TCE-MT monta posto de coleta para envio de doações ao RS

O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) abre, nesta terça-feira (7), posto de coleta de doações para serem encaminhadas ao Rio Grande do Sul, que enfrenta uma das maiores tragédias naturais da  história do país. O presidente do TCE-MT, conselheiro Sérgio Ricardo, pede a mobilização dos servidores da instituição para doarem água mineral, alimentos não perecíveis, roupas e materiais de limpeza. “Montamos o SOS Rio Grande do Sul no TCE-MT. É hora de ajudar os irmãos gaúchos, nesse momento de tragédia que atinge milhares de famílias. Por isso, peço aos amigos servidores e colaboradores que participem dessa campanha de amor ao próximo. Juntos, vamos fazer a diferença”, afirmou. As doações podem ser entregues das 8h às 18h, na recepção do TCE-MT. O Governo do Estado do Rio Grande do Sul também abriu um canal oficial para angariar doações. As doações podem ser realizadas na conta SOS Rio Grande do Sul, chave PIX (CNPJ: 92.958.800/0001-38), vinculada à conta bancária criada pelo Banrisul.

Valor da saca de soja dispara em Mato Grosso após inundações nas plantações no Rio Grande do Sul

Os desastres climáticos que atingiram o Rio Grande do Sul começaram a causar impacto na agricultura, principalmente na cultura da soja. Em Mato Grosso, o valor da saca do grão disparou, em Rondonópolis (a 225 km de Cuiabá), chegou a atingir R$ 116,50 na segunda-feira (6). Um dos motivos da alta se deve às lavouras da região do Rio Grande do Sul que foram destruídas com as enchentes que afetam o estado desde a semana passada. O Rio Grande do Sul, é o segundo maior produtor de soja do país, atrás somente de Mato Grosso. O preço da saca de 60 kg girou entre R$ 114,30 e R$ 116,50. A média mato-grossense ficou na cotação de R$ 110,88, sendo um aumento de 1,22%. Outro motivo do aumento no preço da saca se deve à valorização do farelo. Ainda conforme os dados do Imea, divulgados nesta semana, Mato Grosso deve produzir nesta safra 2023/24 cerca de 39,05 milhões de toneladas. Para a mesma safra, a produção prevista para o Rio Grande do Sul era de 22,24 milhões de toneladas. Devido às enchentes, o estado pode ter uma quebra de até 15% na produção.

Semob informa que o período educativo de fiscalização eletrônica na Avenida Miguel Sutil foi encerrado

A Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) informa que, a partir desta segunda-feira (6), motoristas e condutores devem ficar atentos à fiscalização eletrônica na Avenida Miguel Sutil, próximo ao supermercado Fort Atacadista e à Escola do Farina encerrou. O perído educativo durou 30 dias e foi encerrado em 5 de maio. A partir desta segunda-feira (6) àqueles que não respeitarem os limites de velocidade estabelecidos, que é de 60 km, serão multados, e por isso, os cidadãos devem ficar atentos. A Miguel Sutil é uma das mais antigas e extensas vias de Cuiabá, também conhecida como Perimetral. A medida visa à segurança viária do trecho considerado crítico devido à alta rotatividade de veículos, pedestres e à imensa complexidade de polos geradores de tráfego (PGT). Os valores devem variar de acordo com a categoria, podendo ser de infração média (R$ 130,16) a gravíssima (R$ 880,41). Por isso, é importante que todos fiquem atentos. A sinalização eletrônica faz parte do cumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público de Mato Grosso e a Prefeitura de Cuiabá, que visa, entre outras medidas, o aumento da fiscalização eletrônica e, consequentemente, a segurança da população e a diminuição de acidentes em algumas vias de Cuiabá, especialmente na Miguel Sutil. No total, Cuiabá conta atualmente com 51 pontos de equipamentos de fiscalização eletrônica na cidade, todos devidamente sinalizados horizontalmente e verticalmente e aferidos pelo Inmetro, conforme determina a legislação.

Operação La Catedral cumpre 132 ordens judiciais contra associação criminosa formada por presos em cadeia pública de MT

A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Primavera do Leste, deflagrou nesta terça-feira (7), a Operação La Catedral para cumprir 132 ordens judiciais, entre prisões preventivas, buscas e apreensões, bloqueios de contas bancárias, além de sequestro de bens móveis e imóveis dos investigados. A investigação apura os crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de capitais e facilitação de saída de pessoa presa para atividades ilegais. Os mandados são cumpridos em cidades de quatro estados: Primavera do Leste, Paranatinga e Dom Aquino (MT); Uberlândia (MG); Rio Verde (GO) e Santana do Araguaia (PA). A investigação, de quase um ano, reuniu diversas informações produzidas a partir de relatórios financeiros e investigativos, identificou atividades ilegais envolvendo pessoas presas e o diretor da cadeia pública de Primavera do Leste. A Polícia Civil apurou a existência de uma associação criminosa que se formou para comprar facilidades e movimentar dinheiro obtido ilegalmente e promover a lavagem de capitais por meio de empresas de construções e, ainda, ofertar vantagens ilícitas a servidores públicos. Para legitimar os valores recebidos, os investigados utilizaram terceiros e também de pessoas jurídicas para movimentar os valores ilícitos. Houve ainda a aquisição de veículos e imóveis para dar aparência de legalidade ao dinheiro. O líder do esquema criminoso, Janderson Lopes, foi alvo de mandados de prisão preventiva, busca e apreenssão, bloqueio de valores e sequestro de bens. Já o diretor da cadeia pública de Primavera do Leste foi alvo de busca e apreensão, bloqueio de bens e afastamento do cargo.  Patrimônio  Um dos principais alvos da investigação é Janderson dos Santos Lopes, de 30 anos, detido em regime fechado na unidade prisional de Primavera do Leste, após ser condenado a 39 anos de reclusão. Apesar de recluso, a Polícia Civil identificou que ele tinha total liberdade para continuar com suas atividades criminosas lideradas a partir da cadeia pública. Janderson foi alvo de duas operações anteriores da Polícia Civil – Três Estados e Red Money – que investigaram os crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ele e a esposa tiveram os tiveram os bens confiscados e arrestados nas operações. Porém, após pouco mais de um ano de sua transferência para a cadeia de Primavera do Leste, Janderson adquiriu um considerável patrimônio, incluindo a abertura de empresas, compra de uma frota de caminhões com reboques e semirreboques; imóveis em Cuiabá, Primavera do Leste e Poxoréu; e veículos de luxo para ele e para sua esposa, que também foi presa. Além disso, ele ostenta em rede social uma vida de alto padrão, compartilhando imagens de seus caminhões, carros, construções imobiliárias e também de gado bovino, como se fosse um cidadão livre. A equipe de investigação apurou que o criminoso tinha autorização judicial para trabalhar externamente e frequentar a faculdade em Primavera do Leste. No entanto, no período de investigação, a equipe policial constatou que ele não compareceu ao trabalho e nem às aulas do curso. No ano passado, a Delegacia Regional de Primavera do Leste instaurou investigação para apurar supostas irregularidades na cadeia pública local, conforme apontada em correição realizada pelo Tribunal de Justiça em 2022. No inquérito, foi relatada a existência de um esquema de corrupção na venda de benefícios dentro da unidade prisional que incluíam, principalmente, a autorização de trabalho externo e alojamento privilegiado na cadeia. Entre os pagamentos de propinas para o diretor da cadeia pública foi apurado que Janderson Lopes teria transferido R$ 20 mil, por intermédio de outras pessoas, para conseguir trabalho externo. Além dele, outros presos também teriam feito pagamentos para o trabalho extramuros. Movimentação financeira Dados analisados do relatório de inteligência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) demonstraram transações realizadas entre os próprios investigados, corroborando, assim, os vínculos típicos de associação criminosa. Entre fevereiro de 2022 e novembro do ano passado foram feitas movimentações bancárias em valores que vão de 485 mil a 24 milhões de reais. Além das transações entre si, os investigados também receberam créditos e efetuaram depósitos em contas bancárias de presos ou familiares de presos. “Esses relatórios evidenciam uma atividade típica de movimentação financeira associada à lavagem de capitais, uma vez que pessoas sem qualquer tipo de vínculo, seja pessoal, profissional ou geográfico, realizaram transferências bancárias em quantias significativas”, pontuaram os delegados Honório Neto e Rodolpho Bandeira, da Derf de Primavera do Leste. Nome da operação Faz referência à La Catedral, prisão onde ficou o narcotraficante Pablo Escobar, na Colômbia. A unidade era vigiada pelos próprios homens de confiança do traficante, que fez do local uma extensão de seus negócios ilícitos e da prisão continuava comandando o tráfico de drogas e outras ações violentas, até ser extraditado para os Estados Unidos. A prisão contava com regalias, como salas de jogos, academia e campo de futebol. Em La Catedral, Escobar realizava festas marcadas com bebidas, drogas e mulheres. O cumprimento das ordens judiciais conta com efetivo operacional das unidades da Regional de Primavera do Leste, da Diretoria Metropolitana e Diretoria de Atividades Especiais da Polícia Civil.