Prefeitura cancela feriadão de Corpus Christi e Alencastro terá expediente no dia 31
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), cancelou o feriadão prolongado de Corpus Christi, celebrado na quinta-feira (30) e determinou expediente normal no Palácio do Alencastro na sexta-feira sequente. O decreto nº 10.187 foi publicado na Gazeta Municipal desta quarta-feira (22). “Fica estabelecido o horário de expediente das 08h às 12h e das 14h às 18h, nos órgãos da Administração Pública Municipal, no dia 31 de maio de 2024, Sexta-Feira”, diz o artigo 1 do decreto. No documento, Pinheiro não apontou nenhuma razão para “cancelar” o feriadão, visto que, é comum ocorrer a publicação de ponto facultativo nas sextas em feriados que caem nas quintas. “Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação”, finaliza o documento. Até o momento, o Estado não se manifestou se irá decretar ponto facultativo ou se o expediente também será normal.
CRM suspende exercício profissional do médico envolvido em duplo homicídio
O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), informou que suspendeu o exercício profissional do médico Bruno Gemilaki, denunciado de participação nos homicídios dos idosos `Pilson Pereira da Cruz, de 81, anos e Rui Luiz Bogo, de 69 anos, e das tentativas de homicídio contra Enerci Lavall, o ‘Polaco’, e o padre José Roberto Domingos, praticados em 21 de abril deste ano, em Peixoto de Azevedo (673 km de Cuiabá). A decisão foi tomada de forma unânime pelos conselheiros da autarquia, nesta terça-feira (21). Por meio de nota, o CRM explicou que a decisão foi tomada a partir da análise da conduta de Gemilaki na participação do duplo homicídio e em relação à sua omissão de socorro às vítimas. Apontou também que o envolvimento do médico no crime resulta em dano irreparável ou de difícil reparação ao prestígio da profissão. “Por unanimidade, os conselheiros aprovaram a interdição cautelar total do exercício profissional do médico por entenderem que o seu envolvimento nos crimes que ocorreram em Peixoto de Azevedo resulta em fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ao prestígio e bom conceito da profissão médica, circunstância que autoriza a aplicação da interdição cautelar, conforme prevê o art.. 30 do Código de Processo Ético-Profissional. A análise do caso por parte dos conselheiros observou tanto a ação de Bruno, apontado pelo Ministério Público como um dos autores dos crimes, quanto sua omissão ao não prestar socorro às vítimas”, diz trecho do pronunciamento. A suspensão do exercício profissional de Gemilaki passará a valer imediatamente depois que o Conselho Federal de Medicina referendar a decisão da autarquia mato-grossense. Entenda o caso Bruno Gemilaki foi até a casa de Enerci Lavall acompanhado da mãe, Inês Gemilaki, e do irmão de seu padrasto, Eder Gonçalves, na tarde de 21 de abril. Lá, Inês atirou diversas vezes e acabou matando Rui Luiz Bogo e Pilson Pereira da Cruz. A família, que era inquilina de Enerci Lavall, alega que estava sendo ameaçada por ele por terem deixado avarias e um aluguel atrasado no imóvel onde o crime ocorreu. O caso foi levado à Justiça por Enerci e pela esposa dele, Raquel Soares, mas a decisão foi favorável aos Gemilaki. No entanto, as cobranças teriam prosseguido até culminarem no crime.
Dom Aquino Corrêa
GONÇALO ANTUNES DE BARROS NETO Dom Francisco de Aquino Corrêa (1885-1956) é uma figura marcante na história religiosa, cultural e política do Brasil e, em especial, de Mato Grosso. Nascido em Cuiabá, Dom Aquino Corrêa se destacou como um líder multifacetado, atuando como arcebispo, poeta, educador e político. Sua trajetória é um testemunho do impacto profundo que uma vida dedicada ao serviço, à cultura e à educação pode ter na sociedade. Nascido em 2 de abril de 1885, Dom Aquino Corrêa (a ABL e a FGV grafam “Correia”) mostrou desde cedo uma inclinação para os estudos e a espiritualidade. Ingressou no Seminário Episcopal de Cuiabá, onde se destacou pela sua inteligência e dedicação. Posteriormente, continuou seus estudos no Seminário de São José, no Rio de Janeiro, e foi ordenado sacerdote em 1908. Dom Aquino Corrêa foi nomeado bispo de Cuiabá em 1914/1915, aos 29 anos, tornando-se um dos mais jovens bispos da história do Brasil. Em 1917, com a elevação da Diocese de Cuiabá a arquidiocese, tornou-se seu primeiro arcebispo. Sua liderança na arquidiocese foi marcada por um forte compromisso com a educação e o desenvolvimento social. Ele fundou escolas, incentivou a formação de professores e promoveu a construção de igrejas e instituições de caridade. Sua visão de uma igreja ativa e comprometida com o bem-estar social transformou a vida de muitas comunidades. Além de seu trabalho religioso, Dom Aquino Corrêa era um intelectual e poeta respeitado. Membro da Academia Brasileira de Letras desde 1927, ocupou a cadeira n.º 34, também consagrado presidente de honra da augusta Academia de Letras de Mato Grosso. Sua obra literária é rica e diversificada, abrangendo poesias, ensaios e discursos. Seus escritos refletem uma profunda sensibilidade estética e um compromisso com a cultura brasileira. Dom Aquino Corrêa também desempenhou fundamental papel na preservação e promoção da cultura mato-grossense. Ele foi um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, contribuindo significativamente para o registro e estudo da história regional. A atuação desse exímio orador sacro não se limitou à igreja e à cultura. Ele também teve uma breve, mas significativa, carreira política. Em 1917, foi eleito governador de Mato Grosso, então com 32 anos. Sua gestão foi marcada por esforços para modernizar a Administração Pública e promover o desenvolvimento econômico e social do estado. Seu mandato terminou em 1922. Dom Aquino Corrêa faleceu em 22 de março de 1956, deixando um legado em várias áreas. Sua dedicação à educação resultou na fundação de várias instituições de ensino que continuam a influenciar gerações. Sua obra literária permanece um tesouro da literatura brasileira, celebrando a beleza e a diversidade da cultura nacional. Além disso, sua atuação política e social ajudou a moldar o desenvolvimento de Mato Grosso. O histórico de Dom Aquino Corrêa também é evidenciado pelo reconhecimento público e institucional de sua vida e obra. Seu nome foi dado a várias instituições, ruas e praças em Mato Grosso, e em outras partes do Brasil, perpetuando sua memória e seu impacto na sociedade. A Arquidiocese de Cuiabá continua a honrar seu primeiro arcebispo, refletindo seus valores de dedicação e serviço à comunidade. É dele: “Oh! como o bravo envolto na bandeira,/Contigo hei de morrer, minha batina,/Ó minha heroica e santa companheira!” (“À minha batina”). É por aí… GONÇALO ANTUNES DE BARROS NETO – tem formação em Filosofia, Sociologia e Direito.
Mês da Enfermagem: celebrando os direitos da maior força de trabalho do SUS
DAOUD ABDALLAH Juntos eles somam um exército de 3,0 milhão de profissionais (COFEN, 2024), que estão em todos os municípios do Brasil e estão na linha de frente do cuidado. São eles, muitas vezes, os primeiros a receber a população nas unidades de Saúde, eles que proporcionam cuidados, ministram medicação e tem o contato mais intenso com pacientes. O dia 20 de maio celebra os técnicos e auxiliares de Enfermagem, categorias de nível médio que constituem 80% das equipes de Enfermagem no Brasil. Neste dia especial celebramos unidos esta data, homenageando aqueles que mantêm de pé o sistema de Saúde, e tantas vezes são negligenciados pelas políticas públicas e inviabilizados pela sociedade. Seus esforços salvam vidas. Diante de inúmeros desafios que se abrem à frente, o profissional da enfermagem revisa registros médicos, administra e prescreve medicamentos, realiza tratamentos, monitora sinais vitais, coordena o atendimento, lida com emergências, oferece suporte emocional aos pacientes e suas famílias, entre muitas outras atribuições. São, principalmente, estes profissionais que se movem pelos corredores das unidades de saúde levando esperança e vida. E os pacientes incontáveis vezes se agarram a esse cuidado para uma efetiva melhora em busca da cura. Se você não foi um desses pacientes, provavelmente, você já acompanhou alguém que necessitou dos cuidados destes profissionais da saúde. E não precisa ser um observador atento para perceber que, além de uma carga de trabalho excessiva, por vezes, eles ainda se deparam com falta de estrutura, pouca ou nenhuma segurança e se encontram sujeitos à violência no local de trabalho, à exposição a patógenos e falta de equipamentos de proteção adequados. É preciso reconhecer que, sim, ainda há muito caminho a ser percorrido para que enfermeiros, técnicos e auxiliares sejam vistos e reconhecidos pelos legisladores e pela sociedade. Mas é preciso celebrar, também, os avanços. E eles foram muitos desde que a enfermagem foi regulamentada em nosso país pela Lei n° 7.498/1986. Destaco aqui, principalmente, as conquistas na área acadêmica, com os cursos de graduação e pós-graduação. Isso permitiu que os profissionais pudessem se especializar em diversas áreas como a pediatria, obstetrícia e aprofundar seus conhecimentos. Outro direito garantido da categoria foi a aprovação da Lei nº 14.434/22, que fixa o piso dos enfermeiros em R$ 4.750, de técnicos em R$ 3.325 e o de auxiliares e parteiras em R$ 2.375. A luta segue pela implementação ampla do piso no setor privado e, além disso, pela aprovação da Emenda à Constituição n. 19/2024 que vincula o piso da Enfermagem a uma jornada máxima de 30 horas semanais de trabalho. A PEC altera o § 12 do art. 198 da Constituição Federal, para determinar que o piso da Enfermagem deve ser fixado com base em uma jornada máxima de trabalho de 30 horas semanais. Mais recentemente, também, destaco uma proposta apresentada pela senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) do PL nº 2390/2022, que foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O projeto prevê aumento de pena para os crimes de lesão corporal, contra a honra, de ameaça e de desacato, quando cometidos contra profissional da área de atenção à saúde, no exercício de sua profissão ou em decorrência dela. Segue tramitando e, se aprovado, será mais uma boa conquista para os profissionais. Ao longo deste mês da Enfermagem, estive junto aos meus colegas enfermeiros, técnicos e auxiliares na 11ª Semana da Enfermagem promovida pelo Coren-MT. Liderado, atualmente, pela presidente, enfermeira Bruna Santiago, pude perceber o quanto a categoria segue evoluindo na organização pela luta de seus direitos e para que sejam reconhecidos à altura da importância que exercem na defesa e busca da saúde. Além de muito orgulho e admiração, reforcei o meu compromisso como aliado da Enfermagem nas lutas que são urgentes e que ainda precisam ser resolvidas para encerrar a desvalorização que ainda atinge boa parte da categoria. Celebremos, mas sem esquecer do que há por vir. A semana da Enfermagem reforça que, além de aplausos, os profissionais da maior FT do SUS no Brasil merecem mais dignidade, reconhecimento e protagonismo através de investimentos, melhores condições de trabalho, valorização, educação e desenvolvimento profissional. Contem comigo! DAOUD ABDALLAH é médico, especialista em saúde do trabalhador e um grande defensor do SUS. Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias Cuiabá Notícias
Cavalo Caramelo no telhado
LICIO ANTONIO MALHEIROS A catástrofe natural que assolou o estado do Rio Grande do Sul, tocou profundamente em nossos corações, de Norte a Sul de Leste a Oeste. Infelizmente, o Rio Grande do Sul foi atingido pela maior tragédia climática da história do estado, com mais de 90% das cidades atingidas e impactadas pelas chuvas torrenciais, ocasionando enchentes e deslizamentos de terra. Esta tragédia natural segundo balanço da Defesa Civil, até o momento foram contabilizadas 157 mortes em função das fortes chuvas e enchentes, além, de 88 pessoas desaparecidas, mais de 581 mil desalojadas e aproximadamente 76 mil em abrigos. Essa tragédia climática causou impactos severos em 463 dos 497 municípios gaúchos, afetando diretamente mais de dois milhões de pessoas. O meu introito neste artigo, tornou-se bastante prolixo, em função da magnitude e importância do tema. Vidas humanas. Os poderes constituídos (leia-se: Federal, Estadual e Municipal), entraram nessa batalha para ajudar nossos irmãos do Sul de forma tímida, porém, entraram também. Com relação aos nossos governantes na esfera Federal, vejo como ponto dissonante; uma situação que aconteceu através da manifestação por parte de uma pessoa influente dentro do governo, em que a mesma, deveria estar mais preocupada com nossos irmãos do Sul. Reporto-me, a primeira-dama Janja Lula Silva, tomada por altruísmo exacerbado, se emociona ao ver o resgate do cavalo que estava preso no telhado de uma casa cercada pela água, o animal foi chamado de Caramelo. A mesma chega a chorar de tanta emoção, com o salvamento do animal; nada contra, até porque é uma vida. Ela, vai além ao dizer “Conseguimos salvar mais uma vida. É isso, gente. Força, Rio Grande do Sul”. Assim pronunciou a primeira-dama Janja. Porém, ela poderia também guardar um pouco das suas lágrimas, para chorar pelos 157 mortos, pelas 88 pessoas desaparecidas, pelos mais de 581 mil desalojadas e pelos aproximadamente 76 mil alojados em abrigos. O animal, chamado de Caramelo, foi salvo por uma equipe do Corpo de Bombeiros de São Paulo após mobilização em redes sociais. Parabéns ao Corpo de Bombeiros. Outro, que não perdeu a chance dos holofotes para pronunciar-se foi o youtuber Felipe Neto, que, em um momento de complacência e altruísmo exacerbado, foi às redes sociais se prontificar a adotar o cavalo Caramelo. Quanta hipocrisia, o mesmo apareceu quase chorando fazendo “caras e bocas”, mostrando sensibilidade à flor da pele, um verdadeiro artista. Porém, felizmente não foi dada a adoção do animal para ninguém, segundo informações, decidiram que o cavalo Caramelo, permanecerá no Rio Grande do Sul como símbolo do estado; sabia decisão. Nobre youtuber Felipe Neto, não se preocupe, assim que as águas baixarem e às cidades iniciarem suas reconstruções, por certo, muitas crianças que perderam seus pais. Em alguns casos específicos, perderam todos os seus entes queridos; estas crianças por certo estrão necessitando de acolhimento e adoção, aí o senhor poderá mostrar que realmente está preocupado com o próximo. LICIO ANTONIO MALHEIROS é professor e geógrafo. Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias Cuiabá Notícias
Mandante é condenada a 20 anos de reclusão pela morte de ex-colega
Após quase 17 anos da morte de Vilmara de Paulo, ex-funcionária do Cartório do 1° Ofício de Pontes e Lacerda (a 444km de distância de Cuiabá), a filha do então proprietário da serventia foi condenada a 20 anos de reclusão pelo crime. A ré Silvana Souza Freitas Gonçalves foi julgada na terça-feira (21) pelo Tribunal do Júri de Cuiabá, em razão do desaforamento do processo. A promotora de Justiça Marcelle Rodrigues da Costa e Faria sustentou a tese de condenação nos termos da decisão de pronúncia (homicídio qualificado por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima) e o Conselho de Sentença reconheceu a culpabilidade da acusada como mandante do crime. O cumprimento da pena será em regime fechado. O Ministério Público de Mato Grosso denunciou sete pessoas pelo homicídio, entre elas Silvana, o pai Marcelo Rodrigues de Freitas e o irmão Elmisson Souza Freitas. O processo foi desmembrado em relação a esses três réus. Como os dois homens já faleceram, apenas a mulher foi julgada. De acordo com a denúncia, o crime aconteceu em 2007, na região central de Pontes e Lacerda. Márcio da Cruz Pinho efetuou disparos de arma de fogo contra Vilmara de Paulo, ao passo que Rogério Miranda das Virgens, Valdeci Celestino Viana, Silvana Souza Freitas Gonçalves, Marcelo Rodrigues de Freitas, Elmisson Souza Freitas e Aurindo Soares da Silva “concorreram de forma determinante” para essa prática. Conforme apurado durante as investigações, Vilmara trabalhou como funcionária do cartório em que era tabelião o réu Marcelo (falecido), de outubro de 1989 a março de 2005. Ela era colega de Silvana Gonçalves, tabeliã e oficial substituta. Após ser demitida, ingressou com ação trabalhista pleiteando o recebimento de verbas laborais não adimplidas e indenização por danos morais, totalizando o valor de R$ 871.809,16. Além disso, Vilmara teria conhecimento de diversas irregularidades envolvendo as atividades da serventia. Assim, Marcelo e os filhos teriam decidido matá-la. A família acertou com o policial militar e corréu Valdeci Celestino Viana a prática do crime, que contratou o corréu Aurindo Soares da Silva para a execução. Aurindo desistiu da missão e Valdeci então contratou Márcio da Cruz Pinho, que foi auxiliado pelo mototaxista Rogério Miranda das Virgens. Os réus Márcio da Cruz Pinho e Aurindo Soares da Silva foram julgados anteriormente também em Cuiabá, e condenados, respectivamente, a 19 anos e seis meses de reclusão e 21 anos e seis meses de prisão.
AL aprova corte de incentivos fiscais para empresas ligadas à moratória da soja
Com apenas uma abstenção, a Assembleia Legislativa (ALMT) aprovou em primeira votação o projeto de Lei que retira as empresas inseridas no acordo da moratória da soja do programa de incentivos fiscais do Estado de Mato Grosso. A proposta foi apresentada pelo deputado estadual Gilberto Cattani (PL). Antes da votação, Carlos Avallone (PSDB) propôs um acordo para que se votasse em primeira e depois aguardasse o debate que o governo Mauro Mendes (UB), fará com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), que implementaram a moratória em 2008. Para os defensores do projeto de Lei, a moratória favoreceria apenas a Europa, que teria interesse em dificultar a agricultura mato-grossense no mercado mundial. Na prática, a moratória da soja proíbe a compra de soja produzida em áreas do bioma Amazônia que tenham sido desmatadas após julho de 2008, mesmo que de forma legal. No entanto, produtores alegam prejuízos, já que empresas bloqueiam a aquisição de grãos produzidos nessas áreas.
Cuiabá enfrenta o Goiás pela Copa do Brasil nesta quinta-feira
O Cuiabá entra em campo nesta quinta-feira (22), acontra o Goiás pela na Copa do Brasil. Depois de perder no primeiro duelo, somente a vitória interessa ao Dourado. A classificação diante do Goiás além de manter o time na competição, significaria espantar fantasmas que assombram o time auriverde. Em 15 participações no torneio nacional, o Cuiabá disputou a terceira fase três vezes. Em todas, foi eliminado em plena Arena Pantanal. Na temporada 2017, caiu justamente para o adversário deste ano. O Goiás goleou por 4 a 0 no jogo de ida e segurou um empate em 1 a 1 na volta para desclassificar o Dourado. Em 2018, eliminação em casa para o Náutico. A última vez em que alcançou a terceira fase foi em 2022, quando caiu para o Atlético-GO nos pênaltis. O mais longe que o Cuiabá chegou na Copa do Brasil foi em 2020, ano em que pulou etapas. Graças ao título da Copa Verde de 2019, estreou logo nas oitavas de final. Passou pelo Botafogo, mas parou no Grêmio já nas quartas. Invicto desde a estreia do técnico Petit, o Cuiabá tenta ampliar a boa fase. A equipe terá uma semana completa para treinar e descansar até reencontrar o Goiás nesta quinta-feira. O duelo será disputado a partir das 18h30 (de MT), na Arena Pantanal. Com a derrota por 1 a 0 na ida, o Dourado precisa vencer por dois ou mais gols de vantagem para se classificar. Em caso de empate no placar agregado, a decisão vai para os pênaltis.
Neurilan Fraga e José Domingos vão disputar eleições municipais neste ano
O ex-presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) Neurilan Fraga (PRD) e os ex-deputado estadual José Domingos Fraga (UB), estão prontos para retornarem o cenário político neste ano e disputarão duas prefeituras em Mato Grosso. Neurilan tentará a cadeira do Executivo na cidade de Nortelândia e Zé Domingos concorrerá em Nobres. Os irmãos, nas duas disputas, terão o apoio do governador Mauro Mendes (UB) e do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (UB). O retorno de Neurilan para a disputa eleitoral ocorre após ele ter perdido o comando da AMM no ano passado, após ficar à frente da entidade de 2015 a 2023.
Cattani derruba honrarias concedidas pela AL aos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino
Por maioria, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) anulou nesta quarta-feira (22) o ato que concedeu os títulos de Cidadão Mato-grossense aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e Flávio Dino. O presidente da comissão, deputado Gilberto Cattani, se queixou das honrarias concedidas e pediu em plenário o cancelamento. No entanto, foi aconselhado pelo deputado Eduardo Botelho (União) a levar a questão novamente à comissão. A proposta de homenagem partiu do deputado estadual Valdir Barranco (PT) e teve parecer favorável da Comissão de Direitos Humanos, dado por Max Russi (PSB). Cattani, no entanto, alegou que as homenagens foram aprovadas “de forma irregular” em uma reunião extraordinária, que contou apenas com votos de parlamentares suplentes da comissão, como o próprio autor Barranco. Cattani é o presidente da comissão e além dele são titulares os deputados Max Russi, Thiago Silva (MDB) e Lúdio Cabral (PT). Como suplentes estão os deputados Dr. Eugênio (PSB), Juca do Guaraná (MDB), Valdir Barranco, Diego Guimarães (Republicanos) e Ondanir Bortolini – Nininho (PSD). Ao tomar conhecimento por meio da imprensa da aprovação e da publicação dos títulos de cidadão aos ministros no Diário Oficial, Cattani protocolou dois projetos de resolução para revogar o ato que concedeu as honrarias aos dois ministros. “Tomei conhecimento desses dois títulos de cidadania pela imprensa e como não passou pelo rito correto e pelo crivo da comissão como deveria, solicitamos a sua anulação. Não estamos cerceando o direito de nenhum dos deputados de homenagear quem quer que seja, mas precisamos fazer da maneira correta”, explicou Cattani. Depois de ter se manifestado contra a concessão dos títulos, em sessão desta terça-feira (21), Cattani conversou com o deputado Eduardo Botelho, que o aconselhou a levar a questão novamente à comissão. “Eu fiz uma sugestão pro deputado Cattani. Como é uma decisão que não passa no plenário, só ficou na comissão, eu liguei para ele, pedi para ele para que coloque novamente essa proposta que ele quer na comissão e ela decida, porque ali os deputados aprovaram. […] Isso não é assunto para ele levar para o plenário e ele disse que vai seguir essa orientação”, disse o presidente da AL em entrevista na manhã de hoje (22). Colocado em pauta de forma urgente na comissão, os projetos de resolução foram aprovados por maioria, anulando assim o ato que concedeu os títulos de cidadão mato-grossense. A proposta de conceder os títulos de cidadão mato-grossense aos dois ministros do STF, do deputado petista Barranco, tem como justificativa os “relevantes trabalhos de ambos prestados ao Estado de Mato Grosso”. Ao comentar a anulação o deputado Max Russi não viu problema no ato, reconhecendo que os ritos da Assembleia devem ser seguidos. “O presidente da comissão parece que fez uma reunião agora à tarde, eu não participei. Esse é o papel da Assembleia, se teve algum vício, algo que não fosse permitido, que fosse feita a entrega de forma incorreta… é aceitar o processo legislativo e os deputados terão outro momento para apresentar de forma correta, passando pelo plenário e acabando com essa polêmica”. Também disse que é normal esta divergência de visões e posicionamentos políticos e que o parlamento “não pode ser composto só de direita, centro ou esquerda, muito pelo contrário, o parlamento estadual é a representação da população mato-grossense, tem que representar o cidadão mato-grossense, todos”.