Botelho busca aliança com Russi e Beto para construção de chapa

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Cuiabá, Eduardo Botelho, revelou nesta terça-feira (27) que convidou o colega Beto Dois a Um (PSB) para liderar o diretório do União Brasil em Cuiabá e ajudar na montagem de chapas para as eleições municipais deste ano. O convite foi feito em uma reunião no Palácio Paiaguás nesta manhã. O chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (UB), e o presidente do PSB, deputado estadual Max Russi, também participaram do encontro. Segundo Botelho, Beto foi receptivo ao convite de ajudá-lo a formar um arco de alianças. Contudo, ele precisa da autorização de Max para viabilizar a mudança. “Eu pedi ao Beto para voltar ao União para ajudar a construir a chapa aqui. Ele está pronto para vir, vamos aguardar a conversa com o PSB para ver se libera para assumir o partido em Cuiabá e ajudar a fazer articulações com outros partidos”, revelou.

Câmara recebe novo pedido de cassação contra Edna Sampaio

A Comissão de Ética da Câmara de Vereadores de Cuiabá recebeu um novo requerimento de abertura de investigação com pedido de cassação por quebra de decoro parlamentar contra a vereadora Edna Sampaio (PT). O documento foi lido nesta terça-feira (27). A representação contra a parlamentar é de autoria do advogado Juliano Rafael Teixeira Enamoto, servidor público da Câmara Municipal de Sapezal (a 500 km de Cuiabá). No documento, o funcionário argumenta seu pedido trazendo à tona suposta rachadinha envolvendo a vereadora e sua ex-chefe de gabinete, Laura Natasha. A petição foi protocolada na última sexta-feira (23) e recebeu parecer favorável da procuradoria da Casa nesta segunda (26). Lida na reunião desta terça, a representação será encaminhada ao presidente da Câmara, vereador Chico 2000 (PL). Segundo o presidente da Comissão, vereador Rodrigo Arruda e Sá, a peça deve ser lida em plenário na sessão da próxima quinta-feira (29). A vereadora Edna Sampaio também não foi notificada sobre essa nova representação. “Esse é um fato novo. O procedimento não foi instaurado. Por isso, ainda não temos ciência de como vai ser todo o trâmite. Estamos fazendo apenas o encaminhamento ao presidente para que ele possa dar prosseguimento com o rito. Em cima da deliberação de leitura do processo na quinta-feira dentro do plenário, o processo [volta à comissão] para as deliberações jurídicas necessárias”, disse. Caso Edna A petista é acusada de transferir o valor integral da VI de R$ 5 mil, que deveria ser destinado à ex-servidora, para uma conta pessoal. O caso veio à tona após Laura Abreu, ex-chefe de gabinete em questão, ter sido demitida grávida pela vereadora. Um processo para investigar Edna foi instaurado pela Comissão de Ética e Decoro Parlamentar. Edna sustenta que não cometeu crime pois, segundo ela, a legislação não determina que a VI seja propriedade da chefe de gabinete. A vereadora também argumenta que usava uma conta que pertencia ao gabinete e que o dinheiro depositado não tinha relação com gastos pessoais. Em depoimento, no entanto, a ex-chefe de gabinete explicou que nunca usou o valor da verba indenizatória e não sabia nem mesmo que existia esse recurso para seu cargo. Ressaltou ainda que não sabia também que tinha direito a vale-alimentação no valor de R$ 300, que todos os servidores recebem. Após 42 dias da sessão que cassou seu mandato, a vereadora Edna Sampaio (PT) conseguiu anular o processo conduzido pela Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá.

Faustão foi submetido a um transplante de rim, confirma hospital

O apresentador Fausto Silva, o Faustão, foi internado no domingo (25) no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, para a realização de um transplante de rim após o agravamento de uma doença renal crônica, afirmou o hospital em boletim divulgado nesta terça-feira (27). Segundo o comunicado, o procedimento ocorreu na manhã de segunda-feira (26) sem intercorrências. Qual é o estado de saúde de Faustão?   “O paciente seguirá em observação para acompanhamento da adaptação do órgão e controle clínico”, diz o boletim assinado pelos médicos Marcelino Durão, nefrologista e coordenador médico de transplante renal do Hospital Israelita Albert Einstein; Sérgio Ximenes, urologista e membro da equipe de transplante renal do Hospital Israelita Albert Einstein; Fernando Bacal, cardiologista do Hospital Israelita Albert Einstein e Miguel Cendoroglo Neto, diretor médico de serviços hospitalares e prática médica do Hospital Israelita Albert Einstein. O que aconteceu com Faustão?   De acordo com o boletim, o procedimento foi realizado após o Einstein ter sido acionado pela Central de Transplantes do Estado de São Paulo e ter realizado a avaliação sobre a compatibilidade do órgão doado. O apresentador recebeu o novo rim cerca de seis meses após ter sido submetido a um transplante de coração devido a um grave quadro de insuficiência cardíaca. Faustão passa por transplante de rim O caso de Faustão, em que um transplantado precisa de um novo órgão renal é incomum, mas não tão raro. No Estado de São Paulo, para se ter uma ideia, dos 2 mil transplantes renais ocorridos em 2023 pelo Sistema Único de Saúde (SUS), 34 foram de uma pessoa já transplantada de outro órgão que precisou receber um rim tempos depois. Essa situação faz o paciente se tornar prioridade ao ser colocado novamente na fila de espera pela cirurgia, explica o nefrologista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) José Osmar Medina Pestana, diretor do Hospital do Rim, também no estado paulista. Problema cardíaco de Faustão está ligado ao transplante de rim? O boletim médico não especificou se o problema no rim de Faustão foi de fato ligado ao procedimento cardíaco. Mas, segundo um trabalho publicado no New England Journal of Medicine, que avaliou 70 mil transplantados entre 1990 e 2000, 16,5% dos pacientes desenvolvem problemas renais. Especialistas ouvidos pelo GLOBO explicam que o principal fator por trás disso costuma ser o uso de medicamentos imunossupressores para atenuar a atividade do sistema imunológico e, com isso, inibir a rejeição do organismo ao transplante. Isso porque, embora indispensáveis, os fármacos são considerados nefrotóxicos, ou seja, têm potencial de causar lesão nos rins, ou agravar quadros preexistentes. ” Depois do sistema imunológico, o rim é o órgão mais sensível aos efeitos tóxicos dos imunossupressores”,  diz Medina. Stephanie Rizk, especialista em terapia intensiva e transplante cardíaco na Rede D’Or, no Hospital Sírio-Libanês e na Cardio-Oncologia do InCor, explica como atuam alguns desses fármacos mais utilizados, os inibidores de calcineurina ciclosporina e tacrolimus. “Os remédios são essenciais, mas a ciclosporina pode causar vasoconstrição nos rins, o que reduz o fluxo renal e consequentemente a taxa de filtração do órgão. Isso pode causar lesão renal tanto aguda, como a longo prazo, de forma crônica. O tacrolimus pode atuar de forma diferente, por meio de danos ao túbulo renal, mas que também afeta o funcionamento do rim”,  diz ela, que é doutora em Cardiologia pela Universidade de São Paulo (USP). A especialista afirma que eventualmente é preciso combinar uma droga com outra, ajustar a dose do imunossupressor ou tentar fazer a troca por um fármaco que seja menos nefrotóxico quando os problemas aparecem. Mas destaca que há outros fatores que podem contribuir para a insuficiência renal como a de Faustão, que vão além dos medicamentos. “Outro cenário é que os pacientes pós-transplante, mais a longo prazo, podem desenvolver uma pressão arterial, que eleva o risco de problemas nos rins. Pode haver também uma doença preexistente. E ele podia ter um comprometimento renal, que não sabemos a causa específica, que pode não ter se resolvido completamente”,  diz, ela lembrando que, segundo o boletim médico da época, o apresentador precisou fazer diálise antes do transplante de coração. Além disso, há o risco de infecções em pacientes imunossuprimidos, caso dos recém-transplantados, que podem atingir o órgão. Em relação ao tratamento e ao prognóstico, a especialista afirma que depende da gravidade do quadro. Em estágios mais avançados, é indicado o novo transplante. Num artigo de revisão publicado em 2021 no American Journal of Kidney Diseases, o diretor-executivo do Programa de Transplante do Hospital Adventista Centura Porter, nos Estados Unidos, Alexander Wiseman, estimou que os casos do tipo, como o do Faustão, representam “aproximadamente 5% da lista de espera para transplante de rim”. As evidências apontam ainda que fatores de risco para que transplantados desenvolvam uma disfunção renal são idade avançada; ser mulher; ter diabetes; ter hipertensão arterial; ter sofrido um quadro insuficiência renal aguda no pós-operatório e ter sido infectado com hepatite C antes do transplante. Relembre o transplante de coração de Faustão   No dia 5 de agosto do ano passado, Faustão foi internado na Unidade de terapia intensiva (UTI) para tratar uma insuficiência cardíaca. O apresentador tinha um quadro grave de insuficiência cardíaca e, por isso, recebeu a indicação para um transplante e foi incluído no início da fila de espera. O que é insuficiência cardíaca? O diagnóstico é uma condição progressiva na qual o coração perde a capacidade de bombear o sangue na quantidade necessária. Isso pode acontecer devido ao enfraquecimento – que foi o caso do apresentador – ou enrijecimento do músculo cardíaco. Quando Faustão passou por transplante cardíaco? Faustão foi chamado para o transplante no final de agosto, quando ocupava o segundo lugar da fila, de acordo com a Central de Transplantes do Estado de São Paulo. Como o primeiro recusou o órgão, o que pode ocorrer devido a fatores como incompatibilidade, o apresentador foi escolhido. Pouco depois da internação, a mulher de Fausto Silva, Luciana Cardoso, criou um perfil no Instagram para incentivar a doação de órgãos,

Deputados e representantes de empresa discutem conflito envolvendo obra de ferrovia

Deputados estaduais e representantes da empresa Rumo Logística estiveram reunidos, na segunda-feira (26), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), em busca de um entendimento para o conflito envolvendo a instalação da Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio Vuolo no município de Rondonópolis. Moradores de seis bairros tentam impedir a mudança no traçado dos trilhos, autorizada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Com o objetivo de solucionar o impasse e garantir a continuidade da obra, os deputados presentes sugeriram a realização de visita técnica e reunião em Rondonópolis, com participação de técnicos da prefeitura, das secretarias de Meio Ambiente envolvidas e da empresa responsável. A Rumo Logística também se comprometeu a analisar a proposta alternativa de traçado desenvolvida pela prefeitura da cidade. Participaram da reunião os deputados Nininho (PSD), Thiago Silva (MDB), Sebastião Rezende (União Brasil), Cláudio Ferreira (PL) e Eduardo Botelho (União Brasil). Eles defendem a ferrovia e a importância dela para a economia de Mato Grosso, mas não concordam com o traçado proposto pela Rumo, que implicaria na construção de trilhos dentro da cidade. Durante a reunião, os parlamentares reforçaram a necessidade de ouvir a população e de encontrar um caminho de conciliação entre os interesses econômicos da empresa e os interesses dos moradores. O professor Agnaldo Gomes, morador de Rondonópolis, é uma das pessoas que será diretamente afetada caso a mudança no projeto se concretize. Para ele, a alteração deveria ter sido discutida com os moradores, por conta da ampliação observada no empreendimento. Agnaldo participou da reunião na ALMT, onde foi ouvido pelos parlamentares e representantes da Rumo. “Se isso não mudar, a ferrovia passará no meu quintal. Como parte interessada, comecei a acompanhar o processo de concessão e a liberação das licenças. Juntei muita documentação e posso garantir que há diversos problemas até aqui, como o fato do Governo de Mato Grosso declarar a utilidade pública de áreas pertencentes ao município e não buscar aval legislativo para isso, como determina a lei”, explicou o professor. O procurador-geral de Rondonópolis, Rafael Santos Oliveira, representou o prefeito da cidade na reunião. Ele reforçou a necessidade de estreitar o diálogo com a empresa responsável pela obra e defendeu a proposta alternativa desenvolvida pelos técnicos do município como um caminho para resolver a questão. “A nossa proposta não inviabiliza economicamente o empreendimento e ainda tira a ferrovia do limite urbano, até porque a nossa Lei de Uso e Ocupação do Solo não permite a edificação de ferrovias dentro da cidade, como ocorrerá no projeto defendido pela Rumo, em que os trilhos passam a quarenta metros de um bairro”, disse o procurador-geral. No projeto original, os trilhos da ferrovia ficariam a aproximadamente 30 quilômetros de distância da cidade de Rondonópolis, no entanto, a empresa Rumo alterou o traçado e o submeteu a apreciação da Sema, que concedeu a licença para instalação dos trilhos, com impacto direto para os bairros Vila Operária, Jardim Maria Amélia, Pedra 90, Rosa Bororo, Parque Universitário e Vila Olinda. De acordo com Guilherme Perin, um dos representantes da Rumo, mudanças em projetos desse tipo são comuns e devem continuar acontecendo até o fim do processo. “Ao longo da obra, várias empreiteiras são contratadas, por períodos determinados. Cada uma que chega, naturalmente, apresenta sugestões para a melhor gestão e andamento dos trabalhos”, explicou Perin. No caso da ferrovia Vicente Emílio Vuolo, a empresa argumenta que o projeto original previa a construção de uma ponte de 2.200 metros, o que demandaria mais tempo e recursos para conclusão da obra. No novo traçado, a ponte prevista é de 400 metros e, além disso, haveria redução de 25% no desmatamento provocado pelo empreendimento. O conflito envolvendo a obra da ferrovia na cidade de Rondonópolis tem tido desdobramentos judiciais. Em janeiro deste ano, a ALMT expediu um decreto para suspender a Licença de Instalação da obra. Para derrubar o decreto e dar continuidade à ferrovia, o Governo do Estado apresentou três ações diferentes: uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), no Supremo Tribunal Federal (STF), assim com um Mandado de Segurança e uma Ação Direta de Inconstitucionalidade. Apesar de uma liminar ter suspendido o decreto legislativo, a Procuradoria da ALMT tenta reverter a decisão a partir de recurso apresentado. Nos processos que envolvem a ferrovia, a Casa de Leis aponta, entre outras questões, a inobservância de autorização legislativa para desapropriação de áreas, o não cumprimento das resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) que exigem Certidão de Uso e Ocupação do Solo emitida pelo município, realização de audiências públicas para ouvir a população e manifestação do órgão ambiental municipal sobre os procedimentos. “O que ficou claro é que todos querem que essa obra aconteça, ela tem potencial para alavancar ainda mais a economia do Estado, mas não do jeito como está, através de uma opressão de capital provocar uma tragédia social para moradores de seis bairros, centenas de famílias. O que se deseja é que o traçado volte ao original ou que seja adotado um novo caminho, de forma que ele se afaste desses bairros quando chegar à cidade”, explicou Bruno Cardoso, subprocurador Geral Administrativo da ALMT. Segundo ele, o Legislativo seguirá a sugestão da desembargadora e fará proposta para que seja realizada audiência de conciliação. No projeto original, os trilhos da ferrovia ficariam a aproximadamente 30 quilômetros de distância da cidade de Rondonópolis. Com a alteração aprovada pela Sema, os trilhos atravessarão o município e atingirão diretamente os bairros Vila Operária, Jardim Maria Amélia, Pedra 90, Rosa Bororo, Parque Universitário e Vila Olinda. Para aprovação do decreto legislativo, os deputados levaram em conta os impactos sociais, ambientais, bem como os riscos de acidente, barulho excessivo e necessidade de desapropriações para concretizar a obra.

Em primeira participação presencial no STF, Dino diverge de Zanin

O ministro Flávio Dino, recém-empossado no Supremo Tribunal Federal (STF), fez nesta terça-feira (27) sua estreia em uma sessão presencial de julgamento, durante a análise de um habeas corpus na Primeira Turma. Em seu voto, ele divergiu do ministro Cristiano Zanin, que também assumiu o cargo há pouco tempo, meses antes. Ambos foram indicados ao Supremo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O processo em julgamento tratava de uma denúncia de corrupção e abuso de prestígio por um advogado, que teria cobrado R$ 100 mil para influenciar a decisão de um desembargador. Advogado de carreira, Zanin seguiu o relator, Luiz Fux, e votou pelo trancamento da ação penal, por considerar que ela foi aberta com base apenas em uma delação premiada, sem confirmação por outras provas. Já Dino seguiu a divergência aberta pela ministra Cármen Lúcia, que votou pela continuidade do processo criminal. Em seu voto, Dino defendeu que “o Supremo não atua no éter”, destacando que os pedidos que chegam à Corte, na maior parte das vezes, já percorreram um longo caminho na Justiça, motivo pelo qual os ministros devem considerar o que foi decidido em instâncias anteriores na hora de proferir suas próprias decisões. Com essa fundamentação, Dino votou contra o trancamento da ação penal. Ele frisou haver “indícios de corroboração da colaboração” trazidos à denúncia pelo Ministério Público, razão pela qual a instrução do processo merece continuar, conforme já havia sido decidido pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Tribunal Regional Federal de 5ª Região. O habeas corpus foi o único caso julgado pela Primeira Turma nesta terça-feira. Logo em seguida, o presidente do colegiado, ministro Alexandre de Moraes, encerrou a sessão. Esse, contudo, não foi o primeiro voto proferido por Dino no Supremo. Na segunda-feira (26), o ministro registrou um voto no plenário virtual, no processo que discute a possível repercussão geral de uma disputa entre um motorista de aplicativo e a plataforma Uber. Agência Brasil

Embaixador pede à mídia brasileira que mostre verdade sobre Gaza

O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, pediu nesta terça-feira (27) aos jornalistas brasileiros presentes na embaixada, em Brasília, que mostrem a verdade sobre o que acontece na Faixa de Gaza. “Apelamos a vocês, amigos jornalistas, para que nos ajudem a mostrar a situação verdadeira, dramática e triste na Palestina à opinião pública brasileira. É um ato de solidariedade por vossa parte e um ato corajoso de profissionalismo”, afirmou o diplomata, Alzeben convocou a imprensa para uma conversa sobre o conflito no Oriente Médio e em sinal de apoio à Palestina, compareceram ao encontro embaixadores no Brasil do Iraque, da Líbia, do Marrocos, do Líbano, da Síria e da Liga dos Estados Árabes, que representa os 22 países da região. Após a coletiva com a imprensa, o embaixador palestino afirmou à Agência Brasil e à Rádio Nacional que a “grande mídia” brasileira ainda não mostra exatamente o que acontece em Gaza e argumentou que “cada palavra a mais sobre a verdade do que acontece em Gaza é uma bala a menos”. Ibrahim argumentou que Gaza está ameaçada de extinção e que o “fantasma da morte” paira sobre o minúsculo pedaço de terra. “Três quartos [de Gaza] estão destruídos. O último quarto que sobra está lotado com 1,6 milhão de cidadãos condenados a um destino desconhecido. O resto de seus habitantes são refugiados, expulsos ou possivelmente morrendo de fome. Os hospitais em Gaza não estão funcionando. As padarias não têm farinha, nenhum combustível”, relatou. Para o diplomata, todos os atos praticados por Israel mostram que se trata de um genocídio. “Todos os elementos dos atos no terreno mostram a existência de genocídio, atos premeditados e praticados em série”, acrescentou Alzeben, que ainda elogiou a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de denunciar as ações de Israel em Gaza. Israel nega que esteja havendo genocídio em Gaza. Durante sessão sobre o tema na Corte Internacional de Justiça (CIJ) decorrente da denúncia da África do Sul, o governo de Tel Aviv afirmou que a acusação é uma distorção da situação em Gaza e que o país apenas estaria exercendo seu direito à autodefesa. Críticas à mídia No último domingo, um ato convocado pela Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) em frente à TV Globo, no Rio de Janeiro (RJ), acusou a emissora de não escutar os palestinos em suas reportagens, sendo recorrentes as reclamações da comunidade palestina no Brasil sobre a cobertura da mídia brasileira em relação ao conflito. A Rede Globo, que é a maior emissora do país, não respondeu a Agência Brasil, até o fechamento desta reportagem, para comentar as críticas à cobertura da guerra. O embaixador palestino Ibrahim Alzeben ainda chamou a atenção para os assassinatos de jornalistas em Gaza. Desde o dia 7 de outubro, 96 profissionais de imprensa foram mortos, segundo a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ). Dados do Sindicato dos Jornalistas Palestinos, por sua vez, afirmam que o número de profissionais de mídia assassinados chegou a 126 nos quase 5 meses de guerra. “Muitas verdades foram soterradas com eles [jornalistas palestinos]. A imprensa está proibida de estar presente e de atuar para realizar seu trabalho na Faixa de Gaza e, em muitas partes, também da Cisjordânia e de Jerusalém. Em quatro meses foram assassinados mais jornalistas do que nos sete anos da 2ª Guerra Mundial. Na 2º Guerra Mundial foram assassinados 67 jornalistas”, destacou o embaixador. Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, o jornalista que perdeu família em Gaza, Wael Al-Doudouh, da TV Al-Jazeera, contou que o trabalho jornalístico em Gaza se tornou “quase impossível”, que os jornalistas viraram “alvo” no enclave e apelou para que os veículos de imprensa denunciem com mais firmeza o que ocorre na região. Por outro lado, Israel tem afirmado que, em alguns casos, os jornalistas assassinados tinham relação com atividades terroristas. Porém, o Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ) rebate que “nenhuma prova credível jamais foi produzida” para sustentar essas acusações. Esperança Além de pedir ajudar à mídia brasileira, o embaixador Ibrahim Alzeben revelou que está com esperanças de que um cessar-fogo ponha fim às hostilidades nos próximos dias. Ele espera que um acordo impeça a invasão da cidade de Rafah, próximo à fronteira com Egito, que hoje abriga cerca de 1,6 milhão de palestinos refugiados. Para Alzeben, a economia de Israel e dos países da região não aguentam mais a guerra. “Esta guerra desgastou toda a região e a economia de toda a região. Além das grandes quantidades de vítimas mortais, de destruição, a região não aguenta mais. Tanto palestinos como israelenses, nos custa aguentar”, afirmou o embaixador em entrevista O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que Israel estaria pronto para um cessar-fogo que poderia ser assinado na próxima semana, embora ainda não haja confirmação de acordo por parte do Hamas. Agência Brasil

Operação integrada combate a extração ilegal de madeira na Estação Ecológica do Rio Ronuro

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema), a Polícia Militar – Equipe Raio de Sinop – e a Secretária Estadual do Meio Ambiente (Sema) deflagraram na sexta-feira (23), a Operação Porteira Fechada, com foco no combate a extração ilegal de madeira na Estação Ecológica do Rio Ronuro.  A ação teve como objetivo localizar pontos estratégicos de retirada de madeira e combater as organizações criminosas instaladas na região envolvidas na extração ilegal madeira, realizando patrulhamento com abordagens e trabalho de inteligência coletando informações. Durante os trabalhos, as equipes se depararam com um tronco atravessado na estrada, modus operandi utilizados pelos criminosos para impedir acesso e fiscalizações dos órgãos competentes. Nome da operação O nome da operação faz referência a atuação dos criminosos, que audaciosamente colocam porteiras, correntes e tronco de árvores nos locais de acessos dentro da estação ecologia.

Artistas de MT e público passam a contar com plataforma de streaming de música regional

Já está no ar o Portal da Música de Mato Grosso, uma plataforma de streaming democrática e de valorização da cultura mato-grossense. A iniciativa visa alavancar carreiras oferecendo gratuitamente as obras dos músicos regionais ao maior número de pessoas possível. Inicialmente, o portal está aberto para o cadastro de novos artistas pelo link. A previsão é de que o acervo fique disponível já no início de março. Para os artistas, a plataforma permite o upload ilimitado de músicas, fotos, videoclipes, agenda de shows e outras informações. Além disso, os autores das obras podem decidir se disponibilizam ou não as canções para download gratuito, expandindo o acesso às produções.  O músico Marcos Levi de Barros, presidente da Associação Mato-grossense de Cultura (AMC), realizadora do projeto, explica que a plataforma de streaming tem como objetivo facilitar o acesso irrestrito à musicalidade de Mato Grosso em qualquer hora e local. Com layout fácil e intuitivo, o Portal da Música de Mato Grosso incentiva a descoberta de novas músicas e, ao mesmo tempo, funciona como uma ‘vitrine’ para os artistas e bandas regionais.  “O Portal da Música de Mato Grosso tem a missão de se tornar um grande mosaico da música mato-grossense em suas diversas linguagens extrapolando quaisquer fronteiras. Além disso, a plataforma se consolida como um espaço de memória da produção musical do estado”, enfatiza.  Na avaliação do cacerense Milton Guapo, cantor, compositor, precursor do rasqueado, pesquisador, escritor e condecorado com  o título de Mestre da Cultura Popular pelo Ministério da Cultura, o Portal da Música de Mato Grosso chega como uma ‘meca’ para o músico mato-grossense. “Nessa mudança de paradigma com a internet, a plataforma surge para promover o artista para que ele seja visto, seja convidado para shows, para trabalhos. Se chegar uma pessoa de outro lugar aqui, ela vai na plataforma e passa a conhecer tudo isso que está lá. O Portal da Música de Mato Grosso será uma meca para os artistas mato-grossenses. A pessoa que quiser conhecer nossa musicalidade, terá que acessar”, comenta o músico. Realizado pela AMC, o Portal da Música de Mato Grosso conta  com o patrocínio da Secretaria de Estado de Esporte, Cultura e Lazer (Secel) e da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e apoio da Vendetta Produções.

Pescadores causam tumulto na entrada da Assembleia Legislativa

Centenas de pescadores e pessoas que vivem da pesca causaram tumulto na entrada da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), na manhã desta terça-feira (27). Eles acompanharam uma audiência pública, convocada pelo deputado Wilson Santos (PSD), que trata sobre o projeto de lei que altera a lei do Transporte Zero. Devido ao acúmulo de pessoas, houve confusão e empurra-empurra, policiais tentaram interferir para organizar a entrada com a entrega de senhas, mas a situação causou mais bagunça. Para tentar acomodar todos os pescadores, quem não conseguiu senha para entrar no auditório, vai acompanhar a audiência pública no Teatro Zulmira Canavarros.

Missa de sétimo dia de Ivens Scaff será realizada na Igreja São Gonçalo em Cuiabá

A missa de sétimo dia do médico infectologista e poeta, membro da Academia Mato-grossense de Letras (AML), Ivens Scaff será realizada na Igreja São Gonçalo, localizada na Avenida 15 de novembro, no bairro Porto, em Cuiabá, às 19 horas desta terça-feira (27). O ícone da ‘cuiabania’ morreu na quarta-feira (21) ao passar por um procedimento cirúrgico no Hospital das Forças Armadas de Brasília, onde estava internado há cerca de um mês. Ivens apresentou um estado delicado no período pós-operatório e não resistiu. Ele tinha câncer no fígado. O profissional marcou a história da Medicina em Mato Grosso, pois foi um dos precursores na implantação do tratamento de infectados pelo vírus HIV. Atuou por décadas no serviço público de saúde em Cuiabá e era uma referência na área de infectologia.