Valor de referência real para pequenos municípios

A Lei 14.133/2021 traz expressamente a obrigatoriedade de definição “valor de referência” para cada licitação, calculado com base em pesquisa de preços de mercado e outros elementos disponíveis, como custos históricos de contratações semelhantes, levando-se em consideração a complexidade do objeto a ser contratado e as características do mercado. No entanto, diversos municípios do interior do estado de Mato Grosso estão encontrando dificuldades para cumprir a exigência da nova lei de licitações no que tange à obtenção do valor de mercado realmente aplicável à região do órgão licitante. Ocorre que pelo critério e práticas anteriores, da Lei 8.666/93, que já mencionava o “orçamento estimado em planilhas”, em muitos casos bastava a coleta de três ou mais orçamentos para se chegar ao valor de referência, ao passo que, atualmente, sob a égide da nova lei, se faz mister observar parâmetros de contratações públicas e valores constantes de outras licitações. Porém, impende notar que nesses outros certames os preços já foram registrados abaixo do praticado nas regiões de Mato Grosso, pois passaram pela disputa para se chegar ao vencedor com a proposta mais vantajosa ao interesse da Administração. A transição de práticas e critérios demandam preocupantes ajustes e adaptações por parte dos servidores e gestores públicos, especialmente em regiões nas quais as referências de preços são escassas ou diferentes em relação às outras do Brasil, considerando-se, por exemplo, os preços de combustíveis e, por conseguinte, de frete que se alteram significativamente de região para região, inclusive dentro do próprio continental estado de Mato Grosso. Assim, os valores de referência tem se mostrado fica irreais, fazendo com que um número menor de empresas se interesse em participar das licitações, dada a inexequilidade dos preços apenas formalmente referenciados, vindo a prejudicar a obtenção de propostas vantajosas e factíveis para a Administração Pública e a melhor seleção de empresas qualificadas para a execução dos contratos. Ora, a própria Lei 14.133/2021 proíbe expressamente a utilização de preços inexequíveis na formação do valor de referência, a fim de se evitar essas propostas economicamente inviáveis, enganosas que se transformam em fábricas de aditivos contratuais. Tal celeuma já alcança, inclusive, as contratações diretas sem licitação. Alguns respeitáveis interpretes da nova lei de licitações entendem que a pesquisa de preços deve ser ampla, abrangendo não apenas o mercado local, mas também outras regiões do estado ou até mesmo do país inteiro. No entanto, é importante ressaltar que a lei não estabelece de forma específica os limites geográficos da pesquisa de preços, deixando margem para interpretações diversas. Logo, torna-se claro que os municípios podem realizar estudos de mercados mais locais para identificar os principais fornecedores e prestadores de serviços da região, bem como encontrar preços reais praticados para diferentes tipos de produtos e serviços. Também há dificuldade enfrentada pelos pequenos municípios devido à exigência de coleta de orçamentos e valores de licitações realizadas nos últimos doze meses. Essa desafiadora exigência afeta, especialmente, os trabalhos das equipes em decorrência de diversos fatores, inclusive aqueles sazonais, como situações climáticas e questões da economia agropecuária que tem levado empresas do ramos a proporem recuperações judiciais. O princípio da razoabilidade, ou bom senso, é aplicável para os casos excepcionais e necessários, de modo que os municípios podem e devem avaliar a possibilidade de flexibilizar os prazos de referência para a coleta de informações de mercado, levando em consideração as particularidades locais e as dificuldades enfrentadas para obter referências atualizadas. Frisa-se, essa flexibilização deve ser criteriosa, garantindo a legalidade e a transparência dos procedimentos, atraindo mais interessados aos certames, mesmo porque as licitações realizadas com base em preços reais de mercado são aquelas nas quais os orçamentos são novos e da respectiva região licitante. Ademais, o órgão licitante pode coletar dez ou mais orçamentos como parte do processo de pesquisa de mercado para embasar a formação do valor de referência, porém, a qualidade e a veracidade dos orçamentos obtidos são mais importantes para garantir a eficácia de cada licitação. Portanto, é essencial que o órgão licitante adote medidas para assegurar a autenticidade e a confiabilidade dos orçamentos obtidos, buscando fontes de informação confiáveis e representativas do mercado em questão. Eis o maior cuidado e, eventualmente, a maior tese de defesa, caso os órgãos de controle não sejam suficientemente sensíveis e realistas para compreender a situação fática pela qual passam os agentes de contratações e suas respectivas equipes de apoio, bem como secretários municipais demandantes, dentre outros atores desse cenário. O momento é de tensão para muitas pessoas, mas também a vontade de acertar e o medo de errar para não ser penalizado nem se tornar réu naquelas precipitadas ações por supostos atos de improbidade. Assim, que as pessoas continuem dialogando, aprendendo e extraindo experiências com outros órgãos e entidades públicas, tanto dentro quanto fora do de Mato Grosso. NESTOR FIDELIS é advogado em Cuiabá. Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias Cuiabá Notícias. 

Mulheres extraordinárias de MT – 2

NEILA BARRETO Em um artigo que publiquei no dia 8 de março intitulado “Mulheres Extraordinárias” em Cuiabá e Mato Grosso, citamos muitas das mulheres responsáveis por alavancar importantes transformações na sociedade mato-grossense ao longo dos séculos. No entanto, é importante registrar que a cada momento descobrimos novos nomes, em um processo constante de construção de conhecimento com a colaboração de pesquisadoras e pessoas atentas a evolução de vários segmentos. Quero iniciar aqui um panorama da contribuição pioneira feminina na Literatura, Cultura e nas Artes, em Mato Grosso. E ficarei muito grata se puder receber contribuições para ampliar este mosaico. Na Literatura Lendo Marli Walker, em “Mulheres silenciadas e vozes esquecidas”, editado pela Carlini e Caniato, encontramos o registro de que a primeira poetisa em Mato Grosso, segundo a autora, foi Elisa Alberto, que teve os seus poemas publicados na então Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá, no jornal O Liberal, nos anos de 1874 a 1875, nas edições de números 165 e 174, dessa forma figurando como marco pioneiro na poesia mato-grossense produzida por mulheres. Também no livro acima citado registramos que a pioneira nas pesquisas sobre a escrita das mulheres em Mato Grosso é a doutora Yasmin Jamil Nadaf, da Academia Mato-Grossense de Letras. Poetisa, escritora e crítica literária, Yasmin é pioneira dos estudos sobre as mulheres que se dedicaram a literatura, nascidas ou residentes em Mato Grosso, e que resultaram no seu livro de estreia “Sob o signo de uma flor”, estudo de A Violeta, publicação do Grêmio Literário Júlia Lopes (1916 a 1950), onde se escreve parte da história feminina no Brasil. Esta obra inaugura ainda as descobertas sobre a vida literária em Mato Grosso no âmbito das universidades brasileiras. Por meio de pesquisa em jornais, revistas e textos na internet, encontramos registros de que Yasmin Nadaf também é pioneira na crítica literária em Mato Grosso. Maria do Carmo de Mello Rego, nascida no Uruguai em 1840, foi pioneira na literatura de viagens e de memórias. Casada com Francisco Rafael do Mello Rego, presidente da província de Mato Grosso de 16.11.1887 a 16.02.1889, período em que morou em Cuiabá. Escreveu “Lembranças de Matto Grosso” em 1897, um diário autobiográfico onde relata suas memórias da viagem pelo Rio da Prata a Cuiabá e registra cenas do cotidiano da província no final do século XIX. Muito interessada nas questões indígenas, escreveu sobre a índia Rosa Bororo (1895), capturada por uma bandeira punitiva no século XIX. Publicou pela Imprensa Nacional e Arquivo do Museu Nacional um estudo sobre os “Artefactos Indígenas de Mato Grosso” (1889), “com grande contribuição à etnologia indígena dos Nambiquara e Pareci”. Esta mulher viajante do século XIX, escreveu também: “Curupira: lenda cuiabana” (1929) e “Guido” (sem data, que pode ser classificado como romance ou novela), sobre seu filho adotivo, um indígena de Mato Grosso que faleceu ainda criança na cidade do Rio de Janeiro. Mais informações podem ser consultadas no volume 44 das Publicações Avulsas do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso. Dunga Rodrigues, destaca-se como primeira cronista do cotidiano. Foi também musicista e escritora. Nascida Maria Benedita Deschamps Rodrigues (Dunga Rodrigues) foi compositora, professora, educadora, pesquisadora, escritora, poetisa, além de exímia pianista. Nasceu em Cuiabá, aos 15 de julho de 1908, filha de Firmo José Rodrigues e Maria Rita Deschamps Rodrigues, neta de Bento José Ribeiro. Os primeiros estudos foram cursados junto ao tradicional Asilo Santa Rita, como aluna externa, e em seguida na Escola Modelo Barão de Melgaço. O Ensino Médio foi realizado no tradicional Liceu Cuiabano. Diplomou-se em piano e harmonia pelo Conservatório Musical de Mato Grosso e pelo Conservatório Brasileiro de Música (RJ), com certificado registrado junto ao Instituto Villa Lobos. Formada contadora pela Escola Técnica de Comércio de Cuiabá. Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso (IHGMT), desde 4 de junho de 1977, integrou a Academia Mato-Grossense de Letras, tomando posse no dia 19 de setembro de 1984, tendo ocupado a Cadeira nº 39. Faleceu no dia 8 de janeiro de 2001, aos 93 anos de idade, na cidade litorânea de Santos (SP), lúcida, comunicativa, saudável, bem-humorada, bonita e cheia de vida, um exemplo para os contemporâneos. Artes Visuais  Por outro lado, nas artes visuais, registramos o pioneirismo de Ignêz Maria Luiza Corrêa da Costa, que nasceu em 1907 em Cuiabá e faleceu em Campo Grande, em 1987. Viveu na capital mato-grossense, no Rio de Janeiro e em Campo Grande, hoje Mato Grosso do Sul, durante o século XX. Como primeira artista plástica de Mato Grosso, ainda não teve o devido reconhecimento e valorização de sua obra, que em grande parte encontra-se em poder de familiares e amigos que com ela conviveram. Neta de Antônio Corrêa da Costa, filha de Pedro Celestino Corrêa da Costa e Corina Novis Corrêa da Costa, é irmã de Fernando Corrêa da Costa. Todos governantes em Mato Grosso desde os tempos da Província. Na então capital federal no Rio de Janeiro, Ignez estudou na Academia Nacional de Belas Artes, tendo como mestre Cândido Portinari, tornando-se sua colaboradora em várias obras, em 1930, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte-MG. Aline Figueiredo Espíndola nasceu em Corumbá-MS, em 1946, e vive em Cuiabá desde muito jovem. Pelos registros, é a primeira animadora cultural na área das artes e crítica de arte de Mato Grosso, tendo atuado intensamente nessa área desde a década de 1960. Realizou a “Primeira Exposição de Pintura dos Artistas Mato-grossenses” (1966), em Campo Grande (MS), e ali fundou e dirigiu a Associação Mato-Grossense de Artes (AMA, 1967/1972. Em 1971 concluiu o curso de Direito pela Federação Universitária Católica de Mato Grosso. Transferiu-se para Cuiabá, ingressando em 1973 no quadro técnico da UFMT, e, junto a Humberto Espíndola, elabora projeto para a criação do Museu de Arte e de Cultura Popular (1974). Nesse Museu, além da Divisão de Artes Visuais, exerceu o gerenciamento até 1982, e, entre 1985 e 1996, exerceu a função de supervisora. Participou da Implantação da Fundação Cultural de Mato Grosso, em Cuiabá (1975), e ali atuou

Uma pauta para as eleições de Cuiabá

SUELME EVANGELISTA FERNANDES O tema habitação de interesse social voltou na agenda política de Cuiabá com força total. O ambiente político nacional, em função da retomada do poder da centro-esquerda com Lula Presidente e o crescimento econômico de Mato Grosso, colocou o tema habitação social de volta no centro das discussões, assim como ocorreu na década de 1980. Depois do despejo de mais de 600 pessoas nas margens da perimetral denominada Contorno Leste, chamado assentamento Brasil 21, pela polícia essa semana, por ordem judicial, o debate voltou à tona nas rodas da política e na mídia em geral. O tema habitação de interesse social voltou na agenda política de Cuiabá com força total. O ambiente político nacional, em função da retomada do poder da centro-esquerda com Lula Presidente e o crescimento econômico de Mato Grosso, colocou o tema habitação social de volta no centro das discussões, assim como ocorreu na década de 1980. Depois do despejo de mais de 600 pessoas nas margens da perimetral denominada Contorno Leste, chamado assentamento Brasil 21, pela polícia essa semana, por ordem judicial, o debate voltou à tona nas rodas da política e na mídia em geral. Somente em 1992 que a cidade teve seu primeiro Plano Diretor de desenvolvimento urbano e uma Lei de Uso e Ocupação do Solo, definindo áreas de interesse social e comerciais na cidade para basear toda a cobrança de IPTU e das políticas públicas. Muitos políticos como Dante de Oliveira, Gilson de Barros, Chico Daltro, Serys e Wilson Santos entre outros, consolidaram suas trajetórias tomando cafezinho com esses movimentos e acampando junto suas bandeiras, como fez essa semana os três parlamentares em defesa do assentamento Brasil 21: Barranco do PT, Wilson Santos e Catanni. Como reação a demanda crescente por moradia, o poder público acenou nas décadas de 70/80 com alguns projetos habitacionais da Cohab, como Morada da Serra com os bairros do CPA I, II, III e IV, Tijucal, Residencial São Carlos, Santa Inês, Cidade Verde, Cohab Nova e loteamento Osmar Cabral e Pedra 90 entre outros. Esses projetos definiram novos eixos de desenvolvimento na região Sul e Norte da capital, expandindo a área urbana. Somente em 1992 que a cidade teve seu primeiro Plano Diretor de desenvolvimento urbano e uma Lei de Uso e Ocupação do Solo, definindo áreas de interesse social e comerciais na cidade para basear toda a cobrança de IPTU e das políticas públicas. Muitos políticos como Dante de Oliveira, Gilson de Barros, Chico Daltro, Serys e Wilson Santos entre outros, consolidaram suas trajetórias tomando cafezinho com esses movimentos e acampando junto suas bandeiras, como fez essa semana os três parlamentares em defesa do assentamento Brasil 21: Barranco do PT, Wilson Santos e Catanni. Como reação a demanda crescente por moradia, o poder público acenou nas décadas de 70/80 com alguns projetos habitacionais da Cohab, como Morada da Serra com os bairros do CPA I, II, III e IV, Tijucal, Residencial São Carlos, Santa Inês, Cidade Verde, Cohab Nova e loteamento Osmar Cabral e Pedra 90 entre outros. Esses projetos definiram novos eixos de desenvolvimento na região Sul e Norte da capital, expandindo a área urbana. Obviamente, quando isso ocorre, o custo de Cuiabá de serviços públicos aumenta consideravelmente: coleta de lixo, segurança, escolas e creches, transporte e coletivo. Mais recentemente, nos anos 2003-2010, usando os recursos do Fundo de Transporte e Habitação FETHAB, deixado por Dante de Oliveira, Blairo Maggi implantou os projetos habitacionais Morar Melhor e Meu Lar, entregando aproximadamente 19 mil casas no Estado para baixa renda e aproximadamente 4 mil em Cuiabá, a grande maioria desses e residenciais no entorno da Avenida da Torres: bairros como Salvador Costa Marques, Cláudio Belita, Residencial Sucuri, Cláudio Marquetti., Belita e outros. Certamente, a escolha da localização ao logo da nova Avenida das Torres distensionou e muito os conflitos fundiários no seu entorno e aliviou a barra do então prefeito Wilson Santos que inaugurou avenida. Pelo Programa Minha Casa Minha Vida MCMV, da mesma época executado pela prefeitura, surgiram outros projetos residenciais: Jamil Brotos Nadaf, Jonas Pinheiro I, II e III, Altos do Parque I e II, Nilce Paes Barreto, Francisca Loureiro Borba, Nico Baracat I, II e III. O déficit habitacional da capital, segundo o Plano Municipal de Habitação de Interesse Social – PLHIS, que era de 48 mil moradias em 2016, alcança em 2024 de 61 a 71 mil moradias. Esse é o tamanho do problema, da fatura e da pressão social sobre o tema na atualidade. Nesse momento, por falta de novos projetos habitacionais públicos e pelo alto custo dos aluguéis – um dos mais caros do Brasil -, a cidade vive uma explosão de ocupações/invasões urbanas por todos os lados. Segundo levantamentos da própria prefeitura, existem umas 15 áreas com assentamentos precários na capital à espera de soluções urbanas e de regularização fundiária: Silvanópolis, Paraisópolis, Salim Nadaf, Monte Sinai, Terra Prometida, Brasil 21, Recanto da Seriema e mais 3 ocupações na Avenida Contorno Leste entre outros. Enquanto isso, não se constrói casas populares no perfil MCMV, faixa 1, desde o ano de 2015 na capital. A última entrega de 2 mil imóveis no residencial Nico Baracati construído a partir de 2015, foi entre 2019/2020. Lá se vão 10 anos sem construir uma nova unidade habitacional de interesse social em Cuiabá. Não vou entrar no mérito da especulação imobiliária envolvida nesses novos projetos de infraestrutura urbana como Contorno Leste, as manobras de abertura de perímetro urbano por parte da prefeitura no sentido distrito de Sucuri e a força do lobby da indústria imobiliária em Cuiabá, pois será tema de outro artigo. Contudo, devemos considerar nesse cenário a falta de um planejamento urbano racional por parte da prefeitura que dialogasse com Governo do Estado e sobretudo aumentasse a ocupação populacional dos chamados vazios urbanos e a falta de novos investimentos em habitação de interesse social para baixa renda na capital. O Instituto de Planejamento Urbano -IPDU que planejava a cidade nos anos 80 foi desmontado e as Secretarias de Desenvolvimento

Empresário e médico são cotados para vice de Eduardo Botelho na disputa pela Prefeitura de Cuiabá

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso (Fecomércio-MT), José Wenceslau Souza Júnior, popularmente conhecido como “Júnior da Verdão”, e o médico e diretor-geral do Hospital Santa Helena, Marcelo Sandrin, estão sendo cotados para a vice do pré-candidato à Prefeitura de Cuiabá, Eduardo Botelho (União). Ambos os nomes são filiados ao Republicanos.  Júnior da Verdão se filiou nesta quinta-feira (14) à sigla, liderada pelo ex-deputado federal Adilton Sachetti em Mato Grosso, mas que tem no vice-governador do Estado, Otaviano Pivetta, uma de suas principais representatividades. Já Marcelo Sandrin está na sigla desde 2021. 

Operação realiza fiscalização em pet shop investigado por causar cegueira em cachorro

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) – Núcleo de Combate a Maus-tratos de Animais – em parceira com a Secretaria Adjunta de Bem-Estar Animal e o Conselho Regional de Medicina Veterinária, deflagrou na manhã desta sexta-feira (15.03), a Operação Visão Interrompida, com o objetivo de apurar possíveis irregularidades em uma clínica veterinária supostamente responsável por causar a cegueira em um cachorro.   De acordo com as investigações da Dema, o cachorro da raça lhasa-apso frequentava a empresa de pet shop investigada para procedimentos de banho e tosa e passou a apresentar complicações no olho, sendo então levado pelos seus donos até outra clínica veterinária para avaliação.    Após o atendimento, foi verificada a necessidade do animal passar por uma cirurgia de transplante córnea, porém não foi possível reverter o quatro clínico do cachorro que perdeu a visão de um dos olhos. A delegada titular da Dema, Liliane Murata  as investigações continuam para apurar se houve responsabilidade e maus-tratos por parte da empresa.  “O combate aos maus-tratos animais é uma bandeira da maior importância. Estamos apurando todos os fatos para verificar se houve ou não alguma responsabilidade do estabelecimento ou dos profissionais que trabalham no local”, disse a delegada.

Capitão bombeiro que ministrava curso em que Lucas Veloso morreu presta depoimento nesta sexta-feira

O capitão do Corpo de Bombeiros Militar Daniel Alves Moura e Silva, conhecido como D. Alves, chegou à Diretoria de Segurança Contra Incêndio e Pânico, no bairro Porto, em Cuiabá, para prestar depoimento no Inquérito Policial Militar (IPM) que investiga a morte do aluno soldado Lucas Veloso Peres, 27 anos, que morreu durante um treinamento aquático, na Lagoa Trevisan. A oitiva iniciou por volta das 14h. O advogado de acusação, Djalma Cunha, chegou para acompanhar o depoimento ao lado do seu assistente. O caso está sendo apurado pela Corregedoria-Geral dos Bombeiros e o depoimento do capitão marca o início da investigação, já que ele era quem ministrava curso de formação de salvamento aquático no dia do afogamento. O Corpo de Bombeiros abriu um inquérito militar para apurar as causas que levaram à morte do aluno, já que prints que vieram a público de outros alunos do curso sugerem que a vítima teria recebido alguns “caldos”. Além disso, a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), apontou que o aluno soldado Lucas, morreu devido a um afogamento durante o curso.  O depoimento ocorre no mesmo dia que o governador Mauro Mendes (UB) assinou o decreto que determina que todos os treinamentos dos órgãos de Segurança Pública, que tenham algum tipo de risco, sejam monitorados – por áudios e vídeos. O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) também já requereu a instauração de um inquérito militar para apurar as circunstâncias da tragédia envolvendo o aluno soldado.

Exposição ‘Anfêmera’ explora o envelhecimento feminino através da arte

A renomada artista Mari Gemma De La Cruz, apresenta sua mais recente exposição, uma obra envolvente que explora os intrincados padrões comportamentais na envelhecência feminina. A mostra será aberta no dia 22 de março e segue até 25 de maio, na Casa Cuiabana.  A mostra, resultado de extensa pesquisa realizada entre 2019 e 2020, oferece uma profunda reflexão sobre a experiência feminina nesse estágio da vida, através de imagens, vídeos e instalações. Durante esse período de investigação, a artista confrontou suas próprias inquietações, relacionadas ao envelhecimento, em um contexto de perdas significativas, como a morte de sua mãe, os filhos deixando o lar, menopausa e a aposentadoria como farmacêutica e servidora pública. Essas experiências pessoais culminaram em uma reflexão multifacetada sobre memória, comportamento, padrões sociais e etarismo. A exposição destaca episódios e percepções comuns a muitas mulheres na envelhecência, evidenciando mudanças nas dimensões biológica, estética, psicológica, relacional, profissional e de saúde. O momento, apesar de trazer a possibilidade de uma nova liberdade, é frequentemente reprimido por modelos sociais que geram sentimentos que limitam a expressão e a vivência plena dessa fase da vida. Inspirada por esse contexto, a artista sentiu uma urgência por mudança, levando à necessidade de desconstruir e reconstruir sua vida. Essa metamorfose foi representada metaforicamente pela reforma do “corpo-casa”, onde a artista viveu por mais de três décadas. Durante a investigação, a sensação de invisibilidade e obsolescência conectou-se a padrões comportamentais, incluindo a acumulação de objetos que atestam a existência da artista e reforçaram seu apego. A exposição busca traduzir visualmente a envelhecência feminina, transformando as imagens da casa, móveis e objetos em poemas visuais. Através dessa expressão artística, questiona-se como os refúgios efêmeros podem incorporar valores subjetivos, levando-nos a explorar as casas oníricas de cada indivíduo, perdidas nas sombras de um passado verdadeiro. Para honrar a existência das coisas banais, a artista produziu imagens resultantes de performances com objetos, tornando-os testemunhos da história, rastros de memória que constroem uma cartografia do ser. As performances abordam uma variedade de percepções, desde a inutilidade até a resiliência, proporcionando momentos de catarse e resgate do valor da vida. A mostra levanta questões éticas relacionadas aos padrões comportamentais na envelhecência, destacando a contradição entre valorização e desvalorização da senectude. Acredita-se que a interação do público com as subjetividades apresentadas possa inspirar uma reflexão sobre alternativas e sensibilidades que fogem aos modelos vigentes, aliviando a opressão muitas vezes associada à mulher na envelhecência. Este trabalho ganhou o mundo antes de ser apresentado nas terras cuiabanas. Atualmente, está participando de uma exposição coletiva no México e já participou de outras exposições na Argentina (2022) e na Espanha (2021), sendo que nesta última foi premiado. Sobre a artista Mari Gemma De La Cruz é uma artista visual interdisciplinar que iniciou sua carreira aos 53 anos, em 2016, após ter atuado como farmacêutica. Possui mestrado em Saúde e Ambiente, e suas práticas artísticas incluem fotografia, poesia visual, performance, vídeo e intervenção em espaços urbanos ou naturais. Comprometida com transformações sociais emancipadoras, suas criações resultam de pesquisas numa perspectiva ‘biopsicosocioambiental’, abordando questões cotidianas relacionadas ao feminismo e meio ambiente. Atualmente residindo em Cuiabá, Mari Gemma De La Cruz recebeu premiações e conquistou reconhecimento internacional por seu estilo único e provocativo. Participou de exposições no Brasil, Argentina, Áustria, Bolívia, Chile, Espanha, Honduras, México e Portugal. Site: www.marigemma.com . Rede social: @marigemma.art. Serviço Exposição “Anfêmera” Quando: abertura será no dia 21 de março, às 19 h. O público poderá prestigiar a partir do dia 22 deste mês até 25 de maio, das 8h às 18h. Onde: Casa Cuiabana, rua General Vale no181, Bairro Bandeirantes, Cuiabá. Entrada gratuita.

Saiba quem é Rose Hanbury, a suposta amante do príncipe William

Nos últimos dias, em meio às polêmicas envolvendo o suposto sumiço de Kate Middleton, de 42 anos de idade, o nome da ex-modelo Rose Hunbury, de 40 anos, voltou à tona ao ser apontada como suposta amante do Príncipe William, de 41. Rose conheceu, ainda em 2003, durante suas férias na Itália, David Rocksavage, diretor de cinema e sétimo marquês de Cholmondeley, de 62 anos de idade. Coincidentemente, o marquês é descendente de uma família da aristocracia inglesa e já foi pajem da saudosa rainha Elizabeth II (1926-2022). Os dois estão casados até hoje, têm três filhos e uma casa de férias que é próxima de Kate e William em Norfolk, no Reino Unido. Vale lembrar que o nome de Rose na imprensa não é novidade: ela é apontada desde 2019 como suposta amante de William e os tabloides britânicos afirmam que receberam a informação por meio de fontes anônimas. Kate e Rose seriam amigas e, depois do suposto romance vir a público, a relação delas teria estremecido, tornando Rose persona non-grata, e até teria sido banida do convívio da família. No ano passado, os rumores ganharam força novamente: a revista portuguesa Flash! disse que William teria passado o Valentine’s Day, o Dia dos Namorados internacional, ao lado de Rose, a suposta amante. A relação na realeza britânica teria ficado ainda mais estremecida para Kate depois que o sogro, o rei Charles III, teria permitido inserir novamente Rose no convívio da família real britânica novamente. Segundo o site Daily Mail, Charles III decidiu até escalar para o cargo de Lord-in-waiting ninguém menos que David, o marido de Rose. “Eles estão voltando ao coração da corte real”, disse o tabloide na época. Rose e Kate, porém, teriam levado tudo com uma invejável aula de etiqueta, já que príncipe George , filho mais velho de Kate e William, foi pajem da cerimônia ao lado de Oliver, filho de Rose com o marido, David. “Mesmo com a tensão do encontro, elas tiveram a chance de falar pela primeira vez em algum tempo e fizeram as pazes. Agora, espero, não haverá nenhum constrangimento entre seu círculo social neste verão”, disse uma fonte da revista britânica Ok! Magazine. G1

Nova usina de etanol de milho no Vale do Araguaia irá produzir 935 mil litros por dia

Em 2023, Mato Grosso liderou o ranking nacional de produção de etanol de milho. O governo do estado anunciou na quinta-feira (14), a instalação de uma nova usina de etanol de milho, em Porto Alegre do Norte, no Vale do Araguaia. A indústria terá capacidade de produzir, diariamente, 935 mil litros de etanol, 587 toneladas de DDGS (farelo de milho) e 37 toneladas de óleo de milho. A 3tentos, que já atua com o processamento de soja no município de Vera,vai investir R$ 1,04 bilhão para a construção da fábrica. Caso a planta opere em capacidade total, poderá demandar algo em torno de 2 mil toneladas de milho por dia na região, considerando que uma tonelada de milho produz cerca de 450 litros de etanol. Os representantes da empresa gaúcha, responsável pela implantação da indústria, estiveram reunidos com o governador para definir a estrutura baseada no desenvolvimento em um ecossistema produtivo democrático. A construção está em andamento e as operações devem iniciar em 2026. O presidente da 3tentos, Luiz Osório Dumoncel, apontou que a expansão da região do Araguaia na produção de grãos foi um dos motivos para a escolha da nova usina. “Existe uma junção entre potencial produtivo, perfil profissionalizado de pecuaristas, que investem cada vez mais em tecnologia, logística de escoamento favorável, com a BR 158, e também a atuação do governador Mauro Mendes e do vice Otaviano Pivetta, sempre lado a lado conosco, que nos motivou a investir na região”, relatou. Mauro Mendes afirmou que o que deu confiança aos empresários foi a garantia de segurança jurídica e melhorias na infraestrutura e logística mato-grossense.   “Estamos experimentando um grande crescimento e desenvolvimento em todas as regiões do estado, sem exceção. Com a ampliação e consolidação do setor industrial, seguramente, temos uma das maiores capacidades, entre todas as regiões do planeta, de expandir a produção de alimentos e de biocombustíveis de forma sustentável para o mundo”, enfatizou o governador do estado, Mauro Mendes.  O prefeito de Porto Alegre do Norte, Daniel Lago, afirmou que a chegada da usina vai beneficiar não apenas o município, mas toda a região do Vale do Araguaia, conhecida até pouco tempo atrás como “Vale dos Esquecidos”.  A previsão é de que 3 mil pessoas sejam empregadas durante a construção da usina. Após a conclusão, o complexo industrial deve empregar de 250 a 300 trabalhadores permanentes. Canal Rural MT

Vereador rompe com Emanuel e perde cargos na prefeitura

Vereador Marcus Brito Junior (PV) acabou perdendo cargos que havia indicado à gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).  Segundo ele, as demissões de servidores ligados a ele ocorreram após o parlamentar votar favorável à Comissão Processante que poderá cassar o mandato do gestor municipal, acusado de chefiar uma organização criminosa na Saúde. “Hoje, em retaliação, já tive vários servidores exonerados. Se isso é ser parceiro, eu te acompanhar mais de três anos e agora sofrer as consequências? Eu tô pronto! Não dependi de você para estar aqui e não vou depender de você para voltar também. Eu tenho o meu grupo e chama-se Marcus Brito Junior. Eu sou o quinto mais votado na cidade, eu tive 3.194 votos”, disse o vereador, indignado.