Artesanato mato-grossense atrai compradores de outros países em feira no Ceará
Oito artesãos de Mato Grosso participam da 5ª Feira Nacional de Artesanato e Cultura (Fenacce), que é realizada em Fortaleza (CE), até domingo (1º). Eles já tiveram 300 peças mato-grossenses vendidas para o público de países estrangeiros, como Áustria e Japão. O artesão Peti Waura, da Aldeia Alamo, do munícipio de Paranatinga, é um dos expositores que tiveram a oportunidade de participar da International Business Round (Rodada de Negócios), realizada pela Fenacce. Peti Waura já comercializou 300 peças para compradores do Reino Unido, Áustria, Jordânia e Japão. Peti explica que as suas peças em madeira com figuras que retratam autenticidade, ancestralidade e sua identidade cultural são as mais adquiridas pelo público internacional. “Desde criança, meu pai me ensinava a fazer artesanato, e hoje sigo o trabalho dele, e é uma alegria comercializar as peças ainda mais para outros lugares fora do Brasil. Os compradores internacionais gostam de adquirir os bancos de madeira que confecciono com design de animais da nossa fauna e flora mato-grossense, as nossas cores e pinturas indígenas. A rodada de negócios aqui na Fenacce, me deu a oportunidade de exportar minha arte para quatro países. Continuo aprendendo a fazer artesanato e esse reconhecimento me motiva ainda mais a viver do artesanato”, destacou Peti. São vendidas 3 mil peças em madeira, penas, colares de sementes/miçangas, cerâmicas, tecelagem e sementes de artesãos dos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Paranatinga, São José do Rio Claro, Barra do Bugres e Gaúcha do Norte. Fenacce A feira realizada no Ceará começou na última terça-feira (26) e reúne este ano mais de 1,5 mil artesãos das cinco regiões do Brasil. Pela segunda- vez, o evento realiza a Rodada Internacional de Negócios com apoio do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), Sebrae e ApexBrasil e compradores internacionais de 10 países como China, Holanda, Irlanda, EUA, Japão, Jordânia e Reino Unido.
Dois novos radares funcionarão em avenidas de Cuiabá; veja locais
Dois novos radares eletrônicos de fiscalização foram instalados em Cuiabá, nas avenidas Miguel Sutil, próximo ao edifício Santa Rosa Tower, e Manoel José de Arruda, nas proximidades da Universidade de Cuiabá (Unic). De acordo com a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), a implantação dos equipamentos foi uma medida adotada após reunião perante o Ministério Público, por meio da 29ª Promotoria de Justiça Cível da Comarca de Cuiabá, Defesa Ambiental e da Ordem Urbanística, para garantir maior segurança viária nestes dois trechos considerados críticos e com alto fluxo de pedestres. Os radares estão em fase de implantação. A instalação é realizada após um estudo da Comissão de Análise de Acidentes de Trânsito, composta pelos órgãos: Secretaria de Saúde do Município, Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), da Polícia Judiciária Civil, Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). A Semob fará todo o processo de divulgação assim que os equipamentos estiverem completamente instalados.
Concurso público unificado terá 6,5 mil vagas em 20 órgãos
O Concurso Público Nacional Unificado vai preencher 6.590 vagas em 20 órgãos e entidades públicas que fizeram a adesão ao processo seletivo. A publicação do edital do Concurso Nacional Unificado está prevista para até o dia 20 de dezembro, e a prova deve ocorrer entre o final de fevereiro e meados de março. Inicialmente, o governo tinha anunciado a disponibilidade de 7.826 vagas, mas nem todos os órgãos públicos aderiram ao concurso unificado. Segundo a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, há possibilidade de outros órgãos participarem até a assinatura do termo de adesão. “Alguns órgãos ainda não entenderam totalmente o modelo e preferiram manter a realização de concurso de forma individual”, disse. O Concurso Nacional Unificado será organizado a partir da realização de um mesmo certame em aproximadamente 180 cidades, de forma concomitante. A pedido da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), foi incluída a cidade de São Miguel da Cachoeira, no Amazonas, onde há uma grande população indígena. A ideia do governo é que o concurso unificado se torne a principal a principal forma de fazer seleção de servidores públicos federais, e que ele seja repetido anualmente ou a cada dois anos. A primeira etapa do concurso unificado será realizada em um único dia, dividida em dois momentos: primeiro haverá uma prova objetiva, com conteúdo comum a todos os candidatos. Depois, no mesmo dia, serão aplicadas provas dissertativas e com conteúdos específicos e de acordo com cada bloco temático. No momento da inscrição no concurso, os candidatos deverão optar por um dos blocos das áreas de atuação governamental disponíveis. Depois dessa escolha, eles deverão indicar o cargo por ordem de preferência entre as vagas disponíveis no bloco de sua escolha. De acordo com a ministra, os temas cobrados nas provas serão divulgados no edital, mas não haverá muita diferença em relação aos cobrados nos concursos atuais. “Todo mundo que já se prepara para concursos públicos estará preparado, podem ficar tranquilos. Não haverá mudança radical no conteúdo”, afirmou Esther Dweck. Confira as instituições que aderiram ao Concurso e o número de vagas de cada uma delas: . Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) – 502 . Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) – 742 . Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – 520 . Ministério da Gestão e Inovação e transversais – 1480 . Ministério da Saúde – 220 . Ministério do Trabalho e Emprego – 900 . Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) – 30 . Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – 50 . Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) – 40 . Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – 40 . Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) – 35 . Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – 895 . Ministério da Justiça e Segurança Pública – 100 . Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – 296 . Ministério da Cultura – 50 . Advocacia-Geral da União (AGU) – 400 . Ministério da Educação – 70 . Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania – 40 . Ministério dos Povos Indígenas – 30 . Ministério do Planejamento e Orçamento – 60 Agência Brasil
ONG de MT pede doação de R$ 3 para adquirir ‘vaca mecânica’ e produzir 250 litros de leite; veja vídeo
Uma Organização Não Governamental (ONG) de Mato Grosso, sediada em Nova Ubiratã (a 476 km de Cuiabá), está fazendo uma campanha de arrecadação para aquisição de um equipamento chamado de “vaca mecânica”, para produção de leite de soja. O projeto pretende produzir aproximadamente 250 litros do produto diariamente, transformando assim a vida de aproximadamente 400 crianças, que sofrem com a fome e desnutrição no sertão do Nordeste do Brasil. A campanha é realizada pelo Ministério Até Que Todos Ouçam, do Instituto de Missões. O projeto, denominado “Amor que Nutre”, pede a contribuição de apenas R$ 3 por pessoa, dinheiro que será utilizado para aquisição da Vaca Mecânica, equipamento utilizado no Brasil para, a princípio, extrair leite de soja a partir do referido grão. Implementada em várias cidades do Brasil, a vaca mecânica provou a possibilidade de produzir merendas escolares nutritivas a custo acessível. Após passar por diversas melhorias, o invento encontra-se hoje em sua terceira geração. A ONG, presidida por Halacy Amorin, precisa de R$ 75 mil para adquirir o equipamento. Com ele, será possível lançar o projeto “Amor que Nutre” no sertão nordestino. Inicialmente, o planejamento é produzir 250 litros de leite de soja diariamente, produto que será distribuído de forma gratuita para as famílias carentes da região. O instituto aceita doações através do PIX 45.212.970/0001-99 (CNPJ em nome de Instituto de Missões). “Com R$ 3 você pode nos ajudar a melhorar a qualidade de vida de mais de 400 crianças. Nosso ministério irá instalar, na nossa base missionária, a vaca mecânica que irá mudar a situação nutricional e alimentar mais de 200 famílias. Precisamos de ajuda para mudar este cenário e erradicar de vez a desnutrição infantil”, afirmou Halacy Amorin. Veja vídeo:
José Barnabé de Mesquita
NEILA BARRETO Poeta. Cronista. Jornalista. Jurista. Escritor. Genealogista. Fundador do Centro Mato-grossense de Letras, em 15 de maio de 1921, junto a Lamartine Ferreira Mendes, João Barbosa Faria e outros, na residência de José de Mesquita, localizada à Rua 13 de junho em Cuiabá, com 24 sócios, dos quais doze fundadores, que escolheriam os demais membros. Depois elevou-se esse número para 30, de acordo com a Academia Brasileira de Letras e, depois 40, em função dos novos Estatutos, votados em 28 de agosto de 1944. Essa fundação foi efetivada em 24 de maio do mesmo ano e solenemente instalada em 07 de setembro de 1921, no Palácio da Instrução, onde à época funcionava o Liceu Cuiabano, sob a direção do professor Philogônio Corrêa, tendo na Presidência do Centro, José Barnabé de Mesquita. Esse prédio localizado no centro da capital, hoje Biblioteca Pública Estevão de Mendonça. O Centro Mato-grossense de Letras foi reconhecido em 1922 de utilidade pública e filiado a Confederação das Academias de Letras do Brasil. Em 7 de Setembro de 1932, o Centro Mato-grossense de Letras foi transformado em Academia Mato-grossense de Letras – AML. O número de membros (30) permaneceu até 1940 e, em 1944 foi efetivada o número de 40 cadeiras, fixando-se em 50 o número de sócios correspondentes. Desde a sua fundação, em 1921, a Academia foi presidida pelo Desembargador José de Mesquita, ocupante da Cadeira 19, até 22 de junho de 1961, data do seu falecimento. Durante esses 40 anos, viveu a Academia um período de fastígio e de extraordinária vitalidade. José Barnabé de Mesquita nasceu em Cuiabá a 10 de março de 1892, filho de José Barnabé de Mesquita (Sênior) e Maria de Cerqueira Caldas. Encontra-se sepultado no cemitério da Piedade, quadra A, tumulo 25, na capital. Viúva, sua mãe casou-se em segundas núpcias, com o também viúvo, comendador Antônio Thomaz de Aquino Corrêa, pai de Francisco de Aquino Corrêa, filho do seu primeiro casamento com Maria de Alleluia Gaudie Ley. A partir de então, José Barnabé de Mesquita, sob o mesmo lar, passou a conviver com seu coirmão, Dom Francisco de Aquino Corrêa. Do segundo casamento nasceu João Bosco de Aquino Corrêa. O Desembargador José Barnabé de Mesquita casou-se, em 1915, com D. Anna Jacintha Pereira Leite, filha do Desembargador e Deputado Federal, João Carlos Pereira Leite e Amélia de Cerqueira Caldas, ela, filha de Antonio de Cerqueira Caldas, Barão de Diamantino. Nesses 40 anos de gestão junto ao Centro Mato-grossense de Letras e Academia, José de Mesquita publicou em 1922 a 1932, os Tomos I a XXII e de 1933 a 1959, os Tomos I a LII, da Revista da Instituição. Em 1961, foi editado um volume – Tomos LIII-LIV, dedicado à memória de José de Mesquita. Em 1992, em 10 de março, a AML comemorou o Centenário de José de Mesquita, ocasião esta, onde a Empresa Brasileira dos Correios e Telégrafos lançou a marca postal comemorativa do nosso fundador, bem como, a reedição de sua obra com o título “Genealogia Mato-grossense”, naquele momento dissertada pela historiadora Vera Iolanda Randazzo, ocupante da Cadeira 19 à época. Hoje, a Cadeira 19 é ocupada pela Jornalista e historiadora Neila Maria Souza Barreto. Muita Honra! José de Mesquita publicou diversas obras, entre elas, “A Cavalhada”, “Contos Mato-grossenses” (1928), “Espelho d’ Almas”, (prêmio da Academia Brasileira de Letras, (1932), “Piedade”, (romance – 1937), “De Lívia a Dona Carmo”, ensaio em que evocou as “mulheres na obra de Machado de Assis”, (1939), e “No Tempo da Cadeirinha” (1946), comprovando a variedade do gênero literário serviram para comprovar sua agilidade mental, cuja linguagem esmerada e polida jamais descambou para intencionais deslizes de pensamento ou de expressão. Em pequenos textos fez fulgurar personagens interessantíssimas para a trajetória de Mato Grosso, como “Um homem e uma época – Monsenhor Bento Severiano da Luz”, que o Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso – IHGMT admitiu na classe de sócio correspondente, em 1892, de João Poupino Caldas e Manuel Alves Ribeiro, dois caudilhos de inquieta liderança regional, do Taumaturgo do Sertão, Frei José Maria Macerata, que logrou fama de santidade, propagada pelo povo. Além dos temas individuais, também versou outros de ordem geral, com análoga perspicácia, como “Grandeza e Decadência da Serra Acima”, “As Acrópoles Cuiabanas”, “Os Jesuítas em Mato Grosso”, “A Chapada Cuiabana – Ensaio de Geografia humana e econômica”, oferecido ao IX Congresso Brasileiro de Geografia”, “Gente e cousas de antanho”, série de encantadoras crônicas de primorosa literatura histórica sob o olhar de quem viu e viveu. Quanta Honra! José Barnabé de Mesquita, hoje ocupar a sua Cadeira 19 na Academia Mato-grossense de Letras. Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site Cuiabá Notícias.
A jornada da Saúde Mental no Diagnóstico do Câncer
WILSON GARCIA A vida é uma jornada repleta de surpresas, algumas boas, outras nem tanto. Uma dessas surpresas, ou melhor, uma tempestade inesperada, acontece quando o médico diz: “Você tem câncer.” Esse é o ponto de partida da jornada com a saúde mental no diagnóstico do câncer. Receber a notícia de um diagnóstico de câncer é como ser atingido por um raio. Tenho a impressão que ao dar a notícia aos pacientes, o mundo desmorona à volta deles, e de repente, tudo parece incerto. A palavra “câncer” carrega um peso emocional imenso, cheia de estigmas e medos profundos para a qual ninguém está preparado. Não é apenas o medo da morte iminente que assombra, mas também a montanha-russa de preocupações que se segue. Qual será o tratamento? Será eficaz? Como isso afetará a vida? E os efeitos colaterais? A incerteza em relação ao futuro se torna uma sombra constante. A jornada emocional após o diagnóstico do câncer é complexa e muitas vezes desafiadora. Para a maioria dos pacientes essa jornada começa com a negação. Eles querem acreditar que o médico está errado, que o diagnóstico é um engano. Pedem para refazer exames, procuram uma segunda opinião, qualquer coisa para negar a realidade que está diante de si. Em seguida, vem a raiva. “Por que eu?”, uma raiva intensa, um sentimento de injustiça que os consome. A barganha também faz parte do processo. Prometem que serão uma pessoa melhor, que farão qualquer coisa para se livrar dessa doença. A depressão, no entanto, é a fase mais difícil. É como se um peso esmagador cai sobre a pessoa. Perdem o interesse nas coisas que costumavam amar, enfrentam dificuldades para dormir e, muitas vezes, se sentem apáticos em relação à vida. A depressão é um adversário difícil, e enfrentá-la enquanto se luta contra o câncer é um desafio extraordinário. A aceitação vem depois de receber o apoio necessário. Com o tempo, o paciente é capaz de compreender que a doença é uma parte da sua vida, mas não a definição dela. É preciso estar determinado a enfrentar o tratamento com coragem e seguir em frente. A ansiedade e o estresse também fazem parte da jornada. A incerteza sobre o resultado do tratamento e o medo constante da recidiva são como sombras persistentes. A qualidade do sono, ou a falta dela, afeta a capacidade de recuperação e enfrentamento. No entanto, descobrir que não se está sozinho nessa jornada é reanimador. A família e amigos desempenham um papel vital no apoio emocional. Eles dão força para quem está fraco e amor para quando se está com medo. A família desempenha um papel particularmente importante, e o cuidador, aquele que fica ao lado do paciente dia após dia, merece um reconhecimento especial. Receber apoio psicológico é crucial para o paciente e para todos os envolvidos. O câncer afeta não apenas o paciente, mas também a família e os amigos. Todos precisam de ajuda para enfrentar essa tempestade emocional. Depois de vencer o câncer, a pessoa ainda carrega as marcas emocionais da jornada. O medo da recidiva permanece, mas também há uma nova apreciação pela vida. O câncer pode ser uma oportunidade para ressignificar o que é realmente importante. Aprender a valorizar a família, as pessoas à sua volta, os sonhos e a qualidade de vida. A jornada com a saúde mental e o diagnóstico do câncer é árdua, mas também transformadora. Aprendemos, pois o médico também aprende, a enfrentar medos, a valorizar a vida e a encontrar força na adversidade. O câncer nos ensina lições valiosas sobre a importância da saúde mental e o poder do apoio emocional. Em tempos de Setembro Amarelo, lembramos a todos que a saúde mental desempenha um papel crucial no enfrentamento do câncer e que o apoio emocional é fundamental para aqueles que enfrentam essa jornada desafiadora. WILSON GARCIA – é médico mastologista, especialista e cirurgião oncológico, e professor universitário. Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site Cuiabá Notícias.
Extremos climáticos e o planejamento urbano
CAIUBI KUHN Cenário mostra necessidade de discutir medidas preventivas aos desastres naturais No mês de setembro de 2023, o calor intenso assolou boa parte do Brasil. Cidades já tradicionalmente quentes como Cuiabá alcançaram temperaturas ainda mais elevadas. Enquanto isso, em outras regiões do país, ocorreram fenômenos climáticos, como ciclones extratropicais, que deixaram um rastro de destruição. Tal cenário demonstra a necessidade de se discutir medidas preventivas aos desastres naturais, em especial as que envolvem um planejamento urbano de longo prazo. Os relatórios de diversas agências globais, referendados por fóruns da Organização das Nações Unidas (ONU), indicam que o século XXI será marcado pela tendência crescente de extremos climáticos. Considerando esse ponto, com o crescimento da população e a ocupação de novas áreas, o desafio de uma gestão territorial que garanta qualidade de vida e segurança para a população se torna algo central em muitas cidades. Mas como isso poderia ser feito? Os municípios brasileiros possuem importantes instrumentos de ordenamento territorial, como os planos diretores. Esses instrumentos podem ser utilizados para criar restrições ou adequações técnicas pensando as cidades em condições de extremos climáticos. Por exemplo, em cidades como Cuiabá, onde as temperaturas são elevadas, medidas como a criação de políticas de arborização de longo prazo, a restrição à canalização de córregos e a criação de ilhas verdes, podem favorecer espaços onde o ambiente criado possibilite um microclima mais ameno. Por outro lado, se a política urbana seguir o caminho da canalização de córregos e da substituição das árvores pelo concreto, a sensação térmica proporcionada nos microclimas será de verdadeiras ilhas de calor. Os extremos, porém, podem também ser de chuvas. Nestes casos, o planejamento urbano é importante para evitar o alagamento. Claro que, dependendo da magnitude do evento, é muito difícil tomar medidas que consigam evitar danos. Entretanto, se não ocorrer o planejamento correto e a devida orientação da população, os extremos de pluviosidade podem ter seus impactos maximizados. Em muitas cidades, existem regiões que mesmo em dias normais de chuvas ocorrem alagamentos. Já pensou o que pode acontecer em um dia de extremos climáticos? O caminho para enfrentar esse desafio passa por algumas medidas. A primeira delas, em cidades como Cuiabá, é a criação de uma política robusta de arborização e de espaços verdes, pensando na cidade daqui a 30 ou 40 anos, quando essas árvores poderão formar verdadeiros escudos contra os extremos de calor. Talvez, se a cidade tivesse mantido a sua linha histórica de cidade verde, a população não sofreria os mesmos impactos nos momentos de extremos climáticos atuais. Porém, infelizmente, a copa das árvores foi substituída pelo concreto ou pela beleza das palmeiras. O espaço à sombra ficou cada vez menor, e o calor cada vez maior. A falta de planejamento adequado também virá à tona na capital mato-grossense, quando os alagamentos surgirem em mais uma estação chuvosa. Aí o problema das ilhas de calor é substituído pela falta de drenagem adequada e de infiltração da água no solo. Porém, Cuiabá ainda pode mudar seu rumo. Basta a prefeitura e a câmara municipal se empenharem na construção de um novo plano diretor que olhe além da especulação imobiliária, mas também para as pessoas e para a qualidade de vida da população. É preciso debater e construir a cidade do futuro ainda hoje. Não se colhe o fruto, ou não se tem a sombra, da árvore que nunca foi plantada. Caiubi Kuhn é professor na Faculdade de Engenharia (UFMT) e geólogo. Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site Cuiabá Notícias.
Deputado comemora aprovação do Marco Temporal durante evento do agronegócio
O Município de Jaciara (a 144 km de Cuiabá) sediou nesta sexta-feira (29) a abertura nacional do plantio de soja – safra 23/24. O evento reuniu produtores de todo o país, autoridades políticas e técnicos da área da agricultura. O deputado estadual e primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB) discursou, em sua fala ele comemorou a aprovação do Marco Temporal pelo Senado. “O agronegócio é o motor da nossa economia, que alavanca, que gera renda, gera desenvolvimento e progresso. Nosso Senado Federal se posicionou de maneira firme e isso é fruto da força do agro, da força da agricultura, da força dos nossos produtores, das nossas associações e o Senado, quando precisou, esteve firme nessa votação”, declarou. Os senadores da bancada mato-grossense votaram a favor da aprovação do Marco Temporal, Jayme Campos, Mauro Carvalho, ambos do União Brasil, e Margareth Buzetti (PSD), demonstrando apoio ao setor. Max destacou que Mato Grosso é considerado campeão nacional de produção, mas que não deixa de lado as ações de preservação. “Também somos um estado que preserva muito a sua natureza, nós temos 62% do nosso estado preservado e muitas vezes somos atacados, muitas vezes a gente é incompreendido, mas nós produzimos e conservamos o nosso meio ambiente”, complementou Max. O evento em Jaciara marcou a 12ª edição do projeto Soja Brasil e foi palco de debates e trocas de informações entre produtores rurais e técnicos da área da agricultura, em meio a diversos painéis temáticos. O principal tema em debate abordou os desafios para armazenagem de grãos, com a participação da Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso e da Câmara Setorial de Armazenagem de Grãos (CSEAG). Além dos assuntos que envolvem informações fundamentais para o início da safra, através da participação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o cenário climático também foi objeto de pauta no polo de discussões a respeito do El Niño, tema abordado pelo meteorologista Arthur Muller. A abertura nacional do plantio de soja se consagrou como um dos momentos mais aguardados pelo ramo agropecuário e contou com a participação de especialistas de toda a cadeia da oleaginosa Conforme o Sindicato Rural do município, na colheita 2021/22 Jaciara obteve um rendimento de 174 mil toneladas de soja. A estimativa para esse ano é que esse número suba para mais de 200 mil toneladas colhidas. (Com informações da assessoria)
Atriz Bella Campos e Xamã curtem primeira noite do Festival Vambora em Cuiabá
A atriz cuiabana Bella Campos e o cantor Xamã curtiram a primeira noite do Festival Vambora, que acontece na Arena Pantanal, em Cuiabá, na noite desta quinta-feira (29). Os dois estão em Cuiabá para as gravações do filme “Cinco Tipos de Medo”, do cineasta Bruno Bini. Bella e Xamã curtiram a noite e tiraram fotos com fãs. O rapper Gutinho, de Cuiabá, que se apresentou na primeira noite de festival, compartilhou as fotos que tirou com os artistas. “Olha só quem veio assistir meu show no Festival Vambora, Bella Campos e Xamã, venci demais”, escreveu Gutinho. Na manhã desta sexta-feira (29), Bella Campos e Xamã também compartilharam os bastidores das gravações de Cinco Tipos de Medo. A primeira foto oficial de Bella Campos no papel de Marlene também foi divulgada pela equipe do filme. Marlene é uma enfermeira que se apaixona por Murilo (João Vitor Silva, que fez Verdades Secretas e Impuros), enquanto o violinista cuiabano está internado para tratamento de covid-19. No entanto, a jovem enfermeira é namorada de Sapinho (Xamã), um traficante perigoso. Na rede social do rapper, a cuiabana apareceu tomando café e dançando ao som de Caetano Veloso, do cantor Johnny Hooker.
Sete são indiciados pela Polícia Civil por crime de extorsão qualificada em Cuiabá
A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá concluiu nesta sexta-feira (29.09) o inquérito da Operação Piraim, deflagrada na semana passada na Capital e indiciou sete responsáveis pelo crime de extorsão qualificada. O grupo foi investigado por açoitar uma vítima, em maio deste ano. Imagens das chicotadas se propagaram pelo País e as agressões foram gravadas em vídeo pelos próprios criminosos e expostas na internet, no mês de agosto. As prisões preventivas dos credores e cobradores investigados pela Derf foram deferidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá. Dois foram presos no dia da operação e um dos foragidos se apresentou à Polícia Civil no início desta semana. Outro investigado foi identificado no curso da operação e indiciado. Três indiciados ainda são procurados pela Polícia Civil: José Augusto de Figueiredo Ferreira, Benedito Luiz Figueiredo de Campos e Guilherme Augusto Ribeiro. Denúncias que possam levar ao paradeiro dos foragidos podem ser feitas ao número 197, com sigilo garantido. Crimes A investigação da Derf Cuiabá apurou que a vítima foi abordada pelo grupo criminoso na Avenida República do Líbano, no estacionamento de um posto de combustíveis, na Capital. Na sequência, o pai da vítima recebeu uma ligação telefônica, feita do aparelho celular do filho, onde o interlocutor dizia que credores queriam receber dívidas contraídas pela vítima. O pai chegou a oferecer um veículo avaliado em R$ 80 mil, contudo, os criminosos disseram que a camionete não quitaria a dívida. A vítima, receosa pela sua integridade física e de seus familiares, isentou os criminosos no dia em que foram conduzidos à delegacia, em flagrante. A investigação apurou que um dos criminosos, B.R.P. foi o responsável por armar o encontro com a vítima e, no local combinado, restringiram a liberdade e iniciaram as extorsões e agressões. A vítima permaneceu por horas em poder dos criminosos sendo agredida. “As ações foram registradas com a finalidade de humilhar e difundir o modo de execução do crime com o anseio de assumirem um papel de justiceiros”, explicou o delegado Guilherme de Carvalho Bertoli. Os quatro ‘cobradores’ foram os executores das agressões contra a vítima e agiram a mando dos investigados B.R.P., de 39 anos, e R.G.D.S., de 35 anos, e teriam comissões caso conseguissem receber as dívidas.