Botelho lidera intenção de votos dos cuiabanos com 33%; Abílio tem 19% e Lúdio 14%

A nova pesquisa realizada pela MT Dados para traz o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), deputado Eduardo Botelho (União Brasil), liderando a intenção de votos dos cuiabanos com 33% na disputa pela Prefeitura de Cuiabá. O deputado federal Abílio Júnior (PL) aparece em segundo, com 19%, seguido pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT), 14%. Este é o primeiro levantamento do instituto realizado após Botelho ser confirmado como pré-candidato pelo presidente estadual do União Brasil, o governador Mauro Mendes. Botelho disputou a pré-candidatura internamente por meses com o chefe da Casa Civil, Fábio Garcia. O vice-prefeito José Roberto Stopa (PV) aparece com 6% da intenção de votos dos entrevistados, enquanto o deputado estadual Juca do Guaraná Filho (MDB) recebeu 4%. Marcos Ritella e Ulisses Moraes (Podemos) também foram citados na pesquisa, com 1% cada. Brancos e nulos somaram 5% e 17% dos cuiabanos não souberam ou não quiseram responder. Já no segundo cenário, com Lúdio confirmado como candidato da Federação Brasil da Esperança, o que excluiria Stopa da disputa, a tendência de vitória de Botelho se mantém. Ele lidera com 34% das intenções de voto, seguido por Abílio, com 19% e com o petista recebendo 15% da preferência do eleitorado. Juca do Guaraná aparece em quarto, com 4%. Brancos e nulos somaram 7% e 20% dos cuiabanos não souberam ou não quiseram responder. A terceira hipótese testada foi a troca entre Lúdio e Stopa e, nestas condições, o levantamento aponta para a vitória em primeiro turno de Botelho, que dispara nas intenções, atingindo 38% das intenções. Abílio segue com os mesmos 19%, enquanto o vice-prefeito de Cuiabá tem 7% da preferência, seguido por Juca com 5%. O indicativo de definição em primeiro turno se dá porque a soma das intenções dos três oponentes é menor do que o índice atingido pelo candidato do União Brasil. Neste cenário, brancos e nulos somaram 9% e 22% dos cuiabanos não souberam ou não quiseram responder. Segundo turno A liderança de Botelho se consolida em todos os cenários testados de um eventual segundo turno na disputa pelo Palácio Alencastro. Ele vence Abílio por 45% a 21%, Lúdio por 44% a 18% e Stopa por 49% a 8%. O MT Dados também testou possibilidades de segundo turno sem Botelho e se a disputa fosse entre Abílio e Lúdio, o candidato do PL venceria por 25% a 24%. Já se a disputa fosse entre Lúdio e Stopa, o petista levaria a melhor, 27% a 11%. Abílio lidera quando o quesito avaliado é o da rejeição, quando o eleitor indica em quais candidatos ele não votaria de jeito nenhum. 22% dos eleitores afirmaram não votar, em nenhuma hipótese, no deputado federal. A segunda maior rejeição é a de Juca do Guaraná, com 14%, seguido por Lúdio, com 13%, e Stopa, com 8%. Líder nas pesquisas, Botelho é o candidato que tem a menor rejeição, apenas 5%.

Operação cumpre ordens de prisão e buscas contra grupo que se associou a presos em ações criminosas

A Delegacia da Polícia Civil de Tapurah deflagrou, nesta terça-feira (12), a Operação Gravatas, para cumprir 16 ordens de prisões preventivas e buscas e apreensões contra quatro advogados, um policial militar e três líderes de uma facção criminosa que estão custodiados no sistema prisional. A ação operacional conta com apoio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e regionais da Polícia Civil de Nova Mutum e Sinop. Os mandados são cumpridos nas cidades de Sinop e Cuiabá. A investigação da Delegacia de Tapurah apontou a existência de uma organização criminosa com a participação dos advogados e do policial militar. Os relatórios de investigação policial, que reúnem mais de mil páginas, detalham a conduta dos investigados e que cada advogado tinha uma tarefa bem definida em benefício da organização criminosa. A investigação apontou que os líderes da facção criminosa se associaram de forma estruturalmente ordenada aos quatro advogados, que representavam o braço jurídico do grupo, e havia uma clara divisão de tarefas a fim de obterem vantagem de natureza financeira e jurídica, entre outras, com a prática de crimes como o tráfico de drogas, associação ao tráfico, tortura e lavagem de capitais. O delegado responsável pela investigação, Guilherme Pompeo, pontuou que o braço jurídico atuou à margem da lei e sem respeitar os princípios éticos que regem a entidade da categoria. “Não se trata da instituição democrática do direito de defesa em essência, que encontra respaldo nos direitos fundamentais da Constituição da República, mas sim de verdadeira associação voluntária dos juristas à organização criminosa”, salientou. Além da atividade legal A investigação apontou ainda que os advogados realizaram diversas tarefas para além da atividade jurídica legal, ou seja, atuaram à margem da lei com o propósito de embaraçar investigações policiais, repassar informações da atuação policial em tempo real, auxiliar em crimes graves, como tortura, realizando o levantamento de dados das vítimas. Ainda intermediaram a comunicação entre os líderes da organização criminosa, que estão presos, com outros integrantes que estão soltos. O grupo criminoso contou ainda com a ajuda de um policial militar de Sinop, que enviou ilegalmente dezenas de boletins de ocorrência para os advogados. Os boletins depois eram encaminhados aos líderes da facção criminosa que se encontram detidos no sistema penitenciário. Em tempo real, aqueles que mantinham a organização e o controle do tráfico de drogas conseguiam informações sobre a atuação policial, tanto da Polícia Civil quanto da Militar. “O acesso ilegal a tais dados, por indivíduos de alta periculosidade, coloca em risco a vida de policiais éticos e de testemunhas envolvidas nas ocorrências”, observou o delegado. A equipe da Delegacia de Tapurah apurou ainda o número de pessoas que a banca de advogados defendeu nos últimos dois anos. O advogado de Sinop representou 205 clientes neste período e, destes, 168 eram ligados a uma facção criminosa com envolvimento por tráfico de drogas, roubos, homicídios, ou seja, 81,95% de criminosos violentos. “Demonstra-se, assim, mais um indício de que a braço jurídico existe para atender ao interesse da organização criminosa”, destacou Guilherme Pompeo. Apreensões Durante o cumprimento dos mandados foram apreendidos, na casa de uma advogada em Sinop, em torno de R$ 100 mil. As ordens de prisão e de buscas contra os presos já custodiados foram cumpridas no Sistema Penitenciário em Cuiabá. O cumprimento das ordens judiciais contra os advogados foi acompanhado pelo Tribunal de Prerrogativas da OAB-MT.