Lúdio planeja encontro com Procurador Mauro por aliança para Prefeitura

O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) afirmou que quer se encontrar com o Procurador Mauro (Psol) para pedir apoio a sua pré-candidatura a prefeito de Cuiabá. Candidato a um cargo eletivo nas últimas nove eleições, o Procurador Mauro não irá disputar o pleito neste ano. O motivo seria a possível aliança entre o Psol e a federação, enfraquecendo seu nome na disputa. Apesar do recuo do eterno candidato, Lúdio afirmou que quer trazê-lo para seu projeto. “A nossa direção municipal tem conversado bastante com a direção municipal do Psol e a minha vontade é me encontrar pessoalmente com o Procurador Mauro para pedir apoio a nossa pré-candidatura, para o nosso projeto. Espero que ele nos ajude a construir um projeto de mudança para melhor em Cuiabá”, afirmou à rádio Capital nesta quinta-feira.

TAC determina demolição de construções dentro do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães

O Ministério Público Federal (MPF) editou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), com uma pessoa  identificada como Sandra Helena Amorim, determinando a demolição de três edificações construídas no interior do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães (a 65 km de Cuiabá). Informação foi publicada nesta quinta-feira (25), no diário oficial do órgão. Segundo o MPF, os imóveis estão implicando no desenvolvimento da vegetação nativa, impedindo a regeneração natural de 0,17 hectares. Na ação, Sandra Helena Amorim é responsável pelas construções. Sandra foi representada por seus advogados, na elaboração do TAC e se comprometeu a desfazer as edificações. Além disso, a mulher irá pagar multa de R$ 2.026,02. O valor é considerado o montante mínimo em casos dessa natureza. O total será revertido ao Fundo de Direito Difusos (FDD).  Em seis meses, o MPF vai enviar servidores ao local para fiscalizar a área e garantir que as exigências foram obedecidas. Veja publicação na íntegra: “EXTRATO DE TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA. Inquérito Civil nº 1.20.001.000010/2024-72. REFERENTE à construção de três edificações no interior do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, que impediu a regeneração natural de 0,17 hectare de vegetação nativa. PARTES: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, representado pelo Procurador da República Dr. Gabriel Infante Magalhães Martins, como compromitente; e SANDRA HELENA AMORIM, representada neste ato pelo advogado PLINIO ALEXANDRE AMORIM MARQUES, como compromissária. OBJETO: Realizar acordo entre as partes, juntar e homologar nos autos do Inquérito Civil nº 1.20.001.000010/2024-72. A compromissária se compromete a: 1 – Promover a demolição integral das construções, com posterior realização de Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas ou Alteradas – PRAD, visando à recuperação da vegetação nativa, que deverá ser submetido ao órgão competente para análise e fiscalização, no prazo de 6 (seis) meses, a partir da homologação deste TAC. 2 – Recolher o valor de R$2.026,02 (dois mil e vinte e seis reais e dois centavos), a título de indenização ambiental, correspondente ao montante mínimo necessário para recomposição da área de vegetação suprimida, devendo tal montante ser revertido ao Fundo de Direito Difusos (FDD), previsto no art. 13 da Lei 7.347/85, por meio de Guia de Recolhimento da União – GRU. ASSINAM: Sandra Helena Santana Amorim (compromissária), Plinio Alexandre Amorim Marques (advogado) e Gabriel Infante Magalhães Martins (Procurador da República). DATA DA ASSINATURA: 22/03/2024. GABRIEL INFANTE MAGALHÃES MARTINS Procurador da República”.

Técnicas de adubação podem impulsionar em cerca de 30% estoque de carbono em pastagens

O investimento em correção do solo e adubação é considerado uma das ferramentas mais eficientes para recuperar áreas de pastagem. Estudos mostram que tal ação pode, inclusive, elevar em cerca de 30% o sequestro e fixação de carbono no solo. Este é um dos resultados obtidos pelo programa Pasto Forte desenvolvido em três propriedades rurais em Mato Grosso, situadas dentro dos biomas Cerrado, Pantanal e Amazônico. O estudo sobre degradação de pastagem, realizado ao longo de três anos, foi desenvolvido pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), com foco na fertilidade do solo e na sustentabilidade. De acordo com o zootecnista da entidade e responsável pela pesquisa, Thiago Trento, foi observado que em áreas nas quais nenhum tipo de investimento foi realizado, e sim apenas respeitado o manejo de pasto, ou seja, a altura do pastejo, se conseguiu um aumento de estoque de carbono de aproximadamente 11%. “E nas áreas onde nós investimentos em adubação esse aumento no estoque de carbono foi de 30%. Por que foi maior? Porque proporcionamos às plantas melhores condições para que elas produzissem mais, produzissem mais folha e realizasse uma fotossíntese maior e, consequentemente, estoque de carbono no solo”, conta o zootecnista no episódio desta semana do MT Sustentável. Aumento no desempenho animal Como metodologia de estudo o zootecnista da Fundação MT explica que, através de análise de solo, foram identificadas as áreas que necessitavam maior ou menor investimento em adubação. Por fim, o acompanhamento da produtividade nas áreas estudadas. Conforme Thiago Trento, nas fazendas estudadas houve aumento no desempenho animal, gerando uma maior rentabilidade, uma vez que ocorre um giro maior na propriedade. “Pensando em questões ambientais, há uma menor emissão de metano, porque esses animais vão sair da fazenda mais cedo e, consequentemente, observamos uma maior taxa de lotação, uma vez que produzimos mais forragem. Então, tivemos que alocar mais animais nessas áreas para consumir essa forragem produzida. E, quando nós fazemos a conta de ganho individual vezes ganho por área, tivemos uma maior produtividade de arrobas produzidas, que é o que paga a conta do pecuarista”. Além dos resultados de retorno econômico ao pecuarista, também foram observados ganhos para a sociedade, segundo o head de pesquisas e operações da Fundação MT, Bruno de Conti. “Então, para o produtor a primeira e resposta mais importante é esta: É possível ter retorno econômico. E, para a sociedade é que foi possível fazer isso de uma forma ambientalmente mais correta, tendo sequestro de carbono no solo e estoque desse carbono no solo, num período muito menor do que imaginávamos que fosse possível”. Saída da zona de conforto Uma das propriedades analisadas foi a Fazenda Monte Alegre, distante 26 quilômetros de Rondonópolis, na região sudeste de Mato Grosso. Na área de 1.040 hectares dedicada para a pecuária, são 1,8 mil cabeças de gado, das quais 80% da raça Nelore. Proprietário da fazenda, Ricardo Lima Carvalho conta que o projeto de pesquisa realizado na propriedade dele o obrigou a sair da zona de conforto e que ao analisar os resultados vê que valeu a pena. “Hoje, eu vejo que tudo foi uma coisa que me levou para frente. Aumentou o meu número de cabeças na fazenda, estou com a produção de arroba por hectare maior. Então, está me levando para um lado mais sustentável. Mais produção com menos terra. Isso tudo é favorável para que eu faça melhor”, conta o pecuarista ao MT Sustentável. Canal Rural MT

Ana Maria Braga e tutor do cão Joca choram ao falar da morte do animal por falha em transporte aéreo

Ana Maria Braga abordou a morte do cachorro Joca, que faleceu na segunda-feira (22) por uma falha operacional da Gollog, um braço da companhia aérea Gol. No Mais Você desta quinta-feira (25), a apresentadora leu a homenagem feita pelo tutor do cão nas redes sociais e se emocionou ao conversar ao vivo com João Fantazzini. “A gente sabe o que é a companhia de um amigo. Eu chamo de filho”, disse Ana Maria, emocionada. “Eu falei que não ia chorar porque acho que transcendeu do que estou sentido. Porque sempre foi eu e ele. Comprei o Joca porque sempre fui sozinho e sonhava em ter um Golden”, contou o tutor. O pet deveria ter sido levado do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, para Sinop, no Mato Grosso, mas foi colocado em um avião que embarcou para Fortaleza, capital do Ceará. O animal acabou sendo mandado de volta para Guarulhos e, quando o tutor chegou para encontrá-lo, o cão estava morto. João contou quando foi a última vez que viu Joca, antes de embarcar no voo: “Eu o coloquei na caixa, eles lacraram a caixa e ele foi embora”, contou João, que ressaltou que na caixa onde Joca estava havia o nome de outro animal, além de etiquetas de outros destinos. Segundo o tutor do Golden Retriever, o veterinário tinha dado um atestado indicando que o animal suportaria uma viagem de duas horas e meia, mas com o erro, Joca ficou quase 8 horas no avião, como informou o g1. “Quando eu cheguei, o vi morto na caixa”, contou João a Ana Maria, destacando que o cão estava todo molhado porque recebeu água jogada dentro da caixa. “Eu não sei o que fazer, porque a Gol não fez contato comigo. Só no dia o presidente da Gol me ligou e me pediu desculpas. Eu disse que ele não tinha nada a ver com isso, porque quem matou o Joca foi o operacional dele. Não me deram apoio nenhum. O único apoio foi dando um lanchinho para quem estava comigo na hora”, contou João. O tutor ainda mandou um recado para o presidente da Gol Linhas Aéreas, Celso Ferrer: “Eu não quero que me ligue para falar de acordo. Quero que parem com isso, vocês mataram o meu cachorro. A única coisa que espero é que saibam tratar bem os cachorros e não os levem como qualquer um”, reforçou João, chorando muito. Ao lado do advogado, João disse que não falaria sobre os próximos passos em relação às medidas que vai tomar na Justiça sobre o caso. O que diz a Gol Por meio de nota, a Gol afirmou que foi surpreendida com o falecimento de Joca porque ele recebeu cuidados da equipe na capital cearense. Segundo a empresa, a morte aconteceu logo depois do pouso em Guarulhos, como informou a reportagem do g1. A empresa diz que o pet foi parar em Fortaleza por uma falha operacional, que fotos do animal foram enviadas para o tutor na parada e que o João escolheu voltar para Guarulhos para encontrar o animal. A companhia também afirma estar oferecendo suporte ao tutor e estar apurando os detalhes do ocorrido com prioridade. “Nos solidarizamos com o sofrimento do tutor do Joca. Entendemos a sua dor e lamentamos profundamente a perda do seu animal de estimação”, disse a nota. Gshow

Cesta básica nacional terá 15 alimentos com imposto zerado

Quinze alimentos in natura ou pouco industrializados vão compor a cesta básica nacional e pagar imposto zero, com a reforma tributária. O projeto de lei complementar que regulamenta o tema, enviado na noite desta quarta-feira (24) ao Congresso, trouxe ainda 14 produtos com alíquota reduzida em 60%. Na justificativa do projeto, o governo informou que se baseou nos alimentos in natura ou “minimamente processados” para definir a cesta básica nacional. O texto destacou que o governo seguiu as recomendações de alimentação saudável e nutricionalmente adequada do Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde. Embora tenha citado motivos de saúde, alguns alimentos com gordura saturada, como óleo de soja e manteiga, ou com substâncias que criam dependência, como o café, foram incluídos na cesta básica nacional. Nesse caso, a justificativa é a de que esses itens são essenciais na alimentação do brasileiro e já fazem parte da cesta básica tradicional. Confira a lista dos alimentos da cesta básica nacional: arroz; feijão; leites e fórmulas infantis definidas por previsão legal específica; manteiga; margarina; raízes e tubérculos; cocos; café; óleo de soja; farinha de mandioca; farinha de milho, grumos e sêmolas de milho, grãos de milho esmagados ou em flocos; farinha de trigo; açúcar; massas; pães comuns (apenas com farinha de cereais, fermento biológico, água e sal). O governo propôs uma lista estendida de alimentos com alíquotas zero. Eles não estão na cesta básica nacional, mas também não pagarão a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) nem o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). São eles: ovos; frutas; produtos hortículas. Outros 14 tipos de alimentos tiveram alíquota reduzida em 60% no projeto de lei: carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves e produtos de origem animal (exceto foie gras), miudezas comestíveis de ovinos e caprinos; peixes e carnes de peixes (exceto salmonídeos, atuns; bacalhaus, hadoque, saithe e ovas e outros subprodutos); crustáceos (exceto lagostas e lagostim) e moluscos; leite fermentado (iogurte), bebidas e compostos lácteos; queijos tipo muçarela, minas, prato, queijo de coalho, ricota, requeijão, queijo provolone, queijo parmesão, queijo fresco não maturado e queijo do reino; mel natural; mate; farinha, grumos e sêmolas de cerais, grãos esmagados ou em flocos de cereais (exceto milho); tapioca; óleos vegetais e óleo de canola; massas alimentícias; sal de mesa iodado; sucos naturais de fruta ou de produtos hortícolas sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes e sem conservantes; polpas de frutas sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes e sem conservantes O projeto também propôs alguns produtos de limpeza que pagarão alíquota reduzida em 60%. Segundo o governo, esses itens são bastante consumidos pela população de baixa renda: sabões de toucador; pastas de dentes; escovas de dentes; papel higiênico; água sanitária; sabões em barra. Em todos os casos, o governo optou por listas reduzidas, com prioridade para alimentos sadios ou o consumo pela população mais pobre. No início de abril, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) encaminhou um pedido ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para ampliar o conceito de cesta básica e incluir alguns itens de luxo. Os supermercados defendiam a isenção de impostos para itens como fígados gordos (foie gras), camarão, lagostas, ostras, queijos com mofo e cogumelos. Já itens como caviar, cerveja, vinho, champanhe e chocolate teriam redução de 60% na alíquota. Ultraprocessados Apesar da justificativa de preservar a saúde, em outro ponto do projeto de lei, o governo excluiu alimentos ultraprocessados do Imposto Seletivo, que incidirá sobre alimentos considerados prejudiciais à saúde. Apenas bebidas com adição de açúcar e conservantes sofrerão a incidência do imposto. Em março, um manifesto assinado por médicos como Drauzio Varella e Daniel Becker, além de personalidades como as chefs Bela Gil e Rita Lobo, pedia a inclusão dos produtos ultraprocessados no Imposto Seletivo. Intitulado “Manifesto por uma reforma tributária saudável”, o texto teve apoio de organizações como a Associação Brasileira de Nutrição (Asbran), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Agência Brasil

Mulher é encontrada morta dentro de apartamento em Cuiabá

Uma mulher identificada como Fernanda Kelly da Silva Souza, de 27 anos, foi encontrada morta no apartamento em que morava, localizado no bairro Santa Izabel, em Cuiabá, na manhã desta quinta-feira (25). Ela foi vista com vida pela última vez na tarde de terça-feira (23). Segundo o boletim de ocorrência, a equipe plantonista da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), foi acionada via Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) para atender a ocorrência de encontro de cadáver em estado de decomposição. Com anuência do síndico do prédio, os policiais arrombaram a porta do apartamento. Eles encontraram o corpo de Fernanda caído dentro do quarto, trajando um macacão azul com estampa florais. Não havia sinais de violência no local e a Polícia acredita que a morte tenha sido natural.  A área foi isolada para os trabalhos da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). O corpo foi removido ao Instituto Médico Legal (IML), onde passará por exame de necropsia que determinará a causa da morte. O caso é apurado pela Polícia Civil.

Justiça mantém prisão de acusados de duplo homicídio em Peixoto de Azevedo

A pecuarista Inês Gemilaki, o filho dela, o médico Bruno Gemilaki Dal Poz, e os irmãos Eder Gonçalves Rodrigues e Márcio Ferreira Gonçalves, investigados por um duplo homicídio cometido no último final de semana em Peixoto de Azevedo (a 678 km de Cuiabá), tiveram as prisões mantidas após passarem por audiência de custódia na última quarta-feira (24). O caso corre em segredo de Justiça, mas a informação foi confirmada pela delegada Ana Paula Marien, responsável pelo caso durante uma entrevista à rádio CBN Cuiabá. “Ontem estávamos aguardando e manejando os conduzidos para essas audiências de custódia, que já aconteceram. Os quatro suspeitos estão presos preventivamente”, afirmou ela. “Eles vão responder presos por esses crimes até que a defesa maneje algum recurso, mas hoje os quatro estão presos preventivamente”, acrescentou. No crime, Inês invadiu uma residência atirou friamente e matou Pilson Pereira da Silva, de 65 anos, e de Rui Luiz Bogo, de 57 anos. O principal alvo, dono do imóvel, não foi atingido. Eder e Márcio foram presos na manhã de terça-feira (23), em Alta Floresta (a 800 km de Cuiabá). Inês e filho Bruno se entregaram na delegacia da cidade no mesmo dia.  O crime Na tarde de domingo (21), a família foi até a residência onde estava seu alvo, no Bairro Alvorada, e matou dois inocentes, segundo a Polícia Civil. O crime foi filmado por câmeras de segurança, e as imagens mostram Inês portando um revólver, enquanto seu filho, o médico Bruno, segura uma espingarda. Nos vídeos é possível ver que a mulher entra na casa e atira em uma das vítimas, que está deitada no chão, a poucos metros de distância. Depois ela vai até outros dois homens, que se escondem atrás do sofá, e aponta a arma para um deles. Não é possível ver se ela atirou na segunda vítima. Após os assassinatos, a família fugiu em uma Ford Ranger

Fazendeiro usou herbicida para desmatar 80 mil ha em Barão de Melgaço

O deputado estadual Wilson Santos (PSD) sobrevoou 80 mil hectares de área degradada no Pantanal mato-grossense na última quarta-feira (24). As terras ficam no município de Barão de Melgaço (109,5 km de Cuiabá) e pertencem ao pecuarista Claudecy Oliveira Lemes. Ele teria usado compostos químicos proibidos para abrir áreas para pastagem. “É um verdadeiro cemitério de árvores, um crime hediondo. Provavelmente, o maior crime ambiental das últimas décadas no país. Conversamos com um dos capatazes, de uma das fazendas: foram anos e anos jogando herbicida”, descreveu o deputado. De acordo com a Delegacia Especializada do Meio Ambiente (DEMA), Claudecy é dono de 11 fazendas em Barão de Melgaço, que correspondem a 5% de toda área alagada do Pantanal mato-grossense. O pecuarista teria começado o desmate químico dos 80 mil hectares em fevereiro de 2021 e seguido com o crime ambiental até 2023, quando denúncia anônima chegou à DEMA. Vale ressaltar que em 2022, Claudecy havia celebrado Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) para anular sete autos de infração por crimes contra o meio ambiente, o que o livrou do pagamento de R$ 29,4 milhões em multas. Mesmo assim, continuou a cometer tais crimes. O deputado estadual Carlos Avallone (PSD), presidente da Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Recursos Minerais da Assembleia Legislativa, da qual Wilson é vice, também participou do sobrevoo, considerado visita técnica à região. A comissão vai cobrar do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (SEMA) mais detalhes sobre a contaminação. “Queremos saber se houve contaminação do gado, do lençol freático, dos rios da região. A Fazenda Santa Lúcia está bem próxima do São Lourenço, seis a oito quilômetros. Também está próxima dos rios Cuiabá, Piquiri e Três Irmãos. […] Este fazendeiro é audacioso e reincidente nesse tipo de crime. Não sabemos quantos anos toda esta área levará para ser recuperada”, disse Wilson. “A SEMA precisa se modernizar e garantir equipamentos que possam detectar este tipo de ação criminosa antes que a porta seja arrombada. Também de preparar seu pessoal para se antecipar à repetição desse tipo de crime”, completou. Wilson cobrou do Governo do Estado o cumprimento da lei 6.015/1992, de sua autoria, que veda a circulação de produto ou substância cujo consumo ou fabricação tenha sido proibido no país de origem. “Se essa lei fosse cumprida, não teríamos o uso desse tipo de herbicida aqui no estado. Ela proíbe o uso e a manipulação deste tipo de agrotóxico proibido nos países de origem. Infelizmente, a lei não é cumprida e mais este crime aconteceu”. Carlos Avallone também cobrou mais fiscalização por parte do Estado e disse que a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) fará pesquisas para colaborar no combate deste tipo de prática. “Imagens de satélites não conseguem detectar a aplicação de veneno, mas dá para pedir que isso ocorra. […] Tem que melhorar a fiscalização para que um crime como esse não ocorra nunca mais”. (Com informações Assessoria)

Ministra nega liberdade a delegado suspeito de cobrar propina de bandidos

A presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministra Maria Thereza de Assis Moura, indeferiu um habeas corpus impetrado pela defesa do delegado Geordan Fontenelle, que foi preso na semana passada acusado de montar um “gabinete do crime” na delegacia de Peixoto de Azevedo (a 678 km de Cuiabá). Geordan e o investigador Marcos Paulo Angeli estão presos desde o dia 17, quando foi deflagrada a Operação Diaphthora, da Polícia Civil. A operação investigou um esquema de cobrança de propina que teria sido criado e comandado pelo delegado. Conforme a ministra Maria Thereza, o HC não pôde nem sequer apreciado porque não foi examinado no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.   No pedido a defesa do delegado alegou a ocorrência de constrangimento ilegal, “uma vez que a segregação processual do paciente, com predicados pessoais favoráveis, encontra-se despida de fundamentação idônea, pois está calcada, única e exclusivamente, no fato de ele ser Delegado de Polícia Judiciária Civil, e estar sendo investigado por crimes cometidos no exercício de sua função”. Para a ministra, há fundamento sim na prisão do delegado.  Além disso, a defesa alegou ainda que não há contemporaneidade entre a prisão e os fatos investigados, que teriam ocorrido entre 2022 e 2023.   “Em relação à contemporaneidade dos motivos que ensejaram a prisão preventiva, não há flagrante ilegalidade, pois, segundo julgados do STJ, seu exame leva em conta não apenas o tempo entre os fatos e a segregação processual, mas também a necessidade e a presença dos requisitos da prisão no momento da sua decretação”, escreveu a ministra.

Emanuel rebate críticas de Botelho sobre nova intervenção na Saúde: “vale tudo pra ser prefeito?”

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), rebateu, as recentes críticas do presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado estadual Eduardo Botelho (UB), de que a gestão da Saúde de Cuiabá estaria “caótica” e que teria marcado uma reunião com o desembargador Orlando Perri, para debater a situação. Em vídeo resposta publicado no início da noite desta quarta-feira (24), o chefe do Executivo detonou o parlamentar o acusou de ser “duas caras” por criticar a ele a intervenção e querer que o Estado assuma de novo a Saúde, agora que se aliou oficialmente a Mauro Mendes para disputar a prefeitura. “Essa bola fora do deputado Eduardo Botelho. Até tu, Botelho? Meu amigo Botelho, intervenção na Saúde, você ainda está nessa?  O que mudou, cara? Quantas vezes nós conversamos, falamos do fracasso que foi a intervenção, do malefício que a intervenção na Saúde de Cuiabá provocou no sistema, afetando e inclusive, piorando mais ainda, a Saúde no Estado”, questionou o prefeito. No vídeo Emanuel disse que acabava de voltar de Brasília e ficou surpreso com as declarações do político. O prefeito declarou ainda que Botelho havia o “confidenciado” que a intervenção falhou. “Pô, você falar isso, Botelho, já havíamos conversado sobre o roubo que eu denunciei para a Assembleia Legislativa, e não sei se vocês apuraram ou não, que o Gabinete de Intervenção do Governo do Estado promoveu aqui em Cuiabá, lembro das suas opiniões, você estava bem ciente, certo? Bem ciente da situação da Saúde da capital no período da Intervenção, e agora você vem mudando tudo.  O que é isso? Vale tudo para ser prefeito? Não, cara, não. Você está errado. Cuiabá carrega a Saúde nas costas, e você sabe disso, você já me falou isso várias vezes. Eu já te falei isso várias vezes. Muda não, Botelho. Uma das coisas que a gente gosta em você é a sua sinceridade, a sua franqueza, o seu jeitão aqui nosso, da nossa terra. Não entra nesse jogo, não, porque as pessoas vão ver que você está forçando uma barra, uma situação Vamos nos unir, cara, vamos nos unir por Cuiabá”, lamentou o prefeito.  O fato se deu após o presidente do Legislativo comentar com jornalista que o sistema de saúde da Capital está “crítica e caótica” e que não descarta uma nova intervenção para que a população seja atendida com mais qualidade. “Eu estava conversando com o desembargador Orlando Perri, porque precisamos falar mais sobre a saúde de Cuiabá. Voltar a discutir isso com o governo do Estado, com o Tribunal de Contas e Ministério Público novamente. É muito crítico, estão aumentando as filas, os atendimentos estão precários, as condições de trabalho dos médicos e enfermeiros estão precários, os atrasos na saúde são imensos. E quem está trabalhando lá são heróis”, disse o deputado à imprensa na manhã de quarta-feira (24). Emanuel reforçou ainda que tem mantido contato direto com o conselheiro Sérgio Ricardo, e que o presidente da Assembleia nunca participou de nenhuma reunião entre a Prefeitura de Cuiabá e o Tribunal de Contas do Estado para tratar da situação.   “Eu tenho conversado muito com o Tribunal de Contas, através do presidente, conselheiro Sérgio Ricardo, e ainda não te vi por lá. Mas nós estamos discutindo várias ações, inclusive com o Ministério Público junto. Várias alternativas, entre elas a estadualização até do HMC e do São Benedito, porque Cuiabá já se sacrificou demais para carregar a saúde do Estado nas costas. Está na hora do Estado devolver para a população cuiabana todo esse período, todo esse tempo, todos esses anos de investimento. Então, cara, vamos lá, Botelho, chutar canelo no vale. Volta a ser o Botelho paz e amor, o Botelho propositivo, o Botelho que tá preocupado com o povo e não com a eleição. Tá ok?”, finaliza o gestor. Veja vídeo: