilão, é do empresário Robson Almeida de França, que foi assessor parlamentar de Geller na Câmara e é sócio de Marcello Geller, filho do secretário, em outras empresas. “Hoje pela manhã, o secretário Neri Geller me comunicou, fez ponderação, quando o filho dele estabeleceu sociedade com esta corretora do Mato Grosso, ele não era secretário de Política Agrícola. Não há fato que desabone ou que gere qualquer tipo de suspeita, mas que, de fato, gerou … e por isso colocou cargo à disposição”, anunciou o ministro As empresas participam do leilão representadas por corretoras em Bolsas de Mercadorias e Cereais e só são conhecidas após o certame. Um novo edital será publicado, com mudanças nos mecanismos de transparência e segurança jurídica, mas ainda não há data para o novo leilão.
Poeta cacerense Airton Reis morre aos 59 anos
O poeta cacerense Airton dos Reis Júnior, morreu na noite desta segunda-feira (10), aos 59 anos. Ele tratava de complicações respiratórias causadas por uma doença pulmonar e estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular de Cuiabá. Airton, conhecido como Airtinho, era filho de Airton dos Reis, que ocupou cadeiras na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional entre as décadas de 1970 e 1980 e de Rosimar Arruda Reis. A família veio para Cuiabá em 1974 quando o pai do poeta se elegeu deputado estadual pela primeira vez. A trajetória de Airtinho com a poesia começou oito anos depois, na juventude. Durante sua carreira, escreveu vários livros, dentre eles ‘Mato Grosso: Rios em rima’ e ‘Diamantino – MT: Memória, história e poesia’. Nas redes sociais, permanecia ativo publicando poesias em exaltação à cultura e à paisagem mato-grossense. Mais recentemente, publicou ‘Ambiental Expressão’ em seu Facebook, em alusão à Fit Pantanal 2024, no dia 1º de junho. O velório teve início às 7h na Capela Jardins, sala das Tulipas. Sepultamento está marcado para às 17h no Cemitério Parque Bom Jesus. Cortejo sairá do local do velório às 16h. Airton deixa sua mãe, Rosimar Arruda Reis e a irmã, Rosair.
Paulo Henrique pede licença de 31 dias para provar inocência após ser alvo da PF em operação
O vereador de Cuiabá, Paulo Henrique (MDB), pediu licença de 31 dias de seu mandato para dar explicações junto ao inquérito da Polícia Federal, no âmbito da Operação Ragnatela, que investiga recebimento de vantagens e propina para conseguir liberação e licença de casas de shows para eventos realizados por membros de facções criminosas. O anúncio foi feito durante a sessão desta terça-feira (11), durante seu discurso. O pedido de licença ocorre um dia após vereadores da oposição terem protocolado um pedido de investigação contra o parlamentar pela Comissão de Ética da Câmara. “Quero comunicar a esta Casa, que neste momento, vou protocolar a minha licença de 31 dias. A minha prioridade, desse servidor de 36 anos de serviço público, é a minha honra, é a minha família”, disse Paulo Henrique. Paulo Henrique foi alvo de busca e apreensão em sua residência na semana passada. Na tribuna, ele se emocionou ao contar que seu filho autista, questionou a mãe, se os policiais que cumpriam o mandado de busca e apreensão, iria atirar no pai. “Meu filho perguntou para mãe, será que a polícia vai atirar no meu pai [voz embargada]. É difícil. Mas nós vamos responder esses fatos um por um e vou voltar de cabeça erguida e falar o que está acontecendo no sindicato. Eu quero celeridade para provar minha inocência”, completou. Durante sua explicação, Paulo Henrique se disse surpreso com a operação e indignado por algumas mentiras no inquérito. “Fui acusado de atuar para liberação de alvarás para shows em troca de benefício e vantagens. Como vereador, fui procurado por promotores de shows que pretendiam a liberação de licenças e alvarás. Sempre me limitei a encaminhar tais pedidos para a pasta específica. Sem nunca ter requerido qualquer privilégio a qualquer pessoa que seja”, justificou. “Essa investigação já ultrapassa há 2 anos. O inquérito mostra que meu sigilo bancário foi quebrado. E não tenho nenhum depósito ilícito e nem contribuição ilegal nas minhas contas”, continuou. Ele também afirmou que a prisão de Rodrigo Leal, que foi indicado por ele para ser coordenador de cerimonial da Câmara, deverá ser respondida pelo próprio servidor, já que ele não sabia que Leal fazia após o horário de serviço. “O funcionário Rodrigo Leal é um amigo há mais de 20 anos, eu indiquei ele pro cerimonial. Não sou covarde. (…) O indicado tem que apresentar todas as certidões criminais, antecedentes criminais. A partir da hora que ele termina o seu serviço aqui, eu não sei o que ele faz”, justificou. Sobre a acusação de que teria recebido propina via Sindicato dos Agentes de Regulação e Fiscalização do Município de Cuiabá, do qual é presidente, o parlamentar negou e apontou que houve erro dos investigadores. “Outra acusação que eu teria recebido propina no sindicato que presido no valor de R$ 10.545 pagos pela empresa W.A Pereira, e como prova uma nota fiscal constante no inquérito. Isso é mentira. A empresa não pagou propina para o sindicato. Foi o sindicato que pagou a empresa por uma reforma no espaço do sindicato. Foi pago de telhas, como parte do pagamento. Eu não recebi propina, eu paguei a empresa pelo serviço que fizeram”, alegou. Após o discurso, os vereadores da oposição justificaram o pedido de investigação, dizendo que o pedido não seria uma acusação de culpabilidade, mas apenas para investigar os fatos.
Botelho diz que irá ativar guarda municipal armada para reforçar a segurança em Cuiabá
Pré-candidato a Prefeito de Cuiabá, o presidente da Assembleia Legislativa Eduardo Botelho (UB), disse que uma das propostas para a Capital, caso seja eleito será ativar a Guarda Municipal e armada. Em entrevista à Rádio Cultura na manhã desta terça-feira (11), o pré-candidato elencou a criação da guarda como prioridade no âmbito da segurança pública em Cuiabá. “Não é cabível, Várzea Grande tem, Lucas do Rio Verde tem, Rondonópolis tem e Cuiabá não tem. Vamos instituir a Guarda Municipal armada para auxiliar a segurança pública, a Polícia Militar. Vamos trabalhar fortemente com a segurança”, falou. Na ocasião ele chegou a citar uma parceria com o governador Mauro Mendes (UB) no programa Vigia Mais. “As câmeras são fundamentais para a segurança. Eu vou trabalhar com o Vigia Mais, com sistema integrado e com a Guarda Municipal”, defendeu. Segundo o govenador, as câmeras já estão à disposição da administração de Cuiabá para melhorar o monitoramento na cidade, mas os equipamentos não foram instalados por falta de interesse da gestão municipal. Botelho detalhou que inicialmente, a prioridade é fazer o trabalho com as câmeras no centro histórico de Cuiabá, local onde a segurança é vulnerável, em virtude da alta concentração de dependentes químicos da região. “De cara, vou querer fazer um trabalho ali no Centro, instalar câmeras em todos os locais para termos uma grande vigilância. Vai ser um trabalho que vamos fazer de imediato”, explicou.
TCE inaugura Berçário de Mudas e distribui mais de 1,5 mil plantas
O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), inaugurou o Berçário de Mudas na Semana do Meio Ambiente realizada. No espaço, que funcionará de forma permanente, foram distribuídas mais de mil mudas. O projeto é liderada do conselheiro-presidente, Sérgio Ricardo. Berçário de Mudas do TCE-MT, que tem mais de 600 plantas ornamentais, nativas e medicinais. Vale destacar que o órgão priorizou a reciclagem e a reutilização de materiais para produzir os vasos, como latas de tinta, pneus antigos e partes de móveis danificados.
PGR mantém parecer pela inconstitucionalidade do Transporte Zero em MT
A Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu parecer, nesta segunda-feira (10), pela inconstitucionalidade da Lei do Transporte Zero, conhecida como “Lei da Pesca”, norma de Mato Grosso que proíbe a pesca nos rios estaduais por 5 anos. Documento foi publicado nesta segunda-feira (10). Norma regulamenta a atividade pesqueira nos rios mato-grossenses e teve a constitucionalidade questionada pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) no Supremo Tribunal Federal (STF). O órgão foi instado a se manifestar após audiência de conciliação – que terminou sem acordo – realizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, relator de três Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) sobre a norma. De acordo com o procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, no documento, a Advocacia Geral da União (AGU), já concluiu, em outra ocasião, que as modificações apresentadas pelo governo de Mato Grosso não são “suficientes para sanar a inconstitucionalidade presente na legislação impugnada e nem para solucionar as graves consequências impostas aos pescadores artesanais”. Os argumentos foram ratificados pela PGR. De acordo com parecer, a Lei Estadual n. 12.434/2024 não foi capaz de sanar as irregularidades da Lei n. 12.197/2023. Paulo Gonet também aponta que o Ministério da Pesca que já havia constatado a ausência dos estudos técnicos ou de evidências científicas sobre os impactos da proibição da pesca por 5 cinco anos, voltou a afirmar que as alterações dos dispositivos da política estadual de pesca não apresentam justificativas científicas e análise de indicadores quantitativos e qualitativos de sustentabilidade. Com isso, o PGR diz que daí são extraídas as conclusões de que as modificações operadas pela Lei estadual não foram acompanhadas de estudos científicos e não afastam os efeitos da vedação contida na Lei estadual n. 12.197/2023 sobre a vida de pescadores e seus familiares, a economia local e o modo de vida específico de povos e comunidades tradicionais. “Daí são extraídas as conclusões de que as modificações operadas pela Lei estadual n. 12.434/2024 não foram acompanhadas de estudos científicos e não afastam os efeitos da vedação contida na Lei estadual n. 12.197/2023 sobre a vida de pescadores e seus familiares, a economia local e o modo de vida específico de povos e comunidades tradicionais”, escreveu o ministro Paulo Gonet.
“Não me importa se minha rejeição está maior ou menor. A eleição é lá na frente”, diz Abilio sobre pesquisa
O deputado federal e pré-candidato a prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), disse que não se preocupa por liderar a rejeição entre o eleitorado cuiabano, conforme aponta a pesquisa do MT Dados, divulgada na semana passada. O levantamento mostrou que 21% dos entrevistados não votariam de jeito nenhum em Abílio. O deputado Lúdio Cabral (PT), apareceu em segundo lugar com 17%. O presidente da Assembleia Legislativa e deputado estadual Eduardo Botelho (UB), aparece em último com apenas 5% de rejeição. Em conversa com jornalista, Abilio afirmou que está tranquilo pois não se sabe onde as pesquisas estão sendo realizadas, e que o importante não é a pré-campanha e sim o resultado lá na frente. O pré-candidato apontou ainda que a população cuiabana deseja mudança. “Está tudo tranquilo [sobre ser o mais rejeitado]. Não sei onde essas pesquisas estão sendo feitas, não me importa se vão me colocar em primeiro ou segundo, se minha rejeição estará maior ou menor. A eleição é lá na frente. Em 2020, neste mesmo período [pré-eleitoral], eu estava em quarto lugar nas pesquisas e as coisas foram diferentes nas eleições. Fazer o quê? Vamos esperar e ver”, afirmou. “A população está com um desejo de mudança. A situação principal é que o povo está de saco cheio da gestão Emanuel, é nessa linha que estamos trabalhando. A força que está aí é que ninguém quer a continuidade do Emanuel”, acrescentou. Abílio disse que não desconsidera a relevância dos demais pré-candidatos, mas afirmou ter vantagem por ser o pré-candidato com o posicionamento político mais à direita e com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Não considero ser uma pobreza de candidatos, são os nomes disponíveis. A população tem o poder de avaliar e escolher, mas a maioria é contra o que está aí. Não é só a questão da força bolsonarista, a maioria [dos eleitores] de Mato Grosso é de direita”, completou. A pesquisa MT Dados foi realizada entre os dias 28 e 31 de maio, com 1.060 entrevistas. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O número de registro junto ao TSE é MT-01200/2024.