Polícia Civil cumpre mandados contra envolvidos em homicídio de pai e filha em Barra do Garças

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Barra Garças, deflagrou na manhã desta terça-feira (2), a Operação Zayra para cumprimento de 18 ordens judiciais, entre mandados de prisão e busca e apreensão contra uma organização criminosa envolvida nos homicídios de pai e filha e em uma tentativa de homicídio, ocorridas no município. As ordens judiciais, sendo oito mandados de prisão e 10 de busca e apreensão, são cumpridos nas cidades de Aragarças (GO), Goiânia (GO), Aparecida de Goiânia (GO) e no Rio de Janeiro (RJ), mais especificamente no bairro Complexo da Maré. A ação operacional conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial Contro ao Crime Organizado (Gaeco) de Barra do Garças, Polícia Militar de Aragarças (GO), Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Denarc e Polícia Penal do Rio de Janeiro(RJ). O crime que vitimou João Vitor Menez Soares, de 22 anos e sua filha de apenas 02 anos de idade, ocorreu no dia 09 de fevereiro de 2024, na residência da família, no bairro Jardim Nova Barra. Na ocasião, dois homens em um veículo estacionaram nas proximidades da residência, entraram na casa, alvejaram as vítimas e fugiram em seguida. A esposa da vítima também foi alvejada e se deslocou em carro próprio até a UPA para prestar socorro à filha de 02 anos, porém a criança não resistiu e chegou em óbito na unidade de saúde. Assim que foi acionada dos fatos, a equipe da Delegacia de Barra do Garças iniciou as diligências para apuração do crime, possivelmente motivado por acerto de contas entre membros de organização criminosa. Com a evolução das investigações, realizadas com empenho e técnicas policiais, foi possível chegar a identidade dos envolvidos, dentre eles, autores, partícipes e demais pessoas que colaboraram para a empreitada criminosa. Provas da participação de alguns dos envolvidos foram robustecidas com o avanço das investigações, dentre elas, a localização do veículo usado para a fuga dos investigados que participaram direto da execução. Com base nos elementos colhidos e provas técnicas, foi representado pelas ordens judiciais de prisão e busca e apreensão contra os investigados, que foram deferidas pela Justiça. Zayra O nome da operação tem o significado de ingenuidade e pureza, e faz referência a criança de 2 anos de idade, executada a tiros, simplesmente por estar nos braços do seu pai que tinha envolvimento com o crime organizado.

Operação cumpre 54 ordens judiciais para descapitalizar grupo que movimentou R$ 65 milhões em ações criminosas

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou na manhã desta terça-feira (2) a Operação Apito Final para desarticular um esquema de lavagem de capitais criado por integrantes de uma organização criminosa, em Cuiabá. Estão sendo cumpridos 25 mandados de prisão e 29 de buscas e apreensão, além da indisponibilidade de 33 imóveis, sequestro de 45 veículos e bloqueio de 25 contas bancárias dos alvos investigados. Os mandados judiciais foram deferidos pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Capital e são cumpridos nas cidades de Cuiabá, Chapada dos Guimarães, São José dos Quatro Marcos (MT) e Maceió (AL). A investigação da GCCO, realizada ao longo de dois anos, apontou que o alvo principal, posto recentemente em liberdade, utilizava diversas pessoas – entre amigos, familiares e advogados que atuam como ‘laranjas’ – para adquirir imóveis, comprar e vender de carros e atuar na locação de veículos com o dinheiro das práticas criminosas. O esquema criminoso investigado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) faz parte do planejamento operacional da Polícia Civil na identificação e descapitalização do patrimônio adquirido por integrantes de uma facção criminosa com atuação em Mato Grosso. Participam da operação, 150 policiais civis de delegacias da Diretoria de Atividades Especiais e da Diretoria Metropolitana, com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil do Rio de Janeiro e Divisão de Inteligência e Planejamento Policial de Sergipe. Movimentação de R$ 65 milhões Com foco em uma investigação qualificada, que reuniu centenas de elementos informativos, relatórios e imagens, a GCCO revelou um grande esquema de lavagem de dinheiro que chegou a movimentar R$ 65.933.338,00 milhões no período apurado. A investigação teve início após a unidade especializada apurar que o principal alvo da operação e responsável pelo tráfico de drogas na região do Jardim Florianópolis, depois que deixou a prisão na capital, se tornou tesoureiro da facção criminosa. Liderando o grupo, ele adquiriu inúmeros bens imóveis e veículos com valores adquiridos com as práticas criminosas. O dinheiro era movimentado em contas bancárias e, posteriormente, convertido em ativos lícitos para dissimular e ocultar a origem ilícita dos valores. Além da vultosa movimentação bancária, a investigação da Polícia Civil identificou a aquisição de inúmeros terrenos, casas e apartamentos, muitos em condomínios de classe média na capital, todos adquiridos em nome de “testas de ferro”, mas diretamente vinculados com o alvo principal da investigação. Também foram descobertas as aquisições de veículos com a utilização de garagens na compra e venda, como forma de dissimular a posse e propriedade dos automóveis. Prisões em Maceió Quatro alvos da Operação Apito Final foram presos na capital do estado de Alagoas, entre eles, o líder da associação criminosa. Paulo Witer Farias Paelo, Alex Júnior Santos de Alencar, Andrew Nickolas Marques dos Santos e Tayrone Junior Fernandes de Souza foram detidos na sexta-feira (29.03) quando participavam de um jogo de futebol na cidade de Maceió. Um quinto alvo da operação, advogado e integrante da organização criminosa, que foi a Alagoas para dar assistência jurídica a seu cliente, também foi preso nesta terça-feira (02.04), em Maceió. As prisões em Alagoas foram cumpridas com apoio da Diretoria de Inteligência e DRACCO, por meio da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil em Maceió, e Centro Integrado de Operações Aéreas de Segurança Pública de Mato Grosso (Ciopaer).