Brasil pede que Corte declare ilegal ocupação de Israel na Palestina
O Brasil pediu nesta terça-feira (20) à Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, nos Países Baixos, que declare como ilegal a ocupação dos territórios palestinos por forças militares de Israel. Para o Brasil, a ocupação, que dura desde 1967, viola as leis internacionais e o direito à autodeterminação do povo palestino. “O Brasil espera que o tribunal reafirme que a ocupação israelense dos territórios palestinos é ilegal e viola obrigações internacionais por meio de uma série de ações e omissões de Israel”, afirmou a representante do Brasil em Haia, Maria Clara de Paula Tusco. A diplomata brasileira acrescentou que práticas persistentes da ocupação de Israel nas terras palestinas “equivalem à anexação” daqueles territórios e pediu que a Corte leve em conta medidas tomadas por Israel, como o confisco de terras palestinas, a destruição de casas dos palestinos, a construção de colônias israelenses e do muro na Cisjordânia, além da adoção de medidas que alteram a composição demográfica dos territórios ocupados. O governo brasileiro se manifestou em audiência pública na CIJ, principal órgão judicial das Nações Unidas (ONU). A Corte realiza audiências públicas até a próxima segunda-feira (26) para ouvir 52 países sobre a consulta que a Assembleia geral da ONU fez aos juízes do tribunal internacional. Em resolução aprovada em dezembro de 2022, a Assembleia-Geral da ONU questionou a CIJ sobre as “Consequências Jurídicas decorrentes das Políticas e Práticas de Israel no Território Palestino Ocupado”. Os países querem saber, entre outras informações, o que Israel pode sofrer por supostamente violar o direito do povo palestino à autodeterminação. Segundo a representante do Brasil na ONU, a decisão do país de participar dessa consulta é devido ao “compromisso histórico do país de respeitar o direito internacional, de fomentar o multilateralismo e de promover a solução pacífica de controvérsias”. Ainda segundo o Brasil, a violação do direito dos palestinos à autodeterminação “não pode ser aceita, muito menos normalizada pela comunidade internacional”. Maria Clara lembrou ainda que a Resolução do Conselho de Segurança da ONU 242, de 1967, enfatizou a proibição da aquisição de território pela força e instruiu Israel a retirar as suas tropas das terras então recentemente ocupadas. “No entanto, a ocupação persiste até hoje e foi agravada pela construção do muro de separação do território palestino, pela construção de colônias ilegais na Cisjordânia e pela anexação de Jerusalém Oriental”, acrescentou. Discriminação O governo brasileiro ainda destacou que o estabelecimento de dois sistemas jurídicos distintos, um para os colonos israelenses e outro para os palestinos na Cisjordânia ocupada, representa uma discriminação contra o povo palestino. “Este tratamento diferenciado é evidente e bem documentado e também deve ser abordado pelo tribunal”, acrescentou a representante brasileira. O regime político-jurídico na Cisjordânia ocupada tem sido denunciado como um regime de apartheid por organizações internacionais de direitos humanos, como a Anistia Internacional e o Human Rights Watch, e por relatores independentes da ONU. As autoridades israelenses rejeitam essa avaliação. Medidas Ao final da manifestação, o Brasil enumerou as medidas que espera que sejam tomadas para pôr fim a ocupação. Entre elas, estão o fim da ocupação de Israel e a reparação ao povo palestino pelas violações cometidas. Além disso, o Brasil pede que nenhum Estado reconheça a ocupação e que não adotem ações ou medidas que colaborem com a ocupação desses territórios. Por fim, a diplomata Maria Clara de Paula Tusco reforçou que o Brasil defende a solução de dois Estados para o encerramento do conflito. “A criação de um Estado palestino independente, soberano e economicamente viável, coexistindo com Israel em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, que incluem a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental como sua capital”. Israel O governo de Israel não vai participar das audiências públicas para discutir a ocupação dos territórios palestinos. Em documento de cinco páginas enviado à CIJ, Israel condenou a resolução que determinou a análise do caso, dizendo que a decisão representa uma “distorção da história e da realidade atual do conflito israelense-palestino” e que, por isso, prejudica a construção da paz. “Ao apontar o dedo apenas para um lado, as questões ignoram milhares de israelenses mortos e feridos que foram vítimas de atos assassinos de ódio palestinos e do terrorismo – atos que continuam a pôr em perigo diariamente os civis e a segurança nacional de Israel”, afirma o documento. Entenda Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a Grã-Bretanha transferiu para as Nações Unidas a responsabilidade pelo território que hoje é ocupado por Israel e pela Palestina. Desde o final da Primeira Guerra Mundial, a chamada Palestina histórica era controlado pelos ingleses. Com a Resolução 181, de 1947, a Assembleia-Geral da ONU recomendou a partilha da Palestina entre judeus e árabes. Porém, apenas o Estado de Israel foi criado. Em 1967, após mais uma guerra na região, Israel ocupou militarmente a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e a Jerusalém Oriental, que então estavam sob o controle do Egito e da Jordânia. Após esse conflito, a Assembleia da ONU aprovou a Resolução 242, de 1967, que determinou “a retirada das forças armadas israelitas dos territórios que ocuparam”. Apesar dessa resolução, a construção de assentamentos israelenses na Cisjordânia continuou e hoje são 300 colônias consideradas ilegais, segundo a ONU, dentro da Cisjordânia, onde vivem cerca de 700 mil colonos israelenses. Em 2005, Israel deixou a Faixa Gaza, apesar de manter um cerco ao enclave controlando a saída e a entrada de pessoas e mercadorias. Agência Brasil
Gaeco de MT cumpre ordens judiciais em apoio à operação do Paraná
Nesta terça-feira (20), o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo, também prestou apoio à operação “Pôr do Sol”, realizada pelo Gaeco do Paraná. A operação investiga organização criminosa com atuação no transporte interestadual de grandes quantidades de substâncias entorpecentes, receptação de painéis solares oriundos de furtos e/ou roubos e lavagem de dinheiro. Segundo informações do Gaeco do Paraná, foram cumpridos 43 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão preventiva nos municípios de Toledo, Medianeira e Cascavel, no Paraná, e em Várzea Grande, em Mato Grosso. Dois dos mandados de prisão foram expedidos pela Vara da Auditoria Militar e têm como alvo dois policiais militares suspeitos de corrupção para proteção dos interesses do grupo. Em Várzea Grande, foram realizadas buscas em dois endereços, sendo três alvos. Foram apreendidos aparelhos e chips de celulares, duas CPU’s, além de cheques e diversos documentos. Sete agentes do Gaeco de Mato Grosso e 14 servidores da Polícia Militar e Polícia Judiciária Civil participaram da operação, que contou também com apoio da Força Tática da Polícia Militar e Grupo de Operações Especiais (GOE). MAIS DETALHES As investigações tiveram início em 2022, pelo Gaeco de Cascavel, a partir do recebimento de informação de que o grupo teria recepcionado uma carga de painéis solares roubados em Minas Gerais. A organização disfarçava a origem dos valores obtidos com as atividades ilícitas utilizando contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas para a realização de transferências fracionadas feitas sucessivamente até que se chegasse à liderança da organização. De acordo com o apurado, a organização teria movimentado mais de R$ 140 milhões, entre créditos e débitos, entre janeiro de 2020 e agosto de 2023. No curso das investigações, foram apreendidos 8.456 quilos de substância análoga à maconha, que o grupo transportava para outros estados da Federação. Um dos principais destinos seria o estado do Rio de Janeiro. Dois integrantes do grupo criminoso foram presos em flagrante no final de 2022 e no início de 2023. A operação de hoje teve por objetivo, além da obtenção de documentos que serão analisados em conjunto com provas já produzidas a partir de medidas cautelares deferidas pela Vara Criminal da Comarca de Toledo, promover o sequestro de bens imóveis, a apreensão de veículos e o bloqueio de ativos financeiros. As ordens judiciais foram cumpridas com o apoio de policiais de outros núcleos do Gaeco do Paraná e do Mato Grosso, bem como de equipes de policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), das Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone), do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron), do 6º Batalhão de Polícia Militar de Cascavel e da Corregedoria da Polícia Militar.
Talitha Morete se revolta com versão de Rodriguinho em papo com Yasmin Brunet: ‘Não entende a gravidade ou esqueceu?’
O papo de Rodriguinho com Yasmin Brunet após a sister descobrir que alguns brothers falaram sobre os corpos das confinadas na casa está dando o que falar. Isso porque o pagodeiro disse para a modelo que não se lembrava de ter participado da tal conversa. No Mais Você desta terça-feira (20), Talitha Morete e Fabricio Battaglini repercutiram o assunto, e a apresentadora se revoltou com a atitude de Rodriguinho. “É inacreditável, né? Eu fico me perguntando… Será que o Rodriguinho não entende a gravidade do que foi dito por eles no quarto ou ele esqueceu e realmente está acreditando nisso?”, disse Talitha. “Esquecer um comentário desse é difícil, ainda mais com todo mundo reunido ali”, respondeu Fabricio. “Ou não quer assumir, né? O Brasil está vendo!”, reforçou a apresentadora. Após comentar o posicionamento de Rodriguinho diante de Yasmin, Thalita e Fabricio recordaram a ideia de Wanessa para animar a amiga: ela organizou um desfile em que todos cruzaram a “passarela” de biquíni e sunga exaltando os corpos reais de cada um. No programa, os apresentadores também mostraram o vídeo gravado por Nizam, que afirmou que vai conversar com Yasmin sobre o assunto quando ela sair da casa. (Gshow)
Governo começa a construir pistas de concreto do sistema BRT na Avenida do CPA
A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) começou a concretar, nesta segunda-feira (19), as pistas do Sistema BRT na Avenida do CPA, em Cuiabá. O serviço é realizado no trecho da Avenida que está em obras, próximo a entrada do Hospital de Câncer. A concretagem é realizada ao mesmo tempo em que outros serviços são executados na Avenida. Neste primeiro momento, os trabalhos se concentram em um trecho de dois quilômetros entre a Avenida Leônida Mendes, que dá acesso ao bairro Morada do Ouro, e a Rua Alenquer, próxima ao Ginásio Verdinho. O secretário adjunto de obras Especiais, Isaac Nascimento Filho, explica que a obra vai ser realizada por etapas, trecho por trecho, a fim de amenizar ao máximo o impacto no trânsito. “Estamos com várias frentes de trabalho, vamos levando ao mesmo tempo. Enquanto estamos fazendo a concretagem aqui, em outro trecho já estamos fazendo a drenagem”, afirma. As obras são realizadas em um trecho da Avenida do CPA sem comércios e residências, com impacto menor no trânsito. No local há sinalização e os motoristas devem prestar atenção. O concreto será utilizado nas pistas onde passarão os veículos do Sistema BRT, devido a sua maior durabilidade. O concreto é um pavimento rígido, ao contrário do asfalto, que é flexível, e por isso fica mais suscetível às ondulações provocadas pela frenagem constante dos ônibus. O primeiro passo para a realização da obra foi a retirada do asfalto. Depois é realizado o sistema de drenagem. Os trabalhos seguem com a terraplanagem e, enfim, o concreto é despejado sobre uma lona impermeável. Depois, o material passa por um processo de varredura, para que ele fique liso e no mesmo nível. A execução do concreto ainda exige um tempo de cura de 15 dias, ou seja, um período em que o material precisa ser trabalhado para garantir que ele não apresente problemas futuramente. Após a finalização das obras, a Avenida do CPA continuará contando com três faixas de rolamento, sendo uma de concreto, com 3,5 metros de largura, e outras duas pistas de asfalto, com 3 metros cada. Sistema BRT O Sistema BRT terá dois corredores em Cuiabá e Várzea Grande. Um corredor vai ligar o Terminal do CPA até o novo Terminal de Várzea Grande. O segundo fará a ligação entre o Terminal do Coxipó e o centro da Capital. Serão operados cinco serviços: duas linhas chamadas de “paradoras”, que farão todo o trajeto dos corredores, parando em todas as estações, e três linhas expressas, que saem do terminal de origem e vão até o centro de Cuiabá com poucas paradas, permitindo, assim, viagens mais rápidas para os usuários. Obras em Várzea Grande Em Várzea Grande, as equipes do Consórcio contratado pela Sinfra-MT trabalham no recapeamento das Avenidas da FEB e João Ponce de Arruda, assim como na execução do material que fará a transição entre as pistas de asfalto e de concreto. O trabalho é necessário para a reabertura de duas pistas em alguns trechos da Avenida, o que está previsto para ocorrer no dia 28 de fevereiro.
Copa do Brasil inicia primeira fase neste terça-feira; Dourado enfrenta Real Noroeste-ES na quarta
A Copa do Brasil inicia sua edição 2024 nesta terça-feira (20). São 92 clubes em disputa, de todas as regiões do país, das Séries A a D e até “sem divisão”, reforçando a alcunha de “competição mais democrática do país”. O Dourado faz sua estreia na competição nesta quarta-feira (21), contra o Real Noroeste-ES. O confronto será às 20h30 (horário de Cuiabá), em Águia Branca (ES). Nesta primeira fase, são 80 times divididos em 40 confrontos de jogo único, e os visitantes têm a vantagem de se classificar com um empate. O torneio abre oficialmente às 16h30, com Porto Velho x Remo, no Aluizão, e às 20h tem Nova Venécia x Botafogo-SP, no José Olímpio da Rocha. Serão 20 partidas no total entre esta terça e a próxima quinta, com as 20 restantes na próxima semana. As equipes que entram em ação neste primeiro momento classificaram-se por estaduais ou critérios estabelecidos por federações locais – entre eles, sete campeões: Cruzeiro, Sport, Vasco, Internacional, Juventude, Criciúma e Corinthians. Premiações Na duas fases iniciais, os clubes participantes recebem valores referentes às respectivas divisões do Campeonato Brasileiro em que estão inseridos. Nesta primeira, por exemplo, por entrar em campo, os times ganham R$ 1,47 milhão (Série A), R$ 1,31 milhão (Série B) e R$ 787,5 mil (demais clubes). Caso passem à segunda fase, embolsam os valores de R$ 1,78 milhão (Série A), R$ 1,47 milhão (Série B) e R$ 945 mil (demais clubes). Fórmula de disputa Os 80 times da primeira fase enfrentam-se em jogo único, com a partida na casa da equipe de pior colocação no ranking. O time visitante possui a vantagem do empate. Na segunda fase, os 40 clubes remanescentes enfrentam-se em 20 duelos definidos por chaveamento, também em jogo único. Desta vez, no entanto, empate leva a decisão aos pênaltis. Na terceira fase, os 20 times recebem 12 novos clubes: Vitória (campeão da Série B), Ceará (campeão da Copa do Nordeste), Goiás (campeão da Copa Verde), Fluminene (campeão da Libertadores), São Paulo (campeão da Copa do Brasil), Palmeiras (campeão Brasileiro), e Grêmio, Atlético-MG, Flamengo, Botafogo, Red Bull Bragantino e Athletico (clubes melhores colocados na Série A). A partir desta fase, os confrontos serão de ida e volta, e definidos por sorteio, assim como os das oitavas. Das quartas de final até a grande decisão, os encontros seguirão o modelo de chaveamento. (Com informações GE)
Justiça Federal bloqueia R$ 132 mi de seis acusados de corrupção no território Xavante
A Justiça Federal de Mato Grosso determinou o bloqueio de R$ 132 milhões em bens de seis réus acusados por exploração ilegal na Terra Indígena Maraiwatsédé, no noroeste do estado. Ao todo, quatro servidores da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), um sargento da polícia militar e um ex-PM são acusados de participar de um esquema de arrendamento ilegal, corrupção e crimes ambientais praticados no interior do território Xavante. Segundo o pedido do Ministério Público Federal, o bloqueio age como indenização pela exploração ilegal, descoberta em março de 2022 durante a Operação Res Capta. A operação investiga, em parceria com a Polícia Federal, estruturas criminosas voltadas ao arrendamento ilegal de áreas da Terra Indígena Maraiwatsédé. De acordo com perícias realizadas no interior da terra indígena, o dano ambiental provocado por queimadas para formação de pastagem, desmatamento e implantação de estruturas voltadas à atividade agropecuária são extensos. A atividade também dificultou e impediu a regeneração natural da vegetação. Segundo os laudos técnicos, o valor mínimo necessário para a reparação dos danos, como custo de reflorestamento por hectare chega a RS 12 mil. O montante total da reparação ultrapassa R$ 667 milhões. As investigações apontam para o envolvimento de três núcleos no esquema criminoso: fazendeiros, que arrendavam as terras, lideranças indígenas e servidores da Funai. O esquema Os arrendamentos eram elaborados por contratos fraudulentos de parceria, com o apoio de lideranças indígenas envolvidas e de servidores públicos que recebiam propinas para possibilitar o uso de áreas do território tradicional para pecuária. Segundo o MPF, os réus cobravam mensalidades médias de R$ 25 mil de fazendeiros da região para direcionar e intermediar arrendamentos ilegais no interior do território Xavante. Os pagamentos eram monitorados pelos integrantes do esquema, que faziam o serviço de cobrança e retiravam do local os arrendatários que não cumpriam o contrado. Em seguida, outros eram colocados para ocupar as terras mediante o pagamento de propina. Além da ação civil pública, ajuizada em outubro de 2022, que pede a reparação do dano ambiental, também tramitam na Justiça ações criminais que denunciam milícia privada, corrupção ativa e passiva e crimes ambientais. Também foram propostas ações de improbidade administrativa pelo enriquecimento ilegal dos envolvidos.
Operação do Gaeco tem como alvo pessoas ligadas ao comando vermelho
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo, deflagrou nesta terça-feira (20), a operação Último Voo. Foram cumpridos mandados de busca, apreensão e sequestro de bens de familiares e pessoas ligadas à vice-liderança do comando vermelho em Mato Grosso, o Miro Arcângelo Gonçalves de Jesus (“Miro Louco”, “Gentil”, “GL”, “Veião”, “Lojo” e “Mano G”). Segundo o Gaeco, os mandados foram cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Sorriso e São José dos Quatro Marcos. Tiveram ordens judiciais cumpridas também em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul; na cidade de Ananindeua, no Estado do Pará; e em Catanduvas, no Paraná. No total, foram realizadas as buscas em 19 endereços, sendo 15 alvos. Foram apreendidos aparelhos e chips de celulares, notebook, cinco veículos, dinheiro em espécie, joias, uma barra de ouro, uma máquina de contar cédulas e documentos contábeis que indicam operações de traficância. Foi encontrado, ainda, aproximadamente um quilo de droga (maconha), cujo flagrante será realizado pela Delegacia de Repressão a Entorpecente. A operação contou com a participação de 70 agentes do Gaeco e 180 servidores da Polícia Militar e Polícia Judiciária Civil. As ações tiveram a colaboração dos seguintes órgãos e instituições públicas: Gaecos de MS, PR e PA; Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco/MPMT); Ministério Público Federal de Catanduvas/PR e Senappen (Sistema Penitenciário Federal). Os grupos especializados das Polícias foram: Bope, Rotam, Força Tática, GOE e Ciopaer.
Governo federal envia Força Nacional para auxiliar Funai na terra indígena Sararé
O Ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Ricardo Lewandowski, autorizou o uso da Força Nacional em apoio Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) na Terra Indígena Sararé, em Mato Grosso. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (20). A Força Nacional deverá auxiliar nas atividades e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, em caráter episódico e planejado, por noventa dias. Segundo relatos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Terra Indígena Sararé tem sofrido danos ambientais severos em razão do garimpo ilegal na região. A Polícia Federal tem realizado diversas operações na região para coibir o garimpo ilegal.
Operação da PF encontra mais de 240 arquivos com pornografia infanto-juvenil em MT
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (20) a 3ª fase da Operação Protego, que tem por objetivo combater o armazenamento e a distribuição de imagens e vídeos contendo exploração sexual envolvendo crianças e adolescentes. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido em Rondonópolis (a 220 km de Cuiabá). Com ele foi identificado 243 arquivos pornográficos. As investigações identificaram inicialmente que o acusado armazenava no celular aproximadamente 243 vídeos e/ou imagens de conteúdo pornográfico, incluindo abuso sexual infantil. Caso seja confirmado o armazenamento/compartilhamento e/ou venda dos arquivos, o responsável poderá responder pelos crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, com penas que, somadas, podem chegar a 12 anos de reclusão. Com a recente aprovação da Lei nº 14.811, em janeiro de 2024, que instituiu medidas de proteção à criança e ao adolescente contra a violência nos estabelecimentos educacionais, prevenção e combate ao abuso e exploração sexual da criança e do adolescente, o crime de armazenamento de conteúdo de abuso sexual infantojuvenil passou a ser considerado crime hediondo. O nome da operação Protego, termo em latim que significa “protetor”, faz alusão à atuação da Polícia Federal como guardiã das crianças, combatendo os crimes que assolam a infância.
Cinco deputados de MT assinam pedido de impeachment contra Lula após declaração contra Israel
Cinco deputados da bancada de Mato Grosso na Câmara Federal assinaram o pedido de abertura de impeachment contra o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após declaração dele comparando as ações de Israel contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza ao Holocausto. Até o momento, o pedido já conta com o apoio de 100 deputados federais. Na Etiópia, Lula declarou que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu, quando Hitler resolveu matar os judeus”. A iniciativa é encabeçada pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Para ela, tais declarações configuram um crime de responsabilidade de acordo com o Artigo 5º da Constituição Federal. Ela acusa o presidente de “cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”. “Lula incentiva a injúria racial e incorre em crime de responsabilidade previsto no art 5° da Constituição Federal, o que corrobora também com a fala do primeiro-ministro de Israel que demonstrou de imediato seu veemente repúdio. Isso enseja o pedido de impeachment que estamos apresentando contra o mandatário da nossa nação, que expôs-nos a perigo de guerra, como medida da aplicação da mais inteira e urgente Justiça”, explica Zambelli, em nota enviada à imprensa. De Mato Grosso, assinaram deputados apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sendo, Abílio Brunini (PL), Amália Barros (PL), Coronel Assis (União Brasil), Coronel Fernanda (PL) e José Medeiros (PL). Nas redes sociais Abilio ressalta que o presidente, ao fazer a comparação, expõem o país a perigo de guerra. “Eu quero dizer para você que não é nenhuma surpresa do Lula apoiar um grupo terrorista e receber apoio do grupo. Agora o que o Lula está fazendo construindo essa narrativa comparando o que aconteceu com o povo judeu e Hitler, as consequências serão grandes. O Brasil vai pagar caro pelas decisões que o Lula está tomando em defender o grupo terrorista”, declara o parlamentar. O coronel Assis também se manifestou por meio das redes sociais e apontou a fala do presidente como vergonha nacional. “Vergonha suprema. Nunca antes na história um Presidente brasileiro havia sido declarado “Persona non grata” por um país estrangeiro. Lula se torna o primeiro presidente brasileiro da História a ser banido de um país”, diz post.