Escolhas saudáveis e inteligentes são os caminhos para uma dieta sem sofrimento

Dr. ARNALDO SÉRGIO PATRÍCIO Sempre que ouvimos falar em dieta, na maioria dos casos, associamos este termo ao conceito de restrição alimentar. Entretanto, o seu real significado está bem longe disso. Dieta consiste na junção de uma alimentação saudável e equilibrada, seja ela com objetivo da perda de peso ou ganho de massa muscular. Recentemente, a líder mundial de pesquisas, a Kantar, divulgou que no primeiro trimestre de 2023, o consumo de fast food no Brasil registrou um aumento considerável, alcançando a marca de 13,7 milhões de consumidores. Ou seja, 3,8 milhões a mais em comparação ao mesmo período do ano anterior.  Ainda conforme o levantamento, 54% das compras foram efetivadas pela modalidade balcão, ou seja, na retirada presencial nos próprios estabelecimentos, seguidas de 28% via entregas e 11% por drive-thrus. Os dados servem como parâmetro para ilustrar que mesmo estando diante de um regime alimentar não é necessário renunciar aos momentos de lazer. Com responsabilidade é possível fazer escolhas inteligentes e saudáveis e ainda desfrutar da companhia de seus entes queridos, sem prejudicar os resultados. Para isso, ao invés de se render às tentações calóricas, tenha cautela. Opte sempre pelas refeições disponíveis mais saudáveis, compostas por frutas, legumes e proteínas.  Pois elas além de agregarem mais sabor, são ricas em nutrientes e fibras. Uma alimentação equilibrada é indispensável na promoção da saúde e prevenção de doenças, especialmente diante dos tempos atuais, marcados por rotinas agitadas. Lembre-se sempre de ingerir bastante água durante as refeições, evitando excessos e buscando o equilíbrio ao longo dos dias.  Com um pouco de planejamento e consciência alimentar, é possível desfrutar de momentos sociais sem comprometer seus objetivos da dieta e saúde, respeitando sempre as individualidades daqueles que o cercam. Então, previna-se.  Dr. ARNALDO SÉRGIO PATRÍCIO – é Especialista em Medicina Interna e Radiologia. Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias Cuiabá Notícias.

Lula vai ao Egito e à Etiópia reforçar os laços do Brasil com a África

Logo após o carnaval, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai ao Egito e à Etiópia, entre os dias 14 e 18 de fevereiro, para reforçar a agenda internacional do Brasil junto aos países africanos, buscando ampliar as parcerias por meio de uma agenda comum pró-Sul Global. O termo Sul Global é usado para se referir aos países pobres ou emergentes que, em sua maioria, estão localizados no Hemisfério Sul do planeta. O combate à desigualdade e à fome, a transição energética e as mudanças climáticas e a reforma das instituições internacionais, além da ampliação do comércio entre o Brasil e os países africanos, estão entre os temas que o presidente Lula deve tratar na viagem, segundo informou, nesta quarta-feira (7), o Ministério das Relações Exteriores (MRE). O secretário de África e de Oriente Médio do MRE, embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte, disse que existe uma coincidência entre a agenda internacional do Brasil e dos países africanos. “A maior participação de países em desenvolvimento nas decisões dos organismos internacionais é uma aspiração importante, não só do Brasil, mas também dos africanos, dos países em desenvolvimento em geral, e os africanos são um corpo de vozes e votos importante”, avalia Duarte. O Brasil defende, no plano global, reformas nos bancos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial, assim como no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), como forma de aumentar a representação dos países do Sul Global nesses espaços. O secretário do Itamaraty para África e Oriente Médio acrescentou que essa viagem tem um caráter mais político e reflete as prioridades que o presidente Lula tem dado à política externa brasileira. “Essas visitas procuram, e certamente serão bem sucedidas, em reforçar esses elementos da política externa brasileira, em termos de reinserção e de participação direta em soluções para essas questões ambientais e econômicas internacionais. Mas também em relação à prioridade África, esse continente que ainda é relativamente pouco explorado do ponto de vista econômico, do ponto de vista comercial, mas que tem tantos vínculos com o Brasil”, destacou. Gaza O embaixador acrescentou que a guerra na Faixa de Gaza também deve ser abordada pelo presidente Lula tanto no Egito, quanto na Etiópia, ocasiões em que deve defender uma solução para a viabilização do Estado da Palestina. “Qualquer conversa que os chefes de Estado tenham sobre esse assunto, privadamente, mais reservadamente, certamente esses elementos do cessar fogo e da soltura de reféns e condições conducentes a uma solução, eu acho que certamente estarão presentes”, disse. Egito Assim com a Etiópia, o Egito está entre os países recém-integrados ao Brics, bloco que reúne economias emergentes como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. E a ideia da viagem é reforçar os laços entre os dois países. O presidente Lula tem agenda marcada com o presidente Abdel Fattah El-Sisi, no Cairo, no dia 15 deste mês. Também está prevista uma possível visita à Liga Árabe, grupo de países árabes que tem sua sede no Cairo. Apesar de essa ser uma viagem considerada mais política, também será discutida a possibilidade de ampliar as exportações agropecuárias do Brasil para o Egito. De acordo com o secretário Duarte, o objetivo é fazer “o Egito aceitar um número maior de certificações em relação a abatedouros aqui no Brasil, para aumentar esse fluxo comercial”. Etiópia Na Etiópia, o presidente Lula terá reuniões bilaterais com autoridades e vai participar, como convidado, da Assembleia da União Africana, entidade que representa os cerca de 50 estados do continente e tem sua sede na Adis Abeba, capital da Etiópia. O secretário do MRE Carlos Duarte disse que o Itamaraty interpretou esse convite “como um reconhecimento da prioridade que o presidente [Lula] vem dando, vem imprimindo à sua política externa no que diz respeito à África. E também a coincidência das agendas africana e brasileira”. Além do presidente Lula, devem participar da assembleia, como convidados, o secretário-geral da ONU, António Guterres, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. A expectativa do Itamaraty é que Lula se reúna com ambos durante os dias 17 e 18 de fevereiro. O embaixador acrescentou que a assembleia será uma oportunidade para que o presidente tenha contato direto com outros chefes de Estado da União Africana. Segundo ele, Lula deve priorizar, em seu discurso, “ênfase a essas coincidências [entre as agendas internacionais do Brasil e países africanos] e as oportunidades de cooperação”.

Brasil quer eliminar 14 doenças que atingem população vulnerável

O governo federal pretende eliminar ou reduzir, como problema de saúde pública, 14 doenças e infecções que acometem, de forma mais intensa, populações em situação de maior vulnerabilidade social. Tais doenças são conhecidas como socialmente determinadas. O decreto que institui o programa Brasil Saudável foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, e publicado nesta quarta-feira (7) no Diário Oficial da União. Dados do ministério mostram que, entre 2017 e 2021, as doenças determinadas socialmente foram responsáveis pela morte de mais de 59 mil pessoas no Brasil. A meta é eliminar a malária, a doença de Chagas, o tracoma, a filariose linfática, a esquistossomose, a oncocercose e a geo-helmintíase, além de infecções de transmissão vertical, como sífilis, hepatite B, HIV e HTLV. O programa prevê ainda a redução da transmissão da tuberculose, da hanseníase, das hepatites virais e do HIV/aids. Ao todo, 14 ministérios devem atuar em diversas frentes, como enfrentamento da fome e da pobreza; ampliação dos direitos humanos; proteção social para populações e territórios prioritários; qualificação de trabalhadores, movimentos sociais e sociedade civil e ampliação de ações de infraestrutura e de saneamento básico e ambiental. Municípios prioritários A expectativa do governo federal é que grupos mais vulneráveis socialmente corram menos risco de adoecer e que pessoas atingidas pelas doenças e infecções abrangidas pela programa possam realizar o tratamento de forma adequada, com menos custo e melhor resultado. O programa identificou 175 municípios como prioritários por possuírem altas cargas de duas ou mais doenças e infecções determinadas socialmente. Análise Para a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a ação é estratégica para o país e representa uma importante agenda. Na cerimônia de lançamento do Brasil Saudável, a ministra lembrou que as doenças determinadas socialmente, diferentemente do que muitos pensam, não são causadas pela pobreza, mas pela desigualdade.  Em sua fala, Nísia lembrou que, quando se fala de determinantes sociais, fala-se também de determinantes étnico-culturais. Na avaliação da ministra, a desigualdade impacta não apenas as 14 doenças listadas pela pasta, mas todo tipo de enfermidade – desde doenças crônicas até o tratamento do câncer.   Durante o evento, o diretor-geral da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, classificou o programa como ambicioso e destacou que as Américas têm grande liderança no mundo em relação à eliminação de doenças como varíola e malária. “Há avanços importantes na região.” Jarbas lembrou que, infelizmente, a pandemia de covid-19 impactou negativamente todos os sistemas de saúde da região e que a iniquidade nas Américas continua tremenda. “É, talvez, a região mais desigual do mundo”, disse o diretor da Opas, ao citar que temos, ao mesmo tempo, a nação mais rica do planeta, os Estados Unidos, e países com graves crises sociais e políticas.  O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, também presente na solenidade, considerou a iniciativa muito importante e destacou o papel dos movimentos sociais. “Vão dar energia a esse plano”, disse Adhanom. “Não pode ser feito somente pelo governo”, completou.  “Este plano é audacioso. Realmente audacioso. Meu tipo de plano favorito, brincou. Articulação Coordenado pelo Ministério da Saúde, o Brasil Saudável terá ações articuladas com as pastas da Ciência, Tecnologia e Inovação; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; dos Direitos Humanos e Cidadania; da Educação; da Igualdade Racial; da Integração e Desenvolvimento Regional; da Previdência Social, do Trabalho e Emprego; da Justiça e Segurança Pública; das Cidades; das Mulheres; do Meio Ambiente e Mudança do Clima e dos Povos Indígenas. Agência Brasil

MDB define pré-canditado a prefeito em Campo Novo do Pareceis

O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) já escolheu o pré-candidato da sigla à prefeitura de Campo Novo do Parecis. O escolhido é o médico ortopedista Dr. Hédipo Seitz. A decisão tomada durante a Convenção Municipal para Formação do Núcleo do MDB – Mulher, foi anunciada pela presidente do diretório municipal do MDB, Jucélia Pereira Luz. “Temos um diretório recentemente eleito que carrega como missão voltarmos a ter representante no Executivo municipal. Conheço o trabalho do Dr. Hédipo, um profissional exemplar, amante do SUS e do povo, filho político de pai e mãe, e que conhece a gestão pública. O MDB vê nele um grande potencial para administrar a Prefeitura de Campo Novo do Parecis pelos próximos quatro anos”, diz.  Hédipo Seitz foi eleito por unanimidade pelos correligionários da legenda. “Sinto-me lisonjeado pelo convite do MDB  e aceitei porque tenho muito a contribuir pela continuidade do crescimento deste município. Conheço as necessidades do nosso povo, porque já operei mais de mil pacientes, e tenho milhares de pessoas que já tive a oportunidade de ajudar de alguma forma a melhorar um pouco sua qualidade de vida, e hoje me sinto preparado para esse novo desafio na minha vida, e caso a população de Campo Novo entenda que posso representá-los, digo que darei o melhor de mim, para ser digno dessa confiança”, disse o pré-candidato.

Suplentes do Colinas Douradas são convocados para apresentar documentos

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Regularização Fundiária e Habitação, voltou a convocar os Beneficiários Suplentes para que entreguem documentos e montem o dossiê para cumprir a etapa em busca do financiamento e da propriedade em definitiva de um dos 1.000 Apartamentos do Residencial Colinas Douradas. O Edital 06/2024 abriu novo prazo para 437 Beneficiários Suplentes do total de 1.000 que deixaram de apresentar seus documentos junto a Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Regularização Fundiária e Habitação. Eles têm até o próximo dia 16 de fevereiro para realizar seu direito em pleitear a habitação do qual participaram do sorteio. “São várias etapas a serem superadas até que os sorteados, sejam eles titulares ou suplentes, possam assumir os financiamentos e seus imóveis. Os participantes se atentam apenas na inscrição e no sorteio, mas esquecem que existem outras exigências legais a serem cumpridas como a entrega de documentos, a aprovação do financiamento entre outras medidas que visam assegurar que o processo de escolha seja todo transparente e principalmente resulte no atendimento daqueles que necessitam da habitação”, lembrou o secretário de Desenvolvimento Urbano, Ricardo Azevedo Araújo. Essa etapa agora é posterior a convocação dos Beneficiários Titulares que por um motivo ou outros não prosperou e precisa continuar, o que leva a convocação dos Beneficiários Suplentes. ENTENDA O PROCESSO DO MINHA CASA, MINHA VIDA – se inicia com a inscrição para aqueles que desejam se tornar proprietários de um imóvel com financiamento subsidiado pelo Governo Federal e com valores de prestação mais acessíveis. Após a inscrição, vem o sorteio tanto dos titulares como dos suplentes, para os 1.000 apartamentos do Colinas Douradas se inscreveram 31.704 pessoas e após a primeira etapa de análise nos documentos e nas inscrições, realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Regularização Fundiária e Habitação, restaram quase 19.840 mil inscritos. No dia 25 de novembro foram sorteados 1.000 Beneficiários Titulares e 1.000 Beneficiários Suplentes. “Os 1.000 Beneficiários Titulares passaram então a ser convocados para apresentar os documentos para montagem do dossiê remetido ao agente financeiro para avaliação. Os que encaminharam estão sob análise e os que deixaram de encaminhar os documentos foram excluídos. Aí passamos a convocar então os 1.000 Beneficiários Suplentes para paulatinamente ocuparem as vagas abertas com qualquer tipo de intercorrência”, lembra Ricardo Azevedo Araújo. Ele frisa que todo este processo só se encerra com a conclusão da parte documental do financiamento e com a entrega definitiva das chaves, até lá as exigências legais podem levar a qualquer momento a condições de inabilitação e o impedimento em assumir financiamentos. Confira o edital completo aqui.

Ministério da Pesca não concorda com novas regras do “Transporte Zero”

O deputado estadual Wilson Santos (PSD) esteve nesta terça-feira (6), em Brasília, como ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula. Em pauta, o andamento das discussões no Governo Federal sobre o novo decreto do Governo de Mato Grosso, publicado no dia 1º de fevereiro, que muda artigos da Lei 12.197/2023, conhecida como Transporte Zero. No dia 25 de janeiro deste ano, o Supremo Tribunal Federal, através do ministro André Mendonça, tentou uma conciliação entre a União e o Estado para buscar a flexibilização da Lei 12.197/23, que proíbe o transporte, armazenamento e venda de peixes dos rios de Mato Grosso por cinco anos, a partir de janeiro de 2024. Tal lei é alvo de duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs), movidas pelos partidos políticos MDB (ADI 7471/23) e PSD (ADI 7514/23) que alegam que a legislação estadual se sobrepõe à Lei Nacional da Pesca (11.959/2009). Além disso, dizem que a lei desrespeita a Convenção 169, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ao decretar o fim da profissão de pescador profissional, já que tira dele a possibilidade de viver do seu labor. Isso, sem ouvir as populações ribeirinhas e povos nativos que vivem desta atividade laboral. O decreto publicado no dia 1 de fevereiro, libera a pesca de 100 espécies e proíbe a pescaria das 12 mais comercializadas em Mato Grosso. Portanto, a pesca continua inviabilizada como atividade comercial e laboral. Continua proibida a pesca da Cachara, Caparari, Dourado, Jaú, Matrinchã, Pintado/Surubin, Piraíba, Piraputanga, Pirara, Pirarucu, Trairão e Tucunaré. De acordo com o decreto, “a atividade pesqueira continuará permitida aos povos indígenas, originários e quilombolas, que a utilizarem para subsistência e, também para comercialização e o transporte de iscas vivas, que deverão ser regulamentados por Resolução do Cepesca”. A modalidade “pesque e solte” também está liberada. “Como o texto original ainda está sob análise do STF e na primeira tentativa de conciliação ficou definido que o governo apresentaria um novo estudo para reformular a lei (uma minuta), o governador Mauro Mendes (União Brasil) deveria ter seguido o acordo e não assinado um decreto com as mudanças que achou conveniente. Sobretudo, porque deixou liberada apenas a pesca de peixes de baixo valor comercial e pouco consumo no estado”, disse Wilson Santos ao ministro da pesca. “A minuta sugerida pelo STF deveria ser debatida por todas as partes chamadas para a conciliação: ministérios da Pesca e do Meio Ambiente, INSS, PGR, AGU, Ibama, ICMBio, Governo do Estado e Assembleia Legislativa. Caberia ao ministro relator, então, diante do resultado do debate, decidir pela inconstitucionalidade ou não da lei, já que o Estado também pode dirimir sobre a regulação da pesca em seu território, só não pode infringir lei federal”, completou. O ministro da Pesca disse que sua pasta não concorda com as mudanças apresentadas pelo Governo do Estado e que vai entregar ao STF um novo estudo que possa subsidiar o relator das ADIs, ministro André Mendonça, em sua decisão. “Quero reafirmar apoio total aos pescadores e pescadoras artesanais de Mato Grosso. Nós estamos avançando. O ministério agora tem uma outra missão: produzir um novo estudo técnico que possa subsidiar a decisão (STF) que virá após esta tentativa de conciliação. […] A proposta do Governo do Estado continua inexequível e nós estamos trabalhando para que possamos dar um subsídio (ao STF) mostrando exatamente isso. [..] Quero reafirmar nosso apoio incondicional aos pescadores e pescadoras”, disse o ministro da pesca. Ainda anão foi publicada a data de uma nova audiência no STF ou de publicação da decisão final do relator. “Nós precisamos muito deste apoio, ministro”, completou o deputado Wilson Santos.

Polícia Civil recupera R$ 185 mil de vítima de golpe de estelionato

A equipe da Delegacia de Comodoro recuperou nesta terça-feira (6) R$ 185 mil que foram tomados de uma vítima de crime de estelionato. O crime foi praticado contra um empresário de Comodoro, que trabalha com comércio de grãos. A vítima realizou uma transação comercial com uma fazenda situada no município de uma carga de milho no valor de R$ 360 mil. A negociação foi realizada por meio de aplicativo de mensagens e o pagamento feito via Pix. Contudo, os valores não caíram na conta bancária da fazenda fornecedora dos grãos e a vítima e o comprador descobriram que havia caído em um golpe. Após ter conhecimento de que foi vítima de golpe, o empresário procurou a Delegacia de Comodoro e foi acionada a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos. Após as diligências iniciais, a Polícia Civil conseguiu realizar o bloqueio de parte do dinheiro, pouco mais de R$ 185.000,00. Com o registro da ocorrência, o delegado Mateus Reiners dará continuidade na investigação para identificação do golpista e representação pelo bloqueio de contas que estejam envolvidas no recebimento de valores do golpe.

Quebra de safra fará com que agro lidere pedidos de recuperação judicial, prevê especialista

O anúncio feito pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), que aponta para uma quebra da safra de soja, produto mais exportado pelo Brasil, superior a 20% causará uma enorme crise no setor. As dificuldades enfrentadas pelos produtores, sobretudo os pequenos e médios, gerará neste ano um número recorde de pedidos de recuperação judicial, como forma de renegociar as dívidas com bancos, colaboradores e fornecedores. Assim como Mato Grosso, estado que lidera o ranking de produção de soja, as regiões Centro-Oeste, Sul e o Matopiba, região formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, apresentam números inferiores na produção em relação ao ano passado. A Aprosoja Brasil estima que a safra chegará, no máximo, a 135 milhões de toneladas produzidas, ante 154,6 milhões verificados na safra 2022/23. A tendência de alta nos pedidos de recuperação judicial foi verificada no fim do ano passado. Em novembro, a Serasa Experian anunciou que o número de pedidos de recuperação judicial registrou um aumento de quase 200% em relação ao mesmo mês do ano passado. Levando em consideração apenas os produtores rurais, foram 80 pedidos feitos à Justiça até setembro de 2023, quatro vezes mais do que o registrado durante todo o ano de 2022. “Essa alta verificada pela Serasa, que deverá se manter ao longo de 2024, nos pedidos de recuperação judicial, ocorre porque muitos produtores já estavam em uma situação delicada, por problemas verificados ao longo dos últimos anos. Esta quebra da safra vem para agravar ainda mais a situação deles, que não conseguirão fechar as contas e pagar as dívidas na hora da colheita”, explica o advogado Marco Aurélio Mestre Medeiros, sócio da Mestre Medeiros Advogados Associados, especializado em recuperações judiciais ligadas ao agro. Mestre Medeiros pontua que, se antes a primeira ação dos produtores endividados era a perda do patrimônio, com a venda ou o arrendamento de propriedades, hoje a recuperação judicial se mostra uma ferramenta eficaz para a equalização das dívidas. “Ela abrange hoje, por lei, inclusive produtores rurais que atuam como pessoas físicas. É, sem dúvida, uma ferramenta judicial muito importante para todo o setor”. Em um curto prazo, a recuperação judicial tem a função de estancar os pagamentos aos credores e impedir medidas consideradas como expropriatórias, que geram a perda do patrimônio construído, ressalta Marco Aurélio. “A partir daí, começa uma negociação coletiva com todos os fornecedores para que haja justamente esta equalização do passivo existente, com mais conforto para os produtores”. Para o advogado, os problemas decorrentes da quebra de safra atingirão sobretudo pequenos e médios produtores, com menor acesso a crédito e menor poder de renegociação das dívidas sem a recuperação judicial. “E, para estes produtores, é importante estar protegido pela recuperação para conseguir renegociar os débitos”. Clima A redução na produção de soja no Brasil tem grande relação com aspectos climáticos verificados no Brasil. Houve um estresse hídrico nos estados do Centro-Oeste, como Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul, e o excesso de chuvas em áreas desses mesmos estados, dificultando o trabalho de colheita dos grãos e levando prejuízos ainda maiores aos produtores. Também há relatos contundentes de produtores do sul do país, principalmente no estado do Paraná, que sofreram com o excesso de chuvas no início do plantio e agora enfrentam a falta da chuva nas áreas em que a soja está na fase reprodutiva, o que compromete a produtividade das lavouras. Para tentar estancar o problema, o Poder Público lançou mão de diversas iniciativas. Sorriso (MT), município que lidera o ranking entre os produtores de soja, decretou situação de emergência por conta das chuvas, que foi seguido em nível estadual pelo governo de Mato Grosso. No início de janeiro, o Governo do Tocantins adotou iniciativa semelhante.

“Não é a secretaria que vai determinar se o prefeito deve ou não fazer festa”, diz secretário

Diante da alta nos números de casos da covid-19 em Mato Grosso, tem gerado um debate sobre a realização do carnaval nos municípios, que pode dobrar o registros da doenças. De 1° de janeiro até o dia 7 de fevereiro o estado já registrou 8.843 casos da covid-19, e 19 pessoas morreram em decorrência da doença, conforme dados divulgados no painel epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde, atualizados até a manhã desta quarta-feira (7). O aumento exponencial de casos já é tratado como uma nova onda da doença, principalmente com o surgimento de uma nova variante no estado, a JN 2.5. Nesta terça-feira (6), o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, em conversa com jornalistas foi questionado se há possibilidade da pasta emitir recomendações aos municípios para o cancelamento do Carnaval. Conforme ele, essa determinação não cabe à pasta que ele chefia, mas sim aos gestores municipais. “A secretaria de Estado não se envolve na autoridade municipal. Desde o início da pandemia tem sido uma decisão do nosso governo que cada gestor adote medidas dentro do seu território, que é autoridade local. Então não é a secretaria que vai determinar um prefeito se ele deve ou não fazer festa. Os nossos boletins têm as orientações para a população e para os gestores adotarem as medidas necessárias”, explicou o secretário. Desde janeiro,  ao menos 7 municípios do estado voltaram a recomendar o uso de máscaras como forma de prevenir o contágio pela doença.  Ainda nesta terça-feira, o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Mato Grosso (Sindessmat) apontou um aumento de 300% nos casos diagnosticados somente em um hospital particular de Cuiabá. Nesta terça-feira, a Prefeitura de Cuiabá anunciou uma força-tarefa para conter o avanço de casos de da doença. Entre as ações, afirmou que adotou um plano de ação que inclui a disponibilização de 18 leitos de enfermaria de retaguarda à rede de atendimento das UPAs e policlínica, 10 leitos de UTI adulto. Também formalizou a compra emergencial de 50 mil testes rápidos de covid-19 para atender as unidades de saúde. Nesta quarta-feira, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (UB), recomendou que os prefeitos das cidades com maior número de contágios suspendam as festas de Carnaval. Botelho se recuperou recentemente da doença. “Nos falamos porque o secretário de Estado Gilberto disse que não tem nada para alarmar, mas existem alguns municípios que tem apresentado sim  grandes números de casos, então a orientação foi para esses municípios. Então que os prefeitos analisem bem isso, se tiveram aumento de casos de covid-19 suspendam o Carnaval, então é para cada um analisar seu município”, alerta Botelho. Vale destacar que atualmente as cidades apresentam risco muito alto de contaminação. São elas: União do Sul, Porto dos Gaúchos, Serra Nova Dourada, Alto Boa Vista, Luciara, Araguainha, Barra do Bugres e Diamantino. Outras 42 cidades apresentam risco alto.

Prefeitura de Cuiabá informa sobre o que abre e fecha nesse carnaval

A Prefeitura de Cuiabá anunciou que em virtude das festividades carnavalescas os dias 12 e 13 de fevereiro serão considerados ponto facultativo, conforme estabelecido pelo decreto municipal 9.996/2023, assinado pelo prefeito Emanuel Pinheiro, que regulamenta as datas comemorativas de 2024. A decisão não se aplica aos serviços e atividades considerados essenciais. O expediente no âmbito municipal será retomado nesta quarta-feira de cinzas (14), a partir das 13h. Serviços vitais, como saúde, coleta de lixo, distribuição de água, Defesa Civil e fiscalização do trânsito permanecerão operacionais durante todo o feriado carnavalesco, assegurando que não haja interrupções no atendimento à comunidade. As agências bancárias estarão fechadas nos dias 12 e 13, com retorno ao atendimento ao público a partir das 12 horas do dia 14. Segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), o dia 13 (terça-feira) não é feriado em Cuiabá, permitindo que o comércio opere normalmente sem encargos adicionais para as empresas. Os shoppings da capital manterão seus horários habituais de funcionamento, das 10h às 22h, exceto no domingo, quando as atividades se estenderão das 11h às 22h para a praça de alimentação, lazer e cinema, e das 14h às 20h para as lojas. Essas medidas visam garantir a segurança e o conforto dos cidadãos durante as celebrações carnavalescas na capital mato-grossense.